quinta-feira, 24 de julho de 2008

guarda-noturno


Um guarda-noturno trabalhava numa empresa especializada em lapidação de diamantes.
Uma manhã ele contou a seu chefe um sonho que tivera na noite anterior.
Disse que o avião que ele viajaria com destino à Rússia sofreria um acidente e, em conseqüência, todos os passageiros morreriam.
Seu chefe, jovem executivo, dinâmico e empreendedor, tinha verdadeiro pânico de aviões.
Assustado com a informação do empregado, decidiu cancelar o vôo.
Três dias mais tarde, leu nas manchetes dos principais jornais que aquele avião caíra no mar e, até o momento, não havia notícias de sobrevi ventes...!
Imediatamente chamou o guarda-noturno, mostrou a notícia do jornal, agradeceu efusivamente pelo aviso que lhe salvara a vida e, a seguir, sem nenhuma explicação, despediu-o da companhia.
O guarda não compreendeu porque tinha sido despedido depois de salvar a vida do seu chefe

Pergunta:
- Por que o guarda foi mandado embora?

Não leia a resposta abaixo...

Pense um pouco...

Resposta:>

O empregado era guarda-noturno. Se teve um sonho à noite, é porque estava dormindo em serviço...!
Conclusão:
Chefe é chefe... Por melhor que você seja e por mais que você faça, você nunca agrada.
Então, Por fim:


DEIXE O CHEFE MORRER...

Mal-agradecido!>


Vai ver que é por isso que ele é chefe!!!!

A História do Ernani


A História do Ernani

Certa vez, trabalhei em uma pequena empresa de Engenharia. Foi lá que fiquei conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava de fazer brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas peças. Havia também o Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo. Sempre quieto, inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanche sozinho, num canto da sala. Ele não participava das brincadeiras que fazíamos após o almoço, sendo que, ao terminar a refeição, sempre sentava sozinho debaixo de uma árvore mais distante.

Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeiras e piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em seu chapéu. E o que achávamos mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo sem ficar bravo.

Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal. Antes, nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado da pesca para cada um de nós.

No seu retorno, ficamos todos muito animados quando vimos que ele havia pescado alguns dourados enormes. Mauro, entretanto, levou-nos para um canto e nos disse que tinha preparado uma boa peça para aplicar no Ernani.

Mauro dividira os dourados, fazendo pacotes com uma boa porção para cada um de nós.

Mas, a 'peça' programada era que ele havia separado os restos dos peixes num pacote maior, à parte.

- Vai ser muito engraçado quando o Ernani desembrulhar esse 'presente' e encontrar espinhas, peles e vísceras!,



- - disse-nos Mauro, que já estava se divertindo com aquilo.

Mauro então distribuiu os pacotes no horário do almoço.

Cada um de nós, que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela porção de peixe, então dizia: - Obrigado!

Mas o maior pacote de todos, ele deixou por último.

Era para o Ernani.

Todos nós já estávamos quase explodindo de vontade de rir, sendo que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação. Como sempre, Ernani estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa.

Mauro então levou o pacote para perto dele, e todos ficamos na expectativa do que estava para acontecer.

Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que, muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em três anos, ele provavelmente não tinha dito nem cem palavras ao todo.

Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.

Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um grande sorriso no rosto.

Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando.

Por alguns momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para baixo, até ele conseguir controlar sua emoção.

- Eu sabia que você não ia se esquecer de mim

- disse com a voz embargada. Eu sabia você é grandalhão e gosta de fazer brincadeiras, mas sempre soube que você tem um bom coração.

Ele engoliu em seco novamente, e continuou falando, dessa vez para todos nós.

- Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por má intenção.

- Sabem... Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que há quatro anos está presa na cama. E estou ciente de que ela nunca mais vai melhorar.

- Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira acordado, cuidando dela. E a maior parte do meu salário tem sido para os seus médicos e os remédios.

As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido difícil colocar comida para todos na mesa.

Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto... Bem, é que eu fico meio envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu sanduíche.

Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na minha marmita.

Mas eu quero que saibam que essa porção de peixe representa, realmente, muito para mim. Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à noite os meus filhos...

Ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos.

- Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de alguns anos... e ele começou a abrir o pacote...

Nós tínhamos estado prestando tanta atenção no Ernani, enquanto ele falava, que nem havíamos notado a reação do Mauro.

Mas agora, todos percebemos a sua aflição quando ele saltou e tentou pegar o pacote das mãos do Ernani. Mas era tarde demais.

Ernani já tinha aberto e pacote e estava, agora, examinando cada pedaço de espinha, cada porção de pele e de vísceras, levantando cada rabo de peixe.

Era para ter sido tão engraçado, mas ninguém riu. Todos nós ficamos olhando para baixo. E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir, falou a mesma coisa que todos nós havíamos dito anteriormente: - Obrigado!

Em silêncio, um a um, cada um dos colegas pegou o seu pacote e o colocou na frente do Ernani, porque depois de muitos anos nós havíamos, de repente, entendido quem era realmente o Ernani.

Uma semana depois, a esposa de Ernani faleceu.

Cada um de nós, daquele grupo, passou então a ajudar as cinco crianças.

Graças ao grande espírito de luta que elas possuíam, todas progrediram muito: Carlinhos, o mais novo, tornou-se um importante médico. Fernanda, Paula e Luisa montaram o seu próprio e bem-sucedido negócio: elas produzem e vendem doces e salgados para padarias e supermercados. O mais velho, Ernani Júnior, formou-se em Engenharia; sendo que, hoje, é o Diretor Geral da mesma empresa em que eu, Ernani e os nossos colegas trabalhávamos.

Mauro, hoje aposentado, continua fazendo brincadeiras; entretanto, são de um tipo muito diferente: ele organizou nove grupos de voluntários que distribuem brinquedos para crianças hospitalizadas e as entretêm com jogos, estórias e outros divertimentos.

Às vezes, convivemos por muitos anos com uma pessoa, para só então percebermos que mal a conhecemos. Nunca lhe demos a devida atenção; não demonstramos qualquer interesse pelas coisas dela; ignoramos suas ansiedades ou seus problemas. Que possamos manter sempre vivo, em nossas mentes, o ensinamento de Jesus Cristo:

Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros.

(João 13,34)

Repasso a história de Ernani, para que vejamos se não somos um pouco como Mauro e seus companheiros.

Se formos... por favor, há tempo de mudar sem dor.

Eu não sei se a história é real.

Eu sei que serve de Lição para a vida.

domingo, 20 de julho de 2008

ANTITETÂNICA


ANTITETÂNICA

Ao ver o marido vestindo o paletó, a esposa perguntou:

- Onde você vai?

- Vou ao médico - respondeu ele.

E ela:

- Por quê? Você está doente?

- Não. Vou ver se ele me receita esse tal de Viagra.

A esposa levantou-se da cadeira de balanço e começou a vestir o casaco.

Ele perguntou:

- E você? Aonde você vai?

- Ao médico, também - respondeu ela.

- Por quê?

- Quero pedir para tomar uma vacina antitetânica.

- Mas, por quê?

-Vai que essa coisa velha e enferrujada volte a funcionar.

