terça-feira, 14 de outubro de 2008

Milagres Falsos


Milagres Falsos

por

R. C. Sproul

A questão que envolve o problema de Deus realizar milagres nos dias
de hoje é complexa e freqüentemente controversa. Se uma pessoa no
campo evangélico declara que não crê nos milagres que acontecem hoje,
ela freqüentemente é vista com desconfiança. A suspeita se levanta
porque a descrença nos milagres está associada ao naturalismo,
ceticismo ou Liberalismo (Uso a letra L maiúscula para Liberal a fim
de me referir a uma escola diferente de teologia e não a uma pessoa
que, de algum modo, possa ser considerada liberal.)

Uma vez que um ponto muito importante da disputa entre o Liberalismo
e o protestantismo envolve milagres bíblicos, a disputa se estende à
questão dos milagres atuais também. Há uma tendência aqui de atribuir
culpa por associação; como o Liberalismo não crê que os milagres
acontecem hoje, estamos propensos a pensar que qualquer pessoa que
negue que os milagres acontecem hoje deva ser Liberal. A diferença
fundamental entre evangélicos e Liberais na questão dos milagres não
é se eles acontecem hoje, mas se eles aconteceram no passado, como
afirma a Bíblia.

João Calvino, por exemplo, raramente é considerado um Liberal.
Calvino e Lutero, na época da Reforma, foram repetidamente desafiados
pela Igreja Católica Romana a realizarem milagres que autenticassem
seus ensinamentos. Roma apelou para seus milagres documentados de
santos como provas de que Deus estava falando por intermédio da
Igreja Católica Romana e não por meio dos reformadores. De sua parte,
os reformadores negaram que o ofício apostólico continuava na Igreja
ou que a Igreja era a fonte de nova revelação divina.

A discussão sobre a revelação contínua era crítica à posição da
Reforma de Sola Scriptura , a crença de que as Escrituras eram
suficientes e a única fonte de revelação especial. Roma alegava que
uma segunda fonte de tal revelação especial acontecia na tradição da
Igreja. Essa fonte dupla de revelação foi decretada no Concílio de
Trento no século XVI e reafirmada pela encíclica papal de Pio XII,
Humani Generis , no século XX. Roma, consciente da importância
bíblica de comprovação e testemunho dos milagres aos agentes da
revelação, podia apelar aos milagres da Igreja para sustentar sua
declaração de que ele era a verdadeira Igreja e que os reformadores
eram falsos profetas.

Esta questão da falta de milagres dos reformadores foi mencionada por
Calvino em sua carta ao rei da França que introduz sua famosa obra As
Institutas. Calvino diz:

Que de nós exigem milagres, agem de má fé. Ora, não estamos [nós] a
forjar algum Evangelho novo, ao contrário, retemos aquele mesmo à
confirmação de cuja verdade servem todos os milagres que outrora
operaram assim Cristo como os Apóstolos. E isto de singular têm
[eles] acima de nós, que podem confirmar a sua fé mediante constantes
milagres até o presente dia! Contudo, [o fato é que] estão antes a
invocar milagres que se prestam a perturbar o espírito doutra sorte
inteiramente sereno, a tal ponto são [eles] ou frívolos ou ridículos,
ou vão e mendazes (As Institutas - Editora Cultura Cristã, 1985, SP;
vol. 1, p. 20).

Os reformadores magisteriais alegavam que a doutrina que seguiam era
confirmada pela autoridade da Bíblia. Observamos nesses argumentos
que nem Roma, nem os reformadores desafiaram a premissa de que os
milagres funcionam como sinais que autenticam os agentes da
revelação; eles concordavam sobre essa questão. O pomo da discórdia
era se a revelação continuava além da era apostólica e com a
revelação contínua, a autenticação contínua por meio do milagre.
Calvino e Lutero desafiaram a autenticidade não só dos ensinamentos
de Roma e de sua declaração de uma autoridade apostólica e revelação
contínua, mas a autenticidade de seus milagres declarados. Os
reformadores achavam que os milagres de Roma não eram apenas
frívolos, mas falsos. Eles negavam que os milagres eram verdadeiros
de fato.

Uma coisa está clara sobre esta disputa. A questão não era se Deus
podia realizar milagres, mas se a Bíblia era a única fonte de
revelação especial registrada. Essa questão é freqüentemente ignorada
na discussão atual sobre a continuidade de milagres. Dentro do
cristianismo hoje, especialmente, mas não exclusivamente na facção
carismática, vêm sendo feitas declarações da nova revelação de Deus e
a presença abundante de novos milagres. A possibilidade de milagres
atuais é considerada tão grande que cartazes são vendidos nas
livrarias cristãs e adornam os gabinetes de muitos pastores com a
frase "Espere por um Milagre!". Nesses círculos, os milagres não são
só considerados possíveis, mas são esperados. Os evangelistas
prometem milagres em seus cultos de renovação e, até mesmo, declaram
realizá-los em rede nacional de televisão.

