domingo, 30 de maio de 2010

Dois Anjos


Dois Anjos

Dois anjos viajantes pararam para passar a noite na casa de uma família rica. A família era rude e se recusou a deixar os anjos ficarem no quarto de hóspedes da mansão. Em vez disso eles foram mandados a dormir num pequeno e frio espaço no porão.
Quando estavam fazendo sua camas no chão duro, o anjo mais velho viu um buraco na parede e consertou-o. Quando o anjo mais novo viu perguntou o por que disso, o anjo mais velho respondeu: "As coisas não são sempre o que parecem ser".
Na próxima noite o par de anjos foi descansar na casa de pessoas muito pobres, mas muito hospitaleiras, um fazendeiro e sua esposa. Depois de dividir o pouco de comida que tinham, o fazendeiro e sua esposa acomodaram os anjos na sua cama onde poderiam ter uma boa noite de descanso.
Quando o sol ascendeu na manha seguinte os anjos encontraram o fazendeiro e sua esposa em lágrimas. Sua única vaca, que o leite tinha sido sua única fonte de renda familiar, deitava morta no campo. O anjo mais novo estava furioso e perguntou:
- "Como você pode deixar isto acontecer? O primeiro homem tinha tudo e você ajudou ele. A segunda família tem pouco mas estava disposta a dividir tudo, e você deixou a vaca morrer."
O anjo mais velho respondeu:
- "As coisas não são sempre o que parecem ser.". E continuou: - Quando nós ficamos no porão daquela mansão, eu vi que tinha ouro guardado naquele buraco na parede. Desde que o dono era totalmente obcecado por dinheiro e incapaz de dividir sua fortuna, eu tampei o buraco pra que ele não ache o ouro. Então noite passada quando estávamos a dormir na cama do fazendeiro, o anjo da morte veio por sua esposa. Eu dei a ele a vaca no lugar de sua esposa. As coisas não são sempre o que parece ser..."


Autor Desconhecido
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O velho. o menino e o burro


O velho, o menino e o burro

Autor desconhecido

Um velho resolveu vender seu burro na feira da cidade.Como iria retornar andando, chamou seu neto para acompanhá-lo. Montaram os dois no animal e seguiram viagem.
Passando por umas barracas de escoteiros, escutaram os comentários críticos; " Como é que pode, duas pessoas em cima deste pobre animal !".

Resolveram então que o menino desceria, e o velho permaneceria montado. Prosseguiram...

Mais na frente tinha uma lagoa e algumas velhas estavam lavando roupa. Quando viram a cena, puseram-se a reclamar; " Que absurdo ! Explorando a pobre criança, podendo deixá-la em cima do animal."

Constrangidos com o ocorrido, trocaram as posições, ou seja, o menino montou e o velho desceu.

Tinham caminhado alguns metros, quando algumas jovens sentadas na calçada externaram seu espanto com o que presenciaram; "Que menino preguiçoso ! Enquanto este velho senhor caminha, ele fica todo prazeroso em cima do animal. Tenha vergonha !"
Diante disto, o menino desceu e desta vez o velho não subiu. Ambos resolveram caminhar, puxando o burro.

Já acreditavam ter encontrado a fórmula mais correta quando passaram em frente a um bar. Alguns homens que ali estavam começaram a dar gargalhadas, fazendo chacota da cena; " São mesmo uns idiotas ! Ficam andando a pé, enquanto puxam um animal tão jovem e forte !"

O avô e o neto olharam um para o outro, como que tentando encontrar a maneira correta de agir.

Então ambos pegaram o burro e o carregaram nas costas !!!

Além de divertida, esta fábula mostra que não podemos dedicar atenção irracional para as críticas, pois estas acontecerão sempre, independente da maneira em que procurarmos agir

O vestido azul


O vestido azul

Autor desconhecido

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.

O professor ficou penalizado com a situação da menina.

"Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou: "mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim."

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.

Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?

Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?

Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.

É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.

Você acaba de receber um lindo vestido azul.

Faça a sua parte.

Ajude-nos a melhorar o PLANETA!

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Parábola do aquário


Parábola do aquário

Autor desconhecido

Era uma vez um aquário onde viviam peixes grandes, médios e pequenos. Ali imperava a lei do mais forte. Os alimentos atirados pelo Criador eram disputados. Primeiro comiam os maiores. O que sobrava destes era devorado pelos médios. E o que sobrava dos médios era devorado pelos pequenos. Na falta de outro alimento, os grandes devoravam os médios e estes, por sua vez, devoravam os pequenos.

Ora, havia um peixinho muito pequenino, que morava no fundo do aquário, onde estava a salvo da fome e da gula dos demais. Ali, naquelas profundezas, poucas vezes caía algum alimento. Mas, o peixinho, ao invés de maldizer a sorte, enganava a fome distraindo-se a contemplar os desenhos dos azulejos, as plantinhas, a areia branca e as pedrinhas brilhantes que enfeitavam o fundo do aquário.

