sábado, 31 de dezembro de 2011

Eles querem matar Deus (mas não vão conseguir)


Eles querem matar Deus (mas não vão conseguir)


Por Marcos Stefano

O jornalista Fábio Marton era considerado um menino prodígio nas mãos do Senhor. Neto de um pastor respeitado na igreja Assembleia de Deus e filho de crentes, com apenas nove anos o garoto já era tratado como um “pastorzinho”, e aproveitava as oportunidades que recebia para subir no púlpito e falar do Evangelho. Chegou à adolescência e mocidade vivendo uma vida dedicada a Cristo. Há 20 anos, entretanto, tudo começou a mudar. No final de 1991, Marton perdeu a mãe num acidente de automóvel. O irmão ficou paraplégico. “Vi minha mãe ser enterrada e me questionava onde estava Deus, que não fazia nada”, lembra. As dúvidas cresciam e se transformavam em inquietações à medida que o garoto avançava pela adolescência e via abusos, fanatismo e falta de consistência na mensagem das igrejas pelas quais passava.

Marton bem que tentou lutar contra as desconfianças. Certa vez, até falou em línguas estranhas – o sinal do batismo com o Espírito Santo, de acordo com o que creem os pentecostais. Nada adiantou. No colégio técnico e na faculdade, tentou viver como um cristão liberal, conciliando fé e teorias científicas. Porém, como os milagres que esperava não chegavam e o esfriamento espiritual só aumentava, o afastamento dos templos deixou de ser temporário e se tornou definitivo. Numa noite, ele subiu ao telhado de sua casa e contemplou o céu estrelado. Mais uma vez, procurou o Altíssimo, tentou falar com ele, mas conta não ter ouvido resposta. Desceu com a convicção: Deus não existe!

Histórias como a de Fábio Marton têm se tornado mais comuns. Ultimamente, tem crescido a quantidade de brasileiros que se declaram ateus. Eles ainda são minoria em um país de expressiva tradição cristã, onde católicos e evangélicos, seguidores das duas maiores confissões, somam mais de 90% da população, mas têm chamado a atenção. Cada um a seu jeito, os relatos pouco diferem da trajetória dos grandes defensores do ateísmo no mundo – gente como o biólogo evolucionista Richard Dawkins, famoso pelo combate que travam contra a religião, principalmente o cristianismo ocidental (ver quadro). A grande novidade é que essa verdadeira “guerra” já não tem mais como palco somente a Europa e os Estados Unidos. Ímpio – O Evangelho de um ateu, livro no qual Marton conta suas memórias, usa de muita ironia para criticar parte das igrejas protestantes e faz uma apologia contra Deus, é um dos mais vendidos da Editora Leya. E essa batalha cada vez mais é travada no Brasil, nação que muitos líderes evangélicos dizem estar experimentando um dos maiores avivamentos espirituais da modernidade.

E a guerra contra Deus não é apenas filosófica. A postura de incredulidade é parte de um processo de secularização do Estado, embalado com tentativas de limitar a voz dos religiosos na sociedade brasileira, inclusive na esfera legal. Em agosto, um caso chamou a atenção da opinião pública nacional. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do Estado de São Paulo entrou com uma ação civil pública contra a Rede TV! e a Igreja Internacional da Graça de Deus. A alegação é de que, no programa O profeta da nação, exibido em horário pago naquela emissora, teriam sido proferidas ofensas contra os ateus. No episódio levado ao ar no dia 10 de março deste ano, no quadro O profeta nas ruas, o pastor e apresentador João Batista convida transeuntes para uma oração. Em dado momento, pede que “apenas aqueles que acreditam em Deus” devem se aproximar. Em seguida, repele os outros: “Quem não acredita em Deus pode ir para bem longe de mim. A pessoa que não acredita em Deus é perigosa. Ela mata, rouba e destrói”, declara o religioso.

Até o fechamento desta edição, a ação ainda estava em tramitação. A intenção do Ministério Público é obrigar a Igreja da Graça, responsável pelo programa, a exibir retratação da fala em tempo dobrado ao da transmissão original e a veicular mensagens educativas contra a discriminação religiosa. De acordo com o procurador responsável pelo caso, Jefferson Dias, as declarações do pastor João Batista ferem o direito constitucional à liberdade de pensamento e religião. Em sua denúncia, ele argumenta que a laicidade do Estado também dá ao cidadão a liberdade de ser ateu.

PATRULHAMENTO

Ainda que a ação seja indeferida, ela chama a atenção para um patrulhamento que tem havido na sociedade brasileira, particularmente entre os chamados formadores de opinião. E, o que alguns encaram como demonstração da laicidade do Estado é denunciado por outros como restrição à liberdade de crença, um dos pilares das democracias ocidentais. Em grandes nações européias como França, Alemanha, Grã-Bretanha e Espanha, o movimento ateísta já tem representatividade comparável à de partidos políticos. Uma de suas ações mais visíveis são as campanhas ideológicas através de propaganda – inclusive, com a exibição de frases e textos ateístas em jornais, ônibus e outdoors. Além disso, já há políticas de Estado para coibir a expressão religiosa, como a proibição ao uso de véus por parte dos muçulmanos e de símbolos cristãos como crucifixos em prédios públicos.

O Velho Continente abriga quatro das cinco nações em todo mundo que menos aceitam a existência divina. Nada menos que 64% dos suecos, 48% dos dinamarqueses e, praticamente, a metade dos franceses e dos alemães já enchem a boca para dizer que não acreditam em Deus. “Isso não é mais uma tendência por lá. É a realidade, ainda que alguns grupos religiosos e tradicionais se oponham. O problema é que esse modelo, com ares ‘politicamente corretos’, ganha força também nos Estados Unidos e já chega ao Brasil”, analisa o pastor e escritor Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Ele alerta que proibições a símbolos e expressões públicas de fé podem, no futuro, transformar-se em vedações legais a cultos. “Democracias só podem existir enquanto houver liberdade de expressão e de religião”, pontifica.

No Brasil, onde os chamados sem-religião são o grupo que mais cresce na atualidade – eles passaram de pífios 0,5% em 1950 para 7,8% da população nos anos 2000, e a expectativa é por um número maior a partir da totalização dos dados aferidos pelo último Censo –, a face mais visível desse processo de secularização está nas ruas. No mês de junho, duas grandes manifestações realizadas em São Paulo viraram palanques para discursos inflamados por conta da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de legalizar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A primeira foi a 19ª Marcha para Jesus, uma das maiores manifestações religiosas do planeta. “Eles querem aprovar uma lei para dizer que a Bíblia é um livro homofóbico e botar uma mordaça em nossa boca. Amanhã, se alguém quiser fazer uma marcha em favor da pedofilia, do crack ou da cocaína, vai poder fazer. Nós, em nome de Deus, dizemos não”, declarou na ocasião o pastor Silas Malafaia, um dos protagonistas do evento. Apenas três dias depois, em outro lugar da cidade, a 15ª Parada do Orgulho LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) tecia críticas aos religiosos e os acusava de “homofobia”.

“Não tenho dúvida de que essa batalha para desqualificar a posição dos evangélicos e classificá-la como preconceituosa e discriminatória é parte desse processo de secularização do Estado brasileiro”, destaca o pastor e deputado federal João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica. A referência é clara: projetos como o PL 122/2006, que, se aprovado, criaria restrições à contestação da prática homossexual, ainda que embasada em princípios religiosos. “Não somos contra os direitos de ninguém, mas não podemos aceitar leis que nos impeçam de falar nossa opinião”, reivindica o parlamentar.

Apesar de esse projeto ter sido arquivado, ao que parece, em definitivo, a agenda é bem mais ampla e traz outras propostas, como a legalização do aborto e o Plano Nacional de Direitos Humanos, todos com alardeada defesa da democracia. “Acontece justamente o contrário. A liberdade de expressão é que está em risco nessa guerra. O que existe é uma confusão em torno da ideia de laicidade, que não é a mesma coisa que ateísmo”, continua Campos. “O Estado laico é aquele que protege a expressão de todas as religiões, e nenhuma em particular. Ele precisa garantir a possibilidade dos cultos. O Estado é laico, mas a sociedade, cristã”, completa. O oposto do que aconteceu em 2008, quando essa neutralidade foi colocada em dúvida com a decisão do governo brasileiro, então chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva, de firmar um acordo com o Vaticano. Ao definir o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, o acordo destacava a obrigatoriedade de o Estado oferecer ensino religioso, católico e de outras confissões, para alunos do ensino fundamental. Com matrícula facultativa ou não, é uma clara perda de limites. Apesar disso, recebeu pouca atenção na época. “Quando não há mobilização social, protestos, o assunto cai no esquecimento. Há muitos interesses para que seja dessa forma”, lamenta o chanceler Lopes.

“IRRACIONALISMO”

Ele mesmo foi envolvido em uma polêmica muito mais ruidosa no começo deste ano. Tudo por conta de um protesto de ativistas de movimentos LGBT contra o Mackenzie por causa de um artigo que criticava o PL 122/2006 e estava no site da instituição. Cerca de quatro mil pessoas se reuniram nas imediações da universidade gritando palavras de ordem contra a homofobia. “Foi mais um factóide para atrair a atenção da mídia sobre um assunto condenado”, avalia Augustus Nicodemus Lopes. “O texto foi escrito por um pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil e fazia parte de uma área de debates no site. Estava lá havia cinco anos. Por que tanta comoção só agora?”, questiona o educador. Apesar de ser um fato isolado, ele acredita que outras manifestações e projetos virão a reboque do movimento secularista e ateu. “A Europa se divorciou de suas raízes cristãs, e agora sofre com o ateísmo. Isso vai acontecer com o Brasil?”

A pergunta é de difícil resposta. Enquanto isso, os novos ateus não ficam parados. Dawkins e seus pares recentemente criaram uma Aliança Ateísta Internacional. O objetivo do grupo é investir maciçamente em campanhas a favor do ateísmo em países em desenvolvimento, e o Brasil, por seu gigantismo e tradição cristã, já é apontado como uma das prioridades. Durante a assembleia de fundação da organização, o discurso estava ensaiado: “A Aliança será a voz global das causas ateístas e seculares. Vamos promover e apoiar o livre pensamento em todo o planeta”, destaca Tanya Smith, sua primeira presidente. Já a prática parece estar longe desse ideal. A julgar pelo belicismo dos neo-ateus, há quem tema novas inquisições, dessa vez laicas e sem fogueiras, mas igualmente danosas ao ser humano como o obscurantismo medieval.

Por aqui, o que já existe é a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), entidade surgida para combater o que seria o preconceito contra aqueles que não admitem a existência divina. Mas suas peças publicitárias são um verdadeiro tapa na cara dos crentes. Uma delas traz fotos do célebre ator Charles Chaplin e do ditador nazista Adolf Hitler. Junto ao primeiro, a frase: “Não acredita em Deus”. Abaixo da imagem de Hitler, a provocação: “Acredita em Deus”. Só que, embora certa a justificativa de que “religião não define caráter”, como sentencia a Atea, não dá para esquecer que foram as teorias evolucionistas de Darwin que inspiraram as leis de eugenia do nazismo alemão. “Todos os grupos que sofrem algum tipo de preconceito procuram fazer campanhas de conscientização para tentar minimizar o problema. Não somos diferentes”, declara Daniel Sottomaior, presidente da associação.