O teste da banheira...


O teste da banheira...


Durante visita a um hospital psiquiátrico um dos

visitantes perguntou ao diretor:

"Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa

ser hospitalizado aqui?"

Respondeu o diretor:

"Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos

ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos

que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida

realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não."

"Entendi" disse o visitante e complementou:

"Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher."

"Não" respondeu o diretor, "uma pessoa normal tiraria a "tampa do ralo".

O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria ?"



Dedicado a todos que escolheram o balde.. ...

Um grande abraço a todos!

LAUDY,

sábado, 19 de julho de 2008

Pr. John Harper - O último herói do Titanic

Pr. John Harper - O último herói do Titanic
"Às 11:40 da noite de 14 de abril de 1912, um iceberg rasgou o lado estibordo do navio, jogando gelo por todo o convés e arrebentando seis compartimentos estanques..."

Enquanto as águas escuras e geladas do Atlântico enchiam lentamente o convés do Titanic, John Harper gritava: "Deixem as mulheres, crianças e descrentes subirem nos barcos salva-vidas." Harper tirou seu salva-vidas - a última esperança de sobrevivência - e o entregou a outro homem. Depois que o navio desapareceu sob a água escura, deixando Harper se debatendo nas águas geladas, ouviram-no incentivando os que estavam à sua volta a confiar em Jesus Cristo. Era a noite de 14 de abril de 1912. Uma noite de heróis, e John Harper foi um deles. Apesar das águas que o tragavam serem extremamente frias e do mar à sua volta estar escuro, John Harper deixou este mundo numa resplandecente glória.

Os atos de coragem de Harper foram espontâneos. Ele não tinha motivo para imaginar que o Titanic afundaria, nem tempo para escrever um roteiro. Uma revista comercial, The Shipbuilder, descreveu o Titanic como "praticamente insubmergível". No dia 31 de maio de 1911, um empregado da Companhia de Construção Naval White Star disse: "Nem mesmo o próprio Deus pode afundar esse navio". O Titanic representava toda a segurança, elegância e confiança da era vitoriana-edwardiana. A Associated Press era entusiasta do navio, declarando: "Tudo que a riqueza e a habilidade modernas podiam produzir estava incorporado no Titanic, o navio mais longo já construído, com mais de 4 quadras de comprimento.., com acomodações para uma tripulação de 860 pessoas e capacidade para 3.500 passageiros, ele foi construído com o mesmo cuidado dedicado aos melhores cronômetros". A ostentação e o tamanho recorde do Titanic impressionaram a era dourada da construção naval. Seus motores de 50.000 HP que produziam a velocidade de 24 nós por hora eram protegidos por dezesseis compartimentos estanques. Cada um era protegido por estruturas de aço. Na época do seu lançamento, o Titanic era o maior objeto móvel manufaturado do mundo. Depois de fazer as duas primeiras paradas para passageiros e correio em Cherbourg e Queenstown, Irlanda, os passageiros se sentiram ainda mais seguros. Harper escreveu numa carta para seu amigo Charles Livingstone antes de atracar em Queenstown, dizendo: "Até agora a viagem é tudo que se pode desejar."

Às 11:40 da noite de 14 de abril de 1912, um iceberg rasgou o lado estibordo do navio, jogando gelo por todo o convés e arrebentando seis compartimentos estanques. O mar se infiltrou. A maioria dos passageiros não acreditava que o Titanic afundaria até que a tripulação começou a lançar foguetes de sinalização para o alto. Charles Pellegrino disse: "A água brilhou por todos os lados. Barcos salva-vidas podiam ser vistos nela... Naquele enorme facho de luz artificial, as mentes também foram iluminadas. Todos entenderam a mensagem dos foguetes por si próprios". Depois dos foguetes, ninguém precisava ser convencido a entrar nos barcos salva-vidas. De repente, quando a água alcançou a metade da ponte de comando, um estrondo que parecia um milhão de pratos quebrando, cortou a noite. Enquanto a popa do Titanic subia alto no céu para se preparar para seu mergulho ao fundo do mar, um barulho terrível como uma explosão abalou o ar da noite. Passageiros davam-se as mãos e se jogavam na água. Às 2:20 da manhã o Titanic começou sua descida lenta para o fundo do mar, deixando uma nuvem emergente de fumaça e vapor acima do seu túmulo. Nas águas geladas do Atlântico Norte, na calada da noite, o navio mais famoso do mundo terminou sua primeira e última viagem, mas alcançou uma mística náutica que só perde para a da arca de Noé. Tudo aconteceu tão rápido, que Harper só pôde reagir. Sua reação deixou um exemplo histórico de coragem e de fé. "Os heróis da humanidade", disse A. P Stanley, "são como as montanhas, como os planaltos do mundo moral". John Harper foi um desses heróis.

A Parte Mais Difícil do Seu Heroismo

Nunca é fácil assumir tais ações heróicas, e para John Harper foi excepcionalmente difícil. Sua filha pequena, Nana, estava viajando com ele. Quatro anos antes, a mãe dela adoeceu e morreu. Agora, Harper sabia, Nana ficaria órfã aos seis anos de idade.

Quando o alarme indicou o fim do Titanic, Harper imediatamente entregou Nana a um capitão do convés com ordens para colocá-la num barco salva-vidas. Então ele saiu para socorrer os outros. Nana foi resgatada e mandada de volta à Escócia, onde cresceu, casou-se com um pastor, e dedicou toda a sua vida ao Senhor a quem seu pai tinha servido.

Certa vez, depois de Harper escapar por pouco de se afogar aos 26 anos, ele disse: "O medo da morte não me preocupou em momento algum. Eu acreditava que a morte súbita seria glória súbita, mas havia uma menininha sem mãe em Glasgow". Agora, essa menininha ficaria sem mãe e sem pai. Com certeza essa foi a parte mais difícil para Harper.

O Herói em Contraste

O heroismo altruísta desse escocês é acentuado pela conduta contrastante de muitos colegas passageiros nessa viagem mortal. Enquanto Harper entregava seu colete salva-vidas, um banqueiro americano conseguiu colocar um cachorro de estimação num barco salva-vidas, deixando 1.522 pessoas sem ajuda. Não havia um espírito de "afundar com o navio". Dos 712 salvos, 189 eram, inclusive, homens da tripulação. O coronel John Jacob Astor tentou escapar com sua mulher num barco salva-vidas e foi detido pelo segundo-oficial Charles Lightoller. Astor era o homem mais rico do mundo, mas isso foi insuficiente para forçar a sua entrada num simples barquinho salva-vidas. Daniel Buckley se disfarçou de mulher na tentativa de conseguir um lugar no barco. Os passageiros da primeira classe, no primeiro barco salva-vidas a ser baixado, se recusaram a voltar e recolher pessoas que estavam se afogando, apesar de haver espaço para muitos outros serem salvos. A Sra. Rosa Abbott, a única mulher a afundar com o navio e sobreviver, disse que um homem tentou subir nas suas costas forçando-a para baixo da água e quase afogando-a.