Um belo dia, o peixinho descobriu um ralo, por onde saía a água do aquário. Admirado, exclamou: "Ué! Então este aquário não é tudo? Existe outro lugar onde se pode viver? Para onde irá essa água que não pára de correr?

E, o peixinho, curioso, tentou passar pelo ralo. Como os vãos fossem muito estreitos, ele se dispôs a fazer sacrifícios e emagrecer até passar para o outro lado. Foi assim que, dias mais tarde, bem mais magro e ainda assim perdendo algumas escamas na travessia, ele conseguiu seu intento. E foi assim que ele conheceu, pela primeira vez na vida, o que é a água corrente. - Uma delícia! Uma maravilha! O peixinho ia pulando feliz pelo rego da água, deslumbrado com tudo. E o rego da água levou o peixinho até uma enxurrada...

Na enxurrada, mais água ainda. E a correnteza mais forte. Não era preciso nadar. Bastava soltar o corpo. Que maravilha! Quantos peixinhos livres! Quantos barquinhos de papel! E o sol??? Que coisa linda! E aqueles bobos, lá no aquário, pensando que aquilo fosse tudo, aquela água suja e parada. Coitados!!! E a enxurrada levou o peixinho a um riacho.

E o peixinho nunca pudera imaginar tanta água de uma vez. Nunca vira crianças nadando. Nunca vira mulheres lavando roupa e cantando. Nunca pudera ver tantas plantas, tantas flores, tanta beleza junta! E julgou que estivesse delirando. Quanta comida, quanta água, quanto lugar onde viver em paz, quanta felicidade para todos! Ah! Aqueles pobres diabos lá no aquário ... se vissem tudo isto! E o riacho levou o peixinho até o rio.

Não. Não é possível! Isto não existe! Olha quanta água! Parece não ter fim. Quanta comida! Quanto sol, quanta luz, quanta beleza! E foi assim, extasiado, maravilhado, deslumbrado, quase não acreditando em seus próprios olhos, que o peixinho, levado pelo grande rio, chegou enfim ao mar.

Ali, diante daquele infinito de águas, de alimentos, de luz, de cores, de plantas, de um mundo de coisas maravilhosas, diante daquela majestade toda, o peixinho chorou. Chorou comovido, agradecido, porque a alegria era tanta que não cabia dentro de si. E chorou, sobretudo, de pena de seus coleguinhas, grandes e pequenos, que haviam ficado lá no aquário, naquelas águas poluídas, escuras, pardas, estragadas, espremidos, pensando viver no melhor dos mundos. E o peixinho, então resolveu voltar e contar a boa nova a todos.

E o peixinho voltou. Do mar para o rio (sacrifício, porque agora a viagem era contra a correnteza). Ele nadou para o riacho, para a enxurrada e da enxurrada para o rego e do rego para o fundo do aquário. E atravessou o ralo de volta...

Desse dia em diante, começou a circular pelo aquário um boato de que havia um peixinho contando coisas mirabolantes, falando de um lugar muito melhor para viver, um lugar de amor e paz, um lugar de fartura infinita, onde ninguém precisa fazer sacrifício, nem se devorar uns aos outros. E todos acorreram ao fundo do aquário para saber da novidade. Os grandes, os médios, os pequenos, todos os peixes queriam saber o que era preciso fazer para chegar a esse mundo maravilhoso...

E o peixinho, mostrando-lhes o ralo, explicou, que para chegar ao outro mundo, era preciso algum sacrifício, pois a passagem era realmente estreita. Segundo o tamanho, uns teriam de sacrificar-se mais, outros menos. E os peixes pequenos passaram, a seguir, a escutar o peixinho, enquanto os médios e os grandes, sobretudo, consideravam-no maluco, um visionário. Onde já se viu? Impossível passar por aquele vãozinho tão estreito! Só um louco mesmo!

E a história do peixinho se alastrou. De tal maneira se alastrou e pegou, que modificou a vida no aquário e perturbou o sossego dos peixes grandes e médios, que estes acabaram por matar o peixinho para acabar com aquelas besteiras. Mas o peixinho não morreu. Continuou vivendo, pois sua mensagem imortal, passava de geração em geração...

Até hoje, a história do peixinho é lembrada no aquário. Até hoje, há os que crêem. E até hoje há os passam pelo ralo e os que jamais conseguirão fazê-lo, porque, quanto maior e poderoso, tanto maior será o sacrifício exigido. E por isso está escrito:

"EM VERDADE, EM VERDADE VOS DIGO: É MAIS FÁCIL UM CAMELO PASSAR PELO FUNDO DE UMA AGULHA DO QUE OS RICOS ENTRAREM NO REINO DE DEUS".

