domingo, 5 de julho de 2009

Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?‏


Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?

Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:


1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.


2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:

• Jesus ressuscitou (Jo 20.1)

• Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)

• Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)

• O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.

• Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).

• Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).

• Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).


3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.


4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro.

Para um estudo mais detalhado do assunto, sugerimos o livro de J. K. VanBaalen – O Caos das Seitas.

O Quarto Mandamento

Introdução

Encontramos o Quarto Mandamento em Êxodo 20:8-11. A palavra !sábado? significa !descanso? ou ?cessação?. Note como este mandamento se encaixa na primeira parte da lei:

Primeiro Mandamento ! Quem adoramos

Segundo Mandamento ! Como adoramos

Terceiro Mandamento ! Reverência e realidade na adoração

Quarto Mandamento ! Dia de adoração

O Quarto Mandamento é o único que os evangélicos largamente diferem na sua interpretação.

O Sábado Judaico
O Sábado era um sinal da aliança entre Deus e Israel (Êxodo 31:12-16). No sétimo dia Israel devia se abster do trabalho ordinário, carregar qualquer coisa, viagens longas, acender fogo, juntar lenha ou maná e negociar (Êxodo 35:3, 16:22-26, Neemias 13:15-22). Somente casos que envolvessem exigência, misericórdia, ou piedade eram permitidos (Mateus 12:1-13, Números 28:9-10, Levítico 24:5-8). Israel devia se regozijar neste dia (Isaías 58:13-14), mas haveria julgamento se o Sábado fosse quebrado (Êxodo 31:14, Números 15:32-36). O abuso do Sábado por parte de Israel era um tema comum dos profetas.

I. O Dia do Senhor
Os primeiros santos começaram a dedicar o primeiro dia da semana para adoração após a ressurreição de Cristo. Isto foi, é claro, uma alteração definitiva da prática da Velha Aliança. Isto ficou evidenciado da seguinte maneira:

A. O Exemplo Apostólico

O Novo Testamento ensina tanto pelo preceito quanto pelo exemplo. Jesus Cristo e Seus apóstolos abriram um precedente claro quanto a observância do primeiro dia da semana. Veja os seguintes versículos:

· Mateus 28:1

· João 20:19 e 26

· Atos 20:6-7

· I Coríntios 16:1-2

· Atos 2:1-47 (O dia de Pentecostes ocorreu no domingo)



B. Testemunho Histórico

Philip Schaff, na sua famosa obra sobre A História da Igreja (volume 2, página 201), escreve:

A celebração do dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo data, sem dúvida, da era apostólica. Não há nada fora do precedente apostólico que aponte para a observância universal nas igrejas do segundo século. Não há nenhuma voz contrária a isto.

C. O Dia do Senhor

Historicamente falando, houve um grande consenso em interpretar Apocalipse 1:10 como uma referência ao primeiro dia da semana.

II. Uma Questão Difícil

Tendo brevemente visto o dia de adoração tanto no Velho quanto no Novo Testamento, agora estamos prontos a considerar o ponto de discórdia. Qual a relação existente entre o Sábado e o Dia do Senhor? Alguns acreditam que o Sábado passou a ser o primeiro dia da semana, sendo assim o domingo agora é o !Sábado Cristão?. Outros crêem que o Sábado foi abolido no Calvário e que o Dia do Senhor não tem nenhuma relação com o mesmo.

Esta questão realmente envolve a natureza do Quarto Mandamento. Ele fazia parte da imutável lei moral ou era apenas de natureza cerimonial e positiva? A lei moral são mandamentos que refletem a natureza de Deus e a imutável distinção entre o certo e o errado (compare Êxodo 20:16 com Tito 1:2). A lei positiva, por outro lado, são mandamentos de Deus que podem ser ab-rogados por Deus quando Seus propósitos são cumpridos. Os sacrifícios levíticos ou o batismo e a Ceia do Senhor são exemplos da lei positiva. Vamos ver agora os dois lados deste debate sobre o Sábado.

A. Argumentos usados para provar que o Sábado era somente de Natureza Positiva

1. Dizem que o Sábado é um sinal da aliança com Israel, portanto é estritamente de natureza da Velha Aliança.

2. O Quarto Mandamento é o único que não foi reafirmado após o Calvário e faz parte da Lei cerimonial. Nenhum cristão do Novo Testamento foi repreendido por quebrar o Sábado. O domingo nunca foi chamado de o Sábado.

3. Nenhum cristão deve ser julgado pela observância do Sábado (Romanos 14:5-8). Neste mesmo tópico, Colossenses 2:16-17 cobre todo sistema da Velha Aliança quanto aos Sábados e os dias santos.

4. Se o Sábado tivesse sido mudado o livro de Atos e as epístolas relatariam a discussão a respeito disso. Certamente os Judeus convertidos teriam debatido a esse respeito. Não há nenhuma relato a este respeito.

5. As igrejas apostólicas se baseavam na ressurreição de Cristo para a observância do domingo. Eles nunca ligaram ou se referiram a este dia como sendo o Sábado.

B. Argumentos usados para afirmar que o Quarto Mandamento era parte da Lei Moral

Antes de prosseguirmos, devemos entender que mesmo aqueles que interpretam o domingo como sendo o !Sábado Cristão? reconhecem que o Quarto Mandamento contém algo de natureza positiva, de outro modo, não teria sido mudado de forma alguma. Eles entendem que aquilo que envolve o sétimo dia ou as leis referentes a nação de Israel eram de natureza temporária. Tendo dito isto, prossigamos com as provas apresentadas para provar a natureza moral do Quarto Mandamento.

