domingo, 31 de janeiro de 2010

Momento de reflexão


Um conto… Uma reflexão.

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiências mentais ou físicas, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Todos, exceto um garoto que tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás.

Então eles retornaram, todos juntos.

Uma das meninas, que tinha síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”.

E todos os nove competidores derem-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou-se, e os aplausos duraram muitos minutos. As pessoas que presenciaram essa cena até hoje contam essa história.

Por quê?

Porque, no fundo, todos nós sabemos que o importante nesta vida não é apenas ganhar sozinho. É ajudar os outros a vencer mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso.

Autor Desconhecido

O último folheto


Todos os domingos de manhã, depois do Grupo de Oração na Igreja, o coordenador do grupo e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos falando do Amor de Deus sobre nós.
Numa tarde de domingo, quando chegou a hora do pai e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse:

- Ok, papai, estou pronto.

E seu pai perguntou:

-’Pronto para quê?’

-’Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. ‘

Seu pai respondeu:

-’Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. ‘

O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:

-’Mas… pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?’

Seu pai respondeu:

-’Filho, eu não vou sair nesse frio. ‘

Triste, o menino perguntou:

-’Pai, eu posso ir? !’

O pai hesitou por um momento e disse:

-’Pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado. ‘

Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos a todos que via.

Depois de caminhar por horas na chuva, estava todo molhado, mas faltava um último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta.
Finalmente, o menino se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda e finalmente a porta se
abriu bem devagar. Uma senhora idosa com um olhar triste. Ela perguntou :

-’O que você deseja, meu filho?’

Com um sorriso que iluminou o mundo dela, O menino disse:
-’Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. ‘

Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
Ela o chamou e disse:

-’Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!’

Bem, no domingo seguinte na Igreja, o Coordenador do Grupo de Oração, após a sua pregação perguntou:

- ‘Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?’

Lentamente, na última fila da Igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
E começou a falar.

- ‘Ninguém me conhece neste Grupo, eu nunca estive aqui. Até o domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu há algum tempo e eu fiquei sozinha neste mundo. No domingo passado, um dia frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.

Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi para o sótão da minha casa, amarrei a corda numa madeira do telhado, subi na cadeira e coloquei a corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, só e de coração estava pronta pra saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei, quem será?:

-’Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. ‘

Eu esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa a bater forte. E pensei:

-’Quem pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa a tempos, ainda mais num dia desses.’

Afrouxei a corda do meu pescoço e fui à porta ver quem era,
enquanto a campainha soava cada vez mais alta.

Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na
minha varanda estava o menino mais radiante que já vi em
minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito SALTASSE PARA A VIDA quando ele disse:

-’Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. ‘

Então ele me entregou este folheto que eu tenho em minhas mãos.

Conforme aquele menino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e li cada palavra deste folheto.

Então eu subi para o sótão, peguei minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora eu estou aquí!
Já que o endereço do seu Grupo de Oração estava no verso deste folheto, vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO a este menino de Deus que no momento certo livrou a minha alma. ‘

Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos no Grupo de Oração. O coordenador do Grupo de Oração, foi em direção à primeira fila onde ’seu’ menino estava sentado. Tomou seu filho nos braços e
chorou .

Provavelmente nenhum Grupo de Oração teve um momento tão grande como este e provavelmente este universo nunca tenha visto um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho…

Exceto um. Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, o Pai assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e lhe deu um nome que é acima de todo nome.

Não deixe que esta mensagem se perca, passe-a adiante.

Lembre-se: Ela pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.

Opção


Opção

Um jovem descrente, desejando testar o conhecimento de um sábio, ergueu o punho fechado na frente do homem venerado.

"O que tenho em minha mão?" perguntou o jovem.

"Uma borboleta", foi a resposta.

"Está viva ou morta?" inquiriu o rapaz.

