domingo, 16 de maio de 2010

A lição da tartaruga


A lição da tartaruga

Autor desconhecido

Eu percebia que meu comportamento aborrecia muito os meus pais, porém pouco me importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-me por satisfeito. Mas, é claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passavam a tratar-me de igual maneira.

Cresci um pouco e um dia percebi que a situação era desconfortante. Preocupei-me, mas não sabia como me modificar.

O aprendizado aconteceu num domingo em que fui, com meus pais e meus irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me à margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos. Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e quando me aproximei mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca. Foi o que bastou. Imediatamente decidi que ela devia sair para fora e, tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente e irritado.

Foi quando meu pai se aproximou de mim. Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de cócoras junto a mim, disse calmamente: "Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho."

Acompanhei-o. Ele se deteve perto da fogueira acesa e me disse: "Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável."

Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça de fora e caminhou tranqüilamente em minha direção. Fiquei muito satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:

"Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade."

A construção do navio


A construção do navio

Autor desconhecido

A construção de um navio parece com a formação das pessoas. Durante a gestação o casco é construído, até que somos lançados ao mar. A maior parte de um navio é colocada depois, como acontece com a gente.

Camarotes, porões, motores, pinturas, enfeites são acrescentados durante a infância e adolescência, até o navio ficar pronto para a primeira viagem. Um navio fica pronto quando sai do estaleiro, mas com a gente é diferente - e este é o desafio de cada um, pois crescemos todo dia e nunca ficamos prontos.

Apesar disso é preciso partir.... Mas nem todos têm a coragem de ir e continuam atracados ao cais, julgando-se incapazes de navegar sozinhos. Algumas pessoas são obrigadas a zarpar, já que os encargos de segurança do porto tornam-se pesados demais e, às vezes, perdem um tempo precioso da viagem revoltadas e lamentando-se por tudo isso.... mas nem todo mundo é assim....

Alguns mal o dia amanhece, já partiram. Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte. Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver. Outros navios também saem logo que podem, mas ficam dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum. Acabam navegando só para comprar mais combustível todo dia, e o que ganham mal dá para a reforma do casco...

Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem... e o pior é que, quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo, não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado... nós somos os maiores responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar.

Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas, porque tem medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém.... a gente não deve aceitar isso, pois significa concordar em ser menos do que pode ser. Todo dia é dia de evolução e aprendizado e, como a lua cheia, quando paramos de crescer, começamos a diminuir.

Então a primeira coisa a fazer é tornar-se comandante de si próprio e isso equivale a pensar com a própria cabeça, ser timão e timoneiro, assumindo riscos pelos erros, pois só erram os que tem a coragem para ousar e, se caírem, levantar e tentar de novo-sempre... pois ninguém sabe nossa autonomia no mar, nossa capacidade de carga, ou a que velocidade podemos singrar as águas dos oceanos, sejam azuis ou escuras.

Ninguém nos conhece melhor que nos mesmos e, por mais que digam o que temos - ou não temos - que fazer, ninguém pode viver a vida no nosso lugar. Outras pessoas, ainda, vivem frustradas e infelizes porque não conseguem ter as mesmas coisas que viram em outro navio. Algumas também vivem furiosas quando alguma coisa ou alguém não age ou sai como gostariam. O amor a si próprio e ao próximo é um exercício diário para saber a diferença entre o que precisa ser mudado e o que devemos aceitar como é.

Muita gente tem preferido impor suas idéias e opiniões em vez de escutar o outro; ficar revoltada com o mundo, em vez de admirar a vida, pois não sabem o que é amar. E tem viajantes que pensam no amor como algo a ser obtido, como se fosse um objeto e não como uma arte que precisa ser aprendida. Alguns acabam confundindo o amor, Deus ou a felicidade com o significado de suas rotas, e vivem frustradas navegando atrás do que não conseguem alcançar - e até desistem no meio do caminho, desalentados, achando que a vida não vale a pena, que Deus não existe e felicidade e amor são balelas... mas Deus, felicidade, amor, bondade não são lugares ou coisas que possam ser possuídos.

A primeira coisa a fazer para quem quer encontrar estes bens é não procurar! Quando procuramos o que não é um lugar ou objeto, e que muito menos está escondido, quem fica perdido somos nós mesmos. Mas quando não procuramos, porque não pode ser encontrado fora de nós, descobrimos que o que tanto queremos - Deus, felicidade, paz - habita camarotes no coração do nosso próprio navio... e tem pessoas tão preocupadas em procurar do lado de fora que até se esquecem de olhar por dentro!...

Não existe navio que não tem passado por tempestades e muitos afundam por não saberem evitá-las, por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros. Somos fortes quando unidos. Juntos somos tão grandes e poderosos quanto a onda mais forte e ameaçadora. Perdoar as falhas e limitações de nossos semelhantes é muito mais que amor ou virtude - é questão de inteligência e sobrevivência... pois a única coisa que possuímos de verdade é a necessidade do outro.