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Os três talismãs


Os três talismãs

Autor desconhecido

Que é preciso para aprender? Perguntou um filho ao pai.

Para aprender, para saber e para vencer, respondeu o pai, é preciso buscar os três talismãs: a alavanca, a chave e o facho.

E onde encontrá-los? Interroga o filho.

Dentro de ti mesmo, explica o pai. Os três talismãs estão em teu poder e serás poderoso, se quiseres fazer uso deles.

Não compreendo, diz o filho, cada vez mais intrigado. Que alavanca é essa?

A tua vontade. É preciso querer, é preciso remover obstáculos para aprender.

E a chave?

O teu trabalho. É preciso esforço para dar volta à chave e abrir o palácio do saber.

E o facho?

A tua atenção. É preciso luz, muita luz, para iluminar o palácio. Só assim poderás ver com clareza e descobrir a verdade, que vence a ignorância

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O corvo e o jarro


O corvo e o jarro

Esopo

Um Corvo que estava sucumbindo com muita sêde encontrou um Jarro, e, na esperança de achar água, vôou até ele com muita alegria.

Quando o alcançou, descobriu para sua tristeza que o Jarro continha tão pouca água em seu interior que era impossível tirá-la de dentro.

Ele tentou de tudo para alcançar a água que estava dentro do Jarro, mas todo seu esforço foi em vão.

Por último ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e colocou-as uma-a-uma dentro da Jarra, até que o nível da água ficasse ao seu alcance e assim salvou sua vida.

Moral da História:
A necessidade é a mãe das invenções.

O conto das areias


O conto das areias

Traduzido da coletânea "Cuentos de Oriente para Ninos de Occidente", Editiones Dervish International, A. H. D. Halka, Buenos Aires, 1986

Num reino, distante das altas montanhas, nasceu um rio claro, transparente.
Fez uma longa viagem e, no decorrer de sua existência, percorreu países diferentes, sulcados por vales extensos e férteis.

Por fim, chegou diante das areias de um deserto imenso.

Ele tinha encontrado muitas dificuldades que sempre soubera ultrapassar.

Da rocha mais dura fizera seixos lisos e doces que cantavam com ele em sua rota.

Tentou atravessar este último obstáculo do seu jeito habitual. Grande foi sua surpresa quando percebeu que toda a arte e toda a ciência que possuía nâo tinham agora qualquer utilidade para ele.

Suas águas desapareciam nas areias tão rapidamente como ele as lançava.

Recomeçou, e recomeçou, durante tanto tempo que o desespero o invadiu. Mas ele continuava a lançar suas águas sobre a areia, no imenso silêncio do deserto.

Foi então que, do fundo da areia, se elevou o murmúrio de uma voz que segredou:
– O vento atravessa o deserto, e o rio pode fazer o mesmo.

O rio respondeu que era exatamente aquilo que se esforçava por fazer, e que estava exausto:

– Tudo o que consegui foi me perder um pouco mais a cada tentativa. E estou apenas na borda deste deserto.

– E acrescentou: – O vento pode voar, por isso pode atravessar o deserto.

– Continue a lançar-se com violência, como estava fazendo – disseram-lhe as areias –, e não conseguirá atravessar. Desaparecerá ou se transformará em charco estagnado. Deve permitir que o vento o leve ao seu destino.

Mas como posso fazer isso? – perguntou o rio.

– Aceite ser absorvido pelo vento – respondeu o murmúrio.

Esta idéia não lhe agradou nem um pouco. Além do mais, ele jamais tinha sido absorvido. Tinha medo de perder sua individualidade.

– E uma vez que tiver desaparecido, como recuperar minha identidade? Quando serei novamente um rio?

– O vento, o vento – murmuraram as areias – ele cumprirá sua função. Ele levanta as águas, as transporta por sobre o deserto, e as faz descer como chuva, e esta forma de novo um rio.

– Mas – foi o grito do rio –, como saber se você diz a verdade?

– É assim – recomeçou a voz, do fundo das areias

– E se você não acredita, se transformará em lodaçal. Isso levará alguns anos. Mas, você sabe, um charco é muito diferente de um rio.

– Mas não posso continuar tal como sou agora? – implorou o rio.

– Não, é impossível – murmuraram as areias. – Você não pode conservar sua forma atual. Mas se o seu ser (sua parte essencial) for transportado, ele voltará a ser um rio.

– Mas – lamentou-se o rio –, nem mesmo sei qual é a minha parte essencial.
Não vinha mais nenhuma voz do deserto, que tornou a fechar-se no horizonte.
Então, a voz das areias começou a ressoar na memória do rio.