O ancião sabia que o jovem estava brincando com ele. Se respondesse morta, o jovem abriria a mão e deixaria a borboleta voar. Se respondesse viva, o rapaz fecharia a mão e esmagaria a criatura. Então respondeu:

"Está em suas mãos – fazer aquilo que deseja com ela."


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"Se você pensar que pode, ou que não pode – estará certo."

"Quando todos os elementos estão fora do seu controle, lembre-se de que ainda pode controlar a sua reação.""O dinheiro é fogo. Pode destruir e aniquilar, ou iluminar e aquecer, dependendo da maneira pela qual é usado.”
Rabi Elimelech de Lizensk

Crença


Crença

Um educador secular na Rússia Comunista estava dando uma aula sobre Ciências e Ética aos seus jovens alunos. O tema em discussão era a idéia de "crença versus realidade". Ele começou sua palestra com a alegação que tudo aquilo que não pode ser visto não existe.

"Vocês sabem por que não podem ver um disco voador no céu?" perguntou o professor à audiência. "Porque não existe! E pelo mesmo motivo, todos acreditamos que não há nenhum D'us neste mundo. Não podemos vê-Lo, portanto Ele não existe."

Um estudante esperto, sentado ao fundo da sala, levantou a mão e saiu-se com essa: "Isso significa que o professor não tem cérebro? Quero dizer, nenhum de nós pode vê-lo?!"

"Para quem acredita não há perguntas: para o céptico não há respostas."

"Quanto menos se sabe, mais fácil é se convencer que se sabe tudo."

A vida sem preocupações


A vida sem preocupações

Um homem muito rico que resolveu viajar, pegou o seu iate e saiu pelo mundo.
Certo dia chegou numa ilha maravilhosa, cheia de riachos de água cristalina, cachoeiras.
O homem começou a andar pela ilha e encontrou um caboclo deitado na rede olhando para aquele mar azul.

- Bonito por aqui, disse o homem rico.
- É, disse o caboclo sem tirar o olho do mar.
- Tem muito peixe nesse mar?
- É só jogar a rede e pegar quantos quiser.
- Por que você não pesca bastante?
- Pra que?
- Ora, você pega um montão de peixe e vende.
- Pra que?
- Com o dinheiro você compra uma canoa maior, vai mais no fundo e pega mais peixe.
- Pra que?
- Com o dinheiro você compra mais um barco, pega mais peixes e ganha mais dinheiro.
- Pra que?
- Você vai juntando, cada vez mais dinheiro, compra cada vez mais barcos, até chegar um dia em que você vai ter uma indústria de pesca.
- Pra que?
- Ora, homem, você então será poderoso, rico, terá tudo o que quiser. Poderá comprar um iate como o meu, poderá comprar uma ilha como esta e então ficar o resto da vida descansando, sem preocupações.

O caboclo olhou, pensou e respondeu:
- E o que é que eu tô fazendo agora?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

É preciso acreditar...


Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje.
Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.

Paulo Coelho

Mulher Despida


Mulher Despida

Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente. Nudez pode ter um significado diferente. Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expôr nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.
Não conheço strip-tease mais sedutor.


Martha Medeiros

sábado, 23 de janeiro de 2010

No ritmo de Zoroastro


No ritmo de Zoroastro

por

Aldo Menezes

Certa ocasião, dei carona a uma pessoa. Eu estava ouvindo uma música de um cantor não-evangélico. De imediato, o carona se surpreendeu por eu estar ouvindo "música mundana". E agora? Fui pego em flagrante delito espiritual? Creio que não. Tive de pacientemente explicar a diferença entre música mundana e música evangélica. Ele não se dava conta de que na verdade estava seguindo o ritmo de Zoroastro.

Zoroastro, também chamado Zaratustra, foi o sábio persa que sistematizou um dualismo complexo, de abrangência metafísica (a crença em dois princípios coeternos, incompatíveis e antagônicos: o reino do bem e o reino trevas), cosmológica (criação – anticriação), ética (bem – mal) e antropológica (corpo – espírito). Esse dualismo radical influenciou o pensamento grego, além de influenciar duas correntes de pensamento que rivalizam com o cristianismo pós-apostólico: o gnosticismo e o maniqueísmo. Sua proposta era ambiciosa: libertar a alma (a centelha divina) que havia sido aprisionada no corpo físico, pertencente ao reino do mal.

