quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Respondendo A Tentação


Respondendo A Tentação

I Co 10.13, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”

Introdução – A tentação entre os homens é um problema universal. Tanto salvos quanto não salvos, crianças ou adultos, ricos ou pobres, elegantes ou brutos sabem o que é tentação. A realidade diz: sendo da raça humana, automaticamente, conhece a tentação (“Não veio sobre vós tentação, senão humana”, I Co. 10.13).


A Tentação e A Provação.
Tentação em geral é usada por satanás para destruir moral e virtudes. A tentação sempre tem o objetivo de induzir ao pecado. Satanás é a fonte maior de tentação. Ele não tem como fazer diferente. Por isso a Bíblia fala dele como o Tentador (Mt 4.3; I Ts 3.5), Homicida, pai da mentira (Jo. 8.44) e Diabo (Ap 12.7-10; Mt 4.1) nome que significa acusador ou difamador. Ele usa o mundo e a carne, nossa ou de outros, para que haja pecado e destruição (I Jo 2.16, “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”) É importante frisar que ser tentado não é pecado. A tentação torna a ser pecaminosa quando cedemos a ela (Tg. 1.13-14, “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”). Jesus Cristo foi tentado e a Sua tentação não foi considerada pecaminosa (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”; Mt. 4.1-17). Quando tentado, temos opções: ou caiamos ou não.

Provação é o que Deus usa para desenvolver a fé dos Cristãos. Às vezes a Bíblia usa a palavra tentação quando é uma provação (Tg 1.2; I Pe 1.6). Para saber se uma determinada aflição é de Deus ou não examine os seus frutos. Se a aflição conforma o Cristão mais à imagem de Cristo, pode saber que vem de Deus. Se for para a destruição do Cristão não vem de Deus. Deus sempre intenta o melhor para o Seu povo (Rm. 8.28, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”). Deus nunca intenta nada mal para os Seus (Tg 1.12-13, “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.”). Êx. 20.20, “E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.”; Jz. 3.1-4. Diferentemente da tentação, não temos opção diante das provações. Elas vêm a nós se quisermos ou não. Porém, como a tentação, a nossa reação à provação depende em nós.


Os Vencidos e Os Vencedores
Cada tentação produz um vencedor ou um vencido.

Os Vencidos são os que estão do mundo e não têm a salvação por Cristo - Jo 8.44, “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”. Por desejar a vontade de Satanás compartilham com ele e o seu fim (Ap. 20.7-15; Hb. 2.14; Rm. 6.16).

Todos os homens começam suas vidas neste mundo mortos para o bem: Rm 3.10-18; 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Todos andam segundo o curso deste mundo que segue as ordens do príncipe das potestades do ar (Ef. 2.2-3, “2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”) Por isso são vencidos pela tentação. Não têm como resistir aquele que satisfaz a concupiscência.

Somente pela misericórdia e o grande amor de Deus existe a salvação desta escravidão, desta morte do pecado: Rm. 5.15, 16, 18, “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.”; 16, “E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.”; 18, “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.”; Rm 8.1, “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.”; Ef 2.1-10.

Jesus Cristo é o Único Salvador, sendo feito o Substituto que satisfaz Deus completamente: Nu 21.4-9; Jo 3.14-16. Portanto Olhe! E Viverá! Arrependa-se e Creia em Cristo Jesus!

Os Vencedores são os que estão no mundo, porém têm a salvação por Cristo – I Jo 5.4-5, “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”

O Espírito Santo habita no Cristão e guerreia contra a carne. Quando o Cristão anda no Espírito, não cumpre a concupiscência da carne (Gl 5.16, “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.”) Por isso, Jesus Cristo instrui o Cristão a vigiar: Mt 26.41, “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Os vencedores lutam contra a carne, o mundo e as tentações de Satanás. A vitória está em Jesus Cristo: Rm. 7.20-25. Essa vitória vem pela graça de Deus: I Co. 15.10. Por Deus amar a benignidade (Mq. 7.18, “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade.”) somos mais que vencedores: Rm. 8.37.

Às vezes o Cristão é surpreendido nalguma ofensa (Gl 6.1). Quando o Cristão peca, ele não volta ser dominado pelo pecado. Também não perde a salvação. Todavia ele perde a comunhão com Seu Pai celestial. Para voltar a ter a comunhão é necessária a confissão e abandono do pecado, constantemente: I Jo. 1.7-10, “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a Sua Palavra não está em nós.”; Pv. 28.13, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”; Cl. 2.6-7, “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.”

Por causa da presença constante de tentação na vida do Cristão, pode ser útil a instrução de como lidar com ela.


Respondendo à Tentação

Seis “Rs” para Responder a Tentação
Devemos ter convicção desse fato: Toda e qualquer tentação deve ser confrontada! Não convém tolerá-la, contemplá-la, ser curiosos ou entrar em competição com ela, testando o quanto pode aproximar dela sem cair nela. Se não repugnamos a tentação certamente estamos dando lugar ao diabo, algo que não devemos fazer (Ef. 4.27, “Não deis lugar ao diabo.”)

1. Reconhecer a Natureza e as Consequências de Tentação – Convém estarmos cientes da natureza e as consequências da tentação. Ignorando a realidade NUNCA a eliminaremos nem as suas consequências. Reconheceremos a tentação somente com esforço e vontade moral. A ignorância nunca conduz à espiritualidade e não dá a vitória sobre a tentação. A ignorância não faz o pecado ser menos abominável ao Senhor, pois a Lei de Moisés requer um sacrifício pelos 'pecados de ignorância' (Lv. 5.17-19, “E, se alguma pessoa pecar, e fizer, contra algum dos mandamentos do SENHOR, aquilo que não se deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo será ela culpada, e levará a sua iniquidade; E trará ao sacerdote um carneiro sem defeito do rebanho, conforme à tua estimação, para expiação da culpa, e o sacerdote por ela fará expiação do erro que cometeu sem saber; e ser-lhe-á perdoado. Expiação de culpa é; certamente se fez culpado diante do SENHOR.”). Portanto, acorde! Não há virtude em ser ignorante de algo que faz parte da vida de todos. Seja como o Salmista: Sl 39.4, “Faze-me conhecer, SENHOR, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil.” e 139.23-24, “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.”


A Natureza da Tentação
A tentação é igual ao próprio tentador que a usa, ou seja, enganadora. A percepção da sua natureza enganadora é velada. No lugar da verdadeira percepção da natureza enganadora de toda tentação é uma mentira que ela não é nociva mas inocente e admirável. Portanto a natureza da tentação é enganadora.

A tentação é como as concupiscências, que são incitadas, ou pela carne onde habitam ou pelos dardos inflamados do Tentador. As concupiscências atraem-nos para o pecado com promessas vãs. Portanto podemos saber que a natureza da tentação é mentirosa.

A natureza da tentação é igual ao seu resultado, ou seja, destruidora. Ela provoca o pecador manter-se separado de Deus e o Cristão viver menos para a glória de Deus. Satanás e todos os que são enganados por ele serão lançados no lago de fogo (Ap. 20.11-15). Que terrível fim! Portanto podemos saber que a natureza de tentação é destruidora.

Quem dá lugar à tentação deve preparar-se para ser enganado, atraiçoado e destruído.

Portanto, devemos buscar diligentemente a sabedoria: Pv. 2.1-9, “Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, 2 Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento; 3 Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz, 4 Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, 5 Então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus. 6 Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. 7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, 8 Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos. 9 Então entenderás a justiça, o juízo, a equidade e todas as boas veredas.”

Saberemos mais sobre a natureza e as consequências da tentação se gastarmos mais tempo nas Escrituras e com oração (Mt. 26.41). A luz que ilumina o entendimento vem da Bíblia: Sl. 19.8, “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.”; 119.105, “Lâmpada para os meus pés é Tua palavra, e luz para o meu caminho.”; 73.17, “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.”; Pv. 6.23, “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”

Quanto maior o tempo dedicado às Escrituras, maior conhecimento terá sobre as tentações. Quanto maior é o conhecimento da natureza das tentações maior é a nossa vitória sobre elas. Como diz em Ef. 6.11, “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”


As Consequências
Recordando alguns dos relatos bíblicos sobre casos de tentação podemos identifica-las melhor e reconhecer as suas consequências. Pense bem da falta do proveito que a tentação trouxe a estes que caíram na mão do Tentador: Eva (Gn. 3.2-6, 16; I Tm. 2.11-14), Adão (Gn. 3.6, 17-19; Rm. 5.12), Acã (Js. 7.1, 24), Rei Saul (I Sm. 15.3, 9, 13-23), Davi (II Sm. 11.1-4, 15-18; 12.9-13), Pedro (Lc. 22.31-34, 62), Judas (Mt. 26.20-25, 47; 27.3-5)

Não tenha dúvida: Cada obra de Satanás findará em destruição e morte (Jo. 8.44, “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.”; Ap. 20.11-15).

Não tenha dúvida: Quando cedemos à tentação o que resulta é sempre abominável e “grande” (Ex 32.31). A consequência de cair na tentação é somente má e contaminadora (Mc. 7.21-23).

Para responder corretamente à tentação é necessário reconhecer o que é tentação. Não seja ignorante ou ingênuo mas saiba a verdade: existem muitos que querem nos destruir, impedir-nos de viver para a glória de Deus. O mundo não quer que você tenha a vitória e santificar-se mais e mais. A tentação é um meio que o inimigo da retidão derruba os que desejam glorificar a Deus nas suas vidas.