O Sr. Bruce Ismay, um dos donos do Titanic, diretor administrativo da Companhia White Star e o responsável por não haver barcos salva-vidas [suficientes] a bordo, tornou-se o marinheiro mais infame desde o Capitão Bligh. Ele subiu num barco salva-vidas enquanto centenas de mulheres permaneceram no navio condenado. O Capitão Smith ordenou a seus homens: "Façam o melhor que puderem para as mulheres e crianças, e cada um cuide de si". Ao mesmo tempo, John Harper mandava os homens fazerem o que podiam para as mulheres e crianças e cuidarem dos outros.

Uma Ambição Inabalável

Quando o monstruoso iceberg partiu as ambições dos outros em pedaços, Harper demonstrou sua ambição inabalável que nem a morte podia afetar. Ele declarou Jesus Cristo como a esperança do homem até o fim, ao contrário de outros que foram forçados a encarar a insensatez de suas ambições. Um certo Sr. Hoffman raptou seus filhos, Lolo e Momon, que ficaram conhecidos como as ‘‘crianças abandonadas do Titanic". Seu único desejo fora tirar suas crianças de perto da mãe. Mas, diante da morte, ele as colocou num barco salva-vidas, certificando-se de que elas voltariam para a mãe delas em Nice, França. John Phillips, um tripulante presunçoso, mandou o navio The Ca/ifornian "calar a boca" depois que este enviou pelo rádio o sexto aviso de icebergs no trajeto do Titanic. Ao encarar a morte, sua presunção desapareceu e ele clamou: "Deus me perdoe... Deus me perdoe". O pai de Michel e Edrnond Navratil levou seus dois meninos a bordo do Titanic numa viagem sem volta para a América a fim de escapar para sempre da esposa, que ele tinha pego tendo um caso com um oficial de cavalaria italiano. Abandonando sua ambição, Navratil colocou seus meninos num barco salva-vidas. Suas últimas palavras foram: "Digam à sua mãe que serei sempre dela".

O projetista do Titanic passou os momentos finais da sua vida no salão de fumar, observando um painel na parede que dizia: "O Novo Mundo Por Vir". Seu colete salva-vidas foi deixado de lado, demonstrando o fim do que fora um belo sonho por parte dele, dos donos do navio e do público.

A Sra. Isador Straus, cujo marido era dono da Loja de Departamentos Macy’s, não entrou num barco salva-vidas. Ela disse ao seu marido: "Onde você for, eu vou"; ajudou sua criada a entrar no barco número oito e colocou seu casaco de pele nos seus ombros, dizendo-lhe: "Mantenha-se aquecida. Eu não vou precisar dele".

Benjamin Guggenheim e seu criado Victo Giglio apareceram no convés em trajes de gala como dois comediantes orgulhosos, dizendo: "Nos vestimos com o melhor e estamos preparados para afundar como cavalheiros".

Jogadores de cartas trapaceiros, que viajavam com identidades falsas e tinham roubado $30.000 dos passageiros, pararam com suas trapaças. O instrutor T. W McCawley, que estava ensinando pessoas a montar em cavalos e camelos mecânicos, interrompeu suas aulas. O fascínio das camas luxuosas, lareiras, banhos turcos com câmaras refrigeradas douradas e da primeira piscina construída num transatlântico terminou. Passageiros no salão da primeira classe cessaram as suas festas e desfilaram no convés com coletes salva-vidas sobre os trajes de gala. As reuniões de negócios pararam. O falatório das socialites cessou. Mas, com o seu último suspiro, John Harper, sem desanimar, continuou o trabalho da sua vida: convencer homens a "crer no Senhor Jesus Cristo".

Harper Conhecia Bem os Terrores do Afogamento

A coragem de Harper não vinha da ignorância. Provavelmente ninguém no Titanic conhecia tão bem os terrores do afogamento como John Harper. Aos dois anos de idade ele caiu num poço e foi ressuscitado a tempo por sua mãe. Aos vinte e seis anos, Harper foi levado a alto mar por um correnteza e sobreviveu por pouco. Aos trinta e dois anos ele encarou a morte num navio com vazamento no Mediterrâneo. Talvez essa fosse a maneira de Deus testar esse servo para a sua missão de último aviso no Titanic.

Harper já sabia o que centenas de pessoas descobriram naquela noite trágica - afogamento é uma morte terrível. Will Murdoch, o primeiro-oficial do Titanic, foi incapaz de enfrentar uma morte lenta na água e se matou com um tiro quando a ponte de comando afundou. Muitos dos 1.522 homens, mulheres e crianças abandonados a bordo gritaram até ficar num silêncio terrível. Em contraste, um John Harper confiante encarou a morte com segurança absoluta de que Jesus derrotou a morte e deu-lhe a dádiva da vida eterna. Essa segurança ultrapassou os terrores do afogamento.

A Paixão de Toda a Sua Vida

O heroismo de Harper não foi apenas um momento glorioso de uma vida sem atos heróicos. Ele amou, chorou, orou e trabalhou pelos outros durante toda a sua vida. Harper recuperou alcoólatras, jogadores, e brigões. Como pastor, às vezes, passava a noite inteira na sua igreja orando pelas suas centenas de membros individualmente. Harper trabalhava dia e noite, nos lares e nas ruas, indicando uma vida melhor para os desamparados. Ele trabalhava sem cessar entre os pobres, procurando ajudá-los.

A labuta fatigante de Harper era realizada apesar de sua má saúde. No verão de 1905, a enfermidade o incapacitou por seis meses, acabou com sua saúde e roubou sua bela e ressonante voz. Seu corpo nunca mais foi o mesmo, restando apenas um esqueleto do homem que fora. A pele pálida, o corpo frágil e as enfermidades constantes de Harper eram as marcas de alguém que se recusava a parar para descansar. Porém, apesar da má saúde e do corpo cansado, Harper era sagaz e alegre. Esse servo dedicado era conhecido por ser "glorificado na sua fraqueza". Na noite anterior ao naufrágio do Titanic, enquanto os outros jogavam e descansavam, John Harper foi visto no convés do navio tentando com todo zelo levar um rapaz a crer em Cristo.

Harper Teve uma Oportunidade de Escapar do Titanic

Os atos heróicos de John Harper no Titanic assumem uma dimensão maior quando se considera sua oportunidade de ter evitado o desventurado navio. A principio estava marcado que Harper iria no navio Lusitania para pregar na Igreja Memorial Moody em Chicago. Ao invés disso, ele se levantou e informou aos homens da Missão Seaman’s Center em Glasgow que os planos foram mudados e ele partiria no Titanic para a igreja Memorial Moody de Chicago. Em 1911, ele havia tido as melhores conferências desde os dias do grande D. L. Moody, e a igreja o convidou novamente para três meses de reuniões.

O Sr. Robert English levantou-se numa reunião no Seaman’s Center e suplicou que Harper não viajasse para Chicago. English disse a Harper que estava orando e teve um pressentimento de que aconteceria um desastre se ele fizesse essa viagem. Ele se ofereceu para pagar a passagem se Harper adiasse a sua viagem. Vários outros testemunharam o fato de que English insistiu com Harper, inclusive Willie Burns, que estava presente na reunião em Glasgow, e as duas netas de English, Mary Whitelaw e Georgina Smith, ambas membros da Igreja Memorial Harper.