1. A instituição do Sábado remonta a época da criação. O princípio moral foi incorporado a Velha Aliança, mas não teve o sei início ali (Gênesis 2:1-3, Êxodo 20:11). Isto fica mais evidenciado pelo fato do homem sempre contar o tempo usando a semana de sete dias. Diferente do dia de vinte e quatro horas, baseado na rotação da terra, a semana de sete dias não tem base na natureza. O Sábado é uma ordenança da Criação e reflete a vontade de Deus para que o homem separe um dia, em sete, para descanso, reflexão e adoração.

2. Todos dez Mandamentos foram escritos em pedra e refletem o caráter da natureza santa de Deus e Sua vontade para o homem. Por que uma lei de natureza meramente positiva seria colocada entre eles?

3. Cristo deixou claro que o Sábado foi introduzido para o benefício do homem (Marcos 2:27, Êxodo 20:8-11). Desde que o homem tem esta necessidade, certamente a lei deve permanecer a fim de supri-la.

4. Sob o regime da Nova Aliança, os cristãos separaram um dia entre os sete para adoração de Deus. Isto não revela a base do princípio do Sábado?

5. Deus não revelou muitas vezes Sua vontade pelo exemplo apostólico? Isto não se aplicaria também a mudança do Sábado?

III. Conclusão

Notamos as provas aparentemente contrárias usadas neste debate. Infelizmente, nem sempre é fácil conciliar completamente as várias nuances da verdade revelada nas escrituras. Vamos encerrar com algumas observações que podem ser úteis.

A. O Quarto Mandamento é claramente único no sentido de possuir, no mínimo, elementos da lei positiva. É daí que surgem as dificuldades dos homens interpretá-lo.

B. Vamos exercitar o amor com aqueles que divergem de nós nas questões difíceis.

C. Devemos tomar cuidado em evitar posições extremas que não estão baseadas no conhecimento completo das escrituras sobre o mesmo. Por exemplo: Por haver fortes evidências dos elementos da natureza da lei moral do Quarto Mandamento, seria fácil cairmos no legalismo não compatível com o relato do Novo Testamento.

D. Mesmo que o debate sobre terminologia não tenha um final em nossa época, não é claro o nosso dever? O domingo é o Dia do Senhor e deve ser observado em conformidade com o exemplo apostólico.

Autor: Pr Ron Crisp

Sábado ou domingo?
Pr. Airton Evangelista da Costa



Amados,

Vejo que as discussões em torno do sábado/domingo chegaram à exaustão. Os argumentos se tornaram repetitivos de lado a lado. Ninguém convenceu ninguém. Nessa fase, há uma tendência para o ataque pessoal, em que a emoção passa a ter domínio e o verdadeiro cristão começa a diminuir-se.

Como já registrei aqui, e volto a fazê-lo, há 50 anos próceres adventistas, ao admitirem que os "domingueiros" não estavam em pecado, concluíram que qualquer dia da semana poderia ser guardado. Vejam na matéria a seguir que o Dr. Walter Martin não entrevistou gente miúda, pequenos adventistas, homens comuns da crença. Entrevistou "conceituadíssimos líderes". O livro com essas entrevistas foi exaustivamente revisado por "250 líderes adventistas". Vejam bem, a palavra vem da cúpula adventista, de homens que exercem ou exerciam liderança no seio dessa religião.

Houve realmente um consenso em torno dessa questão. Se há adventistas radicais que discordam dessa importante decisão, precisam primeiramente explicar por que, onde e como aqueles próceres erraram. Ao admitir que os domingueiros não estão em pecado, admitiram, também, que os adventistas poderiam guardar o domingo. Num e noutro caso não haveria pecado. Com isso não desejo dizer que devemos seguir sempre o que diz esse grupo religioso. O padrão para nossa vida é a Bíblia Sagrada.

O foco da discussão deveria ser dirigido nessa direção. Por que esses proeminentes adventistas cederam? O que realmente aconteceu no seio adventista? Qual o pensamento predominante no adventismo brasileiro? Vejamos a matéria.


Extraída do Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, de George A. Mather & Larry A. Nichols, Vida, 2000, pg.194:

“Entre 1955 e 56, Dr. Walter Martin, um dos grandes apologistas da fé cristã em nossos dias e fundador do Christian Research Institute, EUA, entrevistou conceituadíssimos líderes adventistas em sua associação Geral (o órgão máximo do grupo), naquela época localizada em Takoma Park, Maryland, EUA. O resultado final da entrevista deu origem ao livro Seventh-day adventists answer questions on doctrine (Adventistas do sétimo dia respondem perguntas sobre doutrina), lançado em 1957 pela editora adventista Review and Harald Publishing Association. Antes de ser publicado, o manuscrito de 720 páginas foi revisado por 250 líderes adventistas. Foi destacado o seguinte”:

1. Sabatismo: a guarda do sábado não propicia salvação; o cristão que observa o domingo não está em pecado; não é cúmplice do papado.

2. Ellen G. White: seus escritos não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia; não são de valor universal, mas restritos à IASD.

3. Santíssimo: Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascensão, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica.

"Houve, contudo, sérias controvérsias no seio da IASD devido ao livro, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o remanescente, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advogava os conceitos expressos no Questions on doctrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Muitos desses, porém, por pressões internas, deixaram a IASD. Diante de tudo o que foi dito acima, concluiu-se que o adventismo com o qual o Dr. Walter Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil, pois rompeu com tudo aquilo abordado no Questions on Doctrine. Entretanto, não se pode negar que há dentro da IASD aqueles que almejam o retorno às formulações esboçadas e defendidas no Questions on Doctrine".

Pr Airton

Sábado ou domingo?