Reconheça também o fator da fraqueza da carne em resistir a tentação! Da carne vem a tentação (Tg. 1.14, “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.”; Mt. 15.19, “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”). Portanto não confie no seu próprio entendimento! Nunca recorre à carne para resistir da tentação.

Reconheça também que a única força contra a carne está em Cristo! Cristo é a vitória! Portanto viva chegando a Ele (Tg. 4.8, “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.”; Is. 40.29-31, “29 Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; 31 Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.”; Tg. 1.5, “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.”)


2. Resistir Toda Tentação – Tg 4.7, “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”

Introdução: O fruto de uma vida temente a Deus é imediatamente manifesta quando a tentação se aproxima. A sabedoria é manifesta pelos seus filhos (Mt. 11.19). Está escrito que “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.”, Jó 1.1. Pergunto: Jó era temente a Deus e por isso desviava-se do mal, ou, por desviar do mal tornou-se temente a Deus? A resposta está em Pv 14.16, “O sábio teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza, e dá-se por seguro.”; Pv 16.6, “Pela misericórdia e verdade a iniquidade é perdoada, e pelo temor do SENHOR os homens se desviam do pecado.”; Pv 28.14, “Bem-aventurado o homem que continuamente teme; mas o que endurece o seu coração cairá no mal.” Portanto, desejam ser vencedores? Sejam então tementes a Deus e decerto terão como resistir toda tentação como estes exemplos:

José na casa de Potifar: Gn. 39.7-12; Daniel na Babilônia: Dn. 1.8-9; Ester diante Rei Assuero: Et. 4.11-17; Moisés entre as bênçãos materiais ou as espirituais: Hb. 11.24-27; Jesus: Mt. 4.1-11; Jó diante o mal: Jó 1.1-2.


Tentação Não Resistida É Pecado Concebido
Tg. 1.13-16, “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Não erreis, meus amados irmãos.” Portanto, para ter a vitória, a tentação tem que ser resistida. Exemplo: Adão e Eva (Gn. 3.6); Davi com Bate-Seba (II Sm. 11); Pedro negando Cristo (Jo. 18.12-27).


Tentação Resistida pode ser Tentação Repetida
Mesmo que a mesma tentação vem repetidamente, a resistência tem que ser a mesma. José no Egito: Gn. 39.7-12. Quantas vezes veio a mesma tentação? A lição para nós: Não importando a frequência da mesma tentação, a resposta para com a tentação tem que ser a mesma: Não! Eu recuso!

Jose insistiu na negação e não deu nenhuma brecha à tentação. Depois de comportar-se varonilmente e resistir vez após vez, foi necessário que ele desse espaço maior entre ele e a tentação. Ele fugiu e saiu. Se a tentação vier repetidamente resiste sempre!

O mal foi dado pelo homem a Jose por causa do bem que fez. Depois de muito tempo foi ele abençoado sobremaneira por Deus (Gn. 41.38-44; 50.20). Como nos dias de José hoje convém sermos vituperados pelo nome de Cristo: I Pe. 4.14-16, “Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.” Como é certo que teremos tentação, se resistida é confirmada que Deus recebe a glória em nossas vidas.

Recuse aquela dúvida que nos distrai da obediência clara e imediata da Palavra de Deus. Não se deixe ser levado pelo engano que finda em destruição. As aparências podem nos enganar. Podem fazer que percamos o contentamento e a firmeza que devemos ter na obediência da Palavra de Deus. Para servir devemos pedir pela graça de Deus para sermos como Habacuque quando a ira de Deus foi exposta. Habacuque recusou-se a olhar para as aparências e confiou firmemente no Senhor (Hc. 3.16-19). Quando tudo parece perdido, confie no Senhor, ore e louve ao Senhor mesmo assim (Paulo e Silas na prisão, At. 16.25).

Rejeite confiadamente aquela má oportunidade na qual possa perder o moral, a virtude, o seu testemunho e o galardão. Seja como Daniel quando cativo em Babilônia. “Propôs no coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Dn. 1.8-9). Daniel foi fiel à sua criação religiosa. Disse não ao paganismo. Temos a mesma oportunidade de propor no nosso coração não sermos contaminados com o Paganismo, ou seja, o mundanismo na sua bebida, comida, moda, costumes, fala, lugares de entretenimento, adoração emocional e pragmática, etc. Tal firmeza leva fé que Deus cuidará de tudo que não podemos fazer para nós mesmos. Como Deus convenceu o despenseiro e o chefe dos eunucos no caso de Daniel, Ele fará que Seu servo hoje não será confundido, Sl. 119.6, “Então não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.”; I Pe. 2.6, “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido.”

Resistem aquelas oportunidades oferecidas pelo mundo que impedem o seu maior crescimento para com o povo de Deus. Nem toda oportunidade de melhora salarial, melhor posição no emprego, avanço na carreira ou atraente promessa de mais conforto na vida é saudável para seu andar cristão. Moisés recusou ser chamado filho da filha de Faraó. Tal posição daria muitas riquezas, conforto e reconhecimento. Teria o gozo do pecado por um pouco de tempo (Hb. 11.24-26). Sendo humana, a tentação veio sobre ele como vem sobre nós (I Co. 10.13). Pela graça de Deus Moises enxergava a recompensa de servir o Senhor. Ele entendeu que a participação do vitupério de Cristo, de ser identificado com santidade e pratica e a mortificação da carne findaria bem melhor. Ele olhou pela fé e seguiu o que é invisível a muitos, ou seja, a comunhão aberta com Deus por Jesus Cristo. Tal comunhão supera qualquer proposta que a carne pode oferecer. A melhora espiritual é maior e melhor de tudo demais. As bênçãos do mundo e da carne são passageiras: Mt. 5.3-10, “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;”

Portanto, vigiai e orai para que não entreis em tentação. E se a tentação chegar perto, resiste-a!

I Pe 5.9, “Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.”; I Tm 6.12, “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” Repugnar-se com qualquer tentação – Ef 4.27, “Não deis lugar ao diabo.”

Firmes na fé é pré-qualificação para resistir a tentação. Ser menos do que firmes na fé é namorar o fracasso. Se não for firme na fé terá somente a força da carne para combater a fonte da tentação, ou seja, as concupiscências que estão na carne (Tg. 1.13-16). Firme na fé é fruto de estudo bíblico, oração e mortificação da carne. Cristo nos fortifique (Fp. 4.13).

Reprime qualquer oportunidade em deixar de ser menos do que completamente zeloso – Ef 6.11-13, “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.”

A sua resistência à tentação é viável somente depois de sujeitar-se a Deus: Tg 4.7, “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Uma vida submissa a Deus é uma vida preparada para perceber a tentação e para resistir até ao diabo. Você já sujeitou-se a Deus arrependendo-se dos seus pecados e crendo em Jesus Cristo pela fé? Está andando submisso a Deus dia a dia? Confessa os seus pecados a Deus e conheça a purificação de todos os seus pecados.

Convém saber que a tentação em si não é pecado. Porém, não resistindo-a leva a ser engodado por ela. Jesus Cristo foi tentado e não pecou, pois Ele resistiu cada tentação.

Resistindo a tentação tornamos mais como Cristo. Cristo resistindo tornou obediente em tudo. Por isso é o Salvador suficiente. Deus é satisfeito com a obra da Sua alma. Você também é?


3. Recorrer a Deus – Tg 4.8, “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.”; Zc 1.3.


Existem Três Tipos de Tentação
I Jo. 2.16, “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” Alguém disse que estas coisas atingem o homem como ele é: corpo, alma e espírito (Ironside). Ninguém nunca será levado a um outro tipo de tentação além dessas. Quando o mundo nos apresenta em uma destas formas, somos ardente e automaticamente cativados por elas. Como porcos correm para o lamaçal e os cachorros voltem ao vômito, o nosso coração, quando não contrariado, obstina-se para que esses desejos mundanos sejam satisfeitos.

A concupiscência da carne – o desejo ardente da carne de viver para a sua própria glória. A carne zela para não ter limites impostos nela, não sofrer as aflições, nem preocupar-se com as necessidades dos outros. O desejo ardente da carne é ser vigoroso naquilo que interessa a si mesmo e aumentar muito em suas riquezas (Sl. 73.4-5, 12, John Calvin). A tentação pela concupiscência da carne inclui tudo que resulta em vergonha como fornicação, adultério, sodomia e incesto. Desde que o corpo é envolvido em homicídio, invejas, sensualidade e nos excessos que manifestam-se em glutonaria e bebedice, sabemos que essas vergonhas são frutos da concupiscência da carne (Gl. 5.23; I Pe. 4.3, “Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;” John Gill). Jesus passou por esse tipo de tentação: Mt. 4.1-4. A tentação de transformar pedra em pão colocaria mais ênfase na carne do que na submissão à Palavra de Deus pois Jesus veio fazer a vontade do Pai e não a do Satanás. Jesus manteve-se fiel ao Pai e tudo espiritual. Ele não cedeu para gratificar a carne. Jesus recorreu à Palavra de Deus para ter a vitória. Para você ter a vitória sobre as tentações que inflamam a concupiscência da carne, é necessário recorrer a Deus. Seja como Jesus o Salvador!