As palavras de English foram muito semelhantes às palavras ditas ao apóstolo Paulo por um profeta chamado Ágabo 1.900 anos antes. Ágabo atou suas mãos e seus pés, dizendo: "Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios". A recusa de Harper de voltar atrás foi muito parecida com a reação de Paulo: "Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus"(Atos 21.10-13). Ambos, Paulo e Harper, tinham um senso de propósito divino com relação às suas viagens, e ambos estavam dispostos a morrer para realizar esse propósito.

As advertências proféticas dadas a esses dois homens de Deus indicam que o Senhor aprovou seu sacrifício. A advertência de Ágabo deu um senso de propósito divino a Paulo quando ele viajou a Jerusalém onde pregaria o Evangelho, seria preso e condenado à morte. A advertência do Sr. English deu a Harper o mesmo senso de propósito divino quando ele se tornou a testemunha final num navio da morte.

No Final só Havia Duas Classes de Passageiros

Depois que o Titanic afundou, o escritório da White Star em Liverpool, Inglaterra, colocou um grande painel de cada lado da entrada principal. Em um deles escreveram com letras grandes: "Identificados como Salvos", e no outro: "Identificados como Desaparecidos". Quando a viagem do Titanic começou havia três classes de passageiros. Mas, quando ela terminou o número foi reduzido a duas — os que foram "salvos" pelos barcos salva-vidas e os que ficaram "perdidos" nas águas profundas.

Parentes e amigos dos passageiros do navio esperavam do lado de fora do escritório da White Star. Quando notícias sobre um passageiro chegavam, seu nome era escrito num pedaço de papelão. Então um empregado levava o nome até o portão. De frente para a multidão ele levantava o papelão; a multidão ficava num silêncio mortal. Todos observavam ansiosamente para ver em qual dos painéis o nome seria colocado.

John Harper mergulhou na morte com desprendimento total, sabendo que estaria entre os passageiros perdidos. Mas ele tinha certeza absoluta de que seu nome estaria na lista dos "salvos" diante do trono de Deus. Lorde Mercer expressou assim a atitude de Harper com relação à morte: "Numa única noite, entre o anoitecer e o amanhecer, durante algumas poucas horas de inconsciência de muitos que dormiam tranqüilamente, partiram desta terra centenas de vidas, algumas ricas em promessas e futuros aparentemente felizes, levando com elas todas as esperanças de outras pessoas. Mas a constância e a coragem cristãs, a renúncia absoluta e o heroísrno inabalável com que tantos encararam seu fim, nos ajudam a perceber que a morte não é o fim de todas as coisas e que esta vida é apenas a entrada para a vida verdadeira, que ela é apenas o portal da eternidade".

O Último Convertido de John Harper

Duas horas e quarenta minutos depois do Titanic colidir com o iceberg, ele afundou nas águas geladas. Centenas se ajuntaram em barcos e botes salva-vidas, e outros se agarraram a pedaços de madeira esperando sobreviver até que chegasse socorro. Durante cinqüenta minutos horríveis os gritos de socorro encheram a noite. Eva Hart disse: "O som das pessoas se afogando é algo que não posso descrever para você. E ninguém mais pode. É um som horrível. E há um silêncio terrível que o segue". O sobrevivente coronel Archibald Gracie chamou isso de "a cena mais lastimável e horrível de todas. Os gritos comoventes dos que estavam à nossa volta ainda soam nos meus ouvidos, e eu me lembrarei deles para o resto da minha vida".

Durante aqueles 50 minutos, um homem agarrado a uma tábua chegou perto de John Harper. Harper, que estava se debatendo na água, gritou: "Você é salvo?" A resposta foi: "Não". Harper gritou as palavras da Biblia:

"Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo". Antes de responder, o homem sumiu na escuridão.

Mais tarde, a correnteza os aproximou novamente. Mais uma vez Harper, que estava morrendo, gritou a pergunta: "Você é salvo?" Mais uma vez ele recebeu a resposta: "Não". Harper repetiu as palavras de Atos 16.31: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo".

Harper, que estava se afogando, soltou, então, as mãos do objeto em que se segurava na água gelada e desceu para seu túmulo no oceano. O homem que ele tentou evangelizar confiou em Jesus Cristo. Mais tarde ele foi socorrido pelos barcos salva-vidas do navio S.S. Carpathia. Em Hamilton, Ontario, este sobrevivente testemunhou que foi o "último convertido" de John Harper.

O último convertido de Harper foi alcançado pelas últimas palavras de Harper: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo".

Houve muitos heróis no Titanic, mas ajudando os outros enquanto se afogava, John Harper foi o último.

A Formação de um Herói

John Climie

Faz cerca de vinte anos, talvez um pouco mais, que conhecemos o Sr. Harper pela primeira vez. Nossa lembrança mais antiga dele era dos seus trabalhos no Evangelho em Bridge-of-Weir. Na época ele só parecia um rapaz crescido. Mas naquele tempo, como durante toda a sua carreira pública, a chama do Senhor ardia intensamente no seu coração.

A Conversão de John Harper

Ele nasceu em Houston, Renfrewshire, no dia 29 de maio de 1872, e foi no último domingo de março de 1886, quando tinha treze anos e dez meses de idade, que aceitou Jesus. Ele nunca foi um rapaz de confusão. Sua juventude desde a pré-adolescência foi moldada e protegida por sua fé no Senhor Jesus Cristo. O amor de Deus foi derramado no seu coração, e permeou sua vida completamente, formando seus pensamentos, induzindo à ação no momento certo, e preservando-o do mal que está neste mundo. Foi através de João 3.16: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", que o caminho da salvação ficou claro no seu coração e na sua mente. Esse tem sido o meio de iluminar multidões. Foi o que o iluminou, e o libertou do medo. "O perfeito amor lança fora o medo".

Ele recebeu a verdade por amá-la, e a verdade o libertou. Nas palavras esclarecedoras daquele texto, ele viu Jesus como a dádiva de Deus oferecida ao mundo inteiro, e, portanto, para ele corno habitante deste mundo. Ele recebeu essa dádiva com ações de graça, e uma nova vida começou.

Aqueles que dirigiam o culto em que ele aceitou o Salvador foram abençoados com muitas conversões, mas convertidos como John Harper são raros. As vezes há grande júbilo e muitos aleluias quando um pecador notório se converte, mas, infelizmente, muitas vezes a alegria dura pouco. Algumas pessoas por quem houve muito regozijo, mais tarde provaram ser pouco confiáveis.

Não se sabe se houve alegria especial quando o menino do interior aceitou Jesus naquela noite, mas depois que recebeu a Palavra, ele a guardou num coração sincero, e mais adiante deu frutos com paciência. A palavra de João 15.16 poderia se referir a ele: "eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça".

Não é necessário que os homens tenham se afundado no pecado para terem utilidade especial para Cristo depois que a graça redentora de Deus os tenha alcançado. No exercício do seu ministério público, o Sr. Harper jamais se afastou de Deus caindo profundamente em pecado. Contudo, ele foi o instrumento de Deus para levar ao Salvador muitos que estavam totalmente extraviados. Desde o começo ele foi claramente, pela vontade de Deus, "um vaso para honra, santificado, e adequado para o uso do Mestre".