Ao longo da história, a igreja precisou se defender do dualismo, reafirmando que Deus é criador tanto da matéria quanto do mundo espiritual; que o ser humano não é uma alma aprisionada no corpo, mas um ser tanto físico quanto espiritual. Não somos somente "alma", somos um composto de corpo e alma. Na ressurreição, alma e corpo voltam a se encontrar. O ser humano integral voltar a viver em sua plena natureza.

Há, porém, um ponto em que o dualismo também era nocivo: na luta entre o Bem e o Mal, a individualidade do ser humano era praticamente ignorada ou desprezada. O indivíduo era tão-somente um agente passivo, influenciado quer pelo Bem quer pelo Mal, um joguete nas mãos dos deuses, como cantado pelo Abba em "The winner takes all" [O vencedor leva tudo].

Não é difícil perceber que no meio evangélico muitos se deixaram influenciar por esse dualismo. Muitos vivem uma ética nos moldes do zoroastrismo. Isso fica evidente na sua concepção de mundanismo. O termo é empregado para indicar especialmente tudo o que não é evangélico. Assim, música mundana é música que não louva a Deus ou não é gravada por evangélicos. Se não for de Deus, é automaticamente do Diabo.

É preciso nos libertar desse dualismo. As Escrituras fornecem um caminho para por fim a isso. Veja, por exemplo, o uso da palavra "doutrina". Três tipos de doutrina são apresentados:

de Deus – provém diretamente dos céus; é o bom conteúdo da fé (Mt 22.33; At 13.12);
de demônios – esse tipo deve ser evitado a todo custo, são ensinamentos que contradizem a verdadeira fé e conduzem a toda tipo de prática contrária à vontade de Deus (1 Tm 4.1);
de homens – é concebido por homens em prol de interesses próprios; reflete-se também em usos e costumes (Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22); não é nem divino nem diabólico; é humano, demasiadamente humano.
Seguindo esse raciocínio, podemos afirmar que há três modalidades de música:

divina – canta as coisas de Deus, reflete os padrões do reino dos céus, inspira o louvor e a adoração do Altíssimo;
demoníaca – é mundana, pois trabalha contra Deus e seus valores; que incita as obras da carne e todo tipo de prática antibíblica;
humana – não tem necessariamente nenhuma relação com as outras duas; aqui, a individualidade e o talento humanos são preservados, evitando dissolvê-los numa eterna luta entre o Bem e Mal; aqui, o ser humano fala de si mesmo, de suas inquietações, frustrações, desejo etc.
Para saber se uma música é realmente mundana, é preciso definir o que é mundanismo. Essa palavra vem de "mundo". Nas Escrituras, a palavra "mundo" (do grego kósmos) tem diversas acepções, entre as quais destacamos:

o universo físico ordenado (Jo 17.5; Rm 1.20);
a humanidade (Jo 3.16);
sistema antideus, com suas atitudes corrompedoras, como aquelas alistadas por Paulo aos gálatas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas (Gl 5.19-21).
É na terceira acepção que encontramos o que vem a ser o "mundanismo" do qual os cristãos devem se afastar. Trata-se do kósmos que é caracterizado por atitudes que desonram a Deus, ao próximo e ao próprio indivíduo. O mundanismo é uma aversão a Deus e aos seus preceitos. Esse era o "mundo" ao qual Tiago se referiu: "Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, quem quiser ser amigo do mundo coloca-se na posição de inimigo de Deus" (Tg 4.4). Ele então enumera as seguintes atitudes mundanas: guerras (v. 1), lutas (v. 1), cobiçais (v. 2), soberba (v. 6), fofoca ou maledicência (v. 11) etc. Esses mesmos elementos foram alistados pelo apóstolo João (1Jo 2.15-17). É desse mundo, desse sistema antideus, que a Igreja deve se proteger. O mundanismo está mais presente em nosso meio do que julga nosso inútil autoconceito triunfalista e separatista.