Estranhas lembranças lhe faziam eco. Como se já alguma parte dele (mas qual?) tivesse sido levada pelo vento.

Parecia que se lembrava de que tudo aquilo devia acontecer-lhe, e que devia cumprir seu destino, mesmo que não tivesse a mínima vontade.

E o rio parou de resistir. Suas águas se elevaram em vapor nos braços acolhedores do vento, que aspirou delicadamente sua parte essencial.

Ele as levou muito depressa, muito longe, e as ergueu muito alto, sobre os cimos, até o longínquo reino das montanhas, muito além do deserto.

Então, o rio tomou consciência de seu ser, onde ressoava o eco de uma voz, vinda das areias:

– Nós, as areias, conhecemos o caminho que se estende, dia após dia, desde o fim dos rios até o longínquo reino das montanhas.

Eis por que se diz: o rio da vida tem um caminho, e seu destino está inscrito nas areias

O cervo orgulhoso


O cervo orgulhoso

Esopo

Depois de muito caminhar e correr pelo campo afora, certo cervo saiu à procura de alguma fonte onde houvesse águas frescas e cristalinas para matar-lhe a sede.
Não demorou muito a encontrar um regato que, embora bem pequenino, tinha águas limpas e frescas. Sem demonstrar pressa, abaixou-se tranqüilamente e pôs-se a sorver o líquido procurado.

Após dessedentar-se, o cervo teve a sua atenção despertada para alguma coisaque nunca antes observara. Ele viu, espelhado nas águas superficiais do pequeno regato, as suas pernas compridas e tortas que formavam um triste contraste com os seus formosos chifres dispostos em galhos.

- É bastante verdade o que as pessoas dizem a meu respeito - exclamou o cervo. Supero a todos os demais da minha espécie, em graça e nobreza! Que elegância majestosa se pode verificar quando levanto graciosamente a minha galhada! Entretanto, há uma triste e incontestável verdade ao lado de tudo isto contrastando com essa exuberância estão os meus pés tão horrorosos.

Enquanto, desgostoso, escarnecia e ironizava a feiúra dos seus pés tão tortos e desengonçados, eis que vê sair da floresta, e vindo em sua direção, um esfomeado leão...

- Pés, para que lhes quero? E em dois saltos firmes e velozes colocou-se fora do alcance do inimigo.

Todavia, a fábula continua contando que, na sua precipitada fuga, o cervo resolveu passar por um apertado trilho entre as árvores. Não havia avançado muito, quando teve a sua galhada presa num espinhal, cujos ramos delgados se emaranharam formando um verdadeiro alçapão. Lutou desesperadamente para se desprender dali, mas todo o esforço foi em vão e enquanto isto o mesmo leão o alcançou, devorando-o sem compaixão...

Assim, os pés que o animal tanto depreciava o levariam a salvo, se a galhada de que tanto se orgulhava não o fizesse perecer.

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O cervo doente


O cervo doente

Esopo

Um Cervo doente repousava quieto em um pequeno pedaço de pasto.

Seus companheiros vieram então em grande número para saber de sua saúde, e, cada um deles, servia-se a vontade da escassa comida daquele reduzido pasto que lá estava para seu próprio sustento.

Assim ele morreu, não da doença, mas por falta de alimento.

Moral da História:
Más companhias sempre trazem mais infortúnios que alegrias.

O carvalho e os juncos


O carvalho e os juncos

Esopo

Um grande carvalho foi arrancado do chão pela ventania e arrastado por forte correnteza. Então dentro da água ele se viu no meio de alguns Juncos, e, assim lhes falou:

- Gostaria de ser como vocês que de tão esguios e frágeis não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.

Eles responderam:

- Você lutou e competiu com o vento, e, conseqüentemente foi destruído. Nós, ao contrário, nos curvamos diante do mais leve sopro de ar, e, por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.

Moral da História:
Para vencermos o mais forte, não devemos usar a força e sim a gentileza e a humildade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Samambaia e o Bambu