Mas não existe tempestades que durem para sempre, assim como os dias de sol também não são permanentes. Dor e frustrações muitas vezes são resultado de querermos perpetuar momentos de prazer, bem-estar, alegria, que por si só são efêmeros e com que facilidade esquecemos que nada é eterno - a não ser o próprio movimento - e que, por isso, momentos de alegria se alternam com momentos de tristeza, dor se alterna com prazer, fome com saciedade, doença com saúde - um sempre dando lugar ao outro.

Quando a gente pára de tentar lutar contra isso e se abandona nesse jogo delicioso da vida, descobrimos que, acima de tudo, a vida vale a pena ser vivida intensamente.

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A carpa


A carpa

Autor desconhecido

A carpa japonesa (koi) tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros -- mas pode atingir três vezes esse tamanho, se colocada num lago.

Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.

Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos. Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele, devíamos buscar o oceano -- mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.

Pense nisto. Existe um oceano esperando por você.


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A caixinha


A caixinha

Autor desconhecido

Há um tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente ao seu pai e disse:
- Isto é para você, paizinho!

Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia. Gritou, dizendo:
- Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?

A pequena menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse:
- Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixinha. Todos para você...

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse. Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali...

De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos...

Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bonita e importante que esta.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O cego e o filhote de lobo


O cego e o filhote de lobo

Esopo

Um Cego estava acostumado a distinguir diferentes animais tocando-os com suas mãos.

Um filhote de Lobo foi então trazido até ele com a orientação de que deveria apalpá-lo, e, dizer o que era.

Ele correu as mãos sobre o animal e estando em dúvida, disse:

- Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.


Moral da História:
As más tendências são mostradas já na infância.

O cavalo e o tratador de cavalos


O cavalo e o tratador de cavalos

Esopo

Um zeloso Cavalariço (empregado de uma cocheira), costumava passar dias inteiros limpando e escovando um cavalo que estava sob seus cuidados, no entanto, ao mesmo tempo, roubava os grãos de aveia da alimentação do pobre animal e os vendia para obter lucro.

- Que pena, - disse o cavalo - se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais.

Moral da História:
Devemos desconfiar daqueles que vivem pregando e promovendo sua própria austeridade.

Na côrte do rei


Na corte

Extraído do livro “Histórias de Nasrudin”

Certo dia, Nasrudin compareceu à Corte ostentando um magnífico turbante. Sabia que o rei ia admirá-lo e que, portanto, poderia vender-lhe o tal turbante.

"Nasrudin, quanto você pagou por esta maravilha?", perguntou o rei.

"Mil moedas de ouro, Majestade."

Percebendo a tramóia, o vizir cochichou ao rei: "Só um idiota pagaria tanto por um turbante".

Disse o rei: "Afinal, por que pagou essa fortuna? Nunca ouvi falar de um turbante que custasse mil moedas de ouro".

"Ah, majestade, paguei esta fortuna, porque sabia que, em todo o mundo, só um único rei compraria esse tipo de coisa."

Encantado com o elogio, o rei ordenou que dessem a Nasrudin duas mil moedas de ouro e ficou com o turbante.

Mais tarde, Nasrudin disse ao vizir: "Você pode muito bem conhecer o valor de um turbante, mas sou eu quem conhece as fraquezas dos reis."

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Lebre e o Cão de Caça


A Lebre e o Cão de Caça

Esopo

Um Cão de Caça espantou uma Lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição, ele parou a caçada.

Um Pastor de Cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:

- Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.

O Cão de caça, respondeu:

- Você não vê a diferença entre nós: Eu estava correndo apenas por um jantar, mas ele, por sua Vida.

Moral da História:
O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final.


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A corrida dos sapos


A corrida dos sapos

Autor desconhecido

Era uma vez uma corrida de sapinhos.

Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: "Que pena !!!

Esses sapinhos não vão conseguir.

Não vão conseguir."

E os sapinhos começaram a desitir. Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.

A multidão continuava gritando : "Pena!!! Vocês não vão conseguir." E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava tranqüilo, embora arfante.

Ao final da competição, todos desistiram, menos ele. A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido.

E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de seu coração.

Lembre-se sempre:
Há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos.

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A espada mágica


A espada mágica

Autor desconhecido

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local.

Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate.

Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada.
A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino.

Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum.
Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror.

De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força. Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo.

E nunca mais competiu.

Reflexão:
Será que precisamos de "Mágica" em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?

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terça-feira, 4 de maio de 2010

A importância de saber quem de fato se é


A importância de saber quem de fato se é

Autor desconhecido

Conta -se que numa aldeia distante, ao sul de Varsóvia, um de seus habitantes mais pobres recebeu um bilhete de trem para visitar um primo muito rico.
Ele chegou na ferroviária segurando o seu bilhete.