E para o louvor do Senhor que Deus pode e consegue mudar as vidas de homens degradados e infames, dando-lhes um lugar de honra e distinção na Sua obra. Mas as ações malignas deles antes da conversão, às vezes, são uma armadilha para eles depois da conversão, ao invés de um auxílio no serviço para Cristo. Uma vida pura antes da conversão é um recurso valioso.

A Herança de Pais Tementes a Deus

John Harper nasceu e foi criado num lar cristão, como será relatado mais tarde neste livro. Seus pais. pobres neste mundo, eram herdeiros do Reino que Deus prometeu aos que O amam. Quanto mais lares cristãos, melhor, não só para a igreja, mas para a nação também. Ser criado no cuidado e conselho do Senhor, num ambiente de oração e de reverência à Palavra de Deus, é ser selado na juventude com marcas que são de grande valor, apesar de ocasionalmente os resultados esperados demorarem a aparecer.

Ser criado no temor de Deus é uma herança de valor inestimável. Apesar de ter sido num domingo à noite em março de 1886 que o menino de quase quatorze anos aceitou a Cristo, havia todas as marcas dos anos anteriores guardadas na sua mente jovem. Não foi em vão que ele ouviu durante esses anos marcantes as orações e súplicas de seu pai e a exposição da Palavra de Deus naquele lar simples. A lenha foi colocada na lareira do seu coração, e eis que naquela noite de domingo uma fagulha de amor divino caiu sobre ela, e a chama se acendeu.

Uma Experiência Marcante na Vida de Harper

Durante os quatro anos que se seguiram não houve nada de especial sobre ele, pelo menos nada que previsse a grande utilidade que marcaria sua vida futura. Ele ia freqüentemente às reuniões bíblicas que eram realizadas com entusiasmo por alguns jovens da vila, com a ajuda de pastores de outros lugares. Ele ficou livre de amizades comprometedoras, e firmou-se na fé moderadamente e sem ostentação.

Mas depois de quatro anos e quatro meses, quando tinha acabado de fazer dezoito anos de idade, ele passou por uma experiência maior. O crescimento é uma lei do Reino de Deus. As vezes é bem devagar e quase imperceptível. Outras vezes é espantosamente rápido. Alguns homens crescem mais numa hora de temor perante as coisas de Deus do que outros que levam anos para crescerem. Seja qual for a nova experiência, é sem dúvida o Espírito de Deus agindo para o crescimento em graça, levando a alma a um espaço mais extenso, ampliando o horizonte, clareando a visão, implantando ideais mais nobres.

Uma Visão de Esperança

Foi no ano de 1890 que John Harper teve a conscientização que o selou para o ministério público. Ele estava em casa sozinho num sábado à tarde no mês de junho. Ao redor da sua casa na vila, a natureza estava exuberante. Junho é o rei dos meses de verão na Escócia. As flores desabrochavam. Os pássaros cantavam. O sol brilhava. Mas enquanto outros jovens deviam estar passeando nos campos verdes ou pelos riachos, dentro daquela casa na vila o Espírito de Deus levava um jovem a pastos verdejantes e águas de descanso.

Uma clareza arrebatadora foi dada a ele, quase devastadora na sua intensidade, na qual ele viu e sentiu como nunca havia sentido antes o propósito de Deus na Cruz de Cristo. No amor de Cristo pelos homens como visto no Calvário ele admirou, de forma mais completa, uma porta de esperança aberta para um mundo pecador, e juntamente com essa revelação nova ele sentiu que Deus o chamava, e entregava-lhe uma parte no ministério de reconciliação. No dia seguinte seus lábios estavam abertos. Assumindo sua posição na rua da sua cidade natal, ele começou a compartilhar um apelo fervoroso para que os homens se reconciliassem com Deus.

Um Pastor Sem Curso Teológico

Toda instrução que ele recebeu foi obtida no colégio na sua cidade natal, e como muitos outros rapazes ele não se entusiasmava com a escola. Ele estava ansioso por trabalhar, pensando como outros da sua idade que o trabalho é sinal de maturidade. Além disso, tudo que podia ganhar era necessário em casa. Logo que pôde sair da escola, suas mãos estavam ocupadas com o trabalho. Ele trabalhou com jardinagem por um tempo, mas estava empregado numa fábrica de papel quando teve a maravilhosa experiência e o chamado para o ministério.

Nenhuma universidade jamais teve a oportunidade de moldá-lo. Ele foi treinado pela mão de Deus para o ministério, não tendo freqüentado curso teológico formal. Talvez isso tenha diminuído seu "status" aos olhos de alguns, mas não diminuiu seu zelo pelo bem-estar moral e espiritual do seu próximo. E, afinal, não é o que o homem adquire com a escolaridade, mas o que o homem realiza que tem valor entre homens justos.

A Palavra de Deus era Sua Doutrina

Ele tinha uma mente organizada, o que ficou mais evidente com o passar do tempo, e era um estudante dedicado de obras teológicas. Quando jovem, absorveu muito da doutrina calvinista, mas do tipo muito rígido e restrito. Porém, à medida em que cresceu em graça e conhecimento, sua mente se expandiu, e não teve dificuldade em crer em qualquer verdade ou sistema de doutrina que tivesse base bíblica. Ele adotou e seguiu a Soberania Divina e o Livre Arbítrio como esses termos são entendidos popularmente, acreditando que eram baseados na Palavra de Deus. Dizia não saber explicar como eles co-existem, e não discutia sobre esses termos, reconhecendo, como os homens mais sábios e dedicados de todas as gerações, que eles são assuntos de fé e não de debate.

Ele era um estudante zeloso da Bíblia. Lia a Escritura Sagrada. Meditava nela. Usava qualquer comentário que pudesse esclarecê-la, ou que o ajudaria a aprender com ela. Submeteu-se à sua autoridade. Interpretou-a. Poucos podiam usá-la melhor que ele "para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça". Aceitava qualquer forma de doutrina encontrada nela. Fazia isso com persistência. Apegava-se a toda instrução que ela lhe dava. Ele a amava como à sua própria vida. Toda doutrina que não se encontrava nas Escrituras Sagradas, não importava quão bem apresentada, nem por quem fosse proclamada, não era aceita por ele. "Assim diz o Senhor" era o seu lema.

Ele se firmava na rocha da revelação. As teorias dos homens eram areia para ele. A Palavra de Deus era rocha. Sempre provava seu valor, e não se envergonhava de declarar sua fé nela. Sempre citava textos de forma impressionante, e os homens lembrariam do texto sobre o qual tinha pregado mesmo que não se lembrassem de mais nada.

Um homem de negócios em Glasgow lembra-se de vê-lo num salão em Kilbarchan há cerca de vinte anos atrás citando 1 João 1.7: "E o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado". As palavras "todo pecado" foram repetidas por ele três vezes, cada vez com maior ênfase. "Há algo nisso, rapaz", o senhor disse para si mesmo. Certamente havia, e no tempo determinado esse "algo" foi visto.