A Samambaia e o Bambu

Certo dia decidi dar-me por vencido, renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, e à minha fé.
Resolvi desistir até da minha vida.
Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.
“Deus," eu disse "Poderias dar-me uma boa razão para eu não entregar os pontos?”
Sua resposta me surpreendeu:
“Olha em redor Estás vendo a samambaia e o bambu?”
“Sim, estou vendo”, respondi.
Pois bem. Quando eu semeei as samambaias e o bambu, cuidei deles muito bem.
Não lhes deixei faltar luz e água.
A samambaia cresceu rapidamente, seu verde brilhante cobria o solo.
Porém, da semente do bambu nada saía. Apesar disso, eu não desisti do bambu.
No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa.
E, novamente, da semente do bambu, nada apareceu. Mas, eu não desisti do bambu.
No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa… Mas, eu não desisti.
Mas… no quinto ano, um pequeno broto saiu da terra.
Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno , até insignificante.
Seis meses depois, o bambu cresceu mais de 50 metros de altura.
Ele ficara cinco anos afundando raízes.
Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver.
“A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar”
E olhando bem no meu íntimo, disse:
Sabes que durante todo esse tempo em que vens lutando, na verdade estavas criando raízes?
Eu jamais desistiria do bambu. Nunca desistiria de ti.
Não te compares com outros.
“O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer do bosque um lugar bonito”.
“Teu tempo vai chegar” disse-me Deus. “Crescerás muito!”
Quanto tenho de crescer? perguntei.
“Tão alto como o bambu” foi a resposta.
E eu deduzi: Tão alto quanto puder!

Um escritor de nome Covey escreveu:

"Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e com ele virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava."

O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos...
Especialmente no nosso trabalho, (que é sempre um grande projeto em nossas vidas)
Devemos sempre lembrar do bambu chinês para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.
Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida:
a Persistência e a Paciência, pois você merece alcançar todos os seus sonhos! É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.
Nunca te arrependas de um dia de tua vida.
Os bons dias te dão felicidade.
Os maus te dão experiência.
Ambos são essenciais para a vida.
A felicidade te faz doce.
Os problemas te mantêm forte.
As penas te mantêm humano.
As quedas te mantêm humilde.
O bom êxito te mantém brilhante.
Mas, só Deus te mantém caminhando...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não esqueça o principal


Não esqueça o principal

Autor desconhecido

Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passou diante de uma caverna e escutou uma voz misteriosa que lá dentro dizia:

"Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal..."

A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente:

"Você agora, só tem oito minutos."

Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então, que a criança lá ficara e a porta estava fechada para sempre!

A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, por vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte:
"Não se esqueça do principal!"

E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a vida.

Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado. Assim esgotamos o nosso tempo, aqui, e deixamos de lado o essencial: "OS TESOUROS DA ALMA!"

Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperado, e quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerão as lamentações.

"NÃO ESQUEÇAMOS DO PRINCIPAL!"

Dê importância à sua família, seus amigos, seu companheiro, esses sim, são tesouros preciosos e valiosos demais para deixarmos partir sem apreciar os momentos com eles

Nada é impossível


Nada é impossível

Autor desconhecido

Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupações.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.

A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gêlo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as forças, conseguindo assim quebrar o gêlo e salvar seu amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que tinha acontecido, perguntaram ao menino: " Como você fez isso ? É impossível que tenha quebrado o gêlo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!"

Nesse instante, apareceu um ancião e disse: "Eu sei como ele fez isso."

Todos perguntaram: "Como ? "

O ancião respondeu: " Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer."

Nada é permanente


Nada é permanente

Autor desconhecido

Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso. Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes:

- Não sei por que sinto-me estranho e preciso ter paz de espírito. Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre.

Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições:
- Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável. Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado. Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais se puder fazer, aí o rei deve abrir o anel.

O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu.

Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo. Fugiu do reino para se salvar. O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo. Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos. Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício. Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa:

- Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento de ler a mensagem...

Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem:
"Isto também passará".

De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempos depois reúne seus exércitos e reconquista seu país. Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora de tanta alegria e de repente se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem:
"Isto também passará".

Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.

Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades, em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante que nos lembremos de que tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.

A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo. Mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é na esfera dos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.

A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós... Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais se valoriza está escapando por entre os dedos.

"Dar tempo ao tempo" não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos.

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domingo, 16 de maio de 2010

A mosca


A mosca

Autor desconhecido

Parte I

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou.

Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, e, por isto continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.

Durante anos, ouvimos esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...


Parte II
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo".

A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta afundou no copo cheio de água.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão?

Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.

"Reenquadrar" é uma das ferramentas que treinadores tem oportunidade de usar no apoio ao aprendizado e crescimento de clientes. Pessoas que já perceberam que nem sempre esposo, pais, amigos, familiares ou mesmo o conselheiro espiritual pode mostrar-lhes a visão isenta do ambiente ou da situação que estão vivendo.

"Reenquadrar" é permitir-se olhar a situação atual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos.

"Reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como aprendizagem.

Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos, à auto-estima que nos sustenta.


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Não se esqueça de que você não sabe ler chinês!


A medalha

Autor desconhecido

Quando menino, ganhei uma medalha na escola como prêmio ao aluno que sabia ler melhor.

Senti-me feliz e estufei de orgulho. Quando a aula terminou voltei para casa correndo entrei na cozinha como um furacão.

A velha empregada, que estava conosco havia muitos anos, ocupava-se no fogão. Sem nada comentar fui direto a ela, dizendo-lhe:
- Aposto que sei ler melhor do que você.