Pergunta: Um adventista do sétimo dia diz que a Igreja Católica mudou o dia de louvor do sétimo ao primeiro dia e mostra citações de livros católicos para provar. Você pode comentar isso?

Resposta: O Catecismo de Baltimore, pergunta 235, diz em parte, "A Igreja primitiva mudou o dia de louvor de sábado para domingo pela autoridade dada à ela por Cristo. O Novo Testamento não faz menção especifica dos apóstolos mudarem o dia de louvor, mas conhecemos o fato através da tradição."

Para entender isso é preciso perceber que o catolicismo ensina que Cristo fundou a igreja para levar a verdade aos homens; que aquela igreja está sob a autoridade do Papa e dos bispos em comunhão com ele; que os apóstolos foram os primeiros bispos e que o Novo Testamento é um produto da igreja citada. No seu modo de pensar, qualquer citação no Novo Testamento de louvor no primeiro dia (como em Atos 20:7) é prova de que a Igreja Católica mudou o dia de louvor. Um adventista que cita tal “autoridade” está dando crédito não merecido ao catolicismo.

O imperador Constantino, em 312 d.C., alegou ter visto uma cruz em chamas nos céus e sua “conversão” é desta data. Depois ele deu sanção legal oficial ao “cristianismo”e algumas de suas práticas. Isso não é criar o cristianismo nem as práticas. Louvor no primeiro dia, assim como o cristianismo, existia muito antes da “conversão” duvidosa de Constantino. Os católicos não colocam a mudança numa data tão tarde, mas olham de volta para os mesmos registros que nós usamos (Atos 20:7, 1 Coríntios 16:2) como prova da mudança. Por exemplo, se um adventista do sétimo dia ganhasse as eleições presidenciais e conseguisse apoio suficiente no congresso para fazer leis sobre o sábado – apagando o domingo como feriado legal – os adventistas diriam que este presidente originou o sétimo dia como dia de louvor? É claro que não – nem foi o catolicismo do quarto século que originou domingo como um dia de louvor.

Inácio (30 a 107 d.C.) em sua carta aos magnesianos (capítulo 9) escreveu sobre guardar o sábado, mas não da maneira judaica. A epístola mais curta lê-se, “não mais observando o sábado, mas vivendo na comemoração do Dia do Senhor." A versão mais longa acrescenta, “o dia da ressurreição ... o oitavo dia.” Isso foi 200 anos antes de Constantino.

Justino, o Mártir (114 a 165 d.C.), em sua primeira Apologia (capítulo 67), diz, “Mas domingo é o dia no qual iremos ter nossa reunião comum, porque foi no primeiro dia que Deus, tendo feito uma mudança na escuridão e na matéria, fez o mundo; e Jesus Cristo nosso Salvador, no mesmo dia, ressuscitou dos mortos.” Isso foi aproximadamente 150 anos antes de Constantino.

A esses podem ser acrescentados escritos seculares e religiosos que tornam ridículas as alegações dos adventistas. Lembre-se, nós usamos o Novo Testamento para nossa autoridade a respeito do primeiro dia, mas citamos a história secular para desmentir uma alegação histórica falsa. O adventista que cita fontes católicas aceitará aquelas mesmas fontes para outras alegações da igreja católica romana? Se não, por que não?

–por Robert F. Turner

O Quarto Mandamento

por

Solano Portela





O dia de descanso foi instituído por Deus e não pelo homem. O mandamento tem grande importância na Palavra de Deus. Bênçãos ocorreram, por sua guarda, e castigos severos, por sua quebra. Isso deveria provocar a nossa reflexão sobre a aplicação dos princípios bíblicos relacionados com o quarto mandamento nos dias atuais, discernindo, em paralelo, a mudança para o domingo, na era cristã. O povo de Deus sempre foi muito rebelde e desobediente com relação a essa determinação, e necessita convencimento da importância do mandamento, bem como entendimento da visão neo-testamentária, para a conseqüente modificação do seu comportamento atual.

O quarto mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Dt 5.12-15). Os israelitas foram levados em cativeiro (Jr 17.19-27) por haver repetidamente desrespeitado este mandamento.

Gostaríamos de examinar as bases desse conceito de descanso e santificação e de ir até o Novo Testamento verificar como os cristãos primitivos guardavam o dia do Senhor.

Não podemos, simplesmente, ignorar esse mandamento. Como povo resgatado por Deus, temos a responsabilidade de discernir como aplicar essa diretriz divina nas nossas vidas e nas de nossas famílias. Por outro lado, nessa procura, não devemos buscar tais diretrizes nos detalhamentos das leis religiosas ou civis de Israel, que dizem respeito ao sábado. Essas leis eram temporais. Ao estudar o sábado, muitos têm se confundido com os preceitos da lei cerimonial e judicial e terminado com uma série de preceitos contemporâneos que se constituem apenas em um legalismo anacrônico, destrutivo e ditatorial. Devemos estudar este mandamento procurando discernir os princípios da lei moral de Deus. Com esse objetivo em mente, vamos realizar nosso estudo com a oração de que Deus seja glorificado em nossa vida e por nosso testemunho.


1. Um dia de descanso

Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – "Lembra-te do dia de sábado para o santificar...". A palavra que foi traduzida "sábado", é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como "... lembra-te do dia de descanso para o santificar".

Esse "dia de descanso" era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso "sábado". No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso "dia de descanso". Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). A igreja fiel tem entendido a questão da mesma maneira, ou seja: não é a especificação "do sétimo", que está envolvida no mandamento, mas o princípio do descanso e santificação.