“O ateísmo cresce muito por causa do aumento do irracionalismo. Com a internet e a comunicação de massa, acredita-se cada vez mais em astrologia, experiências extrassensoriais, bruxas, alienígenas e discos voadores. Mas isso nada tem a ver com o cristianismo”, aponta o estudioso Michelson Borges, editor da Casa Publicadora Brasileira e membro da Sociedade Criacionista Brasileira. “A Bíblia oferece as melhores respostas para as mais difíceis inquietações da modernidade, aí incluídas o sentido da vida e o destino após a morte”. Para ele, dizer que os verdadeiros cientistas rejeitam a fé em Deus não passa uma falácia – tanto, que uma grande pesquisa realizada há alguns anos com cientistas dos países mais desenvolvidos do mundo revelou que 40% deles acreditam, sim, em um Deus pessoal. “Se o método científico pelo qual se orientam demonstrasse realmente a inexistência da divindade, não haveria um cientista crédulo”, raciocina Borges.

Um deles é Francis Collins, diretor do Projeto Genoma Humano, responsável pelo primeiro mapeamento da cadeia do DNA do homem. Ateu na juventude, Collins se converteu depois que, mesmo já doutorado, voltou aos bancos escolares. Estudando medicina, ele conviveu com vários pacientes em hospitais, e percebeu que os que tinham fé mantinham a serenidade e a espiritualidade, mesmo diante das piores adversidades. Sua história é revelada em A linguagem de Deus (Editora Gente), obra em que conta vários casos interessantes. “Quando o então presidente norte-americano Bill Clinton anunciou na Casa Branca o mapeamento do DNA humano, agradeceu a Deus. Para mim, não houve qualquer constrangimento; aliás, eu até ajudei a escrever o discurso. Fé e ciência não são contraditórias, e o homem só conseguirá ser completo conciliando as duas.”

Fonte: Cristianismo Hoje

Deus não morreu


Deus não morreu

William Lane Craig


Nos últimos tempos, o mercado literário tem sido inundado por títulos defendendo o ateísmo. Boa parte deles viraram best-sellers – caso de Deus, um delírio, de Richard Dawkins, o mais ruidoso lançamento recente nesta linha. Pode-se supor, à primeira vista, que seja impossível aos pensadores modernos defender intelectualmente a existência de Deus. Todavia, um exame rápido nos livros do próprio Dawkins, bem como de autores como Sam Harris e Christopher Hitchens, entre outros, revela que o chamado novo ateísmo não possui base intelectual e deixa de lado a revolução ocorrida na filosofia anglo-americana. Tais obras refletem mais a pseudociência de uma geração anterior do que retratam o cenário intelectual contemporâneo.

O ápice cultural dessa geração aconteceu em 8 de abril de 1966. Naquela ocasião, o principal artigo da revista Time, um dos maiores semanários da imprensa americana, foi apresentado numa capa completamente preta, com três palavras destacadas em vermelho: “Deus está morto?”. A história contava a suposta “morte” de Deus, movimento corrente na teologia naquela época. Porém, usando as palavras de Mark Twain, a notícia do “falecimento” do Senhor foi prematura. Ao mesmo tempo em que teólogos escreviam o obituário divino, uma nova geração de filósofos redescobria a vitalidade de Deus.

Para entender melhor a questão, é preciso fazer uma pequena digressão. Nas décadas de 1940 e 50, muitos filósofos acreditavam que falar sobre Deus era inútil – aliás, verdadeira tolice –, já que não há como provar a existência dele pelos cinco sentidos humanos. Essa tendência à verificação acabou se desfazendo, em parte porque os filósofos descobriram simplesmente que não havia como verificar a verificação! Esse foi o evento filosófico mais importante do século 20. O fim do império da verificação libertou os filósofos para voltarem a tratar de problemas tradicionais que haviam sido deixados de lado.

Com o renascimento do interesse nas questões empíricas tradicionais, sucedeu algo que ninguém havia previsto: o renascimento da filosofia cristã. A mudança começou, provavelmente, em 1967, com a publicação de livro God and Other Minds: A Study of the Rational Justification of Belief in God (“Deus e outras mentes: um estudo sobre a justificação racional da crença em Deus”), de Alvin Plantinga. Seguiram-se a ele vários filósofos cristãos, que militaram escrevendo em jornais eruditos, participando de conferências e publicando suas obras nas melhores editoras acadêmicas. Como resultado, a aparência da filosofia anglo-americana se transformou. Embora talvez ainda seja o ponto de vista dominante nas universidades americanas, o ateísmo hoje é uma filosofia em retirada.

Em um artigo recente, o filósofo Quentin Smith, da Universidade Western Michigan, lamentou o que chama de “dessecularização” da academia, que no seu entender evoluiu nos departamentos de filosofia desde o fim dos anos 60. Ele se queixa da passividade dos naturalistas diante da onda de “teístas inteligentes e talentosos que entram na academia hoje”. E conclui: “Deus não está morto na academia; voltou à vida no fim da década de 60 e hoje está vivo em sua última fortaleza acadêmica – os departamentos de filosofia”.

Teologia natural – O renascimento da filosofia cristã foi acompanhado pelo ressurgimento do interesse na teologia natural, ramo que tenta provar a existência de Deus sem usar a revelação divina. O alvo dessa teologia natural é justificar uma visão de mundo teísta ampla, que é comum entre cristãos, judeus e muçulmanos – e, claro, deístas. Embora poucos os considerem provas atraentes da existência de Yahweh dos cristãos, todos os argumentos tradicionais a favor da veracidade de Deus, além de alguns novos, encontram hoje defensores hábeis.

O argumento cronológico, por exemplo, defende que tudo o que existe tem uma explicação para sua existência, seja na necessidade de sua natureza ou em uma causa externa. E, se há uma explicação para a existência do universo, essa é a existência de Deus. Trata-se de um argumento com validade lógica, já que uma causa externa para o universo tem de estar além do espaço e do tempo; portanto, não pode ser física nem material. O argumento cronológico é defendido por estudiosos como Alexander Pruss, Timothy O’Connor, Stephen Davis, Robert Knoos e Richard Swinburne, entre outros.

Já o argumento cosmológico considera que tudo que começa a existir tem uma causa; portanto, se o universo passou à existência, também ele tem uma causa. Stuart Hackett, David Oderberg, Mark Nowacki e eu, particularmente, o defendemos. A premissa básica com certeza parece mais plausível do que sua negativa – afinal, acreditar que as coisas simplesmente comecem a existir sem uma causa é pior do que acreditar em mágica. Ainda assim, é surpreendente o número de ateus que evitam tal explicação. Tradicionalmente, os ateus defendem a eternidade do universo. Há, porém, muitos motivos, tanto filosóficos quanto científicos, para duvidar dessa eternidade. Para a filosofia, por exemplo, a idéia de passado infinito é absurda; se o universo nunca teve início, então o número de eventos históricos é infinito. Essa idéia é muito paradoxal, e, além disso, levanta um problema: como o evento presente poderia acontecer se houvesse um número infinito de eventos para acontecer antes?
Além do mais, uma série notável de descobertas astronômicas e astrofísicas do século passado conferiu nova vida ao argumento cosmológico. Temos, hoje, evidências bem fortes de que o universo não é eterno no passado, mas que teve um início absoluto há cerca de 13,7 bilhões de anos, em um cataclismo conhecido como Big Bang. Esta tese é espantosa porque representa a origem do universo a partir de praticamente nada – afinal, toda matéria e energia, inclusive o espaço e o tempo físicos, teriam derivado dele. Os recentes experimentos com o LHC, o mega-acelerador de partículas instalado nos Alpes suíços, caminham justamente nesta direção. Alguns cosmólogos até tentaram fabricar teorias alternativas para fugir a esse início absoluto – porém, nenhuma delas foi aceita pela comunidade científica.

Em 2003, os cosmólogos Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin conseguiram provar que qualquer universo que exista, em estado de expansão como o nosso, não pode ter passado eterno; mas teve, necessariamente, um início absoluto. “Os cosmólogos não podem mais se esconder atrás da possibilidade de um universo com passado eterno”, diz Vilenkin. “Não há como fugir – eles têm de encarar o problema do início cósmico”. Segue-se, então, que precisa ter havido uma causa transcendente que trouxe o universo à existência. Uma causa plausível no tempo, acima do espaço, e portanto, imaterial e pessoal.

“Assinatura de Deus” – Resta o argumento teológico. Este permanece firme como sempre, defendido, em várias formas, por gente como Robin Collins, John Leslie, Paul Davies, William Dembski e Michael Denton. Ultimamente, com o movimento denominado Projeto Inteligente, boa parte destes pesquisadores prosseguem na tradição de encontrar exemplos da “assinatura de Deus” nos sistemas biológicos. Todavia, o ponto sensível da discussão enfoca a recente descoberta da sintonia do cosmos com a vida. Essa sintonia assume dois aspectos – primeiro, porque quando as leis da natureza são expressas em equações matemáticas, como a da gravidade, apresentam certas constante. Logo, não determinam esses valores. Segundo, há certas variantes arbitrárias que fazem parte das condições iniciais do universo – a quantidade de entropia, por exemplo. Essas constantes e quantidades se encaixam em um alcance extraordinariamente pequeno de valores que permitem a existência de vida. Se fossem alteradas em valor inferior ao da grossura de um fio de cabelo, o equilíbrio que permite a existência e sustentação da vida seria destruído – ou seja, não haveria vida.

A essência dessa argumentação é de que a existência do universo, tal qual o conhecemos, decorre do acaso ou de um projeto. Quanto ao acaso, teóricos contemporâneos cada vez mais reconhecem que as evidências contra a sintonia são quase insuperáveis, a não ser quese esteja pronto a aceitar a hipótese especulativa de o nosso universo ser apenas um membro de um hipotético conjunto infinito e aleatório de universos. Nesse conjunto, pode-se imaginar qualquer tipo de mundo físico, e obviamente só encontraríamos um onde as constantes e quantidades são compatíveis com nossa existência.
Claro que todos esses argumentos são objeto de réplicas e contra-réplicas – e ninguém imagina que algum dia se chegará a consenso. Na verdade, há sinais de que o gigante adormecido do ateísmo, após um período de passividade, vai despertando de sua soneca e entrando na briga. J. Howard Sobel e Graham Oppy escreveram livros grandes e eruditos criticando os argumentos da teologia natural, e a Cambridge University Press lançou Companion to Atheism (“Companheiro do ateísmo”) no ano passado. De toda forma, a simples presença do debate na academia prova como é saudável e vibrante a visão de mundo teísta hoje.

Relativismo – Muita gente pode pensar que a reaparição da teologia natural em nossos dias seja apenas trabalho desperdiçado. Afinal, não vivemos em uma cultura pós-moderna, onde o apelo a argumentos apologéticos como esses deixaram de ser eficazes? Hoje, não se espera mais que argumentos para defender o teísmo funcionem. Não por outra razão, cada vez mais cristãos apenas compartilham sua história e convidam outros a participar dela.

Esse tipo de raciocínio carrega um diagnóstico errado, desastroso para a cultura contemporânea. A suposição de que vivemos em uma cultura pós-moderna não passa de mito. Na verdade, esse tipo de cultura é impossível; não poderíamos viver nela. Ninguém é relativista quando se trata de ciência, engenharia e tecnologia – o relativismo é seletivo, só surge quando o assunto é religião e ética. Mas é claro que isso não é pós-modernismo; é modernismo! Não passa do antigo verificacionismo, que sustentava que tudo que não se pode testar com os cinco sentidos é uma questão de preferência pessoal.

