terça-feira, 27 de abril de 2010

Um lenhador e seu tesouro


Um lenhador e seu tesouro

Um lenhador percorre há anos a mesma floresta. Diariamente, ele observa com cuidado as árvores e cada detalhe da mata que fazem com que seu trabalho seja o mais produtivo possível. E, assim, ele vai ganhando seu sustento com determinação e paciência.
Certo dia, o lenhador encontra um sábio meditando na floresta, e os dois começam a conversar. O lenhador resolve contar o quão difícil é seu trabalho diário, sua cansativa rotina de cortar a lenha, carregá-la até a cidade e encontrar um comprador para conseguir algum dinheiro.
Durante a conversa, o sábio pergunta se ele conhece toda a floresta.
O rapaz lhe responde:
- Mais ou menos...
O sábio, então, lhe diz:
- Avance, meu filho, existem muitos tesouros esperando por você!
Durante anos, quando os dois se encontram, a saudação do mestre é sempre a mesma:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
Certa vez, o lenhador, diferentemente dos dias anteriores, decide
Seguir os conselhos do sábio e entra na floresta, numa área ainda não explorada.
Ele olha ao redor e fica maravilhado. Tudo o que vê é diferente, os animais, as árvores e as flores. Para sua surpresa, ele encontra uma mina de prata. Apanha um pouco do metal e, com a venda, consegue dinheiro suficiente para sobreviver uma semana.
Todas as semanas ele vai até a floresta, feliz com a mina de prata.
Agora tudo de que precisava era trabalhar uma vez por semana. Porém, sempre
que encontrava o sábio, ele sorria e dizia:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
Até que um dia resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da
mina de prata, passando por outras vegetações e, de repente, se deparou com
uma mina de ouro. Extraiu o quanto pôde do valoroso minério e depois vendeu
no mercado da cidade. Era a maravilha das maravilhas, pois tinha dinheiro
para um ano de vida.
Todos os anos, o ex-lenhador ia até a floresta, feliz com a mina de ouro. Agora só precisava trabalhar uma vez por ano. Porém, sempre que encontrava o sábio, este sorria e dizia:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!
O ex-lenhador mostrava-se muito tranqüilo, pensando que já tinha conseguido tudo o que poderia imaginar. Até que novamente resolveu aceitar a provocação do mestre e foi além da mina de ouro, chegando até um local de beleza surpreendente, onde encontrou uma mina de diamantes. Pegou a pedra mais linda que encontrou, levou-a até a cidade e conseguiu dinheiro para nunca mais ter de trabalhar.
Muitos anos mais tarde, contando para seu filho a história da sua riqueza, ouviu a seguinte pergunta:
- Pai, por que você continua indo à floresta todos os dias, mesmo sem
precisar mais de dinheiro?
O velho olhou-o com ternura e, sorrindo, disse:
- Eu gosto de pensar que sempre existe um novo tesouro para encontrar!


O empreendedor sempre tem o senso de procurar um tesouro no próximo movimento. Isso alimenta seu espírito e aquece seu coração.
Sucesso é conhecimento colocado em ação.
Lembre-se do que disse o mestre:
- Avance, ainda existem muitos tesouros esperando por você!

Autor Desconhecido

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Cachorrinho Manco


Cachorrinho Manco

Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes 'a venda. "Entre 30 e 50 dólares", respondeu o dono da loja.

O menino puxou uns trocados do bolso e disse:

- "Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes?"

O dono da loja sorriu e chamou Lady, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.

Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:]

- "O que é que ha com ele?"

O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse:

- "Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"

O dono da loja respondeu:

- "Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente."

O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse:

- "Eu não quero que você o de para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou 2,37 dólares agora e 50 centavos por mês, ate completar o preço total."

O dono da loja contestou:

- "Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos."

Ai', o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calca para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar.

Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

- "Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso."

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A Fábula do Rei e suas 4 Esposas


A Fábula do Rei e suas 4 Esposas

Era uma vez... um rei que tinha 4 esposas.
Ele amava a 4ª esposa demais, e vivia dando-lhe lindos presentes, jóias e roupas caras. Ele dava-lhe de tudo e sempre do melhor.
Ele também amava muito sua 3ª esposa e gostava de exibi-la aos reinados vizinhos.
Contudo, ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei.
Ele também amava sua 2ª esposa.
Ela era sua confidente e estava sempre pronta para ele, com amabilidade e paciência. Sempre que o rei tinha que enfrentar um problema, ele confiava nela para atravessar esses tempos de dificuldade.
A 1ª esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo que estava ao seu alcance para manter o rei muito rico e poderoso, ele e o reino.
Mas, ele não amava a 1ª esposa, e apesar dela o amar profundamente, ele mal tomava conhecimento dela.
Um dia, o rei caiu doente e percebeu que seu fim estava próximo.
Ele pensou em toda a luxúria da sua vida e ponderou:

É, agora eu tenho 4 esposas comigo, mas quando eu morrer, com quantas poderei contar?
Então, ele perguntou à 4ª esposa:

Eu te amei tanto, querida, te cobri das mais finas roupas e jóias. Mostrei o quanto eu te amava cuidando bem de você. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?
De jeito nenhum! respondeu a 4ª esposa, e saiu do quarto sem sequer olhar para trás.
A resposta que ela deu cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.
Tristemente, o rei então perguntou para a 3ª esposa:

Eu também te amei tanto a vida inteira. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?
Não!!!, respondeu a 3ª esposa.
A vida é boa demais!!! Quando você morrer, eu vou é casar de novo.
O coração do rei sangrou e gelou de tanta dor.
Ele perguntou então à 2ª esposa:

Eu sempre recorri a você quando precisei de ajuda, e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu morrer, você será capaz de morrer comigo, para me fazer companhia?
Sinto muito, mas desta vez eu não posso fazer o que você me pede! respondeu a 2ª esposa.
O máximo que eu posso fazer é enterrar você!
Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei, e mais uma vez ele ficou arrasado.
Daí, então, uma voz se fez ouvir:

Eu partirei com você e o seguirei por onde você for... O rei levantou os olhos e lá estava a sua 1ª esposa, tão magrinha, tão mal nutrida, tão sofrida...
Com o coração partido, o rei falou:

Eu deveria ter cuidado muito melhor de você enquanto eu ainda podia...
Na verdade, nós todos temos 4 esposas nas nossas vidas...
Nossa 4ª esposa é o nosso corpo.
Apesar de todos os esforços que fazemos para mantê-lo saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos...
Nossa 3ª esposa são as nossas posses, as nossas propriedades, as nossas riquezas. Quando morremos, tudo isso vai para os outros.
Nossa 2ª esposa são nossa família e nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e estarem sempre nos apoiando, o máximo que eles podem fazer é nos enterrar...
E nossa 1ª esposa é a nossa ALMA, muitas vezes deixada de lado por perseguirmos, durante a vida toda, a Riqueza, o Poder e os Prazeres do nosso Ego...
Apesar de tudo, nossa Alma é a única coisa que sempre irá conosco, não importa aonde formos...
Então...

Cultive...

Fortaleça...

Bendiga...

Enobreça...

sua Alma agora!!!

CASAMENTO JUDAICO


Escrito por Barney Kasdan

O Pano De Fundo Histórico

“Assim diz o Senhor: Neste lugar, do qual dizeis que está deserto, sem homens, nem animais, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém que estão assoladas, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvirá a voz de gozo, a voz de alegria, a voz do noivo e da noiva, e a voz dos que trazem ofertas de ações de graça à casa do Senhor, e dizem: Dai graças ao Senhor dos Exércitos, pois bom é o Senhor, o Seu amor dura para sempre. Pois restaurarei a sorte da terra como no princípio, diz o Senhor” (Jr. 33:10-11).