Então, o que é música mundana? É toda e qualquer música que reflete o mundanismo. Sendo assim, nem toda música composta ou cantada por não-cristãos é mundana, mas somente as que transmitem mensagens que contrariam a vontade de Deus. Não dá para colocar no mesmo bojo o mestre Gonzaguinha com a sua belíssima música "O que é o que é" (Eu fico com a pureza da resposta das crianças/ É a vida, é bonita e é bonita/ Viver, e não ter a vergonha de ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser um eterno aprendiz/ Ah, meu Deus, eu sei, eu sei/ Que a vida devia ser bem melhor e será/ Mas isso não impede que eu repita/ É bonita, é bonita e é bonita) com a intragável "Na boquinha da garrafa", da Cia. do Pagode. Fala sério!

O dualismo é um empecilho para que se reconheça que o homem e mulher foram feitos à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1.26, 27). Isso significa que o ser humano é dotado de certas habilidades e talentos inerentes à sua condição de ser racional. Além de racional, também somos seres estéticos. Apreciar o belo nas produções artísticas é algo que nos foi concedido por Deus. A racionalidade confere ao ser humano autonomia para desenvolver dons e talentos naturais. Para alguém ser um bom músico, portanto, não precisa ser cristão, nem falar de coisas que digam respeito à fé cristã. A música de um não-cristão não deve ser tomada automaticamente por "mundana" ou "demoníaca". É simplesmente um produto do talento humano. Esse talento pode ser canalizado para a adoração a Deus (música sacra), aos interesses do reino das trevas (músicas que incitem à devassidão, que promovam a idolatria ou à religião falsa) ou mesmo para falar de coisas próprias ao gênero humano, como a vida, o amor etc. Por meio da música, pode-se expressar alegria, tristeza, gratidão, anseios, expectativas etc. É o coração se derramando nos acordes musicais. Isso não é mundanismo. É humano, demasiado humano. E, por que não dizer, divino?



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Sobre o autor:

Aldo Menezes é ministro ordenado na Igreja Anglicana e diretor da Agência de Informações Religiosas (AGIR). Atualmente integra a equipe editorial das Edições Vida Nova e finaliza sua graduação em Filosofia na Universidade de São Paulo.

Desabafo de um Pastor Evangélico


Desabafo de um Pastor Evangélico:
"Estou Cansado!"

Ricardo Gondim

Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento "científico" da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas "caiam sob o poder de Deus" para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar "piercing", fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.

Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.

Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.

Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria.

Fonte: http://www.ricardog ondim.com. br/Artigos/ artigos.info. asp?tp=61&sg=0&id=870

Porque eu devo ser um dizimista‏


Porque eu devo ser um dizimista‏

Rev. Hernandes Dias Lopes

O dízimo é um tema polêmico. Alguns crentes sinceros questionam sua prática. Outros não estão convencidos de que o Novo Testamento trate dessa matéria com clareza. Há aqueles que preferem dar ocasionalmente uma oferta, buscando com isso substituir a prática do dízimo.

Alguns outros, seja por amor ao dinheiro ou dificuldades financeiras não conseguem entregar as primícias da sua renda para Deus. Há ainda aqueles que se dizem dizimistas, mas não são regulares na devolução. Ainda outros se sentem no direito de administrar o próprio dízimo, entregando-o aonde bem entendem. E finalmente, há aqueles que entregam parte do dízimo como se estivessem entregando-o integralmente. O que a Palavra de Deus tem a nos ensinar sobre esse
tão importante assunto?