Já enfatizamos que essa questão de um dia especial de descanso, de parada de nossas atividades diárias, de santificação ao Senhor, foi considerada tão importante por Deus que ele decidiu registrar esse requerimento em sua lei moral, nos dez mandamentos. Com certeza já ouvimos alguém dizer: "...não existe um dia especial, pois todo o dia é dia do Senhor...". Essa afirmação é, num certo sentido, verdadeira – tudo é do Senhor. Mas sempre tudo foi do Senhor, desde a criação e mesmo tudo sendo dele, ele definiu designar um dia separado e santificado. Dizer que todos os dias são do Senhor, como argumento para não separar um dia especial e específico, pode parecer um argumento piedoso e religioso, mas não esclarece a questão nem auxilia a Igreja de Cristo na aplicação contemporânea do mandamento. Na realidade, isso confunde bastante os crentes e transforma o quarto mandamento, que é uma proposição clara e objetiva e que integra a Lei Moral de Deus, em um conceito nebuloso e subjetivo, dependente da interpretação individual de cada pessoa.

Não devemos procurar modificar e "melhorar" aquilo que o próprio Deus especifica para o nosso benefício e crescimento. Deus coloca objetivamente – da mesma forma que ele nos indica a sua pessoa como o objeto correto de adoração; da mesma forma que ele nos leva a honrar os nossos pais; da mesma forma que ele nos ensina o erro de roubar, o erro de matar, o erro de adulterar – que é seu desejo que venhamos a separar para ele um dia específico, dos demais (Is 58.3).


2. Um dia santificado

Devemos notar que o requerimento é que nós nos lembremos do dia de descanso, para o santificarmos. Santificar significa separar para um fim específico. Isso quer dizer que além do descanso e parada de nossa rotina diária, Deus quer a dedicação desse dia para si. Nessa separação, o envolvimento de nossas pessoas em atividades de adoração, ensino e aprendizado da Palavra de Deus, é legítimo e desejável. A freqüência aos trabalhos da igreja e às atividades de culto, nesse dia, não é uma questão opcional, mas obrigatória aos servos de Deus. O Salmo 92, que é de adoração a Deus, tem o título em hebraico – "para o dia de descanso".


3. Uma instituição permanente

Uma expressão, do quarto mandamento, nos chama a atenção. É que ele inicia com "Lembra-te...". Isso significa que a questão do dia de descanso transcende a lei mosaica, isto é: a instituição estava em evidência antes da lei de Moisés. Semelhantemente, estando enraizado na lei moral, permanece, como princípio, na Nova Aliança. Vemos isso, por exemplo, no incidente bíblico da dádiva do Maná. Deus requerendo o descanso e cessação de trabalho durante a peregrinação no deserto, quando ele alimentava o seu povo com o Maná, antes da dádiva dos dez mandamentos. Estes seriam recebidos somente por Moisés no monte Sinai (veja, especificamente, Ex 16.29, 30).


4. Paulo faz um culto de louvor e adoração, no domingo, em Trôade

Paulo nos deixou, além das prescrições de suas cartas, um exemplo pessoal – reuniu-se com os crentes no domingo (At 20.6-12), na cidade de Trôade, na Ásia Menor. O versículo 6 diz que a permanência, naquele lugar, foi de apenas uma semana. Lucas, o narrador que estava com Paulo, registra, no v. 7: "... no primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão...". Ele nos deixa a nítida impressão de que aquela reunião não era esporádica, aleatória, mas sim a prática sistemática dos cristãos – reunião periódica no primeiro dia da semana, conjugada com a observância da santa ceia do Senhor. Estamos há apenas 15 a 20 anos da morte de Cristo, mas a guarda do domingo já estava enraizada no cristianismo.

Paulo pronunciou um longo discurso, naquela noite. À meia noite, um jovem, vencido pelo cansaço, adormece e cai de uma janela do terceiro andar, vindo a falecer (v. 9). Deus opera um milagre através de Paulo e o jovem volta à vida (v. 10). Paulo continuou pregando, naquele local até o alvorecer (v. 11).


5. O entendimento da Reforma sobre o dia de descanso

A Confissão de Fé de Westminster captura o entendimento da teologia reformada sobre o dia de descanso ordenado por Deus. Nela não encontramos desprezo pelas diretrizes divinas, nem uma visão diluída da lei de Deus, mas um intenso desejo de aplicar as diretrizes divinas às nossas situações. O quarto mandamento tem uma consideração semelhante aos demais registrados em Ex 20, todos aplicáveis aos nossos dias. Nas seções VII e VIII, do capítulo 21, sob o título – "Do Culto Religioso e do Domingo" lemos o seguinte:

Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também, em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último dia da semana; e desde a ressurreição de Cristo já foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado de domingo, ou Dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.

Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.


6. O Quarto Mandamento Hoje – Qual o nosso conceito do domingo?

É necessário que tenhamos a convicção de que o chamado à adoração, o desejo de estar cultuando ao Senhor, e o descansar de nossas atividades diárias, por intermédio de um envolvimento com as atividades da igreja, encontra base e respaldo bíblico. É mais do que uma questão de costumes, do que uma posição opcional. É algo tão importante que faz parte da lei moral de Deus.

Normalmente nos perdemos em discussões inúteis sobre detalhes, procurando prescrever a outros uma postura de guarda do quarto mandamento conforme nossas convicções, ou falta delas. Assumimos uma atitude condenatória, procurando impor regras detalhadas e, muitas vezes, seguindo restrições da lei cerimonial, em vez do espírito da lei moral. Antes de nos perdermos no debate dos detalhes, estamos nos aprofundando no princípio? Temos a postura de tornar realmente o domingo um dia diferente, santificado, dedicado ao Senhor e à nossa restauração física?