Fato é que vivemos em uma cultura que continua profundamente modernista. Se não for assim, não haverá explicação para a popularidade do novo ateísmo. Dawkins e sua turma são inegavelmente modernistas e até científicos em sua abordagem. Na leitura pós-modernista da cultura contemporânea, seus livros deveriam ter sido como água sobre pedra – porém, as pessoas os agarram ansiosas, convictas de que a fé religiosa é tolice.

Sob essa ótica, adequar o Evangelho à cultura pós-moderna leva à derrota. Deixando de lado as armas da lógica e da evidência, deixaremos o modernismo nos vencer. Se a Igreja adotar esse curso de ação, a próxima geração sofrerá conseqüências catastróficas. O cristianismo se tornará apenas mais uma voz em meio a uma cacofonia de vozes que competem entre si – cada uma apresentando sua narrativa e alegando ser a verdade objetiva sobre a realidade. Enquanto isso, o naturalismo científico continuará a moldar a visão da cultura sobre como o mundo realmente é.

Uma teologia natural consistente é bem necessária para que a sociedade ocidental ouça bem o Evangelho. Em geral, a cultura do Ocidente é profundamente pós-cristã – e este estado de coisas é fruto do iluminismo, que introduziu o fermento do secularismo na cultura européia. Hoje, esse fermento permeia toda a sociedade ocidental. Enquanto a maioria dos pensadores originais do iluminismo eram teístas, os intelectuais de hoje, majoritariamente, consideram o conhecimento teológico impossível. Aquele que se dedica ao raciocínio sem vacilar até o fim acabará ateísta – ou, na melhor das hipóteses, agnóstico.

Entender nossa cultura da forma correta é importante, porque o Evangelho nunca é ouvido isoladamente, mas sempre no cenário da cultura corrente. Uma pessoa que cresce em ambiente cultural que vê o cristianismo como opção viável estará aberta ao Evangelho – mas, neste caso, tanto faz falar aos secularistas sobre fadas, duendes ou Jesus Cristo! Cristãos que depreciam a teologia natural porque “ninguém se converte com argumentos intelectuais” têm a mente fechada. O valor dessa teologia vai muito além dos contatos evangelísticos imediatos. Ao passo que avançamos no século 21, a teologia natural será cada vez mais relevante e vital na preparação das pessoas para receberem o Evangelho. É tarefa mais ampla da apologética cristã, incluindo a teologia natural, ajudar a criar e sustentar um ambiente cultural em que o Evangelho seja ouvido como opção intelectual viável para pessoas que pensam. Com isso, lhes será conferida permissão intelectual para crer quando seu coração for tocado.


William Lane Craigé professor pesquisador de filosofia

CRENTES CACHACEIROS


CRENTES CACHACEIROS

publicado por Sandro Baggio - pastor do Ministério Projeto 242

“i think back to the time when i wouldn’t drink wine
and they taught me wrong and right and black and white…”
- Fine Art of Friendship, King’s X

Em maio de 1990 eu era missionário da OM e estava à bordo do navio Logos II. Estávamos ancorados em Bremenhaven, porto da cidade de Bremen no norte da Alemanha. Uma noite, ao sair com amigos para conhecer aquela bela cidade, fomos ao Marktplatz que estava lotado de pessoas. Parecia uma Oktoberfest (apesar de eu nunca ter ido a uma). A OM tinha uma lei-seca, ou seja, nenhum de seus missionários tinha permissão para ingerir bebidas alcoólicas enquanto estivesse trabalhando com a organização. Mas alguém sugeriu que, estando naquele local, devêssemos tomar algo. Eu não sabia exatamente o que beber e, diante de minha indecisão, foi sugerido uma cerveja doce. A idéia soou agradável e aceitei. Logo que chegou, tomei a cerveja de tonalidade bem clara, servida num copo semelhante a uma pequena taça, diferente das canecas servidas aos outros da mesa (e bem menor que estas!). Bebi tranquilamente. E fiquei bêbado como uma égua. Ao retornar para o navio, subi o passadiço com muito cuidado e passei pelo vigia noturno calado, orando para que ele não notasse meu estado. Além de me deixar muito envergonhado, aquela situação trouxe-me lembranças dolorosas da infância.

Eu cresci num lar manchado por tumultos decorrentes do abuso do álcool. Parte de minha infância foi um verdadeiro inferno por causa das bebedeiras de meu pai. Quando criança, era comum beber até ficar bêbado nas festas de fim de ano. Com onze anos, comecei a beber com meu irmão um ano mais velho. Comprávamos vinho e cachaça e esperávamos o dia em que minha mãe e irmãs estavissem fora de casa para chamar uns amigos e encher a cara. Numa destas “festas”, meu irmão teve um coma alcoólico, foi internado às pressas e por muito pouco não morreu. Foi o fim de nossas bebedeiras. Aos quatorze anos entreguei minha vida a Jesus no culto de uma igreja pentecostal e “eles ensinaram-me certo e o errado e branco e preto” como diz a canção do King’s X.

Foi somente quando estava no seminário teológico que comecei a estudar seriamente o que a Bíblia diz sobre a ingestão de bebidas alcoólicas. Fiquei surpreso ao descobrir que, contrário do que eu havia sido ensinado (e que me pareceu muito bom tendo em vista meu histórico familiar com bebidas), a Bíblia não condena beber vinho. Na Bíblia, o vinho é visto como sinal de alegria e bênção de Deus. Salomão fala da promessa aos que honram a Deus com seus recursos: seus celeiros ficarão plenamente cheios e os seus barris transbordarão de vinho. (Provérbios 3:9-10). Ele diz que felizes são os que comem no tempo certo para refazer as forças e não para bebedice, um alerta contra a embriaguez, ao mesmo tempo reconhece que o vinho torna a vida alegre (Eclesiastes 10:17 e 19). Semelhantemente, o Salmista louva a Deus como criador que “faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão, e o vinho que alegra o coração do homem” (Salmos 104:14-15).

Ou seja, nestas e em tantas outras passagens que tratam da questão do vinho e da bebida fermentada, aprendi que a Bíblia ensina claramente que:

* beber não é pecado, mas
* beber demais é pecado, portanto
* é preciso tomar cuidado com o poder sedutor da bebida e
* às vezes, a melhor coisa a fazer é não beber.

Que beber não é pecado deveria ficar evidente, visto que o primeiro milagre de Jesus (João 2) foi transformar água em vinho numa festa de casamento. “Mas”, haviam me dito, “não era ‘bem’ vinho, não tinha fermentação, era apenas suco de uva.” Esta teoria logo caiu por terra, tendo em vista que outras passagens da Bíblia falavam sobre a possibilidade de se embriagar com o vinho, logo não poderia ser “apenas suco de uva” (ninguém fica embriagado com suco de uva). De fato, Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo recomenda-lhe beber um pouco de vinho em suas refeições. (5.23) Ao tratar das qualificações dos diáconos e presbíteros, Paulo diz que eles não devem ser “amigos de muito vinho” (3.3) e nem “apegados ao vinho” (3.8), palavras que não fazem muito sentido se fosse “apenas suco de uva”. Em sua carta a Tito ele menciona o comportamento das mulheres cristãs e diz que elas não devem ser “escravizadas a muito vinho.” (2.3) Além do disso, há fortes indícios de que o próprio Senhor Jesus bebia vinho. Em contraste com João Batista, de quem o anjo disse a seus pais que ele não beberia vinho nem bebida fermentada (Lucas 1.15), Jesus foi acusado de comilão e beberrão (Mateus 11.18-19). Jesus não teve pecado algum e ele bebia. Paulo não recomendaria um pouco de vinho a Timóteo, se beber vinho fosse pecado. E a Santa Ceia não seria celebrada com vinho, se sua ingestão fosse pecado. Um dos problemas em Corinto é que alguns estavam se embriagando na Ceia, prova que não se tratava de “apenas suco de uva”.

Muitos crentes, ao descobrirem isto, estão começando a desfrutar uma taça de vinho ou uma cerveja livres de uma consciência culpada.

O problema hoje em dia não parece ser o da abstinência forçada ou das proibições legalistas. Não vivemos mais na época da lei-seca na maioria das igrejas evangélicas brasileiras. O problema é que, cada vez mais, os crentes estão bebendo um pouco demais. Me surpreende olhar o Facebook e ver um número crescente de fotos exibindo bebidas como se fossem troféus e “confissões” de bebedeira como se fossem coisas banais. É o caso clássico de quem não sabe lidar com a liberdade e, após um período de repressão, vai de um extremo a outro.

Porque será que o homem quando foge de si mesmo
Se afoga na bebida e se droga sem parar?
Será que a vida imposta é perder um vale tudo?
Viver sempre chapado é melhor do que lutar?
Beber até morrer essa é a solução?…
- Beber até Morrer, Ratos de Porão

Cristãos podem beber? Sim, não há proibição quanto a isso na Bíblia. Mas a Bíblia deixa absolutamente claro que embriagar-se é pecado e que os bêbados não herdarão o Reino de Deus: “…nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus” (1 Coríntios 6:1 e Gálatas 5:19-21). Há diversas histórias na Bíblia sobre as consequências de embriagar-se, levando pessoas a cometerem uma série de delitos graves sob o efeito da bebida. Incesto, violência, adultério, pobreza, assassinato, depressão e loucura são alguns dos males relatados pela Bíblia que acompanham a embriaguez.

Em seu comentário da primeira carta de Paulo a Timóteo, quando Paulo recomenda ao jovem pastor que, por causa de suas enfermidades, não beba apenas água, mas também “um pouco de vinho”, Calvino diz o seguinte sobre a embriaguez:

“O termo grego usado descrevia não apenas a embriaguez, mas qualquer tipo de descontrole ao beber vinho. Beber com excesso não é só indecoroso num pastor, mas geralmente resulta em muitas coisas ainda piores, tais como rixas, atitudes néscias, ausência de castidade e outras que não carecem de menção.”

E acrescenta:

“Quão poucos há em nossos dias que carecem da abstinência de água; em contrapartida, quantos carecem de ser refreados em seu uso imoderado do vinho! É também evidente que necessário se nos faz, mesmo quando queremos agir corretamente, rogar ao Senhor que nos dê o Espírito de sabedoria para nos instruir no caminho da moderação.”

Portanto, é preciso tomar cuidado com o poder sedutor da bebida. Estatísticas apontam que consumo do álcool no Brasil aumenta a cada ano, tornando o país um dos mais afetados por problemas ligados ao alcoolismo. Uma das razões para isto parece ser que beber está tornando-se algo cultural. No Brasil a cerveja tornou-se a bebida tradicional (a AMBev produz 35 milhões de cervejas engarrafadas por dia!) e isto tem feito com que os brasileiros comecem a beber cada vez mais jovens (entre 10-13 anos é a idade para a iniciação no álcool). O resultado de tanta bebedeira é que, segundo algumas estimativas, acredita-se que 7,3% do PIB anual é aplicado para problemas decorrentes do álcool e 65% dos acidentes fatais em São Paulo têm o motorista embriagado.

Há diversas advertências na Bíblia sobre a sedução do vinho. A mais notória delas talvez seja esta em Provérbios 23.31-35:

Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente! No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora. Seus olhos verão coisas estranhas, e sua mente imaginará coisas distorcidas. Você será como quem dorme no meio do mar, como quem se deita no alto das cordas do mastro. E dirá: “Espancaram-me, mas eu nada senti! Bateram em mim, mas nem percebi! Quando acordarei para que possa beber mais uma vez?”