Em primeiro lugar, o ensino sobre o dízimo está presente em toda a Escritura. O dízimo está presente antes da Lei, na Lei, nos livros Históricos, nos livros Poéticos, nos livros Proféticos, bem como nos Evangelhos e também nas Cartas gerais. A prática do dízimo fez parte do sacerdócio levítico, do sacerdócio de elquisedeque e também do sacerdócio de Cristo, pois é ele quem recebe os dízimos (Hb 7.8). Nós podemos até discordar da prática do dízimo, mas não podemos negar que seu ensino seja claro em toda a Bíblia.

Em segundo lugar, a retenção do dízimo é um sinal de decadência espiritual. Estude atentamente a Escritura e você verá que sempre que o povo de Deus estava vivendo um tempo de esfriamento espiritual, a primeira coisa que ele deixava de fazer era entregar o dízimo com fidelidade. Por outro lado, sempre que o povo se voltava para Deus em arrependimento, a prática do dízimo era restabelecida. O dízimo era uma espécie de termômetro espiritual do povo de Deus.

Em terceiro lugar, a devolução do dízimo é um ato de obediência a Deus. Os
mandamentos de Deus nos são dados para serem cumpridos. Deus nunca nos dá uma ordem sem nos dar poder para cumpri-la. Há alegria e recompensa na obediência, muito embora, nossa motivação em devolver os dízimos não é alcançar os favores de Deus, mas glorificá-lo. Quando um servo de Deus o honra com as primícias de toda a sua renda, Deus promete encher os seus celeiros e fartar de vinho os seus lagares. Quando um servo de Deus traz todos os dízimos à Casa do Tesouro Deus promete repreender o devorador e abrir as janelas do céu.

Em quarto lugar, a devolução do dízimo é um passo de fé. Antes de Deus ordenar o seu povo a trazer o dízimo, ordenou-o a trazer o coração (Ml 3.6-10). Os fariseus traziam o dízimo, mas não o coração, e Jesus os chamou de hipócritas (Mt 23.23). Quando o coração se volta para Deus, o bolso também se abre. Deus nos mandou fazer prova dele. Nossa confiança precisa estar no provedor mais do que na provisão. O dizimista sabe que noventa por cento com a bênção de Deus vale mais do que cem por cento sob sua maldição.

Em quinto lugar, o dízimo é o recurso de Deus para o sustento da sua obra. O dízimo não é nosso, é de Deus. Ele é santo ao Senhor. O dízimo não é da igreja, é o Senhor Jesus quem o recebe (Hb 7.8). O dízimo é primícia e não sobra.

É dívida e não oferta. É ordem divina e não opção nossa. Reter o dízimo é desamparar a Casa de Deus. Porém, trazer todos os dízimos à Casa do Tesouro é ser cooperador com Deus no sustento da sua obra, na expansão do seu Reino e na proclamação do evangelho até aos confins da terra. Conclamo você a examinar seu coração e a acertar essa área vital da sua vida com Deus.

Não adie mais essa atitude de ser um dizimista fiel e honrar o Senhor com as primícias de toda a sua renda.

AS RAZÕES DOS NÃO-DIZIMISTAS‏


AS RAZÕES DOS NÃO-DIZIMISTAS‏


Referência: HEBREUS 7.1-10

A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino.
No Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações:

1) Mt 23.23 = Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus. Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) - "Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho." Também Jesus denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais: justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42).

2) Hb 7. 1-10 = Eis as lições desse texto: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo - v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo do melhor - v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica - v. 6; d) Hebreus nos faz perceber e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao dado aos sacerdotes (mortais) - v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos também devem ser dizimistas - v. 9.
Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos na causa que abraçamos, na "pérola que encontramos. "
Hoje muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar esta atitude criam vários justificativas e desculpas. Se dependessem deles a igreja fecharia as portas. Não existiria templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem assistência social.
Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas:

I. JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA
Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei, mas sim da graça.
Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo. Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça não nos motiva a ir além da lei?
Veja: a lei dizia: Não matarás = EU PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO
a lei dizia: Não adulterarás = EU PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO IMPURA...
a lei dizia: Olho por olho, dente por dente = EU PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A FACE DIREITA, DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA.
A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da lei? Esta, portanto, é uma justificativa infundada.
Mt 23.23 = justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas virtudes.