Entre todos os costumes apontados por D-us, provavelmente não exista nenhum mais alegre do que o casamento judaico. É uma simchá (ocasião alegre) que você não quer perder! É claro, é alegre o bastante somente testemunhar dos votos de aliança entre o homem e a mulher que se amam. Quando você soma família e amigos, comida, música e dança, é difícil encontrar uma celebração mais exuberante. Mesmo sendo o casamento cristão uma benção, existem algumas lições exclusivas a serem aprendidas da cerimônia de casamento bíblico-judaico, em particular. Os rituais antigos associados a este costume são ricos em verdades espirituais que lembram Israel da aliança deles com D-us e de Seu amor por eles. Este costume apontado por D-us pode ser examinado através de três partes de que falam a tradição judaica.

Shidduchin

O período Shidduchin é o primeiro passo no processo do casamento, e se refere aos arranjos preliminares esposais legais. Nos tempos bíblicos, o primeiro passo importante era o “noivado”. Era comum, na tradição antiga, o pai do noivo escolher uma noiva para seu filho, às vezes enquanto ele ainda era criança. O casamento era, às vezes, considerado como um ato de ligação de famílias, ou mesmo uma aliança política; entretanto, o que deveria ser descrito como amor era, por vezes, um fim secundário. Uma excelente ilustração do casamento bíblico é encontrado nos primeiros capítulos da Torah, concernentes à vida do patriarca Isaque.

“Abraão era agora idoso e bem avançado em idade, e o Senhor o tinha abençoado em todas as áreas. Ele disse ao servente chefe de sua família, aquele que estava à frente de tudo o que ele tinha: Ponha sua mão sobre minha coxa. Quero que você jure pelo Senhor, o D-us dos céus e D-us da terra, que você não vai tomar uma esposa para o meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais estou vivendo, mas você irá ao meu país e aos meus próprios parentes e tomará uma esposa para o meu filho Isaque” (Gn. 24:1-4). Este é um exemplo clássico do Shidduchin sendo iniciado para o filho de Abraão. Ainda que isto era considerado de responsabilidade do pai, muitas vezes não era prático. Entretanto, o pai poderia delegar esta responsabilidade, designando um representante. Neste caso, Abraão envia seu servo numa jornada para obter uma noiva para seu filho de sua própria clã semítica. Através das gerações, esta pessoa era conhecida como shadkhan (“agente de casamento” ou “casamenteiro”). Isto pode soar familiar para qualquer um que tenha assistido o filme “Violonista no Telhado”.

Ao encontrar a formosa Rebeca, o servo enviado por Abraão viu claramente a mão de D-us. Convencido da própria seleção, o servo executou o passo seguinte do Shidduchin, o qual é chamado de Ketubah (“escrito”, ou “recibo”). A Ketubah inclui as provisões e condições propostas para o casamento. Isto deve ser chamado de acordo inicial pré-nupcial ou, mais corretamente, de contrato do casamento. Neste documento hebraico, o noivo promete sustentar sua futura esposa, enquanto que a noiva estipula o contexto de seu dote (condição financeira). Isto é destacado no relato do servo de Abraão em relação a Rebeca. Depois de ter conversado com Labão (o pai de Rebeca), o servo reagiu da seguinte forma:

“Quando o servo de Abraão ouviu o que eles disseram, ele se curvou ao chão perante seu senhor. Então, o servo trouxe jóias de ouro e prata e artigos para roupas e os deu a Rebeca; ele também deu presentes caros a seus irmãos e sua mãe” (Gn. 24:52-53). A despeito do fato de ser um casamento arranjado, parece claro que o consentimento da noiva era uma cláusula de contingência importante. Isto é evidenciado quando o servo pergunta a Abraão: “O que acontece se a mulher não quiser voltar comigo voluntariamente para esta terra?” (Gn. 24:5). Felizmente, no caso de Rebeca, ela concordou com as condições da Ketubah (Veja Gn. 24:58). Para se preparar a cerimônia de casamento, era comum a noiva e o noivo fazerem separadamente um ritual de imersão na água (mikveh). Este ritual era sempre o símbolo de uma limpeza espiritual.

Eyrusin (Desposar)

Depois da mikveh, o casal aparece sob a huppah (“pálio nupcial”), numa cerimônia pública, para expressar suas intenções de se tornarem esposos, ou noivos. Enquanto eyrusin significa “desposar”, uma palavra secundária, às vezes associada com o período, é kiddushin (“santificação”, ou “separado à parte”). Este termo secundário descreve mais especificamente o que o esposar, ou o período de noivado significa, que é separar uma pessoa para a aliança do casamento. Kiddushin também se refere à verdadeira cerimônia eyrusin, a qual toma lugar sob uma huppah.

Desde os tempos antigos, o casamento sob o pálio nupcial tem sido um símbolo de uma nova família sendo planejada (Ver o Salmo 19:5; Joel 2:16). Durante a cerimônia, alguns itens de valor são examinados (por exemplo, alianças) e um copo de vinho é compartilhado para selar os votos de eyrusin. Por isso, não havia relações sexuais a esta altura, e o casal deveria viver em lugares separados. O período para desposar é tipificado na história de Isaque, no espaço de tempo entre a aceitação de Rebeca e o real casamento deles em Canaã. O entendimento judaico de eyrusin tem sempre sido mais forte do que nosso moderno entendimento de noivado. O eyrusin era tão obrigatório que o casal deveria, na verdade, precisar de um divórcio religioso (get) a fim de anular o contrato (Veja Dt. 24:1-4). A opção de um get estava à disposição somente do marido, pois a esposa não tinha nada a dizer em nenhum procedimento de divórcio. Ambos, a noiva e o noivo, têm suas respectivas responsabilidades neste período. O noivo deveria usar este tempo como preparatório. Como a huppah simbolizava a nova família, então, o noivo deveria ter como alvo a preparação do novo lugar de moradia para sua noiva e, eventualmente, para os filhos à seguir. Nos tempos bíblicos, isto era resolvido mais facilmente pela simples adição de um outro quarto na casa existente da família. Enquanto o noivo preparava a casa, a noiva teria como alvo sua preparação pessoal, enquanto o dia do casamento se aproximava. Um vestuário lindo de casamento devia ser preparado como um símbolo de uma alegre ocasião por vir. Mais importante, a noiva deveria se dedicar ao verdadeiro espírito do tempo preparatório para o casamento. Para ambos, a noiva e o noivo, este deveria ser um ano de introspecção e contemplação pessoal para esta tão santa aliança - a do casamento.

Nissuin (Casamento)

O passo culminante no processo da cerimônia do casamento judaico é conhecido como nissuin. Isto é baseado no verbo hebreu nasa, que literalmente significa “carregar”. Nisuin era mais ou menos uma descrição gráfica, enquanto a noiva estaria esperando o noivo para levá-la para sua nova casa. Existia uma grande expectativa para a noiva na chegada do casamento. Esse tempo de espera se dava levando-se em consideração um elemento único para o casamento judaico bíblico, que é o tempo da chegada do noivo (e por isso toda a festa do casamento), o qual era para ser uma surpresa. Qualquer noiva que levasse o período de noivado seriamente, estaria esperando o noivo ao final desse longo ano de eyrusin. Entretanto, a hora exata da cerimônia não era certa, pois era o pai do noivo que daria a aprovação final para o nissuin começar. A noiva e sua comitiva estariam, então, ansiosamente olhando e esperando pelo momento exato. Mesmo no final da tarde, a comitiva de casamento deveria manter suas lâmpadas de óleo acesas só no caso em que o casamento estivesse por começar. Como eles saberiam quando seria a hora? Um costume era que um membro da comitiva do noivo liderasse o caminho da casa do noivo para a casa da noiva e gritasse, “Veja, vem o noivo!”. Isto seria seguido pelo som do shofar (chifre de carneiro), o qual era usado para proclamar dias santos judaicos e eventos especiais.