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Apêndice: Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?

Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:

1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.

2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:

• Jesus ressuscitou (Jo 20.1)
• Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)
• Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)
• O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.
• Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).
• Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).
• Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).

3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.

4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro.

Para um estudo mais detalhado do assunto, sugerimos o livro de J. K. VanBaalen, O Caos das Seitas.

A síntese das seitas judaicas


A síntese das seitas judaicas Parte I

1-Os Fariseus e suas crenças

O farisaísmo era uma seita judaica que surgiu por volta do ano 150 a.C. Eles formavam a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que começaram a funcionar, quando o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam este nome porque eles se separaram de todos os outros Judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e o exato cumprimento de deveres religiosos: mas sua separação, consistia principalmente em certas distinções a respeito dos alimentos e de atos cerimoniais e rituais.

A vida religiosidade dos Fariseus era mais exterior do que profundeza de religião

(Mt 23:25-28Mc 2:16). Não tardou muito para que os Fariseus obtivessem reputação e poder entre o povo; que ganhou um provérbio sobre eles que dizia: “se duas pessoa entrassem no Céu uma seria Fariseu”. A seita farisaica foi a única que sobreviveu depois da destruição do Estado Judeu (Lc 17:19)

A sua doutrina vem de sua literatura: o Talmude como única obra de sua literatura farisaica.

As suas principais doutrinas são as seguintes:

A) A lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, e tinha autoridade igual a da lei escrita.

B) O jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente para expiação do pecado.

C) proteger-se da ação dos pensamentos pecaminosos. Pois segundo eles os pensamentos e desejos pecaminosos não eram pecados a não ser que colocasse em ação.

D) O farisaísmo não reconheciam que a alma é imortal e que aguardavam futuros castigos ou futuras recompensas.

E) Eles acreditavam na predestinação da salvação baseado na presciência divina mas baseado no esforço e por merecimento, sem uma progressão; salvo, salvo para sempre.

F) Eles acreditavam em anjos bons e maus, e na ressurreição dos mortos.

G) Acreditavam que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com sua mulher.

H) Acreditavam que as vestes e seus adereços como: filacterios, pedaços de pergaminhos com textos escritos, segundo eles era uma forma de mostrar sua santidade (Mt 23:5) e se destacar diferentemente dos outros com muita particularidade

E por ultimo os Fariseus acreditavam que cumprindo e observando todas estas leis um homem podia não somente obter a sua justificação diante de Deus, mas realizar, também, realizar meritórias obras supererrogação.


Os fariseus formavam um grupo ativo, numeroso e influente na Palestina desde o século II a.C.. O termo Fariseu provavelmente significa, em hebreu, separado e se refere à observância rígida das leis e tradições por parte dos membros do grupo (Lc. 18:10-12). Seus líderes eram chamados de rabinos ou professores, tal como Gamaliel, já que se dedicavam a estudar e comentar as escrituras (Atos 5:34; 22:3).

Os Fariseus aderiram e defendiam a observância rígida do sábado sagrado, dos rituais de pureza, do dízimo, das restrições alimentares, baseando-se nas Escrituras hebraicas e em tradições orais mais recentes (Mc. 7:1-13; Mt. 15:1-20). Opunham-se à romanização e à helenização. Seus maiores rivais políticos e religiosos foram, durante muito tempo, os Saduceus, principalmente devido à postura pró-roma deste grupo. Esta rivalidade, contudo, não os impedia de unirem-se em alguns momentos em que os objetivos faziam-se comuns.

Em sua maioria, os fariseus eram leigos, ainda que entre eles fossem encontrados alguns levitas e membros do Sinédrio (Atos 5:34). Consideravam-se sucessores de Esdras e dos primeiros escribas. Eram os freqüentadores das sinagogas e buscavam divulgar a interpretação da Lei escrita e oral.

Em contraste com os Saduceus (Mc.12:18-27), os Fariseus acreditavam na ressurreição dos mortos, no livre arbítrio do homem, na onipresença de Deus, no papel da Lei como um freio para os impulsos negativos dos homens (Atos 23:1-8). Os Evangelhos os retratam como os principais oponentes de Jesus (Mc. 8:11; 10:2) e que teriam conspirado junto com os herodianos para matá-lo (Mc. 3:6). Por outro lado, Jesus dirige algumas críticas severas contra a hipocrisia e cegueira dos Fariseus (Mt. 23; Jo. 9). Contudo, em termos teológicos, cristãos e fariseus concordavam em alguns aspectos, o que explica o grande número de fariseus que acabaram por tornarem-se cristãos (Atos 15:5). Paulo, antes de converter-se ao cristianismo, era um fariseu (Fil. 3:5; Atos 23:6; 26:5).

Mesmo após a Guerra Judaica, os fariseus permaneceram ativos. Como, dentre as seitas de então, não foi eliminado, passou a dirigir o Judaísmo e a rivalizar com os cristãos.

2-Os Sadeceus e suas crenças-politicas-religiosas

Os Saduceus eram mais um partido aristocrático judaico, e é pouco mencionado nas Escrituras, em apenas tres vezes nos Sinóticos, e teve um importante papel que desenvolveram na História religiosa daquele tempo.
Eles eram uma organização que surgiu após o exílio. Eles conseguiram se organizar com um objetivo misto político-religioso. Durante mais de um século, antes do nascimento de Cristo eles se constituíam um importante partido Nacional. Supostamente grande parte dos Sumos Sacerdotes que eram Saduceus ou viviam em uma grande sintonia com o poder eclesiástico judaico.