E estendi-lhe o meu livro de leitura. Ela interrompeu o seu trabalho e tomou o volume.
Examinando cuidadosamente as páginas, terminou por gaguejar:
- Bem, meu filho...eu...eu não sei ler.

Fiquei atônito. Sabia que papai estava em seu escritório àquela hora e voei para lá. Ele ergueu a cabeça quando eu entrei, suando, com o rosto em fogo elhe disse:
- Imagine, papai, a Maria não sabe ler. E é uma velha. Eu, que ainda sou pequeno, já ganhei até medalha. Olhe só! !(Eu estufei o peito para frente para que ele visse o meu troféu,e comentei):
- Deve ser horrível não saber ler, não é, papai?

Com toda a tranqüilidade, meu pai ergueu-se, foi até uma estante e voltou de lá com um livro.
- Leia este livro para eu ver,meu filho. Foi maravilhoso você ter ganho a medalha. Leia para eu ouvir.

Não titubeei, abri o volume e olhei para o meu pai cheio de surpresa. As páginas continham o que pareciam ser centenas de pequenos rabiscos.
- Não posso, papai. Eu não entendo nada disto que está aqui.

- É um livro escrito em chinês,meu filho ...

Imediatamente me lembrei do que fizera a Maria e me senti envergonhado. Papai não disse mais nada e eu, pensativo, deixei o livro em sua escrivaninha e saí.

Até agora, toda vez que me sinto tentado a gabar-me por qualquer coisa que tenha feito, lembro-me do quanto ainda me falta aprender e digo de mim para comigo:
- Não se esqueça de que você não sabe ler chinês!

A lição da tartaruga


A lição da tartaruga

Autor desconhecido

Eu percebia que meu comportamento aborrecia muito os meus pais, porém pouco me importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-me por satisfeito. Mas, é claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passavam a tratar-me de igual maneira.

Cresci um pouco e um dia percebi que a situação era desconfortante. Preocupei-me, mas não sabia como me modificar.

O aprendizado aconteceu num domingo em que fui, com meus pais e meus irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me à margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos. Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e quando me aproximei mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca. Foi o que bastou. Imediatamente decidi que ela devia sair para fora e, tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente e irritado.

Foi quando meu pai se aproximou de mim. Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de cócoras junto a mim, disse calmamente: "Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho."

Acompanhei-o. Ele se deteve perto da fogueira acesa e me disse: "Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável."

Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça de fora e caminhou tranqüilamente em minha direção. Fiquei muito satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:

"Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade."

A construção do navio


A construção do navio

Autor desconhecido

A construção de um navio parece com a formação das pessoas. Durante a gestação o casco é construído, até que somos lançados ao mar. A maior parte de um navio é colocada depois, como acontece com a gente.

Camarotes, porões, motores, pinturas, enfeites são acrescentados durante a infância e adolescência, até o navio ficar pronto para a primeira viagem. Um navio fica pronto quando sai do estaleiro, mas com a gente é diferente - e este é o desafio de cada um, pois crescemos todo dia e nunca ficamos prontos.

Apesar disso é preciso partir.... Mas nem todos têm a coragem de ir e continuam atracados ao cais, julgando-se incapazes de navegar sozinhos. Algumas pessoas são obrigadas a zarpar, já que os encargos de segurança do porto tornam-se pesados demais e, às vezes, perdem um tempo precioso da viagem revoltadas e lamentando-se por tudo isso.... mas nem todo mundo é assim....

Alguns mal o dia amanhece, já partiram. Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte. Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver. Outros navios também saem logo que podem, mas ficam dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum. Acabam navegando só para comprar mais combustível todo dia, e o que ganham mal dá para a reforma do casco...

Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem... e o pior é que, quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo, não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado... nós somos os maiores responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar.

Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas, porque tem medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém.... a gente não deve aceitar isso, pois significa concordar em ser menos do que pode ser. Todo dia é dia de evolução e aprendizado e, como a lua cheia, quando paramos de crescer, começamos a diminuir.

Então a primeira coisa a fazer é tornar-se comandante de si próprio e isso equivale a pensar com a própria cabeça, ser timão e timoneiro, assumindo riscos pelos erros, pois só erram os que tem a coragem para ousar e, se caírem, levantar e tentar de novo-sempre... pois ninguém sabe nossa autonomia no mar, nossa capacidade de carga, ou a que velocidade podemos singrar as águas dos oceanos, sejam azuis ou escuras.

Ninguém nos conhece melhor que nos mesmos e, por mais que digam o que temos - ou não temos - que fazer, ninguém pode viver a vida no nosso lugar. Outras pessoas, ainda, vivem frustradas e infelizes porque não conseguem ter as mesmas coisas que viram em outro navio. Algumas também vivem furiosas quando alguma coisa ou alguém não age ou sai como gostariam. O amor a si próprio e ao próximo é um exercício diário para saber a diferença entre o que precisa ser mudado e o que devemos aceitar como é.