Ao som do shofar, o noivo lideraria a procissão do casamento pelas ruas da vila da casa da noiva. Os acompanhantes do noivo deveriam então carregar (nissuin) a noiva de volta para a casa do noivo, onde a huppah foi montada uma vez mais. O casal iria uma vez mais, como eles fizeram no ano anterior, proferir uma benção acompanhados de um copo de vinho (um símbolo da alegria). Este copo era claramente distinguido do copo anterior, como era refletida na tradicional sheva b’rakhot (“sete bençãos”) que o acompanhava. O segundo estágio da cerimônia da huppah, como é encontrado no costume do nissuin, serve como a finalização dos votos e promessas anteriores. O que foi prometido na cerimônia do eyrusin agora foi consumado na cerimônia do nissuin. Pela primeira vez, o casal estava livre para consumar o casamento deles, tendo as relações sexuais e vivendo juntos como marido e mulher (ver Gn. 24:66-67). O pináculo desta cerimônia alegre é o jantar de casamento. Isto é mais do que simplesmente sentar e jantar com todos os convidados, pois inclui sete dias de comida, dança e celebração (veja Jz. 14:10-12). Depois de todas as maravilhosas festividades, o novo esposo estava livre para trazer sua esposa para sua nova casa e viverem suas vidas juntos, dentro da total aliança do casamento.

Observância Tradicional Judaica

Desde os dias de Abraão, esta tem sido a estrutura da cerimônia do casamento. Muitos destes costumes básicos ainda estão incluídos na observância moderna judaica. Se é um casamento em Jerusalém, Londres ou San Diego, é fácil reconhecer a linha de conexão comum de volta à Torah. Na verdade, muitos destes elementos bíblicos e tradicionais são encontrados em outras cerimônias de casamento não judaicos ao redor do mundo. A observância moderna de cerimônia de casamento tem evoluído durante os anos para incluir algumas adições interessantes. Cada aspecto tem um significado, e o objetivo de nos lembrar de alguns elementos verdadeiros e importantes da história ou cultura judaica. A mudança mais notável na cerimônia moderna judaica é que não há mais um espaço de tempo entre a cerimônia do eyrusin e do nissuin. Alguns estudiosos atribuem esta mudança à Idade Média, onde, por causa dos perigos a que a comunidade judaica estava exposta, não havia garantia de que ambos, noiva e noivo, deveriam sobreviver ao período de um ano. Por isso, as duas partes separadas da cerimônia da huppah eram combinadas em uma de mesmo simbolismo, ilustrando ambos o eyrusin e o nissuin. Modernamente, o padrão para uma cerimônia judaica inclui a eyrusin e nissuin. Ao manter o simbolismo do eyrusin, a primeira parte da cerimônia na verdade, toma lugar antes do corpo principal do casamento. Este é o sinal da Ketubah, o qual normalmente acontece minutos antes do cerimonial. A moderna Ketubah adere à antiga fórmula hebraica e aramaica; entretanto, a tradução inglesa pode variar.

Nos círculos judaicos ortodoxos (especialmente dentro da terra judaica), a Ketubah é considerada um documento de ligação legal que pode ser até submetido à evidência da corte. Entretanto, muitos casamentos judaicos tomam lugar fora de Israel, onde a Ketubah é estritamente um símbolo. Porém, é importante o costume. O documento de ligação, nestes casos, é a licença do casamento emitida pelo governo local. Numa sala privada, na presença do rabino e de, pelo menos, duas testemunhas, a noiva e o noivo assinam a Ketubah. Em comparação, normalmente é tabu para o noivo ver a noiva antes da cerimônia do casamento “Cristão”. Entretanto, na cerimônia judaica, na verdade é uma requerimento para o noivo ver sua noiva antes da Ketubah ser assinada. Por que isto? Um noivo judeu, de nome Jacó, não checou apropriadamente sob o véu de sua noiva, e na verdade terminou com a mulher errada (veja Gn. 29:25). Parece que os futuros noivos judeus têm aprendido desta lição séria, e querem ter a certeza de que têm a noiva certa!

Enquanto algumas comunidades judaicas podem aderir a algumas das práticas culturais primitivas, muitas comunidades começam, na verdade, a cerimônia de casamento com um simples processional. É digno de nota que alguns grupos (por exemplo, aqueles do Irã e Yemem) têm continuado o costume de casamento pré-arranjado. Depois de assinar a Ketubah, a huppah é montada no lugar do casamento. Isto poderia ser tanto um dossel de pé com bases de suporte, como um dossel com quatro postes montados à mão. O teto da huppah pode ser feito com uma peça de tecido bordado ou com um talit (xale) tradicional de oração. Este é o ponto focal para o qual a cerimônia do casamento caminha. O primeiro da linha deve ser o rabino, seguido pelos vários pares de testemunhas. Cada um toma suas próprias posições.

O rabino fica sob o centro da huppah, com as pessoas que fazem parte da cerimônia do casamento de cada lado do dossel (pálio nupcial). O cerimonial representa a tradição antiga do noivo retirando sua noiva do lar paterno para um novo lar. Antes do noivo começar sua marcha, o rabino diz:

“Baruch Habah B’shem Adonai” “Bendito é aquele que vem em nome do Senhor”

Nesta altura, o noivo é levado por seus pais até que ele esteja em frente à huppah. Um fato curioso é que o noivo se alinha ao lado direito do rabino, ao se deparar com ele. Isto é o oposto de muitos casamentos “Cristãos”, onde os homens se alinham ao lado esquerdo. É difícil saber se a comunidade não judaica fez a mudança, ou se a comunidade judaica o fez como uma declaração de sua exclusividade. Todos os olhares estão voltados para o começo da ala, enquanto a noiva aparece acompanhada pelos seus pais. O rabino diz:

“B’ruchah Haba’ah B’shem Adonai” “Bendita é ela que vem em nome do Senhor”

A noiva faz sua grande aparição, andando majestosamente em direção ao seu noivo. Ao se encontrarem em frente à huppah, a noiva pode seguir o costume tradicional de circundar o noivo três vezes. Enquanto isso acontece, o rabino explica que isto é simbólico e endossa três envolvimentos matrimoniais que são mencionados nas Escrituras. D-us fala a Israel através do profeta Oséias, “Eu desposarei você para sempre; ... em justiça, ... em amor e compaixão. Eu desposarei você em fidelidade ...” (Oséias 2:19-20).

O casal dá o braço, enquanto ficam debaixo da huppah. O rabino começa a se endereçar ao casal, tendo suas famílias e amigos como testemunhas. A benção judaica pode ser descrita, ou outra declaração introdutória importante para a ocasião. O ponto central é, muitas vezes, um drashah (“sermão”) que acentua os valores espirituais do casamento. O drashah, não importando o tamanho que seja, é seguido pela primeira taça de vinho. Esta taça simboliza a intenção de entrar em eyrusin (por exemplo, noivado), que é parte da aliança matrimonial. Tendo entendido a estipulação da Ketubah (por exemplo, contrato), o casal sela a 1ª parte do acordo com um gole de vinho, sob a huppah. O rabino salmodia a benção tradicional:

“Baruch Atah Adonai, Eloheynu Melech Ha’olam, Borey P’ri Ha’gafen. Amém” “Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que criou o fruto da vinha.Amém” (Nós, judeus messiânicos, acrescentamos a frase: “B’shem Yeshua Ha Mashiach”, que significa: “Em nome de Yeshua, o Messias”).

O seguinte é acrescentado em hebraico e português: “Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do universo, que nos tem santificado pelos teus mandamentos, e nos comandado ao que diz respeito a uniões proibidas; que tem proibido àqueles que simplesmente estão noivos, e permite àqueles que são casados a nós através da huppah e na sagrada aliança do casamento. Bendito és Tu, ó Senhor, que santifica o Seu povo de Israel através da huppah e da sagrada aliança do casamento. Amém”.

Enquanto a taça de vinho é bebida pela noiva e pelo noivo, eles simbolicamente adentram o contrato total da eyrusin. Em contraste com a cerimônia antiga, a cerimônia do casamento moderno move-se imediatamente para a parte do nissuin. Muitos casais encontram nisto respaldo para a idéia de que o noivado de um ano tem sido condensado na mesma cerimônia da huppah. Nem por isto , as duas partes distintas do casamento judaico deixam de ser vistas claramente. A cerimônia segue para os votos que são trocados entre a noi- va e o noivo, podendo ser uma combinação do voto hebraico tradicional, ou uma declaração pessoal em português. É nesta altura que os símbolos dos votos são trazidos à tona, ocasionalmente alianças de ouro. Alguns grupos tradicionais acreditam que é muito ostentoso se ter pedras preciosas; então, eles preferem uma simples aliança de metal. Desde que o Talmud fala do homem adquirir uma esposa, é o noivo somente quem fala o voto tradicional.