II. JUSTIFICATIVA SENTIMENTAL
Muitos dizem: A bíblia diz em II Co 9.7 "Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" = espontânea e com alegria.
Só que este texto não fala de dízimo e sim de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar dízimo é roubar de Deus.
Perguntamos também: O que estará acontecendo em nosso coração que não permite que não tenhamos alegria em dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos?

III. JUSTIFICATIVA FINANCEIRA
"O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento.
1) O dízimo não é sobra = Dízimo é primícias. "Honra ao Senhor com as primícias da tua renda." Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o melhor.
2) Contribua conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição = Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse que abriria as janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova Dele nesta área. Ele promete abrir as janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa causa.
3) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar = Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando somos infiéis fechamos as janelas dos céu com as nossas próprias mãos e espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens.

IV. JUSTIFICATIVA ASSISTENCIAL
"Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo.
" A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão nem para retê-lo nem para administrá-lo.
A ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos alimentados.
Mas será que damos realmente os "nossos" dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence?

V. JUSTIFICATIVA POLÍTICA
"Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados. "
Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los mas sim Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis.
Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito?
Deus mandou que eu trouxesse os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo.

VI. JUSTIFICATIVA MÍOPE
"A igreja é rica e não precisa do meu dízimo."
Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica, amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do Evangelho?
AINDA, não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja. É DO SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda prata. Ele é rico. Ele não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da infidelidade.

VII. JUSTIFICATIVA CONTÁBIL
"Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho."
Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês?
Não sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será auto-proteção? Será desinteresse?

VIII. JUSTIFICATIVA ECLESIOLÓGICA
"Não sou membro da igreja"
Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros?
Não será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja?

CONCLUSÃO
É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as nossas justificativas.
É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas jóias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. TUDO É DELE. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas.
Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo. Amém.

Rev. Hernandes Dias Lopes.

Dízimo? O que eu tenho com isso?


Dízimo? O que eu tenho com isso?
Renato Vargens

Em dias pós-modernos, onde quase tudo tem sido relativizado, o ato de dar o dízimo tornou-se um assunto altamente polêmico. Alguns crentes sinceros tem questionado sua prática; outros não estão convencidos de que o Novo Testamento trate dessa matéria com clareza. Há ainda aqueles que preferem dar ocasionalmente uma pequena oferta, buscando com isso substituir a prática do dízimo.

O Hábito de dar a décima parte daquilo que se ganha a instituições religiosas é uma prática de muito tempo e que vem da Antigüidade. Esta prática era conhecida por Israel, bem como pelas nações circunvizinhas do oriente próximo.

Na Lei de Moisés, os Israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (Lv 27:30-32; Nm 18:21, 26; Dt 14:22-29). O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas de culto e o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pela a administração dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida.

O pensamento central do dízimo achava-se na idéia que Deus é o dono de tudo e de todas as coisas. (Ex 19:05; Sl 24:1), e que os seres humanos foram criados por Ele, e a ele devem o fôlego de vida. Sendo assim, ninguém possui nada que não tenha recebido originalmente do Senhor. Nas leis do dízimo, Deus estava ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.

No Novo Testamento a Igreja Primitiva manteve o princípio do dízimo para os seus membros. Todavia, percebemos a existência de uma singular diferença entre as duas dispensações. No AT, o dízimo era o máximo em obrigatoriedade religiosa, já no novo o dízimo tornou-se um referencial mínimo de contribuição. O didaquê preceituava que as primícias fossem dadas do dinheiro, das roupas e de todas as suas posses.

O conhecimento de verdades como essas devem fazer que tanto você como eu assumamos diante de Deus algumas posições radicais quanto à administração do dinheiro:

1º - Nunca esquecer que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso, e sim daquele que é o Senhor de todas as coisas.