Chesterton comenta: “O vinho, diz a Escritura, alegra o coração do homem, mas somente do homem que tem coração.” Portanto:

“Nunca beba quando estiver infeliz por não ter uma bebiba, ou irá parecer um triste alcoólatra caído na calçada. Mas beba quando, mesmo sem a bebida, estaria feliz, e isso o tornará parecido com um risonho camponês italiano. Nunca beba quando precisar disso, pois tal ato racional é o caminho para a morte e o inferno.”
- G. K. Chesterton, Omar e a Vinha Sagrada em Hereges

A conclusão é que, às vezes, o melhor a fazer é não beber. Isto não é legalismo, é bom senso. O comediante Eddie Murphy revelou que não bebe porque o álcool não o faz bem e, a última vez que ficou de ressaca, após três taças de champanhe em 1993, o fez decidir nunca mais consumir bebida alcoólica.

“Eu não bebo. Se bebo, sei que não vou me sentir bem. E, às vezes, parece que todos que bebem estão se divertindo mais, porém sei que eu não posso.”
- Eddie Murphy

Do mesmo modo, conheço muitas pessoas que não bebem, por diferentes motivos. Algumas não podem beber por questões de saúde. Outras porque, tendo sido vítimas do alcoolismo, sabem que apenas uma dose pode ser suficiente para que caiam no abismo novamente. O cristão que é livre para beber sem embriagar-se precisa ser livre também para não beber quando a ocasião não for conveniente (ou não beber nunca, se for o caso). Acima de tudo, ele precisa ter sensibilidade para não beber quando estiver na presença de pessoas que possam tropeçar ao tentarem imitá-lo. Isto também é um ato de caridade.

Concluindo, mas longe de esgotar este assunto, creio que, como cristãos, deveríamos ser exemplos de responsabilidade com relação aos nossos hábitos de comida e bebida. Paulo lista abusos nesta área como obras da carne, coisas que estávamos sujeitos antes de conhecer a Cristo (Romanos 13.13-14). Em contraste, o fruto do Espírito é domínio próprio (moderação). Por isto, recomenda o apóstolo, em vez de se embriagar com o vinho, devemos procurar estar cheios do Espírito Santo (Efésios 5.17-18). O apóstolo Pedro também advertiu seus leitores sobre certos abusos que já não deveriam mais fazer parte da vida dos cristãos (1 Pedro 4.3). Tais advertências ecoam as palavras do próprio Senhor Jesus em Lucas 21:34:

“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente.”

POST-SCRIPTUM

“Temperança, infelizmente, é uma palavra que perdeu seu significado original. Hoje em dia ela significa a abstinência total de bebidas alcoólicas. Na época em que a segunda virtude cardeal recebeu esse nome, ela não significava nada disso. A temperança não se referia apenas à bebida, mas aos prazeres em geral; e não implicava a abstinência, mas a moderação e o não-passar dos limites. É um erro considerar que os cristãos devem ser todos abstêmios; o islamismo, e não o cristianismo, é a religião da abstinência. É claro que abster-se de bebidas fortes é dever de certos cristãos em particular ou de qualquer cristão em determinadas ocasiões, seja porque sabe que, se tomar o primeiro copo, não conseguirá parar, seja porque rodeado de pessoas inclinadas ao alcoolismo, não quer encorajar ninguém com seu exemplo. A questão toda é que ele se abstém, por um bom motivo, de algo que não é condenável em si, e não se incomoda de ver os outros apreciando aquilo. Umas das marcas de um certo tipo de mau caráter é que ele não consegue se privar de algo sem querer que todo mundo se prive também. Esse não é o caminho cristão. Um indivíduo cristão pode achar por bem abster-se de uma série de coisas por razões específicas – do casamento, da carne, da cerveja ou do cinema; no momento, porém, em que começa a dizer que essas coisas são ruins em si mesmas, ou em que começa a fazer cara feia para as pessoas que usam essas coisas, ele se desviou do caminho”.

- C.S. Lewis em Cristianismo Puro e Simples, Martins Fontes, p. 103-104 (obrigado pela lembrança, Daniel Grubba)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Prosperidade em meio à crise – revelando o caminho das pedras


Prosperidade em meio à crise – revelando o caminho das pedras

via Desafiando Limites e Vencendo Barreiras
de Wallace

Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um, porque o Senhor o abençoou. O homem enriqueceu, e a sua riqueza continuou a aumentar, até que ficou riquíssimo. Possuía tantos rebanhos e servos que os filisteus o invejavam. Estes taparam todos os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, tinham cavado na sua época, enchendo-os de terra. Isaque reabriu os poços cavados no tempo de seu pai Abraão, os quais os filisteus fecharam depois que Abraão morreu, e deu-lhes os mesmos nomes que seu pai lhes tinha dado.

Gênesis 26:12 a 18

Introdução

Falar de crise é tocar em um ponto nevrálgico para muitos. É colocar o dedo na ferida das emoções e mexer nas cicatrizes do passado. Crise sempre foi uma palavra temida no Brasil e praticamente qualquer brasileiro com mais de 25 anos já sentiu na pele seus nefastos efeitos. Talvez você seja um desses, e esteja neste momento sofrendo as dores de parto, digo da crise.

Até bem pouco tempo, era moda dizer que quando os Estados Unidos espirravam, o Brasil pegava pneumonia. Isso mudou: os EEUU pegaram quase uma tuberculose em 2008 e o Brasil teve apenas uma leve coriza. É… as coisas mudam: o que vale hoje, pode não refletir o passado e nem muito menos servir de garantia de sucesso no futuro. Que o [mau] exemplo dos EEUU nos sirvam de lição de humildade.

Eu também já fui vítima de crises. Na crise da Tequila (México), em 1994, houve um drástico corte nos concursos, época em que eu estava apto para passar no Concurso da Receita Federal, pois havia raspado a trave no ano anterior. Meus sonhos foram por água abaixo e a conquista de um cargo público na elite do funcionalismo demorou quase 15 anos para se tornar realidade.

Em 1998 eu perdi uma excelente oportunidade de trabalho por conta da crise da Vodka (Rússia) e, recém-formado, iniciei um turbulento período de desemprego que me levou a uma espiral de fracassos e decepções que culminaram em um processo depressivo. Nessa época eu descobri o que era o deserto de Deus, e até as minhas necessidades mais básicas eram atendidas quase no último instante e, não raras vezes, dependendo da boa vontade de outras pessoas. Quando eu estava passando por aquela situação, muitas vezes entrei em desespero e olhei para o céu me sentindo abandonado por Deus à própria sorte…

Mas, tudo isso passou, e eu venci. Às vezes, as pessoas nem fazem idéia de como eu posso extrair posts motivadores de tantas experiências amargas que tive, como foi o caso de minha coleção de fracassos amorosos (eu era um Don Juan às avessas #vergonha). Sabe, eu aprendi que é dos limões mais azedos que podemos extrair o melhor suco. E é isso que quase sempre faço (quando não estou falando bobagens, claro… risos) aqui no blog Desafiando Limites: fico espremendo minhas derrotas e fracassos, adoçando com humor e mexendo o caldo até virar um banquete aos famintos, desiludidos e decepcionados com a vida.

E é disso que vou falar: vencer a crise. Foi o que Isaque fez, venceu a crise em meio ao deserto e cercado de hostilidade de seus vizinhos. Como ele fez isso? É o que vamos descobrir, juntos, a partir das próximas linhas. Me acompanhe.
1. As dificuldades fazem parte da vida

Se existe uma coisa que precisamos entender é que as dificuldades fazem parte da vida, e que não existe um vida sem dificuldades. É assim que é a vida, e é assim que a vida é. Sabendo disso, ficará muito mais fácil você encarar as dificuldades (e oportunidades) de frente e fazer suas escolhas de modo consciente e consistente. Esteja ciente do que lhe aguarda após a próxima curva do rio, para não ser pego de surpresa. Você já deve estar escolado nessas coisas, mas não custa reforçar, certo?

* querem destruir nossos sonhos e enterrar nossos projetos: Isaque percebeu que, assim como existem aqueles que querem nosso bem e torcem por nosso sucesso, também existe a torcida do contra, os espíritos-de-porco, o supra-sumo do cocô de gato em pó, que batalha para nos levar ao fracasso e a desistir de nossos objetivos. Não fique dando atenção a quem quer comemorar a sua derrota, mas eleja alguém decente e vitorioso para se espelhar e motivá-lo a seguir em frente.

* querem roubar nossa herança: no deserto, quem cava um poço é dono. Isaque, como filho de Abraão, o desbravador de deserto e cavador de poços, era o legítimo herdeiro daqueles poços cavados por seu pai. Sabe, é triste e decepcionante descobrir que existem os parasitas do trabalho alheio, que vivem de sugar o resultado do esforço e suor do próximo (não, não estou me referindo aos políticos brasileiros e afins, mas que deu vontade… ah, isso deu). Esteja atento aos ladrões de herança, inclusive entre seu círculo íntimo.

* querem impedir nosso crescimento: nós fomos projetados para crescer, evoluir, amadurecer, enfim, avançar. Mas, tem gente querendo jogar açúcar no nosso churrasco e estragar a nossa festa. Se já não bastasse ser difícil crescer em meio aos problemas, ainda tem uns trolls safados insistindo em puxar o freio de mão de nossa carroça. Cuidado com quem você chama para se sentar ao seu lado na corrida da vida.

* querem nos expulsar do lugar da bênção: se tem uma coisa que me chateia é a incrível quantidade de pessoas invejosas ao redor do mundo. Como já dizia um pastor meu: basta você revirar uma pedra para achar um invejoso embaixo dela (junto com cobras, lagartos e outros bichos semelhantes). Para esse tipo de pessoa, não basta ela estar bem, você tem que estar na pior. Nosso sucesso parece incomodá-las, mas quer saber? Prospere em meio à crise, e deixe que eles se mordam de inveja. =)

* querem nos forçar a parar no meio do caminho: esse é o golpe mais baixo que existe, que é fazer você parar e desistir de tudo. Usando todo tipo de tática intimidatória, os arautos do fracasso não suportam ver você avançar enquanto tantos ficam para trás. Mas, o que muitos não conseguem perceber é que investindo esforços em nos fazer desistir, tais pessoas dão um testemunho silencioso que, paradoxalmente, acreditam em nosso sucesso. E temem que consigamos chegar lá. Que tal não desapontá-los? risos

2. As atitudes que fizeram a diferença

Em meio a tantos desafios, Isaque conseguiu prosperar em pleno deserto. Nos versos iniciais, vemos que ele semeou no deserto e colheu a impressionante cifra (ou safra… vai saber né) de 100 por 1! E mesmo tão próspero e abençoado, ele não ficou acomodado e deslumbrado com suas conquistas. Ao se tornar tão bem-sucedido, Isaque imediatamente atraiu os olhares invejosos dos filisteus, que não suportaram seu sucesso retumbante. Acontece isso todo dia, comigo, com você, com qualquer um que se destaque: ser tratado com desdém pelos invejosos de plantão.

Então, aconteceu o inevitável: Isaque foi expulso por causa de sua competência em ser excelente empreendedor. Uma vez, ao assumir um cargo num certo órgão (que não vou dizer qual… risos), eu comecei muito animado, saindo de um desemprego constrangedor, queria mostrar serviço e fazer as coisas do jeito certo. Eu não queria aparecer, galgar degraus ou obter status, eu queria apenas e tão-somente TRABALHAR e fazer jus ao meu salário. Era pedir muito?