Enquanto coloca o anel no dedo da noiva, ele fala: “Harey at m’chudeshet li, b’taba’at zu, k’dat Moshe v’Yisraeyl” “Com este anel você está casada comigo, de acordo com a Lei de Moisés e de Israel” Desde lá têm havido votos feitos publicamente antes dos testemunhos e anéis terem sido trocados. O rabino pode fazer a declaração de que o casal é agora oficialmente marido e mulher. Entretanto, ainda há elementos significativos necessários para o complemento do nissuin. Normalmente, há uma leitura pública da Ketubah. Então, a segunda taça de vinho é cheia para o sheva b’rakhot (“sete bençãos”). Esta linda melodia hebraica louva a D-us por muitas de suas bençãos, incluindo a criação do homem e da mulher, a paz em Jerusalém e a alegria da aliança do casamento. Ao final desta tocante oração, o casal bebe da taça para simbolizar o complemento da cerimônia (casamento) do nissuin.

Entretanto, ainda permanece o costume conhecido que se desenvolveu anos depois – a quebra das taças (**). É dito que este costume teve início por um dos rabinos da idade talmúdica que, após observar toda a alegria da festa do casamento, de repente jogou no chão uma taça de vidro. Seu objetivo era considerar que mesmo em tempos de grande alegria, não se pode esquecer do sofrimento de Jerusalém e da destruição do Templo (Talmud Babilônico, Berakhot 31a). Na cerimônia moderna, a quebra da taça ocorre bem no final do casamento. É um doce amargo lembrete da seriedade da vida; ainda, enquanto a taça é quebrada pela sola do sapato do noivo, um grito de júbilo de Mazel tov (“parabéns”, ou “boa sorte”) ecoa através da multidão. Depois de um beijo entre o esposo e a esposa, eles caminham em júbilo pela fila ao som de música festiva. Isto é seguido pelo jantar e recepção do marido, com comida, música e dança. Que sinchá (ocasião jubilosa)! (**) Nós, judeus messiânicos, entendemos com esta simbologia que ambos romperam com o passado. Agora, são duas novas criaturas vivendo o evangelho de Yeshua, sendo uma só carne.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os três leões


Os três leões

Numa determinada floresta havia 3 leões.

Um dia o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a bicharada da floresta e disse:

- Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida no ar: existem 3 leões fortes.

Ora, a qual deles nós devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?

Os 3 leões souberam da reunião e comentaram entre si:

- É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido, uma floresta não pode ter 3 reis, precisamos saber qual de nós será o escolhido.

Mas como descobrir ?

Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos. O impasse estava formado.

De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso.

Depois de usarem técnicas de reuniões do tipo brainstorming, etc...eles tiveram uma idéia excelente.

O macaco se encontrou com os 3 felinos e contou o que eles decidiram:

- Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o problema.

A solução está na Montanha Difícil.

- Montanha Difícil ? Como assim ?

- É simples, ponderou o macaco.

Decidimos que vocês 3 deverão escalar a Montanha Difícil.

O que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.

A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta.

O desafio foi aceito.

No dia combinado, milhares de animais cercaram a Montanha para assistir a grande escalada.

O primeiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

O segundo tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

O terceiro tentou. Não conseguiu. Foi derrotado.

Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que os 3 foram derrotados?

Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade e grande em sabedoria, pediu a palavra:

- Eu sei quem deve ser o rei!!! Todos os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.

- A senhora sabe, mas como? todos gritaram para a Águia.

- É simples, confessou a sábia águia, eu estava voando entre eles, bem de perto e, quando eles voltaram fracassados para o vale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha.

O primeiro leão disse: - Montanha, você me venceu!

O segundo leão disse: - Montanha, você me venceu!

O terceiro leão também disse: - Montanha, você me venceu, por enquanto! Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo.

- A diferença, - completou a águia, - é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior que seu problema: É rei de si mesmo.

Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro leão que foi coroado rei entre os reis.

MORAL DA HISTÓRIA:

Não importa o tamanho de seus problemas ou dificuldades que você tenha; seus problemas, pelo menos na maioria das vezes, já atingiram o clímax, já estão no nível máximo.

Você ainda está crescendo.

Você é maior que todos os seus problemas juntos.

Você ainda não chegou ao limite de seu potencial e performance.

A Montanha das Dificuldades tem tamanho fixo, limitado.

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Toca discos.


Um exemplo de Otimismo foi demonstrado por thomas Edison, o gênio inventor e um inveterado Otimista, pela forma como reagiu a um aparente grande infortúnio.

Numa noite de 1914,seu laboratório, que valia mais de US$ 2 milhões na época e não estava no seguro, começou a se incendiar, com todos os preciosos registros de Edison em seu interior.

No auge do incêndio, enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo, charles, filho de Edison, freneticamente procurava o Pai, que tinha o hábito de trabalhar até tarde da noite.

Aliviado, ele encontrou Edison fora do laboratório, fitando serenamente a cena.

O Semblante de seu pai refletia o brilho das chamas e seus cabelos grisalhos esvoaçavam ao sabor da leve brisa.

Charles sentiu um aperto no coração vendo o pai, com 67 anos, testemunhar o trabalho de toda uma vida ser consumido pelas cinzas.

Após horas de silêncio. Edison disse a seu filho:

“Existe um grande valor num desastre como este. Todos os nossos erros são queimados.

Graças a Deus e podemos começar tudo de novo”.

E Edison, de fato, começou de novo.

Até o incêndio ele tinha passado três anos tentando inventar o toca discos.

Três semanas após o desastre ele conseguiu.

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Assembléia na Carpintaria


Assembléia na Carpintaria

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.

Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.
A causa?


Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.

Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:

"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."

A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.

Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!

Autor desconhecido

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Entrevista com Deus


Entrevista com Deus

Autor desconhecido

- Entra! Disse Deus.

- Então queres entrevistar-me?

- Bem, respondi.

- Se tens algum tempo para mim...

Ele sorriu atrás da barba e disse:

- O meu tempo chama-se eternidade e chega para tudo! O que queres saber?

- Nada que seja muito difícil para Deus. Quero saber o que é que mais te diverte nos seres humanos?

Ele respondeu:

- Eles fartam-se de ser crianças. Têm pressa por crescer, e depois suspiram por voltar a ser crianças... Primeiro perdem a saúde para ter dinheiro e logo em seguida perdem o dinheiro para ter saúde... Pensam tão ansiosamente no futuro que descuidam do presente, e assim, nem vivem o presente nem o futuro...

VIVEM COMO SE FOSSEM MORRER E MORREM COMO SE NÃO TIVESSEM VIVIDO!

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Escola dos anjos


Escola dos anjos

Autor desconhecido

Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma escola de anjos. Conta-se que naquele tempo, antes de se tornarem anjos de verdade, os aprendizes de anjos passavam por um estágio. Durante um certo período, eles saiam em duplas para fazer o bem e no final de cada dia, apresentavam ao anjo mestre um relatório das boas ações praticadas.

conteceu então, um dia, que dois anjos estagiários, depois de vagarem exaustivamente por todos os cantos, regressavam frustrados por não terem podido praticar nenhum tipo de salvamento sequer. Parece que naquele dia, o mal estava de folga. Enquanto voltavam tristes, os dois se depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha. Neste momento, um deles, dando um grito de alegria, disse para o outro:

- Tive uma idéia. Que tal darmos o poder a estes dois lavradores por quinze minutos para ver o que eles fariam?

O outro respondeu:

- Você ficou maluco? O anjo mestre não vai gostar nada disto!