Qualquer Esquina Era Seu Púlpito

Quando Deus precisa de um homem para o Seu serviço Ele sabe onde procurá-lo. Ele observa o campo. Ele vê a necessidade. Ele escolhe o homem. Ele chamou Eliseu do arado, Amós do rebanho. Pedro do barco de pesca nas margens do Mar da Galiléia, e John Harper da indústria de papel. E quando Deus coloca um homem num cargo, ninguém pode "demiti-lo". Um lugar será encontrado para ele quando o dom e o chamado de Deus se manifestarem, e se não houver lugar para ele na igreja até que seja provado, testado e confirmado, Deus encontrará para ele um local de serviço para manifestar Seu chamado divino.

No serviço de Deus os cooperadores são sempre necessários, homens que estejam dispostos a trabalhar e sofrer, gastar e serem gastos, suportar repreensão e passar por dificuldades como bons soldados de Jesus Cristo. John Harper era um cooperador — um cooperador de Deus (1 Coríntios 3.9), um homem que se dedicava de coração, alma, força e mente a todo serviço que prestava. No inicio da sua carreira não sonhava com o púlpito da igreja. Se visse uma esquina vazia, seja qual fosse o lugar, ele a enchia de ouvintes. Esse era o seu púlpito, e fazia proveito dele. Por toda a região onde vivia, depois de receber o revestimento especial de poder do alto, saiu pregando a história da graça redentora. Bridge-of-Weir, Kilbarchan, Elderslie, Johnstone, Linwood., e outros lugares o encontravam à noite depois do dia de trabalho terminar, proclamando com esperança vigorosa a história do amor de Deus aos homens. Seu coração estava incandescente. Uma coisa ele fazia então, e a fez até o fim — ele se esforçava para trazer homens do pecado para Deus.

Essa é uma obra que deve continuar, "a história deve ser proclamada." Os que estão afastados do Senhor devem ser encontrados, avisados, convidados, e convencidos a abandonar o pecado e seguir a Cristo. Se um dos servos de Deus é levado, alguém deve estar atento ao chamado divino para se apresentar e preencher o espaço vazio. Não para servir necessariamente na mesma área, mas para manter o testemunho vivo. O número de testemunhas não deve diminuir. Hoje o mundo precisa do Evangelho tanto quanto antes. O coração de Deus bate tão forte quanto antes. O sangue de Jesus é tão eficaz quanto antes. O Espírito de Deus está tão presente quanto antes, mas infelizmente deve estar tão entristecido que o Seu poder é menos evidente do que deveria ser. Haverá trabalho enquanto é dia. Este é o dia da salvação. A noite vem, em que nenhum homem poderá trabalhar.

"É Maravilhoso Ser Enviado de Deus"

Depois de cinco ou seis anos de dedicação, serviço evangelístico constante, esforço na fábrica durante o dia e à noite nos distritos rurais em redor convidando homens a se prepararem para o encontro com Deus, o reverendo E. A. Carter da Missão Pioneira Batista de Londres "descobriu" o jovem pregador e o liberou para dedicar todo o seu tempo e toda a sua energia à obra que tanto amava. Com o patrocínio da Missão, uma obra Batista foi iniciada em Govan, um dos subúrbios de Glasgow, onde havia bastante espaço para um trabalho ativo.

Durante algum tempo, cultos evangelístícos foram realizados, depois uma igreja foi formada. O culto de inauguração foi dirigido pelo pastor J. B. Frame, e no dia seguinte um sermão foi pregado pelo Reitor MacGregor da Faculdade Dunoon sobre as palavras: "Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João" (João 1.6). A passagem deve ter provocado sorrisos, mas era muito adequada à ocasião. Naquele salão estava um homem que sem dúvida alguma, como resultados futuros provaram, foi enviado por Deus, e seu nome era João (John). É maravilhoso ser enviado de Deus. As referências que tinha consigo eram os sinais de que Deus já o moldara. Ele não tinha outras. Mas essas eram suficientes para incentivar a certeza de que Deus o enviara.

Apesar de jovem na idade, ele já tinha um histórico confiável. O selo de Deus foi colocado na sua obra nos diversos lugares onde ele deu um bom testemunho, e agora em meio a uma multidão acreditava-se que seria mais útil do que nunca. Essas esperanças não foram desmentidas. Quando Deus envia um homem Ele proporciona toda a graça necessária. Ele não deixa nada de bom faltar para aqueles que andam corretamente no caminho da obra à qual Ele os chama. Homens enviados por Deus com uma mensagem do Evangelho são guardiões de um poder que converte pecadores do erro dos seus caminhos.

Mas se os homens saem antes de Deus enviá-los, tais resultados não aparecem. Na época de Jeremias, Deus reclamou através dele daqueles que "falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor"

(Jeremias 23.16). Sobre eles disse: "Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo, não lhes falei a eles, contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações" (Jeremias 23.21-22). Essa é uma descrição dos homens que não são enviados. Eles não estão no conselho de Deus. Não afastam as pessoas dos seus maus caminhos, e das suas ações malignas.

Um homem enviado por Deus proclamará a Palavra de Deus. Não declarará uma visão do seu próprio coração. O resultado será que os homens abandonarão seus caminhos maus, e se prostrarão em arrependimento e adoração aos pés dEle, que foi crucificado, mas que agora é o Salvador glorificado. Sob John Harper os homens abandonaram seus caminhos maus e suas obras más. Eles renegaram a impureza e seguiram a santidade sem a qual ninguém verá o Senhor.

Poderia parecer um evento sem importância para alguns a consagração daquele jovem para o ministério de Deus naquele dia. Mas centenas e centenas de pessoas têm razão para agradecer a Deus por terem visto sua face, ou ouvido sua voz. Durante cerca de dezoito meses ele se esforçou sem cessar em Govan, trabalhando, orando, pregando, convidando, tocando os corações e as vidas de alguns com seus apelos sinceros, e reunindo à sua volta um pequeno grupo de homens e mulheres que viram nele as marcas de um homem enviado por Deus.

"Pregando Tudo o que Tinha Direito"

No início do seu trabalho em Govan um dos membros de um conjunto evangelístico foi enviado como representante da cidade para falar num culto missionário em Govan. Quando chegou no cruzamento de Govan, ele viu um jovem de pé "pregando tudo o que tinha direito". "Quem é’?", perguntou a um homem que estava com ele. "Esse é o pastor da Missão Batista", foi a resposta. A impressão que ficou naquela noite, reforçada mais tarde com conhecimento maior do jovem que estava "pregando tudo o que tinha direito", segundo ele, levou-o a participar da igreja quando ela foi formada, e fez dele um dos amigos mais leais do Sr. Harper.

Depois de um ano e meio de trabalho em Govan, Harper mudou-se para Gordon Halls, na rua Paisley. Neste lugar, no dia 5 de setembro de 1897, formou-se uma igreja com 25 membros, alguns dos quais vieram com ele de Govan. A igreja foi chamada de Igreja Batista de Paisley Road, o nome que ainda tem. Mas foi sugerido que deveria chamar-se Igreja Memorial Harper (e agora ela é conhecida assim).