Mas, não foi assim que me enxergaram… eu, sem saber, despertei inveja com aquela minha ânsia de trabalhar e fazer as coisas bem feitas. Fui humilhado e depreciado, marginalizado e colocado numa sala escura para perfurar e carimbar folhas. Uma colega de trabalho que soube da história chegou a dizer que eu havia sido punido por demonstrar que era competente! Tem base um negócio desses? #coisasdoBrasil

Fiquei indignado, mas pensei melhor e disse a mim mesmo: “bom, não adianta revoltar, então se eles não me querem aqui, vou fazer a vontade deles: estudar e sair para outro órgão melhor assim que puder!”. Esquecido naquela sala com cheiro de mofo, eu pensava que era o meu fim, e olha que não tinha nem 3 meses que eu havia assumido!

Só que Deus estava olhando para mim e, para encurtar a história, pouco tempo depois eu fui convidado a assumir o lugar de quem me colocou na “geladeira”. E a pessoa, para onde foi (não que eu quisesse assim, que fique claro)? Exatamente. Foi praquele lugar. Não, praquele não! Foi pro lugar que eu estava antes, o mesmo para o qual ela havia me mandado… risos #Deustremendo #Deusquesurpreende

Aprenda as lições de Isaque para, mesmo em meio à crise, prosperar e vencer.

* Isaque cavou os poços antigos: aqui a palavra-chave é racionalizar esforços. Em administração aprendemos que racionalizar recursos e esforços significa aproveitá-los ao máximo, e fazendo uso de recursos antigos, mas ainda viáveis, Isaque demonstrou grande capacidade de gerenciamento na crise, pois identificou corretamente algo que poderia ser aproveitado sem despender muito esforço. Se já existe algo funcionando, por que não utilizar isso? Nem sempre começar tudo do zero é a opção mais sábia. Saiba avaliar o custo x benefício das decisões e poupar esforços para aquilo que é imprescindível.

* Isaque cavou novos poços: a grande lição legada por Isaque neste quesito é iniciativa. Quando a solução anterior mostrou-se de curta duração, a necessidade de inovar e descobrir novas alternativas chegou. Muitas pessoas ficam estagnadas na vida justamente por não possuírem a capacidade de se reinventar em vista de uma dificuldade inesperada ou oposição cerrada. Tenha iniciativa, não fique preso aos velhos chavões, mas seja criativo e descubra novos caminhos para atingir o mesmo objetivo, pois isso vai levá-lo a subir novos degraus na escada da vida.

* Isaque não ficou “arengando” pelos poços cavados: sabe qual é segredo sobre as contendas (arengas, em bom nordestinês)? É não ficar perdendo tempo com essas briguinhas tolas, pois seu intento principal é tirar nosso foco, e nos fazer desperdiçar tempo e recursos com essas coisas irrelevantes. Afinal, se eu sei que posso cavar mais poços, se eu sei cavar poços e sei onde cavar e obter resultado, por que perder tempo com bobagens? Resumindo em uma frase a lição de Isaque: não perder tempo e nem o foco.

* Isaque não parou de cavar poços: Os filisteus sabiam que estavam diante de alguém capaz e inteligente, e sabiam que se deixassem ele seguir em frente, ele iria longe. Por isso, todas essas tentativas não tinham outro objetivo maior do que fazer Isaque desanimar e desistir, e então capturá-lo nesse momento de fraqueza e vulnerabilidade. Se você se encontra diante da tentação de desistir, é nesse momento que você deve envidar seus maiores esforços para vencer a batalha. A chave disso é não desistir de tentar.

* Isaque insistiu até conseguir seu lugar de descanso: se tem uma coisa que eu preciso tirar o chapéu pra Isaque é que ele era uma pessoa insistente. Insistente no sentido de persistir, de correr atrás de seu objetivo, de não desistir de seus sonhos. As maiores tentações que já enfrentei, mesmo concorrendo com milhares de pessoas por uma vaga em um concurso público, não foi receio de não conseguir ser aprovado, mas uma perturbadora vontade de jogar tudo pra cima e me esconder no comodismo. Mas Isaque nos mostrou uma situação diferente, que não devemos abrir mão de nossos objetivos.

* Isaque honrou a memória de seu pai: essa é mais uma virtude de caráter do que propriamente uma atitude que influencia a conquista de objetivos. Todavia, eu aprendo lições valiosas aqui. Isaque admirava seu pai, e tinha prazer em mostrar isso publicamente. Muitas vezes observo que uma relação saudável pais & filhos traz muitas vantagens, tanto para uns como para outros. Por exemplo, meu pai está de cabelos todos brancos e eu com algumas décadas de vida (nasci no século passado…), mas ele sempre me cumprimenta com um beijo. Sai inveja (risos)! Qual é a lição? Seja grato e não renegue suas raízes.

trabalhando
comece a cavar

3. Desentulhando os poços, o primeiro grande desafio

Uma coisa ainda deve ser dita de Isaque: ele era um homem de visão. Ele enxergava soluções onde os outros só viam problemas. Alguém poderia dizer: “Isaque, os filisteus entulharam os poços, e agora?”. Ele tinha atitude de quem coloca a mão na massa e resolve, não fica empurrando o problema com a barriga, nem despachando para assessores de coisa-nenhuma, que nada fazem de útil e proveitoso. Não, senhor, Isaque era diferente. Ele compreendeu que as dificuldades abrem portas de oportunidades.

Mas, por que é primordial começar a tirar os entulhos de nossa vida para obter sucesso e prosperidade? Entulho é uma palavra bastante versátil e com vários significados, entre eles “lixo”, “restolho”, “imprestável”, “sobras” e outros mais. Quando deixamos acumular entulho em nossa vida estamos entupindo os canais que podem nos trazer coisas novas e úteis. Os rios, por exemplo, também sofrem de “entulhamento”, que é o processo quando se desmata as margens e eles perdem a proteção natural contra a erosão e vão acumulando areia em seu leito. Em outras palavras, eles acabam ficando assoreados. Alguns rios menores podem até morrer por causa disso.

Desentulhar sua mente pode ser o primeiro passo de uma caminhada vitoriosa. Para começar, tire de sua mente os pensamentos negativos, de frustração e decepção com o passado, pare de ficar se lamentando com os fracassos, e deixe de ficar colocando a culpa de seus erros nos outros. Outra importante atitude é deixar o comodismo de lado e colocar em prática ações que realmente farão diferença em sua vida. Agindo assim, você logo perceberá que sua mente voltará a funcionar melhor e as coisas fluirão como antes, quem sabe até melhor do que antes!

Às vezes, é preciso reconhecer que os entulhos são nossas desculpas de estimação, aquelas justificativas ridículas que usamos para tapar o sol com a peneira explicar porque ainda não conseguimos sair do marasmo. Sim, nossa mente necessita de um desentupimento das desculpas esfarrapadas se desejamos alçar voos mais altos e chegar mais longe.

Outro segredo para conseguirmos limpar a mente da sujeira é a humildade. Claro! Observe alguém limpando um poço: ele se abaixa, se ajoelha. Quer mais? É preciso ter coragem para sujar as mãos e fazer a coisa certa. Não se engane: você jamais conseguirá sair do atoleiro sem descer do salto e arregaçar as mangas.

Está na hora de parar de patinar e ganhar terreno na estrada da vida, e o momento de tirar o entulho de sua mente chegou. Procure ocupar sua mente com pensamentos úteis e atitudes positivas. Pode parecer ineficaz no começo, mas logo mais você vai perceber a diferença. Experimente!
4. Conclusão

Quando estamos em meio à crise, muitas vezes bate o desespero, e queremos agarrar a primeira oportunidade que aparece como se fosse a última tábua de salvação. É nas crises que nossa paciência fica reduzida a níveis ínfimos, nossa perseverança arrefece e a esperança desvanece no ar. A crise é uma momento singular que nos prova ao extremo e, quando pensávamos que já havíamos atingido nosso limite, descobrimos que a corda foi esticada além do que imaginávamos.

Um dos maiores desafios que enfrentamos na crise é manter a cabeça fria e a sensatez em dia, para que possamos raciocinar com clareza e perceber as nuances e sutilezas que alteram as circunstâncias que nos cercam. É preciso estar atento para discernir a mudança na direção do vento, antes contrário para favorável. Precisamos estar de pé e preparados para esticar novamente as velas e singrar os mares revoltos, mas em nova direção, rumo ao sucesso.

Eu, finalizando (ufa!) preciso confessar algo: não é fácil escrever algo de relevância para quem está na dependência de um “milagre”. Eu mesmo já estive em situação semelhante, e sei que nosso maior desejo não é ler uma palavra de incentivo, mas obter a solução de nosso problema e a saída dessa desagradável situação. Eu entendo você, pois já pensei desse mesmo jeito, e não o culpo.

Todavia, permita-me um momento #sinceridade: não existe solução mágica para sair da crise. às vezes, caímos de paraquedas bem no meio da crise, mas não existem saídas fáceis. Você, caro leitor(a), não tem alternativa: é sair ou sair, pois ficar não é a solução. E para sair da crise, você tem que colocar em prática o que eu disse e, é sério, funciona. Comece aos poucos, mas comece. Você vai ver que, quem sabe, a solução está bem pertinho de você, ao alcance da mão, mas é preciso um mínimo de esforço para conquistá-la. Quer saber? Vale a pena o esforço.

Deus te abençoe.

Soli Deo gloria.

Queda


Queda

via Teologia Pentecostal
de Gutierres Siqueira

Compartilho com vocês um trecho do artigo "Por que acredito no Cristianismo" do escritor G. K. Chesterton (1874- 1936). Chesterton, para quem não conhece, foi um jornalista e ensaísta britânico que se tornou uma das principais vozes apologéticas do século XX. As ideias de Chesterton influenciaram outro grande escritor e apologista, o irlandês C. S. Lewis (1898- 1963). Nesse trecho, o escritor Chesterton expõe com clareza, como era de sua natureza, a verdade cristã sobre o tema da Queda. Leia:

Finalmente, há uma palavra a dizer sobre a Queda. Só poderá ser uma palavra, e ela é esta. Sem a doutrina da Queda, toda a idéia do progresso é sem sentido. O Sr. Blatchford diz que não houve uma Queda, mas uma ascensão gradual. Mas, a própria palavra “ascensão” implica que você saiba em que direção está ascendendo. A menos que haja um padrão, você não pode se dizer em ascensão ou em queda. Mas o ponto principal é que a Queda, tal como todos os outros largos caminhos do cristianismo, está embebida, invisivelmente, na linguagem comum. Qualquer um pode dizer, “Muito poucos homens são realmente humanos.” Ninguém diria, “Muito poucas baleias são realmente, ‘baleiais’.”

Se você quisesse dissuadir um homem de beber sua décima dose de whisky, você bateria em suas costas e diria, “Seja homem.” Ninguém que desejasse dissuadir um crocodilo de comer seu décimo explorador, bateria nas costas da fera e diria, “Seja crocodilo.” Pois, não temos nenhuma noção de um crocodilo perfeito, nenhuma alegoria de uma baleia expulsa do Éden ‘baleial’. Se uma baleia viesse ao nosso encontro e dissesse: “Eu sou um novo tipo de baleia, eu abandonei a ‘baleiez’,” não deveríamos nos preocupar. Mas, se um homem viesse até nós (como muitos logo virão) e dissesse, “Eu sou um novo tipo homem. Eu sou o super-homem. Eu abandonei a misericórdia e a justiça;” deveríamos responder, “Sem dúvida você é novo, mas nem um pouco parecido com o homem perfeito, pois este sempre esteve na mente de Deus. Caímos com Adão e ascenderemos com Cristo; mas preferimos cair com Satã, que ascender com você.”