Mas o primeiro retrucou:
- Que nada, acho que ele até vai gostar! Vamos fazer isto e depois contaremos para ele.
E assim o fizeram.

Tocaram suas mãos invisíveis na cabeça dos dois e se puseram a observá-los.

Poucos passos adiante eles se separaram e seguiram por caminhos diferentes.

Um deles, após alguns passos depois de terem se separado, viu um bando de pássaros voando em direção à sua lavoura, e passando a mão na testa suada disse:

- Por favor meus passarinhos, não comam toda a minha plantação! Eu preciso que esta lavoura cresça e produza, pois é daí que tiro o meu sustento.

Naquele momento, ele viu espantado a lavoura crescer e ficar prontinha para ser colhida em questão de segundos.

Assustado, ele esfregou os olhos e pensou: devo estar cansado e acelerou o passo.
Aconteceu que logo adiante ele caiu ao tropeçar em um pequeno porco que havia fugido do chiqueiro.

Mais uma vez, esfregando a testa ele disse: você fugiu de novo meu porquinho!
Mas, a culpa é minha, eu ainda vou construir um chiqueiro decente para você.

Mais uma vez espantado, ele viu o chiqueiro se transformar num local limpo e acolhedor, todo azulejado, com água corrente e o porquinho já instalado no seu compartimento.
Esfregou novamente os olhos e apressando ainda mais o passo disse mentalmente: estou muito cansado!

Neste momento ele chegou em casa e, ao abrir porta, a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabeça.

Ele então tirou o chapéu, e esfregando a cabeça disse: de novo, e o pior é que eu não aprendo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher. Naquele exato momento aconteceu o milagre.

Aquela humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante dos seus olhos. Assustadíssimo, e sem nada entender, convicto de que era tudo decorrente do cansaço, ele se jogou numa enorme poltrona que estava na sua frente e, em segundos, estava dormindo profundamente.

Não houve tempo sequer para que ele tivesse algum sonho.

Minutos depois ele ouviu alguém pedir socorro: Compadre! Me ajude! Eu estou perdido!
Ainda atordoado, sem entender muito o que estava acontecendo, ele se levantou correndo.

Tinha na mente imagens muito fortes de algo que ele não entendia bem, mas parecia um sonho. Quando ele chegou na porta, encontrou o amigo em prantos.

Ele se lembrava que poucos minutos antes eles se despediram no caminho e estava tudo bem. Então perguntando o que havia se passado ele ouviu a seguinte estória:

- Compadre, nós nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa, acontece que poucos passos adiante, eu vi um bando de pássaros voando e direção à minha lavoura.
Este fato me deixou revoltado e eu gritei: Vocês de novo, atacando a minha lavoura, tomara que seque tudo e vocês morram de fome! Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os pássaros morrerem diante dos meus olhos! Pensei comigo, devo estar cansado, e apressei o passo.

Andei um pouco mais e cai depois de tropeçar no meu porco que havia fugido do chiqueiro.

Fiquei muito bravo e gritei mais uma vez: Você fugiu de novo? Por que não morre logo e pára de me dar trabalho? Compadre, não é que o porco morreu ali mesmo, na minha frente.

Acreditando estar vendo coisas, andei mais depressa, e ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta.

Naquele momento, como eu já estava mesmo era com raiva, gritei novamente:
- Esta casa... Caindo aos pedaços, por que não pega fogo logo e acaba com isto?...
Para surpresa minha, compadre, naquele exato momento a minha casa pegou fogo, e tudo foi tão rápido que eu nada pude fazer!

Mas, compadre... O que aconteceu com a sua casa? De onde veio esta mansão?
Depois de tudo observarem, os dois anjos foram, muito assustados, contar para o anjo mestre o que havia se passado.

Estavam muito apreensivos quanto ao tipo de reação que o anjo mestre teria.
Mas tiveram uma grande surpresa.

O anjo mestre ouviu com muita atenção o relato, parabenizou os dois pela idéia brilhante que haviam tido, e resolveu decretar que a partir daquele momento, todo ser humano teria 15 minutos de poder ao longo da vida.

Só que ninguém jamais saberia quando estes 15 minutos de poder estariam acontecendo.
Será que os 15 minutos próximos serão os seus?

Muito cuidado com tudo o que você diz, como age e aquilo que pensa!
Sua mente trabalhará para que tudo aconteça, seja bom ou ruim.

Fazendeiro escocês


Fazendeiro escocês

Autor desconhecidos

O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida, o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu de encontro aos gritos. Lá chegando, enlameado até a cintura, encontrou um menino gritando e tentando safar-se da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.

No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre elegantemente vestido sai e apresenta-se como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha salvado.

- Eu quero recompensá-lo, disse o nobre.

- Você salvou a vida do meu filho.

- Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz, responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio a porta do casebre.

- É seu filho? perguntou o nobre.

- Sim! o fazendeiro respondeu orgulhosamente.

- Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho.
E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming formou-se no St. Mary's Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o descobridor de Penicilina.

Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que o salvou? Penicilina. O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.

Alguém disse uma vez que a gente colhe o que planta.
Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.
Ame como se você nunca tivesse tido uma decepção.
Dance como se ninguém estivesse te assistindo.
Faça o bem sem esperar recompensa.

Flores no túmulo


Flores no túmulo

Autor desconhecidos

Um Homem estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando viu um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira-se para o chinês e pergunta:

- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?

E o chinês responde:

- Sim, quando o seu vier cheirar as flores.

"Respeitar as opções dos outros é uma das maiores virtudes do ser humano. As pessoas são diferentes, agem e pensam de formas diferentes. Não julgue. Tente apenas compreender.”

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Girassol


Girassol

Autor desconhecido

Nossos olhos são seletivos, nós "focalizamos"
o que queremos ver e deixamos de ver o restante.

Escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante
das coisas, assim como um girassol escolhe sempre estar
virado para o sol!

Você já reparou como é fácil ficar baixo astral?
"Estou de baixo astral porque está chovendo,
porque tenho uma conta para pagar,
porque não tenho exatamente o dinheiro
ou aparência que eu gostaria de ter,
porque ainda não fui valorizado,
porque ainda não encontrei o amor da minha vida,
porque a pessoa que quero não me quer,
porque...

"É claro que tem hora que a gente não está bem.
Mas a nossa atitude deveria ser a de
uma antena que tenta, ao máximo possível, pegar o lado
bom da vida. Na natureza, nós temos uma antena que
é assim. O girassol.

O girassol se volta para onde o sol estiver.

Mesmo que o sol esteja escondido atrás de uma nuvem.
Nós temos de ser mais assim, aprender a realçar o que
de bom recebemos. Aprender a ampliar pequenos gestos
positivos e transformá-los em grandes acontecimentos.

Temos de treinar para sermos girassol,
que busca o sol, a vitalidade, a força, a beleza.
Por que só nos preparamos para as viagens,
e não para a vida, que é uma viagem?

Apreciar o amor profundo que alguém em um determinado
momento dirige a você.
Apreciar um sorriso luminoso de alegria de alguém que você gosta.
Apreciar uma palavra amiga, que vem soar reconfortante,
reanimadora.
Apreciar a festividade, a alegria, a risada.

E quando estivéssemos voltando a ficar mal humorados,
tristonhos, desanimados, revoltados, que pudéssemos nos
lembrar de novo de sermos girassóis.

Selecione o melhor deste mundo, valorize tudo o que de
bonito e bom que haja nele e retenha isto dentro de você.

É este o segredo de quem consegue manter um alto grau
de vitalidade interna!

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os três impostores


Os três impostores

Extraído do livro “Histórias da Tradição Sufi”

Três impostores se apresentaram à corte solicitando uma audiência com o rei, que lhe foi concedida.

Uma vez na presença do soberano, comunicaram-lhe que eram tecelões e que possuíam um segredo de fabricação: o segredo de um tecido que tinha a única de não ser visível, a não ser para quem fosse filho legítimo.

O rei já tivera que resolver muitos conflitos bem complicados de heranças, e viu naquela invenção muito útil o meio de frustrar falsos pretendentes, já que os filhos verdadeiros poderiam ver o tecido.