Como nunca tinha viajado de trem, José não sabia como agir.
Ele percebeu que havia um grupo de pessoas bem vestidas e imaginou que não deveria se sentar com elas.

No fundo da estação, ele viu um grupo de malandros maltrapilhos. Ele se juntou a eles imaginando que aquele era o seu lugar.

Os passageiros da primeira classe embarcaram, mas os maltrapilhos ficaram aguardando. De repente, ouviu-se um apito e o trem começou a se movimentar. Os malandros pularam para dentro do vagão de bagagens, e José entrou com eles, ficando encolhido em um canto escuro do vagão, segurando a sua passagem com medo.

Ele agüentou firme, imaginando que aquele era o seu lugar. Até que a porta do vagão abriu e entrou o maquinista acompanhado de dois policiais. Eles reviraram as bagagens até que encontraram José e seus amigos no fundo do vagão.
O maquinista então perguntou: "Posso ver os bilhetes?"
José prontamente se levantou e apresentou o seu bilhete.

O maquinista analisou a passagem e começou a gritar: "Meu rapaz, você tem uma passagem de primeira classe. O que você está fazendo aqui no vagão de carga?" E o maquinista concluiu: "Quando se tem um bilhete de primeira classe, o indivíduo deve se comportar como um passageiro de primeira classe".

Desse episódio podemos concluir o quanto é importante se conhecer e portanto buscar caminhos para o nosso autoconhecimento, para que assim possamos estar ocupando na vida, lugares que dizem respeito a nós mesmos.

A janela e o espelho


A janela e o espelho

Autor desconhecido

Um jovem muito rico foi ter com um rabi, e lhe pediu um conselho para orientar sua vida. Este o conduziu até a janela e perguntou-lhe: - O que vês através dos vidros?
Vejo homens que vão e vêm, e um cego pedindo esmolas na rua. Então o rabi mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou:
Olha neste espelho e dize-me agora o que vês.

Vejo-me a mim mesmo.

E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada a vidro, não vês nele mais do que a tua pessoa. Deves comparar te a estas duas espécies de vidro. Pobre, vias os outros e tinhas compaixão por eles. Coberto de prata - rico - vês apenas a ti mesmo.

Sê vales alguma coisa, quando tiveres coragem de arrancar o revestimento de prata que tapa os olhos, para poderes de novo ver e amar aos outros.

A flauta mágica


A flauta mágica

Autor desconhecido

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse facilitar seu trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana com destino à África, convidando dois outros amigos. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa.

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de agressivo, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.

E foi assim até o final do dia, quando o grupo encontrou um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou, mas atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles observou com sabedoria:
- Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem um surdinho...

Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência, prepare alternativas para as situações imprevistas, analise as possibilidades de erro. Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir.
Cuidado com o leão surdo.

sábado, 1 de maio de 2010

Dormir enquanto os ventos sopram


Dormir enquanto os ventos sopram

Extraído do livro “Histórias da Tradição Sufi”

Alguns anos atrás, um fazendeiro possuía terras ao longo do litoral do Atlântico. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados. A maioria de pessoas estavam pouco dispostas a trabalhar em fazendas ao longo do Atlântico.
Temiam as horrorosas tempestades que variam aquela região, fazendo estragos nas construções e nas plantações.
Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.

- Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Respondeu o pequeno homem.

Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do homem.

Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou,

- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!

O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente,

- Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.

Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedí-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois.

Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia
ser arrastado. O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer, então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

O que eu quero dizer com esta história, é que quando se está preparado espiritualmente, mentalmente e fisicamente - você não tem nada a temer.

Eu lhe pergunto: você pode dormir enquanto os vento sopram em sua vida?
Espero que você durma bem!

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E Deus disse NÃO


E Deus disse NÃO

Autor desconhecido

Eu pedi a Deus para remover meu orgulho, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que não era tarefa dele, mas que era para eu abrir mão...

Eu pedi a Deus para tornar meu irmão paraplégico em uma criança normal, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que o Espírito é imortal e o corpo é temporário...

Eu pedi a Deus para me dar paciência, e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que paciência é subproduto da tribulação.

Ela não é dada, é conquistada...

Eu pedi a Deus pra me dar felicidade e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que me dá bênçãos, felicidade depende de mim...

Eu pedi a Deus para dividir minha dor com ele, e Deus disse: "NÃO."

Ele me disse que o sofrimento nos afasta de coisas mundanas e nos deixa mais perto d'Ele...

Eu pedi a Deus para fazer meu espírito crescer e Deus disse: "NÃO."

Ele disse que devo crescer por meus esforços mas ele aparará minhas arestas para que eu frutifique...

Eu perguntei a Deus se ele me amava, e Ele me disse: "SIM, AGORA E SEMPRE..."

Eu pedi a Deus para me ajudar a amar os outros tanto quanto ele me ama, e Deus disse: "AH, FINALMENTE VOCÊ ENTENDEU..."