G. K. Chesterton
Publicado em: The American Chesterton Society
Traduzido por: Antonio Emilio Angueth de Araujo

Fernando Haddad e o voto evangélico


Fernando Haddad e o voto evangélico

via Olhar Cristão
de Joao Cruzue

As estradas das candidaturas à Prefeitura da maior cidade brasileira estão em fase de pavimentação. A primeira vítima foi a senadora Marta Suplicy. Sempre forte na largada, mas devido a seu crescente contencioso com os evangélicos, não tinha chances de vitória em segundo turno. Sem dúvida, este é um blog religioso, no entanto seu escritor tem plena cidadania e liberdade para expressar sua opinião sobre política. E é isso que vou fazê-lo, com o foco em Fernando Haddad, o candidato ungido pelo ex-presidente Lula, para disputar a alcadia da antiga Vila de São Paulo de Piratininga, hoje a cidade 10ª cidade com o maior PIB entre as cidades do mundo.

A senadora Marta não tem nenhum compromisso com o pensamento evangélico. É direito dela, como também é o nosso de criticá-la por ter desengavetado o famigerado PLC 122/2006¹ do Senado na primeira iniciativa de seu mandato. Para a senadora os crentes são o atraso da nação e os homossexuais o moderno. Tudo bem, é o pensamento dela. Da mesma forma, pensa o prefeito Gilberto Kassab, que para quem não sabe, retirou os sindicatos e a Marcha para Jesus da Avenida Paulista, mas insistiu para que a parada gay permanecesse por lá. Também eu respeito a opinião dele.

O Presidente Lula, um político muito experiente, não gosta de ser um perdedor. Ele sabe que 25% do eleitorado paulistano é evangélico. Sabe também que a cada eleição esses crentes estão mais politizados, esclarecidos e conscientes do poder que têm nas urnas. Marta não passaria no crivo das lideranças evangélicas pela apologia explícita em favor dos homossexuais. Lula sabia disso e a afastou com convicção do caminho. Eu não vou dizer "bem feito!', mas foi o troco que recebeu pelo desengavetamento do Pl 122/2006. Ou respeita o voto evangélico ou fica fora da eleição.


Fernando Haddad nunca foi amigo nem simpatizante de evangélicos. Sua militância e seus livros revelam um militante do socialismo. Sua insistência em distribuir o "kit Gay" para todas as escolas públicas do Brasil (à revelia) pode ser um compromisso com a "modernidade" mas por outro lado é um desprezo à família cristã. Só não foi adiante, porque levou um tremendo pito da Presidente Dilma, que já aprendeu com o Presidente Lula a ter respeito pelo voto evangélico, sem o qual não se conquista um cargo majoritário.


Por força voto evangélico aqui, não estou me referindo a falta de escrúpulos do ex-governador Antony Garotinho que, vez ou outra, se utiliza deste argumento para fisiologismo. Ele não nos representa. Refiro-me a força dos pastores evangélicos - principalmente - da Igreja que pertenço, Igreja Evangélica Assembleia de Deus, que possui mais da metade dos evangélicos brasileiros.

À semelhança das últimas eleições, uma fila de candidatos vai caminhar pelos púlpitos da Igreja Assembleia de Deus, dissimulando que aprecia muito a conduta evangélica (principalmente o voto), fazendo citações bíblicas, enfim... mostrando o rosto a convite de autoridades da Igreja.

O que me preocupa não é o aparecimento desses candidatos na Igreja, mas o que pode acontecer antes disso. Qual vai ser o preço do assédio, dos acordos, dos conchavos, dos conluios, feitos por baixo dos panos - a revelia dos membros da Igreja, para que o candidato A ou B tenha o apoio do pastorzão fulano ou bispão cicrano?

Sim. Como mestre no jogo sindical, o presidente Lula já tem na ponta da língua o nome dos pastores a quem Haddad deve procurar apoio e oferecer "contrapartidas". Prestem bem atenção de onde vão partir as ordens das lideranças tanto da Casa de Madureira quanto da Casa do Belenzinho.

Belisquem-me, se estiver dizendo bobagem: Por que a Igreja Assembleia de Deus fecharia os olhos para um ministro que, decididamente, tem mais compromisso com a difusão da homoafetividade nas escolas públicas - onde estudam a maioria dos filhos dos crentes - do que com a defesa da família brasileira?

--Irmão João será possível que o voto dos crentes pode ser "comprado" em acordos de "toma-lá-dá-cá" feitos longe dos olhos dos membros da Igreja? Minha reposta não vai consistir de palavras, mas de uma observação: Se de repente você perceber o ministro Haddad sendo paparicado e recebido como amigo íntimo da liderança da sua Igreja, andando como muita desenvoltura por ali, desconfie de "promessa de mensalão".

Ou Fernando Haddad começa a pensaar seriamente em se desculpar, e faça um compromisso público com a família cristã paulistana, ou não vai ver a cor do meu voto nem o de millhões de crentes paulistanos.

E tem mais: A Avenida Paulista precisa voltar a ser o local de início da Marcha para Jesus como no passado. Simples isonomia constitucional.

A eleição do próximo prefeito da Cidade de São Paulo passa, sem dúvida, pelo crivo das lideranças e pelo voto evangélico. Sem estes 25% - nenhum candidato se elege. Se metade deles vêm da Igreja Assembleia de Deus, que suas lideranças tenham juízo e não se deixem "engambelar" com propostas indecentes de cargos para filhos de pastores - para enfraquecê-la. Só assim crentes deixarão de ser inferiores a um gay na opinião dos políticos: fazendo-se respeitar. A Igreja tem muito mais a ganhar com atitudes cristãs que aceitando aquela fisolofia podre do "É dando, que se recebe".

Fique de olho!

O Evangelho do Gênesis!


O Evangelho do Gênesis!

via Davar Elohim
de Marcello de Oliveira

Calma caro leitor [a], não precisa esfregar os olhos para ver se leu direito: é isso mesmo! Temos um evangelho em Gênesis.

Você deve estar perguntado: Mas no livro do Gênesis um evangelho? Impossível! Gênesis trata da criação dos céus e da terra, da vegetação, dos luminares e do homem.

O “Segredo”

O nome em hebraico é algo profundo e revelador. No nome está implícito algumas verdades relacionadas ao caráter e a vida da pessoa. Poderia dar alguns exemplos: Nabal, que significa louco, néscio. Isaque, riso. Davi, amado. Salomão, pacífico. Olhando a vida destes personagens bíblicos, veremos facetas e detalhes de suas vidas que estão relacionados [in] diretamente com o significado dos seus nomes.

Vamos atentar para a genealogia de Adão a Noé (Gn 5):

Adam –> Seth –> Enosh –> Kenan –> Mahalalel –>Yared –> Enoch –> Methuselah –> Lamech –> Noah
Nome Significado
Adam Homem
Seth Apontado
Enosh Mortal
Kenan Aflição, Sofrimento
Mahalalel O Elohim Bendito
Yared Descerá
Enoch Ensinando, Ensinamento
Methuselah Sua morte trará
Lamech O Desesperado
Noah Conforto, Descanso



A frase formada é fascinante, impactante, brilhante:

“[Ao] Homem é Apontada Mortal Aflição, [Mas] o Elohim Bendito descerá Ensinando [que] sua Morte Trará ao Desesperado [O] Conforto, Descanso.



É por isso que a cultura judaica é fascinante. Há coisas que podemos até rejeitar, mas há outras, como esta pérola acima, que nos faz pensar e meditar quão profundo são os mistérios da Palavra de Deus.

Não é nada cabalístico! Pense, estude, e tire suas próprias conclusões. Quem lê, entenda!

Autor: Sha’ul Bentsion

Adaptado por: Pr Marcelo Oliveira.

Eu queria voltar ao passado.


Eu queria voltar ao passado.


Não para ser criança ou jovem novamente, mas para ser melhor e fazer as coisas do jeito certo.

Dizer não para alguns sins e dizer sim para alguns nãos que foram ditos.

Ao invés de só olhar as figuras da bíblia que ficava sobre a mesa eu iria lê-la.

Iria dizer algumas palavras onde fiz silêncio e ficar quieto quando disse o que não deveria ter dito.

Mas entendo que não aprenderia o que aprendi (muito embora, nesse caso, o bom é aprender pouco).

Aprendi que o tempo é um bom professor, mas cobra muito caro.

Aprendi que não sou Deus, não sei todas as coisas, não posso ter ou fazer tudo o que eu quero.

Aprendi que fico doente, me machuco e que até posso morrer.

Mas aprendi que posso ser sábio quando aprendo a contar os meus dias.

Posso mudar o mundo, gerar filhos e arremessa-los para o futuro.

Posso lutar sem vencer e perder sem ser derrotado.

Com isso, vejo o quanto errei, o quanto poderia ter feito melhor e me arrependo até doer.

Mas hoje é um novo dia.

E ao reconhecer os meus pecados, erros e defeitos, me arrependo, peço perdão a Deus e a quem ofendi e com isso sou perdoado.

Nisso vejo a graça e a misericórdia de Deus que se renova a cada manhã, pois do contrário eu já teria sido consumido.

E como disse certo alguém que “hoje é o primeiro dia do meu futuro”, quero amanhecer em Cristo, viver esse dia em Cristo, com a esperança de chegar ao seu fim com a certeza de que me esforcei em Cristo em plantar boas sementes para esse futuro.

Que Deus nos abençoe e nos guarde. Que Deus faça o seu rosto resplandecer sobre nós. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos dê a paz.



José Luís

Sete lições que a mudança me ensinou


Sete lições que a mudança me ensinou

via Desafiando Limites e Vencendo Barreiras
de Wallace

Sete lições que a mudança me ensinou

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:17

História da música:

É sobre a entidade “Missão dos Orfãos”, em Washington, DC, foi lá que ficou eternizada a música “He ain’t heavy, he is my brother” dos “The Hollies”. (você pode não estar lembrando da música, mas depois de ouvir, se lembrará do grande sucesso!). A história conta que certa noite, em uma forte nevasca, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta.

Ao abri-la ele se deparou com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas, um outro menino mais novo. A fome estampada no rosto , o frio e a miséria dos dois comoveram o padre…

O sacerdote mandou-os entrar e exclamou:

- Ele deve ser muito pesado.
Ao que o que carregava disse:
– Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain’t heavy, he is my brother)

Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua. O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la. E da frase fez-se o refrão. Esses dois meninos foram adotados pela instituição. É algo inspirador nestes dias de falta de solidariedade, violência e egoísmo.

Fonte: Besteiras da Internet

Para quem não sabe – ainda – estou de mudança. De casa, de bairro e até mesmo de cidade, no contexto do Distrito Federal. Aqui, bairro ganha proporção e nome de cidade, até mesmo com administração regionalizada. E, passando as dores dessa conturbada fase, comecei a refletir sobre as lições produtivas eu poderia aprender com a mudança. Consegui identificar 7 coisas boas que tirei da mudança e resolvi postar aqui no Desafiando Limites, afinal mudar é algo que nos desafia mesmo… #fato

Quando se fala em mudança, a reação é díspar, ou seja, varia de pessoa para pessoa. Uns gostam, outros odeiam. Lá em casa, a coisa empatou: 50% para cada. Daí você tem noção das dificuldades adicionais envolvidas (risos). Como trabalho durante o dia, minha tarefa era juntar caixas de papelão vazias para que minha esposa embalasse as coisas. Além disso, tive de correr atrás da equipe para “arregaçar as mangas e pegar no pesado“. No dia D, até eu entrei na dança e tive que fazer o trabalho sujo… #cansei

É natural que, ao se falar de mudança, as pessoas queiram sempre experimentar alguma mudança em sua vida: um emprego novo e melhor do que o atual, uma casa nova e melhor, um carro novo, namorado(a) novo, etc. Ninguém quer mudar para pior, não é verdade? Mas, apesar de a maioria querer que as coisas mudem para eles, eles não querem mudar para as coisas. Continuam vivendo sua vidinha na mesmice de sempre, sem querer mudar em nada o que fazem e o que são. Vale isso, Arnaldo?