O ensinamento de Jesus para os Sadeceus era um ataque a sua posição, e não é de se admirar, que eles ficassem indignados quando Jesus purificou o Templo (Mt 21:12) o forte desejo de eles suprimir Jesus era igual a dos Fariseus (Lc 19:47) eles sempre procuravam sempre criar dificuldade a vida de Jesus, fazendo-lhe perguntas astutas (Mt 22:23) Jesus vendo sua presunção logo lhes censurou, dizendo aos discípulos que se guardassem dos fermentos dos Saduceus que eles eram iguais tanto quanto os Fariseus (MT 16:6) depois da morte de Jesus eles se uniram com os Saduceus para perseguirem a Igreja e aos Apóstolos (At 4:1 5:17).

Os Saduceus e sua crença

1-Acreditavam que a religião podia conviver junto com política

2-Eles não acreditavam na ressurreição e nem na existencia de anjos

3-Acreditavam eles que quanto à imortalidade da alma, ela morria junto com o corpo.
A seita dos saduceus nunca foram à grande quantidade, por sua filosofia ir de encontro aos ensinos das leis de Israel; isto explica sua impopularidade. Segundo Flávio Josefo eles se tornaram magistrados e então tiveram que aceitar as noções dos Fariseus. Sua extinção deu-se por ocasião da destruição de Jerusalém nos anos setenta d.C. Embora os saduceus ocupassem a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que a maior parte do tempo eles tinham que concordar com as idéias da minoria farisaica, já que os fariseus eram os mais populares com o povo.


2-Os Sadeceus e suas crenças-politicas-religiosas


Os Herodianos constituíam um partido-Social-Politco-Religioso que visava o favorecimento da autoridade dos Herodianos, sob o governo de Roma. Os seus membros mostravam forte hostilidade para com Jesus Cristo, em diversas ocasiões (Mt 22:16 Mc 3:6 12:13) Nestas questões eram partidários dos Fariseus e dos Saduceus. A visão desta liga Herodiana era fazer um julgamento necessário, quanto ao perigo comum e a fundação dum novo império Judaico independente do governo de Roma e governado pelos Herodes.

A transição deste império seria começando com Esta independente e uma vez fortalecido, por meio de alianças, se tornariam fortes o bastante para sacudir o poder de Roma e mudar o jogo, até chegar a Império. Supostamente a primeira tentativa foi aconselhada por Herodias mulher de Herodes Amtipas, tetrarca da Galileia que aconselhou seu marido ir a Roma, a fim de alcançar o titulo de rei, mas o resultado foi sua desgraça sendo-lhe recusado o titulo Real, e foi degredado e desterrado para Seom; junto com sua mulher Herodias; aquela ambiciosa e iníqua mulher. Este Acontecimento tudo indica que foi um castigo divino por eles terem mandado matar a João Batista.

Os herodianos formaram a facção que apoiou a política e o governo da família dos Herodianos, especialmente durante o reinado de Herodes Antipas, que governou a Galiléia e Peréia durante as vidas de João Batista e de Jesus.

No Novo Testamento são mencionados só duas vezes em Marcos e uma vez em Mateus. Em Marcos 3:6, como já assinalei, eles conspiram juntos com os Fariseus para matar Jesus, quando este iniciava o seu ministério na Galiléia. Em Marcos 12:13-17 e Mateus 22:16 eles figuram, novamente unidos a alguns Fariseus, tentando apanhar Jesus com uma pergunta sobre o pagamento de impostos ao César. Alguns autores acreditam que as referências neotestamentárias aos amigos e funcionários do tribunal de Herodes também estão relacionadas aos herodianos (Mc. 6:21, 26; Mt. 14:1-12; 23:7-12). Esta seita desapareceu com o efetivo domínio romano na região da palestina.

Os Zelotes e seu comportamento Radical

Zelotes eram grupo de judeus radicalizados em sua oposição a Roma que dominava o povo de Deus.
Foram os principais animadores que conduziram o povo ao levante contra os romanos, o que provocou utópica a Guerra judia (anos 66-70), que terminou com a destruição de Jerusalém e do templo por obra de Tito Flávio. Nos evangelhos eles não são nomeados, embora a um dos doze, Simão, seja dado o apelido de Zelotes (cf. Lc 6,15).
Zelotes ou “fervorosos”. Este movimento unia o fervor religioso com o compromisso social.
Segundo eles, os sacerdotes e os demais líderes religiosos estavam preocupados demais com o poder e não faziam nada para libertar a terra prometida da dominação dos romanos.
Os zelotes defendiam a guerra santa e pretendiam alcançar a libertação da Palestina através da violência. A luta deles visava combater os impostos que esmagavam o povo, a idolatria do Imperador romano que exigia ser adorado como um Deus, e a má distribuição da terra. A terra, na opinião do movimento, era propriedade de Javé e os romanos não tinham o direito de ocupá-la e exigir imposto dos camponeses.
Apesar de lutar pela justiça, e contra as injustiças sociais, os zelotes também tinham um forte preconceito em relação aos pobres. Como os fariseus e os saduceus, achavam que os pobres não tinham condições de seguir a Lei e que não eram úteis na luta de libertação.
Os saduceus eram os “ritualistas”, os fariseus os “legalistas” e os zelotes os “revolucionários”. Embora o movimento de Jesus questionasse a proposta religiosa destes três movimentos, ainda hoje, na nossa Igreja, existem pessoas que vivem a fé em Cristo como os saduceus: freqüentando, mas desinteressando-se totalmente com a miséria e o sofrimento dos “pequeninos” de Deus; como os fariseus: respeitando todas as Leis da Igreja, mas separados do povo e cheios de preconceitos em relação aos pobres e aos fiéis de outras religiões ou Igrejas; como os zelotes: idealizando a violência e desvalorizando a cultura e a religiosidade popular.
Os zelotes eram um grupo religioso com marcado caráter militarista e revolucionário que se organizou no I século d.C. opondo-se a ocupação romana de Israel. Também foram conhecidos como sicários, devido ao punhal que levavam escondido e com o qual atacavam aos inimigos.
Seus adeptos provinham das camadas mais pobres da sociedade. A princípio, foram confundidos com ladrões. Atuaram primeiro na Galiléia, mas durante a Guerra Judaica tiveram um papel ativo na Judéia.
Os zelotes se recusavam a reconhecer o domínio romano. Respeitavam o Templo e a Lei. Opunham-se ao helenismo. Professavam um messianismo radical e só acreditavam em um governo teocrático, ocupado por judeus. Viam na luta armada o único caminho para enfrentar aos inimigos e acelerar a instauração do Reino de Deus.
Um de discípulos de Jesus é chamado de Simão, o Zelote em Lucas 6:15 e Atos 1:13. Alguns autores apontam que ele poderia ter pertencido a um grupo revolucionário antes de se unir a Jesus, mas o sentido mais provável era de “zeloso” na sua acepção mais antiga.