Muita gente tem preferido impor suas idéias e opiniões em vez de escutar o outro; ficar revoltada com o mundo, em vez de admirar a vida, pois não sabem o que é amar. E tem viajantes que pensam no amor como algo a ser obtido, como se fosse um objeto e não como uma arte que precisa ser aprendida. Alguns acabam confundindo o amor, Deus ou a felicidade com o significado de suas rotas, e vivem frustradas navegando atrás do que não conseguem alcançar - e até desistem no meio do caminho, desalentados, achando que a vida não vale a pena, que Deus não existe e felicidade e amor são balelas... mas Deus, felicidade, amor, bondade não são lugares ou coisas que possam ser possuídos.

A primeira coisa a fazer para quem quer encontrar estes bens é não procurar! Quando procuramos o que não é um lugar ou objeto, e que muito menos está escondido, quem fica perdido somos nós mesmos. Mas quando não procuramos, porque não pode ser encontrado fora de nós, descobrimos que o que tanto queremos - Deus, felicidade, paz - habita camarotes no coração do nosso próprio navio... e tem pessoas tão preocupadas em procurar do lado de fora que até se esquecem de olhar por dentro!...

Não existe navio que não tem passado por tempestades e muitos afundam por não saberem evitá-las, por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros. Somos fortes quando unidos. Juntos somos tão grandes e poderosos quanto a onda mais forte e ameaçadora. Perdoar as falhas e limitações de nossos semelhantes é muito mais que amor ou virtude - é questão de inteligência e sobrevivência... pois a única coisa que possuímos de verdade é a necessidade do outro.

Mas não existe tempestades que durem para sempre, assim como os dias de sol também não são permanentes. Dor e frustrações muitas vezes são resultado de querermos perpetuar momentos de prazer, bem-estar, alegria, que por si só são efêmeros e com que facilidade esquecemos que nada é eterno - a não ser o próprio movimento - e que, por isso, momentos de alegria se alternam com momentos de tristeza, dor se alterna com prazer, fome com saciedade, doença com saúde - um sempre dando lugar ao outro.

Quando a gente pára de tentar lutar contra isso e se abandona nesse jogo delicioso da vida, descobrimos que, acima de tudo, a vida vale a pena ser vivida intensamente.

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A carpa


A carpa

Autor desconhecido

A carpa japonesa (koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros -- mas pode atingir três vezes esse tamanho, se colocada num lago.

Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.

Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano -- mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.

Pense nisto. Existe um oceano esperando por você.


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A caixinha


A caixinha

Autor desconhecido

Há um tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse:
- Isto é para você, paizinho!

Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia. Gritou, dizendo:
- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?

A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse:
- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha. Todos para você...

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali...

De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos...

Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bonita e importante que esta.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O cego e o filhote de lobo


O cego e o filhote de lobo

Esopo

Um Cego estava acostumado a distinguir diferentes animais tocando-os com suas mãos.

Um filhote de Lobo foi então trazido até ele com a orientação de que deveria apalpá-lo, e, dizer o que era.

Ele correu as mãos sobre o animal e estando em dúvida, disse:

- Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.


Moral da História:
As más tendências são mostradas já na infância.

O cavalo e o tratador de cavalos


O cavalo e o tratador de cavalos

Esopo

Um zeloso Cavalariço (empregado de uma cocheira), costumava passar dias inteiros limpando e escovando um cavalo que estava sob seus cuidados, no entanto, ao mesmo tempo, roubava os grãos de aveia da alimentação do pobre animal e os vendia para obter lucro.

- Que pena, - disse o cavalo - se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais.

Moral da História:
Devemos desconfiar daqueles que vivem pregando e promovendo sua própria austeridade.

Na côrte do rei


Na corte

Extraído do livro “Histórias de Nasrudin”

Certo dia, Nasrudin compareceu à Corte ostentando um magnífico turbante. Sabia que o rei ia admirá-lo e que, portanto, poderia vender-lhe o tal turbante.

"Nasrudin, quanto você pagou por esta maravilha?", perguntou o rei.

"Mil moedas de ouro, Majestade."

Percebendo a tramóia, o vizir cochichou ao rei: "Só um idiota pagaria tanto por um turbante".

Disse o rei: "Afinal, por que pagou essa fortuna? Nunca ouvi falar de um turbante que custasse mil moedas de ouro".

"Ah, majestade, paguei esta fortuna, porque sabia que, em todo o mundo, só um único rei compraria esse tipo de coisa."