O que quero deixar de frase para você, nesse nosso início de conversa é simples: “Mudança somente é relevante se for levada a cabo, se for até o fim. Mudança pela metade não é mudança”. Além disso, é necessário que você tenha em mente algo bem claro: muitas vezes, as coisas só começam a mudar depois que nós mudamos primeiro. Sim, às vezes, a mudança deve começar em nós para que, depois, as demais coisas comecem a mudar também. Pense nisso e vamos às lições.

1. Reavaliação

Umas das coisas que a mudança nos ensina, quando ficamos atolados em meio às caixas e coisas embrulhadas (não, aquela foto não é minha… você acha mesmo que eu usaria meias horríver como aquelas? risos) é reavaliar o nosso passado. É inevitável. Quando começamos a remexer coisas velhas, acabamos por descobrir 2 tipos de coisas:

* guardadas, mas que precisam ser jogadas fora, no lixo, descartadas. Assim também é em nossa vida. A mudança nos proporciona isso, vem e nos sacode do nosso comodismo e nos faz enxergar coisas antigas que estão apenas ocupando espaço inutilmente. Aproveite este fim de ano e programe uma mudança em sua vida, descartando aquilo que não merece mais fazer parte de seu futuro. Pode crer, vai valer muito a pena.
* perdidas, mas que precisam ser recuperadas, reutilizadas, restauradas. Se tem algo comum a todas as mudanças, é a situação em que você sempre vai achar algo que estava perdido e nem se lembrava mais. Claro, em toda mudança também acabamos perdendo alguma coisa… risos. Utilize o mesmo raciocínio para sua vida: já que você vai descartar algumas coisas, pare para ver o que estava escondido no fundo do baú e trate de recuperá-lo e fazer com que ele volte a fazer parte de sua vida.

2. Foco

É fato: conforme o tempo passa, a coisa mais comum é começarmos a perder o foco do que fazemos, do que queremos e onde queremos chegar. Mas, a mudança nos auxilia nisso também. E, para colocarmos as coisas em foco novamente, podemos aprender o seguinte com a mudança:

* coisas acomodadas, empoeiradas, precisam ser sacudidas. O comodismo é como se fosse a erva-daninha da alma, que vai minando nossa vontade de melhorar e de transformar nosso mundo interior e ao redor para melhor. Talvez isso esteja acontecendo com você, neste exato momento, e chegou a hora de você sacudir a poeira e dar a volta por cima. Todo mundo passa por momentos de desânimo, e eu sou um dos que já passei por isso não só uma, mas duas vezes, e de forma muito intensa. Se eu consegui dar a volta por cima, por que você não conseguiria?
* coisas agitadas, que precisam ser controladas: É notório que a vida está cada vez mais agitada, e vivemos em constante correria: correndo atrás de tanta coisa, não é mesmo? Isso acaba por nos deixar estressados e elétricos por conta desse ritmo alucinante, e sempre é aconselhável dar um pause e reavaliarmos como estamos na busca de nossos objetivos. Nesses momentos, nada melhor do que parar, refrescar os ânimos e reorganizar as coisas tendo em vista nossos alvos. Muito agito? Experimente ouvir uma boa música…

3. Projetos (Sonhos)

Quando se fala em projetos futuros, ou seja, em sonhos, é impossível não se lembrar de José, o grande sonhador. José, ainda bem cedo, foi vendido por seus irmãos como escravo e “se mudou” para o Egito contra sua vontade, sendo obrigado a deixar para trás tudo aquilo que ele prezava e amava. Tudo por conta de seus sonhos. Às vezes, já me senti na pele de José: meus sonhos incomodavam outras pessoas, pessoas essas sem capacidade de sonhar, apenas de tentar atrapalhar os sonhos dos outros… É triste saber que existem pessoas que se esforçam para tentar frustrar nossos projetos, mas a vida continua, vamos lutar até o fim e chegar lá, quer queiram quer não.

Sonhos são coisas do futuro, coisas que queremos, desejamos, mesmo que pareçam impossíveis no presente. Um dia eu já me julguei incapaz de passar em um concurso do porte da Controladoria-geral da União ou mesmo da Receita Federal. Todavia, em uma madrugada normal, eu acordei e me vi dizendo a mim mesmo: “eu sou capaz de estudar e passar no concurso da Receita”! Após esse dia, comecei a estudar com mais ímpeto e vontade de vencer e… bem, aqui estou eu né! rá!

A mudança me ensinou que existem sonhos que precisam morrer, sair de cena e darem lugar a outros. Não raro, ficamos acalentando sonhos de infância, mas que perderam o propósito e a utilidade, e ficam nos amarrando a coisas passadas, impedindo nosso crescimento e amadurecimento, seja como pessoas, profissionais, cônjuges, pais e até mesmo amigos. Esses tipos de sonhos precisam morrer antes que nos matem. José sonhou e, por causa disso, foi parar na cadeia. Seus sonhos haviam morrido, até ao ponto de serem esquecidos (ele chamou seu primeiro filho de Manassés, cujo significado é “Deus me fez esquecer“). Em certas ocasiões, deixar nosso sonho morrer pode ser o melhor a fazer.

Mas, existem também os sonhos que precisam ser restaurados, até mesmo ressuscitados. Novamente evoco o exemplo de José, que viu seus sonhos morrerem e já nem se lembrava deles. Mas, Deus ainda tinha um projeto com José, e estava trabalhando para trazer de volta à vida os sonhos de José quando criança. A história de José pode ser, quem sabe, a sua história, onde sonhos morreram para dar lugar a novos e, no tempo certo, ressurgem muito melhores do que jamais sonhamos (risos). Sim, acontece mesmo, como foi com José: nossos sonhos se realizam quando menos esperamos.

No começo de 2004, eu estava na igreja Assembleia de Deus do Jardim Paulista, em Cuiabá/MT, quando um pastor de fora (convidado de outro estado) olhou para mim, em meio aos presentes e disse: “jovem, Deus vai fazer você passar em um concurso federal“! Até aquele dia, eu não havia contado a ninguém que, 10 anos antes, eu estudava para concursos e quase havia passado para a Receita Federal (TTN – Técnico do Tesouro Nacional, nível médio). Aquilo reascendeu minhas lombrigas adormecidas e, no final do ano, um mês antes de me casar, pedi demissão para estudar para concursos de novo. AVISO: não tente fazer isso em casa… #loucura_total (essa foi de morte… me acabei de rir aqui)

Bem, no primeiro concurso, em fevereiro de 2005 (TRE/MT – nível médio), não passei… fiquei muito desanimado e abatido, até que, no fim do ano, ouvi uma palavra que me fez ver que as coisas poderiam mudar se eu mudasse também. Resultado: voltei a estudar com afinco, perseverança e método e as aprovações começaram a chover na minha horta! No fim das contas, eu fui aprovado, desde 2005, em 7 bons concursos, sendo que em seis deles sempre entre o 5 primeiros colocados!

Pois é, quando o pr. Marcos me disse que eu seria aprovado em UM concurso federal, eu não sabia que a bênção seria tão grande a ponto de superar em muito o que eu havia pensado ou sonhado… Pode acontecer o mesmo com você? Pode. No meu caso, eu cri e estudei, e hoje estou dizendo para você: “Yes, we can“! (Hoje eu estou todo engraçadinho, né Wilma?)

4. Resignação

Se você ainda não fez nenhuma mudança, prepare-se! Mudar requer uma preparação para duas coisas inevitáveis e dolorosas: renúncia e perdas. Sim, meu amigo, mudar é para os fortes e destemidos, e não para os frascos de comprimidos! Assim como nas mudanças domiciliares, é preciso saber renunciar para seguir em frente, mesmo sofrendo dolorosas perdas.

Nessa mudança, descobri que ainda não havia aprendido muito bem a lição de me resignar que, na prática, é renunciar sem traumas a coisas que você não queria abrir mão antes. Por exemplo, o sofá que é o xodó de minha esposa, de um material que imita couro, ficou bem arranhado… Meu colchão de molas individualmente ensacadas, rasgado (suspiro). A geladeira Brastemp que dei pra ela, arranhada. Aquele armário… aquela estante… ah! (suspiro²)

Vixe, só de lembrar dessas coisas, dá um nó na garganta, um frio na barriga e um aperto no peito (deve ter sido algo que comi no almoço… só pode!). Como sobreviver a perdas irreparáveis inestimáveis? Resignando-se, e seguindo em frente, pois a vida segue, e vamos vivendo. Sabe que podemos tirar uma boa lição disso tudo? É que precisamos voltar a valorizar mais as pessoas em detrimento das coisas, valorizar a essência em detrimento da aparência, valorizar mais o SER em relação ao TER. Por que esquecemos tão facilmente lições tão simples?

Quando me lembro da moradia anterior, com a comodidade da portaria 24 horas, do portão automático da garagem (que nem sempre funcionava, mas faz parte né…) e da vista bem melhor, sinto um Quê de saudade, mas encontro alento no fato que fiz minha escolha sabendo que teria que abrir mão disso em prol de algo mais, porque procuro ver mais a frente, e não ficar preso somente ao presente imediato. Não preciso ficar sofrendo pelo que passou. O que passou, passou.

Sabe, às vezes precisamos dar um passo atrás hoje para podermos dar dois a frente amanhã. Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você. É assim que é, e é assim que a vida funciona. E para você conseguir renunciar ao que gosta e superar a dor da perda, somente fazendo [bom] uso da resignação. Quem sabe, você esteja pensando sobre isso: como prosseguir após uma perda dolorosa e trágica? Aprenda comigo: resigne-se hoje e dê a volta por cima amanhã. Experimente.

5. Adaptação

Essa é o básico do trivial do corriqueiro comum, nem precisa falar muito, não é mesmo? Todavia, careço ressaltar umas pequenas coisas para você, amigo leitor (se já não foi embora né… risos): adaptar-se significa que você deve realizar uma mudança de hábitos, ou seja, fazer coisas que antes não fazia, além de deixar de fazer coisas que fazia anteriormente. E nem sempre essas coisas são fáceis de se colocar em prática.

Veja meu caso. Antes eu acordava mais tarde e ainda poderia chegar no trabalho mais cedo. Hoje, preciso acordar mais cedo para não chegar tarde no trabalho. E, para acordar mais cedo, preciso dormir mais cedo… hum, por falar nisso, está passando da hora de mimi… rá! Mas, não saia daí, eu volto!


Adaptar-se é colocar na mesa as opções entre o Antes x Depois, e também trazer à tona a questão Passado x Futuro. Mas, quero que você entenda que eu não estou me referindo à adaptação esposada na teoria da evolução, embora haja semelhanças entre ambas. Você precisa se adaptar para melhorar a vida que vive. Em outras palavras – muito óbvias por sinal, e eu sou ótimo para ficar repetindo o óbvio, chover no molhado se é que você me entende (risos) -, quando as coisas mudam, é momento de mudar também.

Toda grande mudança começa pela mente: você muda de atitude, assume a resolução de mudar e… as coisas mudam! Simples, não? Onde está a dificuldade? Colocar em prática o pensamento, tirar o projeto do papel, é aqui onde reside a grande dificuldade. Mas, não canso de dizer: se você tiver vontade para fazer isso, o céu é o limite de onde você pode chegar.