Ordenou imediatamente que um palácio fosse posto à disposição dos inventores, a fim de que o segredo fosse preservado.

Convencido da honestidade deles, o rei cobriu os três cúmplices maldosos de ouro, prata e jóias.

Eles se fecharam no seu palácio e simularam, noite e dia, grande atividade.

Algumas semanas mais tarde, um deles foi informar ao rei dos excelentes resultados do seu trabalho, e pediu-lhe que fosse constatá-los. Seria preferível que o rei fosse sozinho.
O rei achou que seria prudente uma outra opinião sobre um tecido dotado de tais poderes, e mandou seu conselheiro.

O conselheiro foi visitar os três impostores para examinar o tecido de propriedades mágicas, mas não conseguiu ver nada. Como não queria admitir que para ele o tecido era invisível, voltou à presença do rei e elogiou a maravilha que havia visto. O rei mandou outras pessoas, que voltaram com a mesma resposta.

Decidiu então ir pessoalmente. Os três impostores lhe descreveram a excelência de sua invenção, a variedade das cores e o desenho original.

O rei se mantinha em silêncio, inclinado levemente a cabeça em sinal de aprovação. Na realidade, porém, não via absolutamente nada.

Começou então a ficar muito embaraçado.

"Será que não sou o verdadeiro filho do rei meu pai?" pensava. "Se não vejo nada, arrisco-me a perder meu trono."

Começou também a expressar sua admiração, repassando com muitos elogios todos os detalhes que acabara de escutar.

De volta ao palácio, continuou a fazer comentários sobre o tecido, como se o tivesse visto.

Entretanto uma dúvida o atormentava.

Alguns dias mais tarde mandou seu ministro ver o tecido. Os três impostores fizeram sua descrição, mas ele não via nada.

Naturalmente o infeliz ministro imaginou que não era filho legítimo de seu pai; a única razão pela qual não via o tecido. Sabendo que se arriscava a perder sua importante posição, limitou-se aos termos que tinha ouvido da boca do rei e de seu conselheiro.

Foi ao encontro do rei e lhe disse que tinha visto o tecido mais extraordinário do mundo.
O rei ficou profundamente perturbado. Não havia mais nenhuma dúvida, ele não era filho legítimo de seu pai. Mas se juntou ao seu ministro em exclamações sobre o valor dos três tecelões.

Todos quiseram visitá-los, e todos voltaram com as mesmas impressões.

A história continuou assim até que informaram ao rei que a tecedura tinha terminado.

Este ordenou que se preparasse uma grande festa, na qual todos usariam roupas confeccionadas com o tecido maravilhoso.

Os três impostores se apresentaram com diferentes padrões, que desenrolaram por metros e metros de extensão, e a confecção do traje real foi decidida.

O dia da festa chegou. Os trajes estavam prontos. O rei foi inteiramente vestido pelos três espertos. Entretanto ele não via nem sentia nada. Uma vez terminado o trabalho, o rei montou seu cavalo e rumou em direção à cidade.

Felizmente era pleno verão!

A multidão viu o rei e sua corte passarem e ficou muito surpresa com o espetáculo.
Mas o rumor de que só os filhos legítimos viam suas roupas circulava, e todos guardavam suas impressões para si.

Todos, exceto um estrangeiro, um negro, de passagem pela cidade, que se aproximou do rei e lhe disse:

Senhor, pouco me importa saber de quem sou filho. Por isso posso lhe dizer que, na realidade, o senhor está nu.

Furioso, o rei bateu no negro com seu chicote e lhe disse:
O fato de não ver meus trajes prova que você não é um filho legítimo!

Mas o encanto estava quebrado, assim como o silêncio e o medo. Todos viram que o negro tinha dito a verdade e repetiram a mesma coisa, cada vez mais alto. Risos se elevaram.

Então o rei e sua corte se deram conta de como tinham sido habilmente enganados.
Mas os três impostores já estavam longe, com o ouro, a prata e as jóias...

Observação: Muitas pessoas se limitam a questionar a verdade, por medo, de não ser compreendido ou por retaliações e ficam preso numa falsa realidade e conformismo. o mundo precisa expressar a "Verdade", nua e crua, como ela é , e não se esconder através de uma mentira, pois quando abertos forem os olhos, já será tarde demais.

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Pedro e seu machado


Pedro e seu machado

Autor desconhecido

Pedro, um lenhador, após um grande trabalho em uma área de desmatamento, se viu desempregado. Após tanto tempo cortando árvores, entrou no corte! A madeireira precisou reduzir custos...

Saiu, então, à procura de nova oportunidade de trabalho. Seu tipo físico, porém, muito franzino, fugia completamente do biotipo de um lenhador. Além disso, o machado que carregava era desproporcional ao seu tamanho. Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo profissional.

Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando a ser desmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente. E ele o era! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo do Pedro e, com aquele semblante de selecionador implacável, foi dizendo que precisava de pessoas capazes de derrubar grandes árvores, e não de "catadores de gravetos".

Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um profissional experiente! Com relutância, o capataz resolveu levar Pedro à área de desmatamento. E só fez isso pensando que Pedro fosse servir de chacota aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote...

Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou frente a uma árvore de grande porte e, com o grito de "madeira", deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu logo no primeiro golpe. Todos ficaram atônitos!

Como era possível tão grande habilidade e que força descomunal era essa, que conseguira derrubar aquela grande árvore numa só machadada? Logicamente, Pedro foi admitido na madeireira. Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedro uma fonte adicional de receita.

O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores que derrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava se esforçando cada vez mais.

Um dia, Pedro se nivelou aos demais. Dias depois, encontrava-se entre os lenhadores que menos produziam... O capataz que, apesar da sua rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo. "Não sei", respondeu Pedro, "nunca me esforcei tanto e, apesar disso, minha produção está decaindo".

O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Quando o recebeu, notando que ele estava cheio de "dentes" e sem o "fio de corte", perguntou ao Pedro: "Por que você não afiou o machado?".

Pedro, surpreso, respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo de afiar a sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento e amolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foi mandado.

Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga conseguia derrubar as árvores com uma só machadada.

A lição que Pedro recebeu cái como uma luva sobre muitos de nós, preocupados em executar nosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que é preciso, deixamos de "amolar o nosso machado", ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos.

Sem saber por que, vamos perdendo posições em nossas empresas ou nos deixando superar pelos outros. Em outras palavras, perdemos a nossa potencialidade.

Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem. Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em 15 minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos na mesma atividade poderia dizer que tem 10 anos de experiência. Na realidade, tem 15 minutos de experiência repetida durante dez anos.

A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho, e sim a busca incessante de novas soluções, tendo coragem de correr riscos que possam surgir. É "perder tempo" para afiar o nosso machado.

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Piquinique das tartarugas


Piquinique das tartarugas

Conto Chinês

Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique.

As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram sete anos para se prepararem para seu passeio.

Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado. Durante o segundo ano da viagem encontraram um lugar ideal!

Por aproximadamente seis meses limparam a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos. Então descobriram que tinham esquecido o sal. Um piquenique sem sal seria um desastre, todas concordaram.

Após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas. A pequena tartaruga lamentou, chorou, e esperneou. Concordou em ir mas com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. A família consentiu e a pequena tartaruga saiu.

Três anos se passaram e a pequena tartaruga não tinha retornado. Cinco anos... Seis anos... Então, no sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha não agüentava mais conter sua fome. Anunciou que ia comer e começou a desembalar um sanduíche. Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou:

- Viu! Eu sabia que vocês não iam me esperar. Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.

Descontando os exageros...

Na nossa vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma forma.