A concupiscência dos olhos – o olhar que despreza os outros considerando-os inferiores, e a satisfação pela vaidade da aparência pomposa e extravagante. Essa concupiscência sempre procura ter mais do que o coração pode desejar (Sl. 73.7-9 John Calvin). A cobiça se faz presente nessa concupiscência (Mt. 5.28) junto com a ímpia curiosidade para conhecer as vaidades que nunca podem satisfazer (Pv. 27.20, “Como o inferno e a perdição nunca se fartam, assim os olhos do homem nunca se satisfazem.”). A concupiscência dos olhos procura as coisas do mundo mesmo sabendo que não têm como satisfazer o seu coração (John Trapp). Jesus passou por esse tipo de tentação: Mt. 4.5-7. A tentação de lançar-se do pináculo do templo abaixo serviria para fazer um “show espiritual” que seria assistido pela multidão de adoradores no templo. Jesus seria visto apanhado pelos anjos para que Ele não sofresse dano. Essa tentação provocou Jesus a usar as promessas de Deus para a Sua própria vantagem em vez de viver pela fé, dando essa glória ao Pai. Fazer uso impróprio das Escrituras, ou seja, viver para sua própria glória e depois esperar que Deus seja obrigado a te livrar das consequências da sua desobediência pública seria colocar a Escritura contraria a Si mesma. A vitória de Jesus a este tipo de tentação foi por Ele recorrer à Palavra de Deus novamente. Não podemos fazer melhor.

A soberba da vida – orgulho que se expressa em ambição, no desprezo dos outros, na insistência de prevalecer a própria vontade e na confiança excessiva nos seus próprios pensamentos. Essa característica manifesta-se pelo gosto de bajulice, amor dos primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras onde congregam as multidões (Mt. 23.6). Esse mal procura ter um exagerado padrão de vida pomposa (Ec. 2.1-11). Esse prazer de viver tão esplendidamente é desejado para ser bem visto pelos outros como também para si mesmo. A soberba confia nos bens do mundo como se estes bens pudessem dar prazer eternamente (Lc. 12.18-21, “E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”; Pv 27.24, “Porque o tesouro não dura para sempre; e durará a coroa de geração em geração?”) Jesus passou por esse tipo de tentação: Mt. 4.8-11. Satanás ofereceu a Jesus uma maneira fácil de ter o domínio do mundo antes da hora prevista, ou seja, ter a glória antes da cruz. A soberba da vida sempre calcula que pode em si mesma fazer melhor do que a vontade de Deus. Jesus recorreu mais uma vez à Palavra de Deus citando o princípio eterno: a vontade de Deus, mesmo que traz sofrimentos, é o nosso primeiro e único dever. Fazendo a vontade de Deus é adorar ao Senhor nosso Deus. Deseja ter a vitória sobre a tentação que inflama a soberba da vida? Seja como o Salvador e recorre a Deus pela aplicação devida da Sua Palavra na hora da tentação.

Desde que nenhumas destas tentações são de Deus mas do mundo (I Jo. 2.17); desde que o pecado habita em nós (Rm. 7.17), e desde que Satanás somente engana e mente (Jo. 8.44), se esperamos ter a vitória sobre a tentação, só resta Deus. A Ele devemos chegar para ter a vítória que redunda para a Sua glória (Tg. 4.8; Rm. 7.24-25). Não temos outra opção.

Antes de procurar ajuda dum parente respeitado ou dum líder eclesiástico, consulte a Deus. Observando a Sua Palavra o mancebo purifica o seu caminho (Sl. 119.9, “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.”). Somente guardando a Sua Palavra no coração podemos evitar o pecado (Sl. 119.11, “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”). A Palavra de Deus ilumina o caminho que devemos andar (Sl. 119.105, “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.”). Aquele que recorra a Deus pela Sua Palavra consulta o que é puro e protege todos que confiam nEle (Pr 30.5, “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.”) Portanto, recorra a Deus!


Como Pode se Chegar a Deus?
Pelo Filho dEle somente: Jesus Cristo é Deus encarnado, que veio salvar os Seus dos seus pecados (Mt. 1.21, 23). Não busque a salvação em nada além de Cristo e em nada mais do que a Sua morte pelo pecado, seu sepultamento e sua ressurreição vitoriosa (I Co. 15.1-5). Arrependa-se dos seus pecados e creia pela fé neste Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo. 14.6; At. 16.31). Para os que deixam os seus caminhos vaidosos e pensamentos ímpios há salvação em Jesus. Para com estes Deus é grande em perdoar (Is. 55.6-7). Não há vitória sobre a carne pela carne! Só por Jesus – Rm. 7.24-25; Hb. 2.14-18. Os em Cristo, os salvos, têm até ousadia para entrar na presença de Deus (Hb. 10.19). Pratique então o seu direito e privilegio: chegai-vos a Deus! Nada pela carne mas tudo por Jesus – Fp. 2.13.

“Alimpai as mãos, pecadores, e, vós de duplo animo, purificai os corações”: A tentação tem que ser resistida. O pecado tem que ser confessado e deixado. Pv. 28.13, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”; I Jo. 1.8-9, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” Confessando e deixando o pecado limpamos as nossas mãos do coração e purificamos os nossos corações. Assim agradamos-nos a Deus e achamos o escape para não sermos tragados pelo inimigo nosso. Isto é chegar a Deus! Como entramos em Cristo, assim devemos andar (Cl. 2.6) Vai se arrependendo dos pecados e crendo sempre em Jesus Cristo pela fé.

Pela oração: Quando apertado pela tentação, quase sendo vencido completamente, não busque impressionar a Deus pela sua eloquência. Busque o socorro imediatamente! Chegai-vos a Deus já! Sl. 6.4, “Volta-te, SENHOR, livra a minha alma; salva-me por tua benignidade.”; Sl. 31:2, “Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha firme rocha, uma casa fortíssima que me salve.”; Mt. 14.30, “Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!” Quando em perigo não há virtude em formular uma liturgia ou participar de uma cerimônia. Quando reconhece a tentação, resiste-a e recorre a Deus imediatamente.

Abraça o socorro das Suas promessas: Sl. 145.18, “Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.”; II Cr. 7.14, “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” As promessas nos avisam como devemos orar e como obedecer a Sua vontade.

Ande continuamente com Ele depois de chegar a Ele: II Co. 6.14-7.1, “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso. 7.1, Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.”

Reconhecendo a natureza da tentação e as suas consequências e resistindo-as recorrendo a Deus faz que sejamos mais do que vencedores, bons exemplos para os de fora e para os de dentro. Tratando a tentação biblicamente conforma-nos mais à imagem de Cristo que é o intento do Senhor em nos salvar (Rm. 8.29, “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”)


4. Retirar-se da Presença de Tentação – Pv 3.7, “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal.”; Pv. 22. 3, “O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando.”

Deus nos promete um escape junto com a tentação para que possamos suporta-la (I Co. 10.13, “13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”) É nossa responsabilidade aproveitar nos do escape. Fazer menos que isso é confiar em nosso próprio entendimento e ser sábio aos nossos próprios olhos.


A Posição e A Responsabilidade
A posição do cristão é uma e a sua responsabilidade é outra. A nossa posição é absoluta e imutável, a nossa responsabilidade é progressiva.

Somos lavados pelo sangue de Cristo – Ap. 1.5; I Pe. 1.18-20; Jo. 13.10. Essa é a posição! Porém somos responsáveis para ter os pés lavados Jo. 13.10 (Submissão maior a vontade de Deus; conformidade maior à imagem de Cristo.)

Cristo nos aperfeiçoou para sempre – Hb. 10.14, “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.”. Essa é a posição! Porém nossa responsabilidade é orar “perdoa-nos das nossas dividas”, Mt. 6.12; devemos pedir a Deus para nos sondar: “prova me e conhece os meus pensamentos” Sl. 139.23,24. Apesar da posição bendita e eterna que o cristão goza em Cristo, existem responsabilidades pessoais.

Cristo purificou as nossas almas –II Ts. 2.13, “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;”; At. 15.9. Essa é a condição permanente do cristão! Porém nossa responsabilidade é crescer e de nos purificar a nós mesmos: I Jo. 3.3; II Co. 7.1; II Pe. 3.14; Mt 5.48 “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”; Lc 6.36, “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.”

Pela graça estamos “em Cristo” – II Co. 5.17; Ef. 2.10. Essa é a posição! Porém Cristo nos ensina a necessidade de estar nEle, Jo. 15.4, “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.”. Continuamos estando nEle tendo comunhão constante com Ele (I Jo. 1.3).

Jesus ensina que aquele que vem a Ele não terá fome e aquele que crê nEle nunca terá sede - Jo. 6.35. Essa é a nossa condição eterna! Porém Ele ensina que aquele que come e bebe dEle permanece nEle e Ele naquele, Jo. 6.56. Assim entendemos a nossa responsabilidade de comer continuamente, ou seja, crescer na graça e no conhecimento dEle, I Pe. 2.2; II Pe. 3.18.


Os Mandamentos
Temos responsabilidades pessoais. Deus nos manda a ser santos (Lv. 20.7; I Pe. 1.15,16). Deus manda que conservamos nos a nós mesmos no amor de Deus. (Jd. 21). I Jo. 5. 18, “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.”

Para obedecer estes mandamentos é necessário remover-nos da presença da tentação.

Rm. 8. 10-15, O fato de uma posição nova (em Cristo) pede um andar novo (no Espírito).

Sl 143.9, “Livra-me, ó SENHOR, dos meus inimigos; fujo para ti, para me esconder.” Foge do pecado sim! E chegai-vos a Ele!