O escriba profissional era uma importante figura nos vários aspectos da administração do antigo Egito — civil militar e religioso.
A maioria dos egípcios não sabia ler e escrever e quando uma pessoa iletrada precisava redigir ou ler um documento, via-se obrigada a pagar o serviço de um escriba. Cerca de 12 anos eram necessários para que alguém estivesse em condições de ler e escrever os cerca de 700 hieróglifos que eram comumente usados no decorrer do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) e os estudos podiam começar aos quatro anos de idade. Muitos exercícios escolares antigos sobreviveram em seu inteiro teor, com correções dos professores, e são geralmente cópias dos clássicos egípcios. Como o papiro era um material caro, os aprendizes praticavam em pedaços planos de pedra calcária, cerâmica, ou madeira emplastrada.

1 a. – Definir e aperfeiçoar os princípios legais decorrentes da Torah, a Lei Escrita.
A lei mosaica, como toda lei escrita, requeria, em muitos casos, uma interpretação, para ser aplicada com mais justiça. Os escribas e doutores da Lei examinavam os casos concretos e aplicavam as determinações da Torah procurando harmonizá-las aos costumes, à realidade concreta de cada caso, e à jurisprudência que, aos poucos, se formou. Disto tudo nasceu um intrincado sistema legal casuístico, que, a princípio, foi transmitido apenas oralmente, e que, por seu crescimento cada vez maior, exigiu, afinal, ser redigido.

2a. – A segunda missão que os escribas se arrogavam era a de ensinar não apenas a Lei escrita, mas também, e principalmente a jurisprudência casuística que eles haviam elaborado e que tomou o nome de Torah Oral ou “Tradição dos Antigos”, ou dos “Sábios”.
Enquanto a Lei Oral não foi codificada e redigida, o método utilizado pelos escribas para transmiti-la foi a memorização e a repetição. Repetir e ensinar são palavras equivalentes na linguagem rabínica. Os discípulos dos mestres (Rabis) tinham a obrigação de decorar a Torah Oral, assim como as soluções legais adotadas pelos Antigos, sem nada alterar do que fora recebido. O discípulo, por isso, era obrigado a expressar-se usando sempre as mesmas palavras de seu mestre. Desse ensino mnemônico e repetitivo é que proveio a palavra Mishnah, que significa repetição. Os mandamentos dessa Tradição Oral dos antigos eram chamados os Mishnaioth.

3 a. – A terceira missão que os escribas e doutores da Lei se impuseram e assumiram foi a administração da justiça pela aplicação escrupulosíssima dos Mishnaioth.
Cada mestre dava uma interpretação da Lei. As várias interpretações eram cotejadas, preponderando a interpretação da maioria ou a dos mestres de maior autoridade. O esforço mnemônico foi se tornando imenso e, por fim, impraticável. Cada mestre ou doutor começou a fazer anotações que, afinal, tiveram que ser codificadas. Foi a codificação da tradição legalista dos vários escribas, doutores da Lei, isto é, dos grandes Rabinos que se chamou de Mishnah. O sentido literal da palavra Mishnah é doutrina ou tradição, segundo explica, descentes de Zadok, dos quais eles próprios se viam como descendentes.


Os essênios formavam um grupo minoritário que estava organizado como uma comunidade monástica em Qumram, área localizada perto do Mar Morto, desde o século II a.C. até o século I d.C, quando em 68 foram eliminados pelos romanos durante a Guerra Judaica. Alguns crêem que o nome essênios deriva do grego hosios, santo, ou isos, igual, ou ainda do hebraico hasidim, piedoso.

Ou seja, não há consenso. Sua origem pode estar associada à era macabéia, quando um grupo, liderado por um sacerdote, teria fundado a comunidade. Eles rejeitaram a validez da adoração noi Templo, e assim recusavam-se a assistir os festivais ou apoiar o Templo de Jerusalém. Eles consideraram os sacerdotes de Jerusalém ilegítimos, desde que não fossem Zadokites, ou seja

Eles viviam em regime comunitário com exigências rígidas, regras, e rituais. Provavelmente também praticavam o celibato. Esperaram que Deus enviasse um grande profeta e dois Messias diferentes, um rei e um sacerdote. O objetivo dos essênios era manterem-se puros e observar a lei. Praticavam um culto espiritualizado e sem sacrifícios e possuíam uma teologia de caráter escatológico. Dentre os ritos observados, estava a prática do batismo por imersão periódico, como forma de purificação.