Homens e mulheres de todas as idades juntaram-se ao jovem pastor, e sob a sua liderança, a obra foi feita sem formalidades. Em todos os cultos na igreja fazia-se o máximo para ganhar homens para Cristo. Do lado de fora, eram feitas pregações nas esquinas, nos portões de prédios públicos durante as refeições, e sempre que houvesse alguém para ouvir. A rede era lançada para todos os lados. O zelo e o entusiasmo dos obreiros pareciam ilimitados. Almas foram ganhas, a causa prosperava, o número de membros aumentava. A fé que age pelo amor e é radiante de esperança, animou os obreiros, e os levou de vitória em vitória sobre as forças da incredulidade.

Depois de quatro anos em Gordon Halls, um terreno foi adquirido no distrito de Plantation, e um galpão de ferro, com capacidade para quinhentas ou seiscentas pessoas, foi erguido. A obra foi transferida, tendo esse local como centro, e do lado de dentro foram vistas maravilhas do poder redentor de Deus. Uma fonte contínua de misericórdia para perdoar jorrava nos cultos, e há seis anos atrás o prédio teve que ser ampliado para dar espaço para as exigências crescentes da obra. Ele fica no meio de uma população densa de trabalhadores. Ninguém, por mais próximo da obra realizada jamais poderá saber completamente quanto bem foi realizado pelo ministério de John Harper.

"Aquele Homem, o Sr. Harper, Estava Pregando na Esquina, e Eu Aceitei Jesus"

O superintendente de um grande salão evangelístico em Glasgow estava visitando há algum tempo atrás um homem idoso em High Street, a duas milhas de distâneia da Igreja de Paisley Road. Perguntaram ao homem, que tinha 80 anos, se ele confiava em Jesus. Imediatamente ele respondeu que sim. Quando perguntaram há quanto tempo ele confiava no Salvador, ele disse: "Nove anos". "Quantos anos você tinha, então?" "Tinha acabado de fazer 70 anos". "E como isso aconteceu?" "Bem, eu estava passando em Plantation, e aquele homem, o Sr. Harper, estava pregando na esquina, e eu aceitei Jesus ali mesmo". Dentro e nos arredores do distrito onde a igreja se situava, muitas casas foram abençoadas, iluminadas, transformadas, pela pregação do servo do Senhor, cujo fim tantos lamentam. A igreja que foi formada com 25 membros tinha quase 500 membros quando, depois de 13 anos de trabalho, ele foi, em setembro de 1910, assumir os deveres do pastorado na Igreja de Walworth Road em Londres. O culto de despedida foi inesquecível. O galpão de ferro, que tinha lugar para 900 pessoas, fora muito pequeno para acomodar todos os que queriam assistir ao culto, e o espaço de uma grande igreja na vizinhança foi graciosamente cedido para a ocasião. Ela ficou lotada.

Uma Dedicação Intensa

Ele sempre foi um pregador fervoroso. Nunca foi superficial. Nunca foi um mero falador. Ele sempre foi um homem que fixava seu olhar na necessidade de almas preciosas. Mas durante os últimos anos do seu ministério em Glasgow, a sua pregação parecia alcançar um novo patamar. Havia uma dedicação intensa que crescia com o passar dos anos. Seu poder de pregação certas vezes tinha algo extraordinário. Não era simplesmente quando fazia o apelo para os incrédulos se reconciliarem com Deus, mas também quando exortava os filhos de Deus a coisas maiores. Sem dúvida, como aqueles dentre nós que o conheciam podem testemunhar, o desejo fervoroso e impetuoso que se expressava nas suas pregações públicas brotava das horas prolongadas de oração a que ele se dedicava. Ele era antes de mais nada um homem de oração. Quase um mês antes da sua morte, quando estava em Glasgow para uma visita, ele passou meia hora tomando chá com alguns de nós, e a última palavra que lembramos ter dito foi que a necessidade de hoje era uma vida de oração mais intensa.

Seu breve ministério em Walworth Road foi claramente abençoado por Deus. Melhoras foram feitas. O número de membros da igreja aumentou. Tudo parecia prometedor. Novos laços de interesse se formaram. Novas amizades foram feitas. Então veio o convite para dirigir cultos especiais na Igreja Moody em Chicago durante o inverno passado. Referências ao trabalho notável aparecem nas últimas páginas deste livro.

Quando voltou para Londres em janeiro, não se achava que ele concordaria em fazer outra visita tão cedo como programou. Mas ele iria "no começo de abril", nos disse duas semanas antes de partir. "Por que vai voltar já’? Certamente não é para dirigir cultos especiais novamente?"... "Oh, não", ele disse: "eu vou dirigir os cultos normais na Igreja Moody, e falar em conferências e outras reuniões em outros lugares". Cheio de esperanças ele embarcou no desventurado navio, e no caminho encontrou o seu fim. E isso que devemos dizer? Não é melhor dizermos que ele encontrou o seu Senhor no caminho?

Naquela noite de domingo, apenas uma hora ou duas antes do Titanic colidir com o iceberg, ele olhou para o céu e vendo um brilho vermelho no oeste, disse: "Vai fazer um belo dia amanhã". Sim, faria, mas a beleza que ele veria não era aquela à qual se referia quando disse essas palavras. Ele veria a beleza do Salvador.

Depois de pouco tempo de casado, ele perdeu a sua esposa no começo de 1906. Sua filhinha, Nana, agora tem seis anos e alguns meses. A bênção do Senhor certamente estará sobre aquela menininha órfã. "Pai dos órfãos... é Deus em sua santa morada" (Salmo 68.5).

> O ÚLTIMO FOLHETO!!!


> Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã na igreja, o
> pastor e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos
> evangelísticos.
> Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do pastor e seu filho
> saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também
> chovia muito. O menino se agasalhou e disse:
>
> -'Ok, papai, estou pronto. '
>
> E seu pai perguntou:
>
> -'Pronto para quê?'
>
> -'Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. '

> Seu pai respondeu:

> -'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. '
>
> O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:
>
> -'Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?'
>
> Seu pai respondeu:
>
> -'Filho, eu não vou sair nesse frio. '
>
> Triste, o menino perguntou:
>
> -'Pai, eu posso ir? Por favor!'
>
> Seu pai hesitou por um momento e depois disse:
>
> -'Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho. '
>
> -'Obrigado, pai!'
>
> Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos
>
> caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos
>
> evangelísticos a todos que via.
>
> Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.
>
> Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a
>
> campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o
>
> fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se
>
> abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente:
>
> -'O que eu posso fazer por você, meu filho?'
>
> Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este
>
> pequeno menino disse:
>
> -'Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de
>
> dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. '
>
> Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
>
> Ela o chamou e disse:
>
> -'Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!'
>
> Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o Papai Pastor estava no púlpito. Quando o culto começou ele perguntou:
>
> - 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?'
>
> Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
>
> Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto.
>
> - 'Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.
>
> Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei:
>
> -'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. '
>
> Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei:
>
> -'Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar. '
>
> Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta,
>
> enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
>
> Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na
>
> minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em
>
> minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou com voz de querubim:
>
> -'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. '
>
> Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.
>
> Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a
>
> porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
>
> Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu
>
> não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA
>
> FELIZ DO REI!!!
>
> Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim
>
> aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no
>
> momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. '
>
> Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício,
>
> o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde
>
> o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e
>
> chorou copiosamente.
>
> Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho...