Encantado com o elogio, o rei ordenou que dessem a Nasrudin duas mil moedas de ouro e ficou com o turbante.

Mais tarde, Nasrudin disse ao vizir: "Você pode muito bem conhecer o valor de um turbante, mas sou eu quem conhece as fraquezas dos reis."

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Lebre e o Cão de Caça


A Lebre e o Cão de Caça

Esopo

Um Cão de Caça espantou uma Lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição, ele parou a caçada.

Um Pastor de Cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:

- Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.

O Cão de caça, respondeu:

- Você não vê a diferença entre nós: Eu estava correndo apenas por um jantar, mas ele, por sua Vida.

Moral da História:
O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final.


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A corrida dos sapos


A corrida dos sapos

Autor desconhecido

Era uma vez uma corrida de sapinhos.

Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: "Que pena !!!

Esses sapinhos não vão conseguir.

Não vão conseguir."

E os sapinhos começaram a desitir. Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.

A multidão continuava gritando : "Pena!!! Vocês não vão conseguir." E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava tranqüilo, embora arfante.

Ao final da competição, todos desistiram, menos ele. A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido.

E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de seu coração.

Lembre-se sempre:
Há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos.

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A espada mágica


A espada mágica

Autor desconhecido

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local.

Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate.

Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada.
A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino.

Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum.
Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror.

De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força. Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo.

E nunca mais competiu.

Reflexão:
Será que precisamos de "Mágica" em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?

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terça-feira, 4 de maio de 2010

A importância de saber quem de fato se é


A importância de saber quem de fato se é

Autor desconhecido

Conta -se que numa aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico.
Ele chegou na ferroviária segurando o seu bilhete.

Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir.
Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas.

No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.

Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo.

Ele agüentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou: "Posso ver os bilhetes?"
José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.

O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: "Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?" E o maquinista concluiu: "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".

Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.

A janela e o espelho


A janela e o espelho

Autor desconhecido

Um jovem muito rico foi ter com um rabi, e lhe pediu um conselho para orientar sua vida. Este o conduziu até a janela e perguntou-lhe: - O que vês através dos vidros?
Vejo homens que vão e vêm, e um cego pedindo esmolas na rua. Então o rabi mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou:
Olha neste espelho e dize-me agora o que vês.

Vejo-me a mim mesmo.

E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada a vidro, não vês nele mais do que a tua pessoa. Deves comparar te a estas duas espécies de vidro. Pobre, vias os outros e tinhas compaixão por eles. Coberto de prata - rico - vês apenas a ti mesmo.

Sê vales alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.

A flauta mágica


A flauta mágica

Autor desconhecido

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse facilitar seu trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana com destino à África, convidando dois outros amigos. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa.

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de agressivo, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.

E foi assim até o final do dia, quando o grupo encontrou um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou, mas atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles observou com sabedoria:
- Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem um surdinho...

Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência, prepare alternativas para as situações imprevistas, analise as possibilidades de erro. Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.
Cuidado com o leão surdo.

sábado, 1 de maio de 2010

Dormir enquanto os ventos sopram


Dormir enquanto os ventos sopram

Extraído do livro “Histórias da Tradição Sufi”

Alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria de pessoas estavam pouco dispostas a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico.
Temiam as horrorosas tempestades que variam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações.
Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou,

- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente,

- Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedí-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois.

Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia
ser arrastado. O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer, então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

O que eu quero dizer com esta história, é que quando se está preparado espiritualmente, mentalmente e fisicamente - você não tem nada a temer.

Eu lhe pergunto: você pode dormir enquanto os vento sopram em sua vida?
Espero que você durma bem!

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E Deus disse NÃO


E Deus disse NÃO

Autor desconhecido

Eu pedi a Deus para remover meu orgulho, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que não era tarefa dele, mas que era para eu abrir mão...

Eu pedi a Deus para tornar meu irmão paraplégico em uma criança normal, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que o Espírito é imortal e o corpo é temporário...

Eu pedi a Deus para me dar paciência, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que paciência é subproduto da tribulação.

Ela não é dada, é conquistada...

Eu pedi a Deus pra me dar felicidade e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que me dá bênçãos, felicidade depende de mim...

Eu pedi a Deus para dividir minha dor com ele, e Deus disse: "NÃO."

Ele me disse que o sofrimento nos afasta de coisas mundanas e nos deixa mais perto d'Ele...

Eu pedi a Deus para fazer meu espírito crescer e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que devo crescer por meus esforços mas ele aparará minhas arestas para que eu frutifique...

Eu perguntei a Deus se ele me amava, e Ele me disse: "SIM, AGORA E SEMPRE..."

Eu pedi a Deus para me ajudar a amar os outros tanto quanto ele me ama, e Deus disse: "AH, FINALMENTE VOCÊ ENTENDEU..."