terça-feira, 11 de março de 2008

"O verdadeiro amor lança fora todo medo"


O VERDADEIRO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO

Medo da vida, futuro
Sem forças pra me preparar
Entrega ao mundo obscuro
Sem vontade de sonhar
O sofrimento constante
Sempre me faz constatar
Contradições, pesadelos
Me impedem de expressar
Dificuldades,
Encontro com o não na cara
Fatalidades,
Todos vêem, mas ninguém fala
O medo cala
A voz entala
A vida é rara
Até que se dipara a bala
A idolatria,
Destrói e cega o ser humano
A apostasia,
Fruto de quem serve ao engano
Entra ano e sai ano
O cão não passa pano
Promovendo a desgraça através do cano
A arrogância, a ganância,
Ganância e mais ganância
A ordem e o progresso
Já não tem mais esperança
O tempo de bonança
A época de criança
Passou e me deixou
O medo de herança
O medo de errar
O medo de não ser alguém
De me aliar ao mal
E me afastar do bem
Medo de ir além
E em tornar refém
Pois tudo me é licito
Mas nem tudo me convém
O que contém
Amor, paz e vida eterna
De onde vem
A tão sanguinária guerra
Harmonia na terra
O fim de todo óleo, sem fé ao menos tem
Um lugar no pódio

“O verdadeiro amor lança fora todo medo”

Medo da vida, da morte
E do fracasso
Medo da bomba, do estouro
E do estilhaço
Parece até que é fácil
Lutar contra o inimigo
Num campo sem visão
Um alvo invisível
Sem estratégia certa
Sem plano infalível
Sem armadura, cobertura
A morte é acessível
Game over, fim da linha
Sem passar de nível
Cheque-mate, sem rainha
De forma plausível
O medo é corrosível
E nos destrói por dentro
Anula a alma sem
Oferecer alento
De que vale talento
Posto do lado errado
O tiro do soldado de elite
Foi disperdiçado
Gol anulado
Medo de perder o jogo
Medo de tentar ganhar
E perder de novo
O desespero bate à porta
E encontra abrigo
O medo afasta de mim
O verdadeiro amigo
Será que eu consigo
Manter minha salvação
Eu tenho medo, que o medo
Me diga que não
Medo de plantar
E nunca colher
Medo de voltar atrás
Simplesmente me perder
Só penso em me esconder
Eu nem sei por quê
Tomara que o tempo
Faça eu me esquecer,
Eu me entender,
Eu me reconhecer,
Pensar no amanhecer,
Só pra espairecer,
Quem sabe até viver,
Quem sabe até vencer,
Quem sabe até abrir os olhos,
E deixar acontecer
Sem retroceder
E amadurecer
Deixar quem pode
Me ensinar o que
Eu tenho que aprender
Sem medo do remédio
Sem medo da cura
Nem de me tornar
Uma nova criatura
Sem procurar desculpas
Sem fazer perguntas
Sem medo de aceitar
O perdão por qualquer culpa

“O amor verdadeiro lança fora todo medo”

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