Assim, chegamos a duas situações distintas, mas complementares: 1) você muda para que as coisas mudem; e, 2) as coisas mudam e você precisa mudar também. Confesso, não consigo enxergar qual delas é a mais fácil ou difícil de se colocar em prática. De fato, eu posso dizer, com base em minhas próprias experiências, que ambas são difíceis em seu próprio contexto.

A primeira se torna mais difícil quando precisamos mudar, e estamos muito desanimados para tal. Já a segunda é especialmente complicada quando tudo está correndo na maior tranquilidade e você é pego no contrapé da vida, sendo forçado a mudar. Mas, meu caro, é assim que a vida funciona, e é assim que é a vida. Por quê? Não sei, só sei que é assim, e é assim que nós também devemos ser e viver.

Se você quer ser feliz, para ser bem sincero, não é preciso que você viva ansioso achando que as coisas podem mudar a qualquer momento, embora isso seja totalmente verdade. O que você precisa ter é disposição para mudar quando for necessário, seja uma mudança iniciando por você ou uma adaptação à mudança que você foi obrigado a engolir #zagalo

Entendeu? Aja assim e você verá que poderá ser feliz com aquilo que tem, ao invés de se sentir infeliz por causa daquilo que está faltando.

6. Perseverança

Estamos quase no fim, não mude de canal ainda, hein! Seja perseverante! Ok, ok, assumo: esse trocadilho foi de morte. Mas, vamos em frente né! Ops, de novo… risos

Agora sério. Voltando a mente aos fatos idos de 2005, meu primeiro ano de casado E desempregado, quando decidi mudar de vida no fim daquele ano, as coisas não aconteceram da noite pro dia. E nem do dia pra noite. Demoraram. Não muito, mas demoraram. É preciso ter muita convicção para não parar no meio da estrada e jogar tudo para o alto! Convicção e paciência, enquanto espera que as coisas surjam, que comece a brotar aquela pequena semente que você plantou lá atrás.

Quando vimos que íamos ter de mudar mesmo, minha esposa começou a arrumar as coisas nas caixas vazias que eu trazia. Depois, numeramos todas, umas 30(!) ao todo, fora as coisas não “encaixáveis”, claro. Facilitou em muito a mudança em si, pois era só colocar as caixas no caminhão, e do caminhão para a nova moradia.

Mas… tinha que ter um mas… quando a mudança enfim terminou, chegou o momento da arrumação, de desencaixar e colocar as coisas no lugar. Nesse ponto, tiro o chapéu, o boné, a boina e até o chapéu de cangaceiro que eu coloquei no post da Wilma, pois minha esposa trabalhou como um batalhão e colocou a casa quase toda em ordem em menos de uma semana!

A arrumação ainda não foi totalmente concluída, mas está bem adiantada. E na vida? Na vida as coisas não são tão simples como encaixotar e depois desempacotar. Têm coisas na vida que parece que não se encaixam em lugar nenhum, que não cabem onde queremos que elas estejam e ainda teimam em ficar onde nos tiram o sono.

Sem dúvidas, arrumar uma vida bagunçada não é fácil, mas com boa vontade e paciência, muita coisa pode encontrar seu lugar certo. As coisas podem estar complicadas e difíceis, mas não desanime e continue em frente que seu momento vai chegar.

7. Aplicação

Tudo muito bom, tudo muito bem, você já deve estar bem consciente do que deve fazer para mudar de vida (risos), mas (de novo…) de nada vai adiantar essa empolgação toda se você não colocar em prática, ou seja, aplicar em sua vida aquilo que aprendeu até agora. Talvez você não acredite no que vou dizer, mas comecei a escrever – rascunhar, na verdade – este post dentro de um ônibus cheio. Se existe a leitura dinâmica, acho que isso era escrita dinâmica! #rachei

Muita coisa já estava na mente quando me propus a colocar no papel, tirando do mundo abstrato as ideias que pululavam em minha mente. É… elas começaram a pululular no papel dentro do busão. Se eu mostrar a quantidade de garranchos por cm² do rascunho, você não acredita. Entretanto, eu me conheço e sei das limitações de minha memória: quando surge uma nova idéia, se eu não colocar no papel, ela acaba desvanecendo no ar. De que adianta uma boa ideia se ela não for colocada em prática? A inspiração, muitas vezes, vem quando já está em curso a transpiração.

Quando penso em transpiração, eu me lembro da história da borboleta que se esforçava para sair de seu casulo, mas parecia que seu esforço era em vão. Um homem que observava a cena, compadeceu-se da situação e fez um pequeno corte para ajudá-la a sair com menos dificuldade. Após ela sair do casulo, o homem ficou esperando para que ela estendesse as asas e ganhasse os céus. Ele esperou, esperou e… nada.

E você sabe por quê? Exatamente, aquela situação era necessária para que a pequena borboleta conseguisse alçar voo e ganhar os céus. O estreito que ela precisava atravessar faria com que os veios de suas asas se enchessem de “sangue” e tivessem a “musculatura” adequada ao voo. Mas, tirá-la daquela prova foi sua condenação, pois ela foi privada de voar para sempre. O auxílio na hora errada, e da forma incorreta, trouxe-lhe maior prejuízo que ela poderia suportar. Às vezes, parece que ninguém (ou Ele) não enxerga nosso sofrimento, mas talvez não seja o momento certo de interferir e lhe prejudicar…

Sim, pode ser que você esteja passando agora mesmo por um “estreito” ou “funil”, e pense que não vai conseguir sair do outro lado. Engano, você vai conseguir sim. Não é momento de parar e achar que tudo está perdido. Continue, você vai chegar lá, e o céu é o seu destino. Esse esforço que parece desafiar seus limites é apenas temporário, e logo você perceberá que as coisas vão acontecer, bastar continuar lutando.

Perceba: a mudança começa na mente, mas só acontece de verdade quando sai da mente, ou seja, quando é posta em prática. Aprendeu? Então, agora é só colocar em prática, né! risos
Conclusão

Enfim, você chegou até aqui, então quero lhe dar meus parabéns. Este é mais um post com a qualidade quantidade Desafiando Limites!

Geralmente, no final de cada post eu coloco minhas lamúrias pedidos para que você avalie e/ou comente o post, seja curtindo, tuitando, +1 ou outro de seu gosto, além de compartilhar com seus amigos. Eu faço isso porque quero ver mais gente sendo abençoada, e também porque é uma forma de eu “sentir” meus leitores, se estou atingindo meu alvo que, no fim das contas, é ajudá-los de alguma forma.

Todavia, desta vez, vou poupá-los disso, pois o que eu quero mesmo, sinceramente, é que sua vida possa mudar, mas mudar para melhor, após essa leitura. Meu único pedido é que você medite em tudo que eu escrevi, que assimile as lições expostas, que as coloque em prática em sua vida e seja abençoado. Sim, eu sei que é muita pretensão de minha parte querer que sua vida melhore apenas lendo as bobagens que escrevo… mas, não custa sonhar, não é mesmo?

E eu vou me permitir sonhar com um mundo melhor, com pessoas melhores, e neste sonho estou incluindo você, que me dá o prazer da sua leitura. Talvez você tenha dado risadas ao ler minhas peripécias, talvez tenha segurado alguma lágrima, quem sabe franzido a testa lembrando uma situação parecida como as que descrevi… não sei. Mas, de uma coisa eu sei: é que você pode sair daqui e viver uma vida melhor do que a que vive hoje, e eu espero sincera e humildemente ter contribuído para isso.

Vá meu amigo(a), levante a cabeça e encare a vida de frente. Se ela não mudar, mude-a você mesmo, mas viva a vida que Deus preparou para ser desfrutada por você. E, lembre-se, aqui você tem o exemplo de um que outrora foi um grande perdedor mas, que ao mudar de atitude e de mentalidade, mudou de vida.

Eu mudei. Eu fui perdedor, mas hoje sou vencedor. Por que você não segue o meu exemplo e muda também?

Soli Deo gloria.

Tenho direito? (Teologia da prosperidade)


TENHO DIREITO?

E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. (Lucas 4.3)

Vemos pessoas reclamando, pedindo orações, socorro, pois dizem estar sendo tentadas pelo diabo, se como isto fosse algo anormal; mas, o que temos que saber, é que o diabo vive ao nosso derredor, tentando nos destruir, que ele tentou a Jesus que era Deus, e não uma só tentativa, mas varias e de varias maneiras; o que devemos fazer é resistir como Jesus resistiu na palavra. “E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.” (Lucas 4.4) As pessoas confundem, pois vivem exigindo prosperidade, e uma fartura anti Bíblica, só que esta forma de pensar é mais uma artimanha do inimigo, pois o Reino de Deus não é luxo, nem abundância de coisa materiais; e quem vive pensando assim já esta nas mãos do inimigo. Para se livrar de satanás só existe um meio, é pelo nome de Jesus e resistir sempre; é saber que Jesus só pode nos ajudar se fizermos a nossa parte, quem tem que dizer NÃO para as tentações, as fraquezas, as provocações somos nós; não adianta orarmos e pedirmos socorro a Jesus e ficarmos fazendo o que sabemos que não devemos, aceitando as proposta do inimigo e ainda tentando moldar a palavra de Deus.

“E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo.” (Lucas 4.5) O que as pessoas querem e buscam hoje, é prosperidade financeira de todos os meios, e muitas das vezes sabendo que é um manjar do diabo, mesmo assim elas aceitam, e depois querem que Deus as perdoem, e abençoem; Jesus quando disse NÂO para o diabo, apesar de ser Deus, Ele disse ali como homem, como qualquer um de nós, Ele não estava investido de super poderes; estava revestido somente da palavra. As pessoas estão dizendo sim para o adultério, para a fornicação, para a desonestidade, para o roubo, tudo para TER aqui, se prosperar; na verdade não que estejam resistindo, mas estão pedindo o diabo. “E disse-lhe: Dar-te-ei a ti todo poder e a sua gloria, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.” (Lucas 4.6,7) Em busca de gloria e poder as pessoas fazem qualquer acordo, e ainda buscam, digamos, interpretar a Bíblia, a vontade de Deus de acordo com as suas conveniências; para ganhar um carro novo, uma casa, marido, esposa, ou outra coisa qualquer, estão adorando o diabo, e ainda dizem que Deus quer o melhor para elas, que o Senhor entenderia que elas precisavam daquele bem, ou dinheiro para se sustentar ou dar algo melhor aos filhos. Hipócritas.

“E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás.”(Lucas 4.8) Adorar a Deus não é só professar o seu nome, nem mesmo orar, ir a igreja, mas é fundamentalmente viver segundo a sua palavra; é rejeitar as coisas do mundo, as farturas, e abundância mundana para ficar com o Maná do Senhor. É ter coragem de dizer Não para tudo o que for contrário aos ensinamentos do Senhor. “Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.” (Lucas 4.9,11) Assim como o diabo tentou distorcer a palavra para ver se Jesus caia, ele tem feito nas igrejas usando os pastores, pregadores, e estão pregando mentiras, tem pregado prosperidade anti-bíblica, pois são artimanhas do diabo, pregam determinar as bênçãos, como se pudéssemos dar ordem a Deus, pregam facilidades, para atrair multidões em busca dos milagres e bênçãos fáceis. “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se Dele por algum tempo.”(Lucas 4.12,13) O diabo não desistiu de Jesus e não vai desistir de nós, ele sempre vai estar fazendo novas propostas, enquanto estivermos por aqui seremos tentados, mas devemos resistir sempre na palavra. Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço.

Pr. Henrique Lino

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