Retire-se já! É fato surpreendente que a tentação tem nenhuma influência quando estamos longe dela. Por isso então: “Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo” (Pv 4.15).

I Co 10.14, “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.”

II Tm 2.22, “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.”

Pv 6.25-27, “Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas aos seus olhos. 26 Porque por causa duma prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça da alma preciosa. 27 Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem?”

Jó 28.28, “E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.”


Bons Exemplos
Tg. 1.14-15- É fato que os que se removem da presença da tentação não serão tentados; não serão engodados e não terão as suas concupiscências inflamadas.

José no Egito – Ele reconheceu a iniquidade do ato a qual foi tentado e lembrava das suas consequências destruidoras. Jose resistiu repetidamente e deixou o lugar da tentação. Pode ser que isto não salvou-o da mentira da outra mas salvou-o imediatamente de uma consciência ferida para com Deus e posteriormente de uma reputação manchada diante do homem (Gn. 39.10-14, 21).

Removendo-nos da presença da tentação tornaremos bons exemplos para os outros – Hb. 11.2, “Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.” Pode acreditar que todos estes mencionados neste capítulo passaram por grandes tentações. A tentação vem a todo homem. Mas reconheceram a natureza da tentação e das terríveis consequências dela; resistiram à tentação; recorreram a Deus e removeram-se da presença da tentação quando necessário. Por isso alcançaram testemunha.

Você tem uma nuvem de testemunhas rodeando você também. Tem oportunidade para ser um bom exemplo para a família, os seus colegas da escola ou da firma, os da igreja e os vizinhos. A oportunidade é grande e merece todo o esforço particular que é possível achar. Devemos esforçarmos a olharmos para Jesus e deixarmos de dar atenção à tentação (Hb 12.1-4).

Removendo-nos da presença da tentação teremos mais paz com Deus. A nossa comunhão está com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo (I Jo. 1.3) e não com a carne. Quando vencemos a tentação a comunhão com o Nosso Salvador cresce e nisso, temos paz com Deus. Quando tentado, a concupiscência da nossa carne engana-nos para não lembrar-nos da bendita comunhão que perdemos quando pecamos. A alegria momentânea do pecado logo passa e a falta da paz com Deus fica. Mas, antes removendo-nos da presença da tentação, perdemos o fruto amargo do pecado e crescemos na graça de Deus. Com isso temos o fruto do Espírito Santo que inclui essa paz com Deus.

Removendo-nos da presença da tentação teremos galardões - I Co. 3.11-16


Maus Exemplos
Alguns exemplos dos que não removeram-se da tentação e quais foram as suas consequências:

Adão e Eva – Gn. 3.6, 16-19; Sansão – Jz. 14.1,2; 16.20,21; Nabucodonosor – Dn. 4.27-33; Pedro – Lc 22.31, 54-62


A Graça de Deus
Se não fosse a graça de Deus não teríamos perdão dos pecados e a salvação em Jesus Cristo. A graça de Deus em Cristo salva o arrependido que crê pela fé em Cristo – Rm. 5.20, “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”; Is. 55.6-8.

Pela graça de Deus o cristão é purificado continuamente quando confessa e deixa o pecado – Pv. 28.13, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”; I Jo. 1.9, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.”


5. Relembrando os Propósitos Santos de Deus – I Jo. 1.1-10, “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”

“Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.” Justamente por isso Deus, através do sangue de Jesus Cristo, lava o Seu povo. O Seu povo não era sempre santo (Ef. 2.1-2). Eram pecadores e pecadores dos mais vis. Eram devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbedos, maldizentes e roubadores. Porém foram lavados, justificados e santificados (I Co. 6.10-11). Estes graciosamente lavados pelo sangue de Jesus são feitos justiça de Deus (II Co 5.21), ou seja, são santos diante de Deus (Jo. 15.3, “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.”).

Mas, diante dos homens, estes estão crescendo em santidade. O poder de Deus opera no Seu povo para ser mais e mais santo como Cristo (Rm. 8.29). Tudo que Deus faz na vida do Seu povo é para o seu bem e para a Sua glória. As aflições, tribulações e provações são para estes relembrarem os propósitos santos de Deus (Tg. 1.2-4, “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.”; I Pe. 4.14, “Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado.; Sl. 119.67, 71; Jo. 15.2-5, “Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.”). As tribulações, ocasionadas muitas vezes pela tentação, fazem que estes lembrem a morrer à carne. Em tudo que acontece na vida do cristão, Deus intenta propósitos santos! Podemos notar isso também pelas promessas dadas em I Co. 10.13


As Promessas de Deus
I Co 10.13, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”

Quando a tentação aparece, Deus já tem prometido que os Seus podem ter a vitória. Ele promete que não vem sobre eles tentação a não ser aquela que todo homem recebe. Portanto não vão ser tentados como anjos, etc. Ele promete também que Ele não deixará a tentação ser acima das suas possibilidade de resistir. Quer dizer, podemos fazer tudo em Cristo que nos fortalece. Ele promete também que cada vez que enfrentam aquilo que satanás intenta usar para os destruir, terão um escape eficiente para que possam ter a vitória: I Co 10.13, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” Graças a Deus por tais promessas gloriosas! Nelas podemos notar que Ele tem a santidade como alvo para o cristão.


A Responsabilidade do Cristão
Tal vitória não acontece automaticamente. É necessário o cristão esforçar-se em batalhar diário e duramente. Devem-se responder corretamente à tentação: Reconhecer a sua natureza e as suas consequências; Resisti-la sinceramente com serenidade; Recorrer a Deus buscando a Sua força; Remova-se e retire-se da presença da tentação.

Além desses passos a serem tomados para não cair, depois de remover-se da presença da tentação é necessário relembrar os seus santos deveres. É hora de tomar toda a armadura de Deus (Ef. 6.10-18) e avançar para a retidão. O apóstolo Paulo instruiu ao Timóteo a não somente fugir das paixões da mocidade mas também a seguir tudo aquilo que resulta em ser feito mais ainda conforme à imagem de Cristo. II Tm 2.22, “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.”

Deseja ter a vitória sobre a tentação? Viva na presença de Deus! Mortifica a carne e santifica-se! Buscai servir a Deus com o seu pensar e o seu falar. Transforme os seus hábitos de vestir, entreter, beber e comer naquilo que agrada a Deus. Use as suas posses para aquilo que honra a Deus. Não somente as rotinas comuns mas as espirituais também: Busque uma adoração particular e domestica com a leitura das Escrituras, memorizando algumas das Suas passagens, e oração. Seja sério com a adoração pública (Ef. 1.23; 2.19-22; 3.21; II Tm. 2.22, “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.”) Tanto mais ocuparmos com a nossa santificação mais preparados somos para não cair na tentação.

Quando cair existem responsabilidades também: Sl. 119. 9, “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.” Não convém sermos ignorantes sobre aquilo que provocou a queda, pois a ignorância nunca gera cristãos maduros. Reconheça os passos errados que se levou a caiu; submete-se ao senhorio de Deus; confesse e deixe o mal e volte a fazer os deveres de um cristão responsável. Será necessário voltar ao ponto inicial do erro, consertando todo o mal que fez desde quando cedeu à tentação. A partir desse ponto é mister começar a traçar um caminho de retidão e de obediência (verifique a vida do filho pródigo, Lc. 15.11-32).


Retorne à Santidade
Quando cairmos na tentação, deixamos os propósitos santos de Deus e tornamos aliados com as trevas. Desde que não podemos servir dois senhores, é claro que deixamos o caminho da Luz quando cedemos à carne. Depois de reconhecer o delito, confessa-o, deixe-o e volta à Santidade. Jo 8.11, “E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.”; II Cr 7.14, “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”; Sl. 139.23-24, “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. 24 E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.”

Jesus declarou que Zaqueu era salvo e também um filho de Abraão. É certo que Jesus conhece os corações dos homens, porém essa afirmação veio somente depois que Zaqueu tinha mostrado o seu arrependimento e declarado o seu retorno à uma vida separada e santa: Lc. 19.8-10, “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” A confissão é necessária, mas a sua volta a fazer o dever manifesta que aquela confissão veio de um arrependimento genuíno. Zaqueu não apenas confessou e creu no Senhor Jesus Cristo como também voltou a ser responsável aos seus deveres diante de Deus, Seu povo e à sociedade.

Voltando à santidade não é assunto novo para o cristão. A sua posição em Cristo é filho do Deus de Luz, herdeiro do Deus em quem não há trevas nenhumas e co-herdeiro com Cristo (Rm. 8.14-17) que é o resplendor dessa glória (Hb. 1.3), e tem estas bênçãos eternamente. Tais posições leva-o a evitar as trevas pois não há comunhão entre a luz e as trevas. As bênçãos do cristão incluem o fato dele ser lavado com o sangue de Cristo, guardado de tropeçar pelo único Deus sábio que ora e intercede por ele (Jd. 1.24-25). Tais bênçãos que o leva a ser santo como Ele é santo (I Jo. 2.1-3).

Como o cristão tem todas essas bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo sabemos que se qualquer pecador deseja ter paz com Deus, somente por Cristo vem essa nova vida. Arrependei-vos e creia pela fé em Jesus Cristo!

Somente voltando à obediência, ou seja, retornando ao caminho de Luz, o seu coração estará pronto a cantar as glorias dEle, os seus pés firmarão na Rocha, o seu coração estará alegre, e o seu espírito estará alimentado com a maná do céu.