Nós desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas. Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo que deixamos de fazer nossas próprias coisas.

domingo, 11 de abril de 2010

O homem


O homem

Um cientista vivia trancado em seu laboratório, procurando respostas para os problemas do mundo.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu sua sala, decidido a ajudá-lo. Impaciente, o cientista pediu que o filho fosse brincar em outro lugar, no entanto, sem sucesso.
Então procurou algum objeto que pudesse entreter a curiosidade do menino, logo encontrando o mapa-múndi impresso na página de uma revista.
Recortou o mapa em vários pedaços, pegou um rolo de fita adesiva e entregou tudo ao filho, dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeças?
Então vou lhe dar o mundo, todo quebrado, para consertar. Veja se consegue fazer tudo direitinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa.
Porém, algumas horas depois, ouviu a voz do filho:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
Incrédulo, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria uma mapa sem sentido. Mas, para sua surpresa, o mapa estava completo, com tudo em seus devidos lugares.
- Você não sabia como era o mundo, meu filho. Como conseguiu?
- Pai , eu não sabia como era o mundo, tentei consertar, mas não consegui.
Mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado, havia a figura de um homem. Então lembrei disso, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.

Tenha um ótimo e produtivo dia!

Um abraço, do seu amigo
Velho Sábio
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A galinha -reflexão


A galinha

Autor desconhecido

Numa granja uma galinha se destacava entre todas as outras por sua coragem, espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria.
O dono porém, não apreciava estas qualidades e estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras, que achavam bonito este modo de ser e já o estavam copiando.

Um dia o dono fincou um bambu no meio do campo, arrumou um bastante de aproximadamente 2 metros e amarrou a galinha a ele. Desse modo, de repente, o mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a exatamente onde o barbante lhe permitia chegar. Ali, ciscando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. Dia após dia acontecia o mesmo. De tanto andar nesse círculo, a grama que era verde foi desaparecendo e ficou somente terra. Era interessante ver delineado um círculo perfeito em volta dela. Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama verde, do lado de dentro só terra.
Depois de um tempo o dono se compadeceu da ave, pois ela que era tão inquieta e audaciosa, havia se tornado uma pacata figura. Então cortou o barbante que a prendia pelo pé e a deixou solta.

Agora estava livre, o horizonte seria limite, poderia ir onde quisesse. Mas, estranhamente, a galinha mesmo solta, não ultrapassava o limite que ela própria havia feito. Só ciscava e andava dentro do círculo, seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora mas não tinha coragem suficiente para se “aventurar” a ir até ela. Preferiu ficar do lado conhecido. Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu.

Quem sabe esta história traga a memória a vida de alguém conhecido. Nasce livre, tendo somente seus desejos como limite, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos seus pés fiquem presos a um chão que se torna habitual pela rotina. Olha para além do limite, que ele mesmo cria, com grande desejo e alimentando fantasias a respeito do que lá possa haver. Mas não tem a coragem para sair e enfrentar o que é desconhecido. Diz: “Sempre se fez assim, para que mudar? Ou meu avô, meu pai sempre fizeram assim, como eu iria mudar agora?

Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de ir à frente e tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram que têm a ousadia de recomeçar, porém, eles próprios, queixando-se e lamentando-se, buscam algum culpado e vão ficando no lugar, dentro do limite o qual só existe na sua imaginação.
A características do mercado sempre foi, coroar com o reconhecimento aqueles que inovam, criam ou provocam situações que chamem a atenção. O segredo do sucesso está na criatividade. Criar significa pôr em prática alguma coisa que não existe. Arriscar significa correr risco de perdas. Isto é de fato, mas como se poderá saber o final da história se não se caminha até o fim.

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A formiga e a pomba


A formiga e a pomba

Esopo

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.

Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem.

Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.

A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo.

Moral da História:
Quem é grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.

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Miolo de pão


Miolo de pão

Autor desconhecido

Um casal tomava café no dia das suas bodas de ouro. A mulher passou a manteiga na casca do pão e deu para o seu marido, ficando com o miolo.

Pensou ela: - Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais meu
marido e, por 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer o
meu desejo".

Para sua imediata surpresa o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:

- Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, eu jamais ousei pedir !
Assim é a vida... Muitas vezes nosso julgamento sobre a felicidade alheia pode ser responsável pela nossa infelicidade... Diálogo, franqueza, com delicadeza sempre, são o melhor remédio.


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Milho de pipoca


Milho de pipoca

Extraído do livro "O amor que acende a lua" de Rubem Alves

“Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre”

Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.

Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora:

perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro:

pânico, medo, ansiedade, depressão ou ofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela,
lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou:
vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma,
ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente,
algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.

Não vão dar alegria para ninguém.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O cão e o osso


O cão e o osso

Esopo

Um cachorro costumava atacar sorrateiramente e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente.

Seu dono então, pendurou um sino em seu pescoço pois assim ele alertava as pessoas de sua presença onde quer que estivesse.

O cachorro cresceu orgulhoso, e, vaidoso do seu sino caminhava tilintando-o pela rua.

Um velho cão de caça então lhe disse:

- Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega não é, acredite, nenhuma honra ao mérito, mas ao contrário, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.

Moral da História:
Engana-se quem pensa que Notoriedade é fama.

O asno e o velho pastor


O asno e o velho pastor

Esopo

Um Pastor observava tranqüilo seu Asno pastando em uma verde pradaria.

De repente ouviu ao longe os gritos de uma tropa inimiga que se aproximava rapidamente.

Ele rogou ao animal para que este corresse levando-o na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de que não fossem ambos capturados. O Asno com calma, falou:

- Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego, outros dois?

- Não. - Respondeu o Pastor.

- Então - Disse o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já possuo, que diferença faz a quem estou servindo?


Moral da História:
Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.

O asno com pele de leão


O asno com pele de leão

Esopo

Um Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de Leão, vagou pela floresta e divertia-se com o pavor dos animais que ia encontrando pelo seu caminho.

Por fim encontrou uma Rapôsa, e, ele tentou amedrontá-la também. Mas Rapôsa tão logo escutou o som de sua voz, exclamou:

- Eu provávelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro.


Moral da História:
Um tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras dirão a todos quem na verdade é.

O asno, a raposa e o leão


O asno, a raposa e o leão

Esopo

O Asno e a Raposa tendo feito um acordo de proteção mútua, entraram na floresta em busca de alimento.

Não foram muito longe e encontraram um Leão.

A Raposa, vendo o perigo iminente, aproximou-se do Leão e propôs um acordo onde iria ajudá-lo a capturar o Asno, se este desse sua palavra de honra que ele próprio não seria molestado.

Diante do compromisso assumido do Leão, a Raposa atraiu o Asno a uma profunda gruta e o convenceu a entrar lá dentro.

O Leão vendo que o Asno já estava assegurado, imediatamente agarrou a Raposa e quando achou mais conveniente, também atacou o Asno.

Moral da História:
Uma pessoa sem escrúpulos persegue apenas seus interesses. Pouco importa os meios que use para consegui-lo. Assim, ele passará por cima de todos não respeitando sequer seus aliados. Por isso mesmo, nunca confie em seus inimigos.

Nó górdio


Nó górdio

Autor desconhecido

Há centenas de anos existia o pequeno reinado asiático de Frígia. O seu único motivo de fama residia numa carroça especial estacionada em um dos pátios. A carroça estava presa a uma canga por um espantoso nó, chamado de nó górdio. Diziam as profecias que quem o desfizesse conquistaria o mundo.

Mas, durante mais de 100 anos, o nó górdio desafiara todos os esforços de inteligentes reis e guerreiros. Alexandre, o jovem Rei da Macedônia, viajou até Frígia para experimentá-lo. No dia designado, o pátio encheu-se de curiosos. Todos haviam falhado, pensavam, e dessa forma, com que novo método poderia Alexandre ter êxito ? Sacando da espada, Alexandre cortou, sem dificuldade, o nó em dois.

Muitas pessoas estão tentando desatar nós em suas vidas e sem exito acabam desistindo de seu objetivo. Ficam emaranhados com os problemas da vida. E anos e anos se passam sem uma solução. Tem coisas na nossa vida que precisamos cortar, ainda que isso resulte em perdas. Pessoas querem desatar os nós sem querer cortar a corda, pois estimam a tal. Mas nisso ficam presos na própria corda. Por isso não pense duas vezes, "corte o seu nó".

domingo, 4 de abril de 2010

O cachorro e a sombra


O cachorro e a sombra

Esopo

Um cachorro, ao cruzar uma ponte sobre um riacho carregando um pedaço de carne na boca, viu sua própria imagem refletida na água e pensou que fosse outro cachorro com um pedaço com o dôbro do tamanho do que carregava.