> Exceto um. Este PAI também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo
>
> indescritível, todo o Céu gritou louvores e honra ao Rei, o PAI
>
> assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo Nome.
>
> Bem aventurados são os olhos que vêem esta mensagem. Não deixe que ela se perca, leia-a de novo e passe-a adiante.
>
> Lembre-se: a mensagem de DEUS pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.
>
> SE ENTENDEREM O CONTEXTO DESTE E-MAIL, É PROVÁVEL QUE ESTE E SUA CASA SEJAM SALVOS, POIS RECONHECERÃO O MOTIVO DA EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO O HOMEM MAIS CONHECIDO DO MUNDO. Atos dos Apóstolos 16:31
>
> Não tenha medo ou vergonha de compartilhar esta mensagem maravilhosa.
>
> Que DEUS abençoe a todos grandemente!!!
>
> O bem ou o mal que praticamos com toda a certeza nos retorna com toda a força

domingo, 6 de julho de 2008

Oração de Danilo Lopes


Pai dos Céus, hoje tenho 37 anos e gostaria de contar aos meus irmãos um pouco do que passei em minha vida e como o Senhor me resgatou.
Lembro-me de todas as vezes que bebi e consumi drogas. O meu primeiro porre foi com doze anos, com alguns amigos. Misturamos várias bebidas, fazendo uma “farmácia”: cachaça, whisky, vodka, creme de seda, vinho tinto, conhaque, café, etc! Minha mãe dizia: “cuidado com o caminho dos vícios. É um caminho sem volta!” Pobrezinha de minha mãe, Senhor Jesus! Ela sempre foi muito orante. Por que não a ouvi? Meu pai sempre foi um bom pai. Nunca deixou nada nos faltar e era muito honesto. Minhas irmãs e meu irmão, sempre amigos e unidos. Jesus, não dei valor à família maravilhosa que me deste. Perdão! Aos quatorze anos, ganhei um disco do KISS.
Era fantástico como eles tocavam e cantavam bem. A partir daí, comprei muitos discos de metal e tomei gosto pela música. Mais tarde, comecei a trabalhar num banco e comprei minha primeira bateria. Decidi que queria viver de música e como não era tão simples, tive vários empregos e nunca estava satisfeito. Já não ouvia os conselhos de minha família.
Os meus “ídolos” do rock me davam exemplo de determinação para seguir meus sonhos. Porém, não foi só isso que copiei deles. Beber em festas e bares já era muito normal. Então, tomei gosto pela maconha. Meus familiares, buscando uma vida honesta, cheia de conquistas e eu só na balada. Queria distância de minha família.
Perdão, Senhor! Na cocaína conheci uma coisa horrível, que satisfazia enganosamente minha vontade de ser alguém. Dava euforia e coragem. Era tudo mentira e a depressão só aumentava. Até tentei tirar minha vida. Falava de suicídio como opção e direito meu e achava que ninguém tinha direito de me impedir. Nem dá para acreditar que pensei assim um dia.
Hoje, sou pai de família e o que passo para minha filinha é que a vida é maravilhosa e merece ser vivida e amada. Tenho uma esposa abençoada e linda, companheira e paciente. Isso também é quase inacreditável, já que eu não pensava em casamento e fidelidade. E sim, sexo, drogas e rock’n’roll. Tinha namorada, não queria ser só dela e não admitia que não fosse só minha. Jesus, como eu era machista e egoísta. Perdão, Senhor.
Mesmo com toda esta confusão, sonhava em viver aquilo que mais amava: MÚSICA. Estudava bateria o máximo que conseguia ou tinha forças, pois o desânimo e a angústia de depressão vinham com muita força, Jesus. Conheci o gosto da síndrome do pânico . Senhor, também usei crack, haxixe e lança perfume. O cigarro, uma das drogas “lícitas” que mais mata, também me fez escravo. Lembro-me uma vez, fumei um baseado enrolado em uma folha de Bíblia, desdenhando de teu poder. Perdão, Jesus! Quanta porcaria me contaminou. Também sofri em minha vida espiritual. Durante alguns anos, o demônio me pertubava à noite, me aterrorizava durante o sono. Ó Pai, o diabo se materializou para mim duas vezes! O que seria de mim, se não fosse a tua misericórdia? Lembro-me como foram horríveis aquelas vezes em que sofri opressão. Senhor, perdoe-me por deixar o0 inimigo tomar conta de meu corpo. Eu não sabia o que estava fazendo e nem tinha controle sobre isso, Cristo meu Senhor!
Freqüentei espiritismo e macumba. Cheguei até a fazer pacto com o maligno para obter dinheiro e fama e, nesta época, passei fome. Lembro-me daquela vez em que um pai-de-santo fez, com uma unha, o sinal de um tridente em minha nuca e, dizendo o nome do espírito que o possuía, que me consagrava como seu filho. Afirmava que quem me ferisse, seria morto e perseguido. Jesus Cristo, Salvador, eu me consagro mais uma vez em ti. Pelo poder de teu Sangue e em teu nome, renuncio a todo mal e às suas obras!
Senhor, hoje é fácil perceber os planos do maligno para mim. Naquela época, eu estava cego e escravizado . Mas hoje, sou renovado pelo teu Espírito! Tenho certeza que foi o inimigo que me apresentou a rebeldia e a falsa liberdade, em ensinando a beber e me drogar. Falando em meu ouvido que mentir me traria uma vida só minha e que isso era bom. Pai, renuncio à mentira, pois sei que o pai da mentira é o inimigo da humanidade.
Pai, como última e derradeira lembrança, trago em meu coração a vida daquela garota que conheci quando tinha 24 anos, com quem namorei de maneira errada. Mesmo sabendo que ela era portadora do vírus do HIV, me apaixonei e cheguei até morar com ela. Lembro-me que alguns meses antes de conhecê-la, acordei perturbado no meio da noite, com uma voz soturna em meu ouvido: “Você vai morrer de AIDS”. Pai, o que mais faltava acontecer? Acredito que filhos do Altíssimo brilham nas trevas e que são marcados pela benevolência, a ponto de serem percebidos também pelo maligno. Só consigo explicar desta forma todo o meu sofrimento. O demônio queria acabar com minha vida, pois sabia que eu era Teu e o quanto te amaria e te seria fiel, se te conhecesse no íntimo de minha alma! Tu és testemunha do que aconteceu e te agradeço porque fui liberto e curado disso também. Agradeço-te por meu exame ter resultado negativo.
Agradeço por ter sido batizado no Espírito Santo. Naquele dia, fui liberto do vício das drogas, do álcool e do cigarro. Fui feito de novo! Nasci de novo! Obrigado, Senhor!
Em teu nome, Jesus Cristo, quero falar para todo mundo que sou feliz por ser totalmente Teu e que te pertenço para toda a eternidade! Amém! Aleluia!!!