Relembrando os santos propósitos de Deus, ou seja, voltando a orar e ler as Escrituras, testemunhando de Cristo e apoiando a obra da igreja nesse mundo, encurtará o tempo disponível para cair em tentações. A mente desocupada é verdadeiramente a oficina de Satanás. Mas aquela mente ocupada no temor do Senhor é um instrumento eficaz na mão do Senhor.

Não está em Cristo? Arrependei-vos já e creia em Jesus Cristo pela fé!

Já está em Cristo? Vigiai e orai para não cairdes em tentação.


6. Resguardar o Seu Coração – Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”


A Importância do Coração
Do coração procedem tudo que concerne a vida. Disso Jesus ensinou em Mt. 15.19, “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”

Como o coração natural é vital para ter a vida, também do coração espiritual procedem as fontes da vida espiritual. Se for verdadeiro que do coração procedem as fontes da vida pode saber que Satanás está interessado em contaminar ou controlar o que o coração pensa, medita, planeja e sente. Deus está interessado no uso do seu coração também. Ele julgará toda a obra e pensamento dele (Ec. 12.13-14). Por isso Ele ensina a todos a guardá-lo sobre tudo. O coração é a fonte de onde jorra tudo para a alma. Dele vem as ações, o centro dos princípios tantos pecaminosos quanto santos (Mt. 12.34-35). Se for purificado, é uma fonte de água viva (Jo. 4.10-11). Como vai o seu coração?

Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

O coração é a fonte. Como a fonte, assim correm os rios. A dedicação dos mestres para formar o aluno em boas maneiras e cultura, de inculcar o conhecimento de todo ramo de ciência é perdida se o coração não for guardado. Quanta destruição e perda são ocasionadas por não vigiar o coração! Quantas vidas como a de Sansão (Juizes 14.1-4), lares como o de Eli (I Sm. 2.12), igrejas como a em Sardes (Ap. 3.1-6), e sociedades como as que foram destruídas pelo dilúvio (Gn. 7.19-24) que tinham oportunidades de serem bem-sucedidas. Porém deixaram de temer ao Senhor e apartaram os seus corações daquilo que deviam guardar! Quantas vezes perdemos o gozo do Senhor que é a nossa força (Ne. 8.10) pela falta de sermos cuidadosos para com o que habita no coração? Pela diligência redobrada é lembrada a lei do Senhor pela qual o coração pode ser guardado.

Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Para guardar o coração é necessário ser judicioso e prudente para com o que está no nosso coração. É necessário conhecê-lo. A Bíblia diz: O coração do homem é enganoso (Jr. 17.9; Gn. 6.5; Ec. 9.3), desviado e imundo (Sl. 53.3). Tudo que condena o homem como “os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.” vem dele (Mc. 7.21-22). Portanto, “O que confia no seu próprio coração é insensato, ...”, (Pv 28.26). Não ignore o aliado de satanás que está no seu seio! Da nossa própria concupiscência somos atraídos e engodados para cairmos nas tentações que só trazem dor e destruição (Tg 1.14, 15, “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz ao pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”). Seja sábio para com “o pecado que tão de perto nos rodeia” (Hb. 12.1). Através desse somos feitos presas fáceis por Satanás.

Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

A responsabilidade de guardar o coração é nossa, mas o sábio pede a força de Deus para conseguir a vitória (I Pe. 4.19, “Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem.”; Sl. 25.20, “Guarda a minha alma, e livra-me; não me deixes confundido, porquanto confio em ti.”). O coração guardado não acontece automaticamente. Tem que ser preparado!

O Coração Preparado – Ed. 7.10, “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.”; II Cr. 19.3, “Boas coisas contudo se acharam em ti; porque tiraste os bosques da terra, e preparaste o teu coração para buscar a Deus.”

A preparação melhor é o arrependimento e a fé somente no Salvador e Senhor Jesus Cristo. É necessário que confiemos somente em Cristo. O caminho é único: Jo. 14.6; estreito e apertado: Mt. 7.13-14; e pela graça: Ef. 2.8-9. Já conhece essa salvação isenta de obras humanas ou eclesiásticas?

Existe muito ensino falso que procura suplementar a salvação com emoções, boas maneiras, cristianismo, ética, moral, virtudes, filosofia, boas obras e intenções. Em nenhum destes há salvação. É Jesus ou nada. O Pai se satisfaz apenas pela obra de Jesus Seu Filho. Basta para você também?

O coração preparado persevera na obediência. Devemos buscar a força de Deus para melhorar a nossa perseverança em vigiar e orar – Judas 21-24; Mt. 26.41

Vive sempre na presença do Senhor – Jo. 15.3-5

Resiste qualquer concordância com aquilo que é mundano – I Co. 6.15-20; II Co. 6.14-18

Tenha uma atitude de dependência no Senhor – Jz. 8.22-23

Controle os pensamentos: Fp 4.8, “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Assim guardamos-nos dos sentimentos que nos contaminam: paixões carnais, emoções não controladas, vontades alheias e atitudes soberbas).

Confesse os pecados regularmente ao Senhor – I Jo. 1.4-10.

Busque aquela sondagem do Senhor que estabelece no caminho – Sl. 139.23-24; II Co. 13.5.

Estabelece hábitos espirituais (culto particular, doméstico e público para ser sondado regularmente – Sl. 139.23-24)

O coração preparado é ativo naquilo que agrada a Deus: no íntimo, evangelismo, oração e estudo.

Tendo o coração preparado os seus pensamentos, os seus sentimentos e as suas ações estão imergidos no que é reto. Assim está pronto para responder corretamente às tentações.

Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Se não prepararmos os nossos corações faremos o que é mau naturalmente - II Cr. 12.14; 20.33

Pv 4.23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Como vai o seu coração?


Conclusão - A tentação vem (I Co. 10.13). O nosso coração nos engana (Jr. 17.9). A nossa carne nos engoda (Tg. 1.14-15). Satanás não consegue agir diferente da sua própria natureza pervertida. Ele não deseja ver Deus com a glória. Ele deseja usurpar a glória de Deus (Is 14.13, “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.”).

Os Vencedores são os que estão no mundo mas não do mundo pois têm a salvação por Cristo – I Jo 5.4, 5, “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”

Está brincando com o pecado? Está enganando a si mesmo achando que pode tomar fogo no seu seio sem se queimar?

O que Deus manda é: Arrependei-vos do pecado! (Mt 4.17), e crê nEle pela fé.

Não há vitória do pecado e da sua condenação de outra forma a não ser “em Cristo”. Jo 3.36, “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.”

I Co 10.13, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”


Bibliografia:

BRIDGES, Charles, Proverbs. Banner of Truth Trust, Carlisle, 1983.

CALVIN, John, Calvin’s Commentaries, Online Bible, version 2.00.2, jan 2006, Timnathserah Inc.

GILL, John, Bible Expositor, Online Bible, version 2.00.2, Jan 2006, Timnathserah Inc.

IRONSIDE, H. A., Expository Notes on the Gospel of Matthew. Loizeaux Brothers, Neptune, 1948.

PIERCE, Samuel Eyles, An Exposition of the Epistle of I John. Particular Baptist Press, Springfield, 2004.

TRAPP, John, John Trapp’s Commentary, Online Bible, version 2.00.2, Jan 2006, Timnathserah Inc.

Autor: Pastor Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Basilo, 12/2010.
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

É pecado beber vinho?


É pecado beber vinho?


Sou abstêmio convicto, motivado especialmente por caso de alcoolismo na família e por compreender o dano social causado pelo consumo de bebidas alcoólicas. Portanto, este texto não pretende ser uma apologia a nada, exceto talvez ao equilíbrio bíblico, tendo em conta a advertência: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4:2). A obediência aos mandamentos começa por não ficar aquém nem ir além de onde a própria Bíblia vai.

Fiz uma busca rápida por vinho no Novo Testamento e a encontrei em cerca de 30 versículos. Algumas palavras importantes são estudadas a seguir.

Oinos

Esta palavra aparece 33 vezes em 25 versículos (em alguns versículos ocorre repetidamente), e é traduzida “vinho” em todas as ocorrências pela Revista e Atualizada. Que vinho [oinos] contém álcool fica claro na seguinte passagem: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18). A Septuaginta usa oinos para traduzir os hebraicos yayin, chemer, ieqev, sove, asis, shekar, shemer e tirosh, indistintamente.

Quanto ao vinho usado na última ceia, não é dito de que tipo era, visto que a palavra vinho não ocorre nesse contexto. De qualquer forma, as igrejas apostólicas celebravam a ceia com vinho inebriante, pois é dito que “ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague” 1Co 11:21. Note que em suas repreensões à forma desordenada na qual a igreja corintiana celebrava a ceia do Senhor, Paulo não inclui o tipo de vinho utilizado.

Interessante notar, também, que Jesus foi acusado de bebedor de vinhos [oinopotes]: “Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!” (Lc 7:34). Em uma passagem da primeira epístola de Pedro, bebedices é tradução de um termo derivado de oinos [oinophlugia]: “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias” 1Pe 4:3

A conclusão é de que o termo mais comumente traduzido vinho no Novo Testamento refere-se a uma bebida capaz de causar embriaguez se consumida em grande quantidade. É possível que o vinho feito por Jesus em Caná e o utilizado na última ceia fossem do mesmo tipo consumido comumente pelos judeus de seus dias, que bebido puro e em grande quantidade era embriagante. No caso da ceia em Corinto, é-nos permitido concluir que a mesmo continha álcool, pois ninguém se embriaga com suco de uva.