2º - Decidir de todo o coração servir a Deus e não ao dinheiro. (Mt 6:19-21; 24).

3º - Fugir da avareza e do espírito deste século, que de todas as formas possíveis tentam injetar em nós um o desejo de uma vida hedonista e egoísta.

4º - Comprometer- se com a promoção do Reino de Deus na Igreja local e na disseminação do Evangelho pelo mundo.

Ora, é importante que jamais esqueçamos que o dízimo não nos pertence, e sim a Deus, que o dízimo não é da igreja, e sim do Senhor Jesus; que é primícia e jamais sobras; É dívida e não oferta, é divina e não opção nossa.

Pense Nisso!

Sole Deo Gloria,
Pr. Renato Vargens
www.igrejadaalianca .com

Divisão de bens entre Adão e Eva


Divisão de bens entre Adão e Eva

Quando Deus criou Adão e Eva, disse aos dois:
- Tenho dois presentes para distribuir entre vocês: um é para fazer xixi em pé e...

Adão, ansiosíssimo, interrompeu, gritando:
- Eu! Eu! Eu! Eu! Eu quero, por favor... Senhor, por favor, por favor... Sim? Facilitaria- me a vida substancialmente! Por favor! Por favor! Por favor!

Eva concordou e disse que essas coisas não tinham importância para ela.
Então, Deus presenteou Adão.

Adão ficou maravilhado. Gritava de alegria, corria pelo jardim do Éden fazendo xixi em todas as árvores. Correu pela Praia fazendo desenhos com seu xixi na areia. Brincava de chafariz. Acendia uma fogueirinha e brincava de bombeiro...

Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que Eva perguntou a Deus:
- E... Qual é o outro presente?

Deus respondeu:
- Cérebro, Eva, cérebro.

sábado, 16 de janeiro de 2010

A fogueira


A fogueira

O mestre encontrou-se com os discípulos certa noite e pediu para que acendessem uma fogueira, para que pudessem conversar.

-"O caminho espiritual é como o fogo que arde adiante de nós." - disse ele. -"Um homem que deseja acendê-lo, tem que se conformar com a fumaça desagradável que torna a respiração difícil e arrancar lágrimas do rosto. Assim é a reconquista da fé. Entretanto, uma vez o fogo aceso a fumaça desaparece e as chamas iluminam tudo ao redor nos dando calor e calma."

-"E se alguém acendê-la para nós?" - perguntou um dos discípulos. -"E se alguém nos ajudar a evitar a fumaça?"

-"Se alguém fizer isto, é um falso mestre. Que pode levar o fogo para onde tiver vontade ou apagá-lo na hora que quiser. E como não ensinou a acendê-lo, é capaz de deixar todo mundo na escuridão..."

A loja do Senhor


A loja do Senhor

Um dia entrei numa loja e vi um anjo atrás do balcão.

Maravilhado com aquela visão divina perguntei-lhe:
- Anjo do Senhor! O que vendes?

E ele respondeu-me:
- Todos os dons de Deus!

Custam caro? - perguntei-lhe
- Não! É tudo de graça, é só escolher. - respondeu o
anjo.

Então contemplei a loja e vi pacotes de esperança,
vidros de fé, caixinhas de salvação, potes de sabedoria,
e tantas outras coisas.

Tomei coragem e pedi:
- Por favor ! Embrulhe um vidro de fé, muito amor de Deus,
todo perdão Dele, bastante felicidade, e salvação eterna para mim e toda
a minha família.

O anjo do Senhor anotou o pedido, separou os itens, e
condicionou tudo num pequeno embrulho que cabia na palma da mão.

Surpreso perguntei-lhe:
- Como é possível caber tudo que lhe pedi, aqui nesse
pequeno pacotinho?

O anjo respondeu-me sorrindo:
- Querido amigo, na loja de Deus não vendemos frutos,
apenas sementes.