Êle então largou sua carne, e, ferozmente atacou o outro cachorro para tomar-lhe aquele pedaço que era bem maior que o seu.

Agindo assim êle perdeu ambos; Aquele que tentou pegar na água, pois era apenas um reflexo; e o seu próprio que caiu no riacho e foi levado pela correnteza.

Moral da História:
Quem desiste do certo pelo duvidoso é um tolo duas vezes imprudente.

A balança


A balança

Autor desconhecido

Quando menino eu vivia brigando com meus companheiros de brinquedos. E voltava para casa lamuriando e queixando-me deles. Isto ocorria, as mais das vezes, com Beto, o meu melhor amigo.

Um dia, quando corri para casa e procurei mamãe para queixar-me do Beto ela me ouviu e disse o seguinte:

- Vai buscar a sua balança e os blocos.

- Mas, o que tem isso a ver com o Beto?

- Você verá... Vamos fazer uma brincadeira.

Obedeci e trouxe a balança e os blocos. Então ela disse:

- Primeiro vamos colocar neste prato da balança um bloco para representar cada defeito do Beto. Conte-me quais são.

Fui relacionando-os e certo número de blocos foi empilhado daquele lado.

- Você não tem nada mais a dizer? Eu não tinha e ela propôs: Então você vai, agora, enumerar as qualidades dele. Cada uma delas será um bloco no outro prato da balança.
Eu hesitei, porém ela me animou dizendo:

- Ele não deixa você andar em sua bicicleta? Não reparte o seu doce com você?
Concordei e passei a mencionar o que havia de bom no caráter de meu amiguinho. Ela foi colocando os blocos do outro lado. De repente eu percebi que a balança oscilava. Mas vieram outros e outros blocos em favor do Beto.

Dei uma risada e mamãe observou:

- Você gosta do Beto e ficou alegre por verificar que as suas boas qualidades ultrapassam os seus defeitos. Isso sempre acontece, conforme você mesmo vai verificar ao longo de sua vida.

E de fato. Através dos anos aquele pequeno incidente de pesagem tem exercido importante influência sobre meus julgamentos. Antes de criticar uma pessoa, lembro-me daquela balança e comparo seus pontos bons com os maus. E, felizmente, quase sempre há uma vantagem compensadora, o que fortalece em muito a minha confiança no gênero humano.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fortuna e o mendigo


Fortuna e o mendigo

Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral
William J. Bennett - Editora Nova Fronteira

Um dia, um mendigo esfarrapado estava se arrastando de casa em casa, carregando uma malinha velha; em cada porta, pedia alguns centavos para comprar comida. Queixava-se da vida, imaginando por que as pessoas que tinham bastante dinheiro nunca estavam satisfeitas, sempre querendo mais.

- Por exemplo, o dono desta casa - disse - , eu o conheço muito bem. Sempre foi bem nos negócios e, há muito tempo, ficou imensamente rico. Pena que não teve a sabedoria de parar por ali. Podia Ter transferido os negócios a outra pessoa e passado o resto da vida descansando. Mas, em vez disso, o que foi que ele fez? Resolveu construir navios, enviando-os para comerciar com países estrangeiros. Pensou que ia ganhar montanhas em ouro.

"Mas caíram fortes tempestades; os navios naufragaram e toda a sua riqueza foi engolida pelas ondas. Agora, todas as suas esperanças jazem no fundo do mar, e sua grande riqueza desapareceu, como se acordasse de um sonho."

"Há muitos casos como esse. Os homens nunca ficam satisfeitos enquanto não conseguem ganhar o mundo inteiro!"

"Quanto a mim, se tivesse o suficiente para comer e me vestir, não ia querer mais nada!"
Nesse momento, a Fortuna veio descendo a rua e parou quando viu o mendigo. Disse-lhe:

- Escute! Há muito tempo venho querendo ajudá-lo. Segure sua malinha enquanto eu despejo umas moedas de ouro nela. Mas só faço isso com uma condição: o que ficar na malinha será ouro puro, mas o que cair no chão vai virar poeira. Está compreendendo?
- Sim, sim, claro que compreendo - disse o mendigo.

- Então tome cuidado - disse a fortuna. - Sua malinha está velha, é melhor não a encher muito.

O mendigo estava tão contente que mal podia esperar. Abriu rapidamente a malinha e uma torrente de moedas de ouro foi despejada ali dentro. Logo, a malinha foi ficando muito pesada.

- Já é o bastante? - perguntou a Fortuna.

- Ainda não.

- Mas ela já não está rachando?

- Que nada!

As mãos do mendigo começaram a tremer. Ah, se a torrente de ouro pudesse fluir para sempre!

- Agora você já é o homem mais rico do mundo!

- Só maios um pouquinho - disse o mendigo. - Só mais uns punhados.

- Pronto, já está cheia. Essa malinha vai explodir!

- Mas ainda agüenta um pouquinho, só mais um pouquinho!

Caiu mais uma moeda - e a malinha estourou. O tesouro caiu ao chão e virou poeira. A Fortuna havia desvanecido. Agora, o mendigo só tinha mesmo a malinha vazia, ainda por cima rasgada de alto abaixo. Estava mais pobre do que antes.

Existem pessoas que estão engodados em suas próprias cobiças a ponto de não enxergarem a verdadeira riquesa diante deles.

Como aquele velho ditado:-"Quem quer tudo, acaba ficando com nada."

Muitas pessoas não sabem a hora de perceber o quanto estão fartos e sempre querem mais, mesmo que não precise, mas querem. Ainda que fique guardado, e nunca compartilham o fruto daquilo que um dia receberam.

Janelas de hospital


Janelas de hospital

Autor desconhecido

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte de seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que havia lá fora. A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Haviam patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se um belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia-o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre uma criança que quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente fizeram-no sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora... Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som da respiração parou. De manhã, a enfermeira encontrou o homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo.
Logo que apareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, olhou para fora da janela. Viu apenas um muro...

A vida é, sempre foi e será aquilo que o nós a tornamos. Valorize as pessoas que fazem o possível para tornar a sua vida melhor, faça essas pessoas mais felizes.

Jogue fora suas batatas


Jogue fora suas batatas

Autor desconhecido

O professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.

Algumas das bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados a bolsa com batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se deteriorando com o tempo. O incômodo de carregar a bolsa, a cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como o fato de que, ao colocar a atenção na bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.

Esta é uma grande metáfora do preço que se paga, todos os dias, para manter a dor, a bronca e a negatividade. Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria. Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.


"Jogue fora suas "batatas".

Ladrão


Ladrão

Autor desconhecido

u diante de um juiz. O magistrado pronunciou a sentença: pagar dez moedas de ouro. Mas o homem alegou que era uma multa muito alta, e o juiz, então, resolveu oferecer-lhe mais duas alternativas; receber vinte chibatadas, ou comer as duzentas cebolas. O ladrão resolveu comer as duzentas cebolas. Quando chegou à vigésima-quinta, os seus olhos estavam inchados de tanto chorar, e o estômago queimava como o fogo do inferno. Como ainda faltavam 175, e viu que não aguentava o castigo, pediu para receber as vinte chibatadas.

O juiz concordou. Quando o chicote bateu nas suas costas pela décima vez, ele implorou para que parassem de castiga-lo, porque não suportava a dor. O pedido foi aceite, mas o ladrão teve que pagar as dez moedas de ouro.

- Se tivesses aceitado a multa, terias evitado comer as cebolas, e não sofrias com o chicote - disse o juiz. - Mas preferiste o caminho mais difícil, sem entender que, quando se faz algo errado, é melhor pagar logo e esquecer o assunto.