Gleukos

Em Atos 2:13 a Revista e Corrigida traduz gleukos como mosto, um suco doce de uva espremida: “Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!” (At 2:13.) Tecnicamente, mosto é o vinho ainda não totalmente fermentado. De qualquer forma, deveria ser embriagante, visto que a Revista e Atualizada traduz “cheios de mosto” como “embriagados”. A própria expressão dos ouvintes requeria que eles estivessem alterados.

Oxos

Outra palavra traduzida por vinho é oxos: “deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber” (Mt 27:34). Era uma mistura de vinho azedo ou vinagre e água que os soldados romanos estavam acostumados a beber. De fato, a palavra só ocorre nos Evangelhos e somente no episódio da crucificação de Jesus (Mt 27:34, 48; Mc 15:36; Lc 23:36; Jo 19:29-30), sendo traduzida mais comumente como vinagre. Logo, este seguramente não era o vinho utilizado na última ceia, na ceia do Senhor da igreja primitiva e nem mesmo o vinho consumido normalmente pelos judeus nos dias de Jesus.

Sikera

É uma palavra traduzida como bebida forte na única vez que ocorre: “Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1:15). Não era vinho, mas uma bebida forte e intoxicante. Era um produto artificial, feito de uma mistura de ingredientes doces, derivados de grãos ou legumes, ou do suco de frutas (tâmara), ou de uma decocção do mel.

Methe

A palavra beberrão, bêbado, bebedices, etc. deriva de methe que significa embriaguez bebedeira, intoxicação: “Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais” (1Co 5:11. Ver ainda 1Co 6:10). Methe e seus derivados estão associados ao consumo excessivo de bebidas. E este excesso é claramente proibido nas Escrituras, como por exemplo Ef 5:18 onde a proibição não é quanto ao consumo de vinho [oinos], mas à embriaguez [methusko], pois como demonstrado acima, Jesus bebia vinho (Lc 7:34, citado acima), mas o irmão beberrão deveria ser evitado (1Co 5:11, citado acima). Não há uma proibição do tipo “não beberás vinho”. Parece que o ensino bíblico é mais no sentido da moderação. Por exemplo, nas descrições dos requisitos para os oficiais da igreja, a proibição é quanto ao excesso: “É necessário, portanto, que o bispo seja... não dado ao vinho” (1Tm 3:2-3), “semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam... não inclinados a muito vinho” (1Tm 3:8) e “quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam... não escravizadas a muito vinho” (Tt 2:3).

A proibição geral é quanto ao embriagar-se, não quanto ao consumo em si, feito com moderação. É neste sentido que temos advertências do tipo “não vos embriagueis com vinho” (Ef 5:18), “acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da... embriaguez” (Lc 21:34), “Andemos dignamente... não em orgias e bebedices” (Rm 13:13), pois “não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5:21).


Ao lado disso, há a recomendação do experiente Paulo ao jovem Timóteo para que este bebesse um pouco de vinho, devido a seus problemas de saúde. “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5:23) É interessante aqui observar duas coisas, a quantidade e a finalidade. Era para tomar “um pouco” de vinho e “por causa” de seus problemas gástricos, ou seja, com finalidade terapêutica.

Concluindo, se alguém me perguntar o que eu acho sobre o crente beber com moderação, direi que o mesmo deve evitar, pelas razões que expressei na introdução. Mas se alguém me perguntar se a Bíblia proíbe ao crente beber de forma moderada, para ficar em paz com minha consciência, direi que não. Pois de fato ela não o faz. Ela proíbe a embriaguez, mas não o consumo moderado.


Soli Deo Gloria

Márcio Melânia

Do Blog: http://cincosolas.blogspot.com/

Intoxicação Espiritual


Intoxicação Espiritual

"Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim
e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer" (João 15:5).

"Nós temos sido os maiores recebedores da generosidade dos
Céus; nós fomos preservados em paz e prosperidade nestes
muitos anos; nós temos crescido em número, riqueza e poder
como nenhuma outra nação. Mas nós esquecemos de Deus. Nós
esquecemos da Mão gentil que nos preservou em paz e que nos
multiplicou, enriqueceu e fortaleceu. Nós imaginamos,
vaidosamente, na falsidade de nossos corações, que todas
estas coisas eram produzidas por alguma sabedoria e virtude
superiores. Intoxicados com o sucesso, nós nos tornamos
muito auto-suficientes para sentir a necessidade da graça
redentora e orgulhosos para orar ao Deus que nos fez."
(Abraão Lincoln)

Teriam essas palavras, proferidas pelo Presidente americano,
há muitos anos atrás, alguma coisa a ver conosco, nos dias
atuais? Temos, como aquele povo tão abençoado, ignorado as
grandes maravilhas que o Senhor tem operado em nossas vidas?
Temos achado que as nossas conquistas aconteceram
exclusivamente pela nossa capacidade?

Muito feliz é aquele que entende que "sem o Senhor nada pode
fazer". Ele coloca tudo diante de Deus e espera dEle a
direção. Sabe que a resposta virá, positiva ou negativa, e
alegra-se por saber que a vontade do Senhor foi feita e que
foi a melhor para a sua vida.

A vaidade de achar que podemos fazer tudo sem a ajuda de
Deus nos intoxica a alma. Essa intoxicação espiritual nos
tira a alegria e nos impede de obter novas conquistas e
novas bênçãos. Peçamos ao Senhor que nos promova uma
"desintoxicação" e nos purifique para que sejamos capazes de
reencontrar o caminho da verdadeira felicidade.

Você tem lembrado de Deus em suas vitórias?

Paulo Barbosa
Um cego na Internet

tprobert@terra.com.br
Ministério Para Refletir - 12 anos de vitórias!
www.ministeriopararefletir.com

Escondidos Da Presença De Deus


Escondidos Da Presença De Deus

"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:33).

Uma mulher, conversando com a vizinha, relatou que no início
de seu casamento, seu marido, quando estava com pouco
dinheiro, tinha o hábito de pegar o dinheiro separado para
as despesas domésticas. "Mas agora", disse ela, "eu o tenho
escondido bem e já faz dezessete anos que ele não o encontra
mais". "E onde você o tem escondido?" perguntou a vizinha.
"Eu o tenho escondido na Bíblia da família", concluiu a
mulher.

Será que nós, cristãos, temos agido como aquele marido?
Temos esquecido a Palavra de Deus e gasto todo o nosso tempo
apenas com coisas que não nos edificam? Temos colocado Deus
em segundo lugar... ou em último?

Muitas vezes murmuramos por não vermos as bênçãos do Senhor
serem derramadas sobre nossas vidas. Constatamos que outros
são felizes e nós não. Que outros participam ativamente da
obra de Deus e nós estamos sempre afastados dos programas
realizados pela igreja. Vemos muitos irmãos e irmãs
crescendo e nós continuamos raquíticos espiritualmente.

Qual será a razão? Será que Deus tem preferências por
algumas pessoas e ignora outras? O motivo real não seria a
total indiferença que damos a Deus e à Sua Palavra?

A mulher de nossa história escondia o dinheiro do marido
dentro da Bíblia. Não estaria, também, escondido dentro da
Bíblia, o porto de nossa felicidade? Não estaria escondido,
dentro da Bíblia, o remédio para nossa depressão? Não
estaria, escondido na Bíblia, o raio de luz de nossas
tempestades crônicas? Não estaria, escondido na Bíblia, a
nossa salvação e o caminho para uma eternidade com Deus?

Muitas coisas podem estar escondidas de nós na Bíblia, mas,
o pior, é estarmos nós escondidos da Bíblia e, por isso,
longe de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.



Paulo Barbosa
Um cego na Internet

tprobert@terra.com.br
Ministério Para Refletir - 12 anos de vitórias!
www.ministeriopararefletir.com

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Papai Noel???


Papai Noel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Representação moderna da figura de Pai NatalPai Natal (português europeu) ou Papai Noel (português brasileiro) ("Noël" é natal em francês) é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da Véspera de Natal, o dia 24 de dezembro, ou no Dia de São Nicolau (6 de dezembro). A lenda pode ter se baseado em parte em contos hagiográficos sobre a figura histórica de São Nicolau. Uma história quase idêntica é atribuída no folclore grego e bizantino a Basílio de Cesareia. O Dia de São Basílio, 1º de janeiro, é considerado a época de troca de presentes na Grécia.

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto. Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência do caricaturista e cartunista político Thomas Nast. Essa imagem tem se mantido e reforçado por meio da mídia publicitária, como músicas, filmes e propagandas.

Conforme a lenda, Papai Noel mora no extremo norte, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora em sua casa no Polo Norte, enquanto na versão britânica frequentemente se diz que ele reside nas montanhas de Korvatunturi na Lapônia, Finlândia. Papai Noel vive com sua esposa Mamãe Noel, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras. Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os garotos e garotas bem-comportados no mundo, e às vezes carvão às crianças malcomportadas, na noite da véspera de Natal. Papai Noel consegue esse feito anual com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.

Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensine crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que a tradição de Papai Noel desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Papai Noel é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Papai Noel como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais. Outros apontam a tradição de Noel como um bom exemplo de como as crianças podem aprender que podem ser deliberadamente enganadas pelos mais velhos, o que ajudaria a ensiná-las a ser cuidadosas em aceitar qualquer outra superstição ou crença infundada.