Eles interpretavam a Lei de forma literal e produziram diversos textos que foram considerados, posteriormente, apócrifos, como a Regra da Comunidade.
Os essênios não são mencionados no Novo Testamento. Contudo, alguns estudiosos pensam que João Batista e o próprio Jesus estavam associados a este grupo, mas uma conexão direta é improvável.

Para os historiadores, os essênios seriam até hoje uma nota de rodapé na História se, em 1947, dois pastores beduínos não tivessem por acidente levado a uma das maiores descobertas arqueológicas do século. Escondidos em cavernas próximas ao Mar Morto, em Israel, 813 manuscritos redigidos pelos essênios a partir de 225 a.C.
O ano 68 da nossa era guardava as mais antigas cópias do Antigo Testamento, calendários e textos da Bíblia. Perto das cavernas, em Qumran, estavam às ruínas de um monastério essênio e um cemitério com cerca de 1200 esqueletos, quase todos masculinos.

O surgimento da doutrina essênia aconteceu em tempos conturbados. Os judeus viveram sob dominação de diversos povos estrangeiros desde 587 a.C., quando Jerusalém foi devastada pelos babilônios, habitantes da atual região do Iraque. Por volta do século II a.C., o domínio era exercido pelos selêucidas, um povo grego que habitava a Síria. A cultura helenista proliferava e a tradição hebraica sofria fortes ameaças. Para recuperar o judaísmo, os israelitas acreditavam na vinda do Messias que chegaria ao final dos tempos para exterminar os infiéis e salvar os seguidores da Bíblia.

Eles possuíam pomares e hortos irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e servia como bebida. Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao suco de frutas’ e “vinho novo”, um extrato de uva levemente fermentado. No shabbath, os sectários deveriam passar o dia inteiro em jejum.

Em abril de 1947, no vale de Khirbet Qumran, junto às encostas do Mar Morto, Juma Muhamed, pastor beduíno da região, recolhia seu rebanho quando ao seguir atrás de uma cabrita desgarrada percebeu que havia uma extensa fenda entre duas rochas. Curioso, atirou uma pedra e ouviu o ruído de um vaso se quebrando. No vaso, encontrou pergaminhos.

Este momento caracterizou-se como um marco para o mundo arqueológico: A Descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.
Desde então, a tradução e divulgação do seu conteúdo têm atraído a atenção mundial, e uma grande expectativa tem se instaurado quanto a possíveis segredos ainda não revelados.

O nome Essênios deriva da palavra egípcia Kashai, que significa “secreto”. Na língua grega, o termo utilizado é “therepeutes”, originário da palavra Síria “asaya”, que significa médico.

A organização nasceu no Egito nos anos que precedem o Faraó Akhenathon, o grande fundador da primeira religião monoteísta, sendo difundida em diferentes partes do mundo, inclusive em Qumran. Nos escritos dos Rosacruzes, os Essênios são considerados como uma ramificação da “Grande Fraternidade Branca”.
Segundo estudiosos, foi nesse meio onde esteve Jesus no período entre seus 13 e 30 anos. Alguns estudiosos também acreditam que a Igreja Católica procura manter silêncio acerca dos essênios, tentando ocultar que recebeu desta seita muitas influências.

UM DÍA ALGUEM ESCREVEU:


UM DÍA ALGUEM ESCREVEU:

SE TIVESSE UM MILHÃO DE AMIGOS E PEDISSE A CADA UM UMA MOEDA , PODERIA SER MILIONÁRIO.

SE TIVESSE 500 MIL AMIGOS, PEDIRIA PARA DARMOS AS MÃOS E UNIRMOS O PAÍS.

SE TIVESSE 200 MIL AMIGOS FUNDARIA UMA CIDADE ONDE TODOS SE SAUDASSEM COM UM SORRISO.

SE TIVESSE 25 MIL AMIGOS A EMPRESA DE TELEFONE CORTARIA A MINHA LINHA CADA VEZ QUE FIZESSE ANOS.

SE TIVESSE 6 MIL AMIGOS GOSTARIA DE TER 6 MIL AFILHADOS.

SE TIVESSE MIL AMIGOS TERIA DUAS MIL MÃOS SÓ PARA MIM.

SE TIVESSE 365 AMIGOS PASSARIA CADA DIA DO ANO COM UM DELES.

SE TIVESSE 100 AMIGOS TERIA 100 CONSELHOS.

SE TIVESSE 4 AMIGOS TERIA ASSEGURADAS AS 4 PESSOAS QUE CARREGARIAM O MEU CAIXÃO.

SE TIVESSE 2 AMIGOS SERIA 2 VEZES MAIS FELIZ.

MAS SE TIVESSE SÓ 1 AMIGO (E TENHO) NÃO PRECISARIA DE TER MAIS.

HÁ QUEM QUEIRA TER UM MILHÃO DE AMIGOS, QUANDO SÓ TU VALES POR MILHÕES.

POR ISSO GOSTO E PREOCUPO-ME CONTIGO

DECERTO ALGUMAS PESSOAS DE QUEM GOSTAS MUITO POR SEREM IMPORTANTES PARA TI, HAVERIAM DE SENTIR-SE FELIZES POR LEREM ESTA MENSAGEM...

REENVIA-A AQUELES QUE CONSIDERES TEUS AMIGOS, INCLUINDO A MIM (SE ME CONSIDERAS AMIGO).

"AMIGOS SÃO OS QUE NOS MOMENTOS BONS APARECEM SE OS CHAMARMOS E NOS MAUS.... SIMPLESMENTE APARECEM"