Divulgação

Um Papai Noel (Santa Claus) no estado norte-americano do Alasca.Uma das pessoas que ajudaram a dar força à lenda do Papai Noel foi Clemente Clark Moore, um professor de literatura grega de Nova Iorque, que lançou o poema Uma visita de São Nicolau, em 1822, escrito para seus seis filhos. Nesse poema, Moore divulgava a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas. Ele também ajudou a popularizar outras características do bom velhinho, como o fato dele entrar pela chaminé.

O caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda de Papai Noel. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao fato de que várias pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.

No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a verdadeira explicação da chaminé veio da Finlândia. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.

A última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal é sua blusa vermelha e branca. Antigamente, ele usava cores que tendiam mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça, mas não havia um padrão.

Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast[1], na revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal.


A típica barba branca do Papai Noel (Pai Natal).
O mito da Coca-Cola.É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o actual visual do Papai Noel ou Pai Natal (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto)[2], mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o cartunista alemão Thomas Nast[3], em 1886 na revista Harper’s Weeklys.

Papai Noel ou Pai Natal até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde, tipico de lenhadores[carece de fontes?]. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ou Pai Natal ao mesmo modo de Nast[carece de fontes?], com as cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha, destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno (período em que as vendas da bebida eram baixas na época), fez um enorme sucesso[carece de fontes?] e a nova imagem de Papai Noel ou Pai Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem actual, mas não é responsável por tê-la criado.

O Papai Noel ou Pai Natal da Lapônia

Nos países do norte da Europa, diz a tradição que o Papai Noel não vive propriamente no Pólo Norte, mas sim na Lapônia, mais propriamente na cidade de Rovaniemi, onde de fato existe o "escritório do Papai Noel" bem como o parque conhecido como "Santa Park", que se tornou uma atração turística do local. Criou-se inclusive um endereço oficial como a residência do Papai Noel, a saber:

Santa Claus
FIN-96930 Arctic Circle
Rovaniemi - Finlândia
http://www.santaclausoffice.fi

Em função disso, a região de Penedo, distrito de Itatiaia, no Rio de Janeiro, que é uma colônia finlandesa, se auto-declarou como a "residência de verão" do Papai Noel. Há ainda, na cidade de Gramado-RS, a Aldeia do Papai Noel.

As renas do Papai Noel ou do Pai Natal

As renas do Papai Noel ou de o Pai Natal são as únicas renas do mundo que sabem voar, ajudando o Papai Noel ou o Pai Natal entregar os presentes para as crianças do mundo todo na noite de Natal. Quando o Papai Noel ou o Pai Natal pede para serem rápidas, elas podem ser as mais rápidas renas do mundo. Mas quando ele quer, elas tornam-se lentas. O mito das renas foi inventado na Europa, no século XIX.

A quantidade de renas que puxam o trenó é controversa, tudo por causa da rena conhecida como Rudolph. Existe uma lenda que diz que Rudolph teria entrado para equipe de renas titulares por ter um nariz vermelho e brilhante, que ajuda a guiar as outras renas durante as tempestades. E, a partir daquele ano, a quantidade de renas passou a ser nove, diferente dos trenós tradicionais, puxados por oito renas. Tal lenda foi criada em 1939 e retratada no filme Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (1960 e 1998).

O nome das renas, em inglês são: Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen. E em português são: Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago.

A agência que controla o espaço aéreo americano (North American Aerospace Defense Command) também instalou um "Santa Tracker" ("Rastreador de Santa" Claus) em sete idiomas, onde se pode ver a localização atual e as próximas paradas de Papai Noel, acompanhado de suas legendárias renas[4]. O programa de rastreamento do Papai Noel pela agência é uma tradição que data de 1955, quando um anúncio no jornal Colorado veio com o número telefônico para conectar as crianças com o bom velhinho e algumas chamadas, por erro, caíram numa linha da NORAD

O envio de correspondências ao Papai Noel

Uma criança com o Papai Noel em um Shopping.Cartas para santos ou de cunho religioso são uma prática existente desde a antiguidade, mas apenas a partir do século passado surgiu no mundo o ato de enviar cartas ao Papai Noel como um cunho familiar, ou seja, os pais da criança leem as cartas dela, e com a condição de serem bem comportadas durante o ano, recebem o presente como sendo de autoria do Papei Noel; às vezes de forma tão ensaiada que chegam a acreditar fielmente em sua existência, identicamente ao coelho da páscoa.

Há, entretranto, versões oficiais ou semi-oficiais de papais noeis no mundo receptoras de correspondências, e correspondem de acordo com algum critério de seleção (presentes muito onerosos não são entregues por razões óbvias). É comum encontrá-los em shopping centers, praças centrais das cidades, hospitais e estabelecimentos públicos, etc. Na maioria destes lugares as cartas são entregues presencialmente ou depositadas no próprio ambiente.

No Brasil, os Correios oficialmente recebem cartas endereçadas ao Papai Noel desde 2001[6], e o número de mensagens correspondidas equivaleu em 2008 em aproximadamente metade, selecionadas de acordo com o contexto ou com o valor financeiro do presente. As mensagens são enviadas aos funcionários do Correios, mas todos os brasileiros podem se voluntarear como um Papai Noel directamente nas agências dos Correios do país[6].

Os correios dos países escandinavos também têm programas parecidos, mas preparados para correspondências de todo o planeta, uma vez que a Lapônia é terra dada como sendo oficialmente da origem do Papai Noel[7][8]. Na Finlândia inclusive, todas as cartas dirigidas a Papai Noel ou Santa Claus e com endereço Lapônia ou Pólo Norte são direcionadas para a agência em Rovaniemi (capital da província laponesa), e segundo a própria agência, o endereço correto é: Santa Claus, 96930, Círculo Polar, Finlândia[9]. As cartas recebidas com remetente recebem uma resposta em oito idiomas diferentes[9].

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O fim do princípio - A Árvore da Vida


Fim no princípio

Escrito por Mário Moreno Ter, 02 de Novembro de 2010 10:26
.O fim no princípio

Uma das perdas mais sentidas pelo homem quando pecou foi a da “árvore da vida” que ficava no centro do Gan Eden. Vamos ver agora o que aconteceu e como o que foi perdido por Adan foi novamente recuperado por Ieshua e como teremos novamente acesso à esta árvore tão falada nas Escrituras.

"E D'us fez crescer do solo toda árvore agradável à vista e boa para comer, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal... E D'us ordenou a Adam (Adão), dizendo: 'Pode comer de todas as árvores do jardim. Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois no dia em que comer dela certamente morrerá.' E D'us disse: 'Não é bom para o homem ficar sozinho; farei para ele uma companheira.'"

O mal enraíza no homem quando ele se concentra em si mesmo e em seus próprios desejos, em vez de em D'us e Seus desejos (ou, em nível mais profundo, quando se considera independente ou separado de D'us). Com esta orientação, avalia toda experiência apenas em termos de seu próprio senso subjetivo do bem.

Na Tradição judaica e na Chassidut, está explicado que o bem contaminado pelo egoísmo é representado pela árvore do conhecimento do bem e do mal, ao passo que o bem verdadeiro e inalterado é representado pela árvore da vida. Ao ordenar a Adam que não comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, D'us o estava advertindo a não mesclar o bem e o mal escolhendo o caminho do egocentrismo e da auto-orientação.

Comer do fruto proibido fez o espírito do homem tornar-se abertamente auto-consciente e egocêntrico. Sua sensação de bem não é mais pura e Divina, mas um misto de bem e mal; ele considera algo bom apenas se for auto-gratificante. Se sua atitude é deixada sem ajuste, o mal terminará por abafar o bem, como nos sonhos do Faraó (Bereshit 41:1-7); a apreciação da pessoa pelo bem - e mesmo a crença de que algo possa realmente ser bom - desaparecerá. Por sua vez, isso provocará um sentimento de amargura em relação à vida, pois a pessoa passará a culpar os outros pelos desapontamentos e sofrimento da vida. Havendo dessa forma posto a causa de seu sofrimento fora de sua esfera de influência, a pessoa vê a si mesma como uma vítima indefesa das circunstâncias e da malevolência.

Os dois estados de consciência simbolizados pelas duas árvores são expressos primariamente na maneira do homem relacionar-se com a mulher. Ao proibir Adam de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, D'us o estava ensinando como relacionar-se com sua esposa a ser criada: "Não misture lascívia egocêntrica e desejo pela auto-gratificação com a experiência do bem verdadeiro e puro."

O pecado de Adan fez com que ele e sua esposa fossem lançados fora do Gan Eden de forma a privar-lhes não somente do lugar como também de Sua companhia. Daquele momento em diante eles não teriam mais a companhia do Eterno e nem poderiam dialogar com Ele na viração do dia. O texto da Torah nos diz: “Então disse o IHVH Elohim: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o IHVH Elohim, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho árvore da vida” Gn 3:22-24. Este foi o momento da perda do Gan Eden pelo homem. A partir daquele momento ele não mais voltaria para aquele lugar que fora feito para que ele ali tivesse prazer e pudesse desfrutar não somente do local como também de uma porção da eternidade que estava presente ali.

A Torah e a Árvore da Vida
É uma mitsvá para todo judeu escrever um Sêfer Torah, ou ter um escrito para ele.

Os rolos são presos a carretéis de madeira, chamados "Etz Chaim" (Árvore da Vida), pois refere-se à Torah como "árvore da vida para aqueles que a seguram firmemente." São rolos de madeira especialmente preparados com discos planos, um em cada extremidade. Estes discos são muitas vezes ornamentais, com pequenos espelhos inseridos na madeira, etc. Cada Sêfer Torah, tem, naturalmente, dois Etz-Chaims. Ao fazer guelilá, o Etz Chaim direito deve ser colocado sobre o esquerdo, pois o direito segura o rolo sobre o qual o começo da Torah (Bereshit) está escrito.

O Sêfer Torah é o bem mais sagrado do judeu. Os judeus freqüentemente arriscam a vida para salvar um Sêfer Torah em caso de fogo. O rolo da Torah não deve ser tocado com a mão nua, mas com um Talit ou outro objeto sagrado. Quando é colocado sobre uma mesa para leitura, a mesa deve ser coberta com um tecido ou Talit.
Através do respeito devido ao Sêfer Torah, pode-se entender o respeito que devemos ter a um erudito da Torah, pois ele é como um Sêfer Torah vivo!

A Torah – segundo a Tradição judaica – é também comparada à Árvore da vida – conforme vimos acima – e isso é muito interessante, pois ela é acima de tudo a Palavra do Eterno que de fato traz vida a todos aqueles que entram em contato com ela e crêem!

Segundo esta mesma tradição cada letra do texto da Torah está viva e portanto quando a lemos ou a ouvimos estamos recebendo vida através de nossos olhos e ouvidos! Por isso é tão importante que tenhamos o cuidado de não negligenciarmos a leitura e nunca deixemos que nossos ouvidos estejam desatentos à leitura da Torah, pois quanto mais recebemos dela, mais vivos estamos!

Árvore do mal – caminho para a árvore da vida
“E, havendo-o pregado na estaca, repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes. E, assentados, o guardavam ali. E por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: ESTE É IESHUA, O REI DOS JUDEUS. E foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda. E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças, e dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Elohim, desce da estaca. E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da estaca, e crê-lo-emos. Confiou em Elohim; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Elohim. E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam pregados na estaca. E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona. E perto da hora nona exclamou Ieshua em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, D-us meu, D-us meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias, e logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo. E Ieshua, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. E o centurião e os que com ele guardavam a Ieshua, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Elohim” Mt 27:35-54.

A árvore da morte – a estaca de execução – foi o meio utilizado pelos romanos para executarem a Ieshua. Este foi o instrumento correto para a morte do Ungido, pois era necessário que Ele morresse numa estaca – feita de madeira; parte de uma árvore – para que a humanidade pudesse ser redimida.

Duas coisas precisam ser ditas aqui: a primeira é que a “estaca” ou árvore representa o próprio homem! Isso nos mostra que Ieshua quando foi morto, foi colocado sob re mim e sobre você. Nós estávamos ali – representados por aquela estaca – e sobre nós foi pendurado o Ungido do Eterno para que todos nós tivéssemos a oportunidade de alcançar a redenção e sermos salvos! É interessante que a estaca representava nossa vida e através da morte o Ungido pode então trazer de volta a vida!

A segunda coisa que precisamos ver aqui é que a estaca pode ser considerada como “a árvore da morte”. Ela no entanto surtiu um efeito muito diferente daquele desejado pelas trevas. A estaca da morte resultou em uma restauração para termos acesso à árvore da vida! Ieshua restaurou o caminho que fora “bloqueado” até a árvore da vida e hoje já podemos ter a certeza de que muito em breve teremos acesso a esta árvore e seus frutos! Mas isso só foi possível com um sacrifício perfeito que tinha também a intenção de devolver ao homem a santidade e a comunhão com o eterno que fora perdida em Adan!

Uma promessa sobre a “árvore da vida”
O Eterno fez uma promessa de restituir ao seu povo o acesso à árvore da vida. Ele falou isso de uma forma especial à congregação de Éfeso. Vejamos quais foram as suas palavras:

“Escreve ao mensageiro da congregação que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio das sete menorot de ouro: conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser enviados, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar a tua menorah, se não te arrependeres. Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer árvore da vida, que está no meio do jardim de Elohim” Ap 2:1-7.

Para que possamos entender estas palavras vejamos primeiro alguns dados acerca da cidade de Éfeso:

“Éfeso foi uma das grandes cidades dos jônicos na Ásia Menor, situada no local onde o rio Caister deságua no Egeu. Era o centro comercial, religioso e político da Ásia Ocidental. Foi fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa e Alexandre libertou-a em 334 a.C. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos. Situa-se próxima à atual Selçuk na Turquia.

Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25 mil espectadores de uma população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e VI a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C. Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já se constituía em centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.

Sua riqueza, contudo, não era apenas material. Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade. É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos. Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, uma magnífica biblioteca, a "Catacumba dos Sete Adormecidos", onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João na ilha de Patmos e perseguiu aos cristãos. Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e do judaísmo”.

Segundo uns: Os “nicolaítas” seriam uma seita fundada por um tal de Nicolau de Alexandria (século I) que era um prosélito que introduziu praticas sexuais aos cultos e adoração à ídolos dentro da chamada igreja primitiva. E que depois partiu para o gnosticismo da época.
Segundo outros (e isto me chamou mais a atenção): A palavra Nicolaítas não identificaria aos seguidores de Nicolau, mas a própria palavra seria um acróstico de duas outras palavras:

Nikos: (do grego: conquista vitória, trunfo, alguém que domina alguém).
Laos: (do grego: povo).

Assim sendo Nicolaítas seriam “os que dominam o povo”. Uma expressão mais expandida seria: “os que usam o poder religioso para dominar sobre o povo e os explorar”. Ou seja: a classe de bispos que estava nascendo na igreja e que já estava dando sinais do que viria pela frente. Domínio de uma classe (episcopal) sobre o povo. E isto D-us detesta (Ez 34, por exemplo).

É fato que na Historia da Igreja temos poucos antecedentes sobre os “nicolaítas” que a igreja de Éfeso tanto detestava e o próprio Messias também detestava (abominava ou odiava – depende da tradução).

Estes dados nos mostram que os judeus crentes em Ieshua haviam se contaminado e portanto estavam sendo avisados para retornarem ao seu primeiro amor. Mas o que significa isso? O primeiro amor de um judeu é sempre o Eterno... Ele é ensinado desde a mais tenra idade a amar ao Eterno com todo seu ser. Ele não se apaixona pelo Eterno e Sua Palavra, ele o ama de fato e demonstra isso com sua vida!

É interessante que esta profecia fala sobre arrependimento e retorno, caso contrário Ieshua iria “tirar a menorah” dentre eles. A menorah tem um significado muito denso e neste caso significa a presença do Eterno na congregação. A menorah é também um símbolo da própria congregação enquanto continuação do povo judeu, pois Ieshua andava “no meio das menorot de ouro”. Ele andava entre Seu povo, não entre os gentios! Tirar a menorah era muito mais que perder a unção, significava perder a própria identidade! E isso certamente ocorreu com a congregação do Eterno através dos séculos até chegar ao ponto em que estamos hoje!

Um outro detalhe: foge daqueles que desejam “dominar” o rebanho de Elohim dizendo-se líderes que desejam o bem estar do povo, mas que quando chega o tempo revelam-se simplesmente dominadores que desejam o seu próprio bem e buscam “eternizar” seu nome através de grandes obras e de grandes coisas que os colocam em destaque, deixando o Eterno e Ieshua num plano muito inferior!

Volta ao primeiro amor... apesar de estar em Éfeso; apesar da idolatria e apesar de tudo o que te contamina, volta ao primeiro amor! É possível viver no mundo sem se contaminar com o mundo!

A promessa para aqueles que viverem desta forma é clara: terão acesso a comer do fruto desta árvore que Adan de certa forma desprezou quando pecou, da árvore da vida!

Recebendo de volta
“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Elohim e do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Elohim e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o IHVH Elohim os ilumina; e reinarão para todo o sempre. E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o IHVH, o Elohim dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. E eu, Iorranam, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Elohim. E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alef e o Tav, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas” Ap 22:1-14.

O último capítulo do livro de Apocalipse nos diz o que ocorrerá quando tudo houver sido consumado.

Iorranam viu um rio que tem em suas margens a árvore da vida e os servos do Eterno partilharão dela e de todas as coisas que ali estão. Estes servos do Eterno tem algumas características interessantes:

- eles têm em sua testa o nome do Eterno. Esta é uma característica interessante, pois aos judeus não é permitido se tatuarem. Então que marca será esta? Esta “marca” é o tefilim, que é uma pequena caixinha preá de couro que contém uma porção da Torah e nesta porção está o nome do Eterno. Quem usa o Tefilim traz sobre sua testa o nome do Eterno!

- estas pessoas são obedientes aos mandamentos do Eterno. Esta é também uma característica dos judeus e de todos aqueles que amam ao Eterno! O que mais chama a atenção aqui é que quem age assim obedecendo aos mandamentos terá acesso à árvore da vida e também entrará cidade pelas portas, ou seja, entrará nela de forma legítima!

O que Adan perdeu Ieshua já nos devolveu, pois hoje já temos acesso à toda esta riqueza através d´Ele e também da obediência à Sua Palavra!

Que p Eterno faça cumprir seu desejo em nossas vidas em nome de Ieshua!

Mário Moreno

Copyright © 2010 Shemaysrael.com. Todos os direitos reservados