Devemos também ter o cuidado de observar que muitos evangélicos estão
convencidos de que a revelação não continua até hoje, mas que os
milagres continuam. Eles separam os milagres da revelação na
suposição de que podemos ter operadores de milagres sem revelação
enquanto outros alegam que você pode ter a revelação sem os milagres.
Uma vez que os milagres têm outras funções além de agentes que
testificam a revelação, eles podem continuar sem qualquer revelação
correspondente.

A posição clássica da Reforma sobre essa questão concorda que os
milagres têm outras funções além de autenticar os agentes da
revelação, como vimos. Isto é, os milagres podem fazer mais do que
atestar os agentes da revelação. Contudo, a questão continua; Eles
podem fazer menos? Nisto reside o problema.

Se um não-agente da revelação é capaz de realizar milagres, como os
milagres podem funcionar como provas do testemunho de um agente da
revelação?

Se agentes e não-agentes da revelação podem realizar milagres, que
valor de testemunho pode existir em um milagre? Se um falso profeta
pode realizar um milagre, o verdadeiro profeta não pode apelar aos
milagres como provas de sua própria posição.

O problema fica mais difícil quando vemos que o Novo Testamento apela
aos milagres dos apóstolos como provas de sua autoridade, o que é
claramente um apelo ilegítimo e um argumento falso se é verdade que
os não-agentes da revelação podem realizar milagres.

Fui convidado certa vez para falar em uma reunião de livreiros
cristãos na época em que o livro Bom Dia, Espírito Santo, de Benny
Hinn, era o mais vendido no mercado cristão. Perguntei: se Hinn
estava realizando os milagres que ele declarava realizar, por que
ninguém estava defendendo que seu livro fosse acrescentado ao cânon
do Novo Testamento? Hinn declarava ter recebido uma nova revelação,
que Deus ainda falava audivelmente a ele; conseqüentemente, ele tinha
todas as credenciais exigidas de um profeta da Bíblia.

Uma das coisas que está notavelmente ausente no repertório dos
operadores de milagres modernos é o tipo de milagres que eram
realizados por intermédio dos agentes bíblicos da revelação. Benny
Hinn realiza seus milagres em um palco com um equipamento cênico que
teria escandalizado os apóstolos. Ele não realiza milagres no
cemitério. Quem é o operador de milagres hoje que é capaz de
transformar água em vinho ou ressuscitar pessoas que morreram há
quatro dias? Benny Hinn não pode separar o mar Vermelho ou fazer com
que machados flutuem. Por que não? A qualidade do milagre que
sobrevive até os dias de hoje é menor do que aquela dos realizados
pelos agentes bíblicos da revelação? Será que o braço do Senhor está
encolhido?

Está claro que, como quer que definamos um milagre, devemos colocar
os pretensos milagres de hoje em uma classe ou categoria diferente
daqueles registrados nas Escrituras. Ninguém está tirando algo do
nada atualmente - exceto o governo federal, que fabrica dinheiro sem
lastro!

Isto significa então que Deus, na sua providência, não está mais
agindo?

Deus suspendeu e desistiu de exercer seu poder sobrenatural em nosso
meio?

Deus não responde às orações de modos extraordinários ou concede
pedidos de cura quando os médicos dizem que tal cura não pode
acontecer?

De maneira alguma.

Deus ainda vive e age. Ele responde às orações do seu povo de
maneiras notáveis. Sua graça sobrenatural está manifesta entre nós
todos os dias. Se considerarmos estas coisas como milagres, então,
devemos admitir que os milagres ainda estão acontecendo.

Distinguimos três categorias de questões levantadas pela função de
milagres para testificar os agentes da revelação e autenticar sua
Palavra escrita. Essas categorias incluem

a providência comum de Deus,

sua providência extraordinária e

seus milagres (no sentido restrito já definido).

Dentro dessas três categorias, afirmamos que Deus continua sua obra
de providência comum e sua obra de providência extraordinária, mas
não sua obra de autenticar os agentes da revelação especial com
milagres no sentido restrito.

Milagres Satânicos

A questão continua: E os milagres de Satanás? A Bíblia não ensina que
Satanás, o Grande Enganador, também pode realizar milagres?
Observemos alguns dos textos relevantes da Bíblia que levantam esta
questão:

Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te
der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que
te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não
conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou
sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para
saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com
toda a vossa alma (Dt 13.1-3).

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em
teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não
fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade (Mt
7.22,23).

Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não
lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e
farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito.

Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais;
eis que ele está no interior da casa, não acrediteis (Mt 24.23-26).

A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder,
e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça
para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se
salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que
creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na
verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade (2Ts 2.9-12).

Esta amostra de textos bíblicos chama a atenção para a sóbria
admoestação acerca dos poderes e do engano de Satanás. Sua primeira
aparição como serpente no Éden foi marcada pela malícia e astúcia, e
ele continua a ser um adversário formidável para o povo de Deus. Como
Lutero disse: "astuto e mui rebelde" e, uma vez que está unido
ao "ânimo cruel", ele se torna ainda mais perigoso. Satanás é tão
habilidoso na arte de enganar que ele é capaz de nos aparecer sub
species boni, ou sob os auspícios do bem. Ele pode se transformar em
anjo de luz, e ele busca enganar até "os escolhidos" (Mt 24.24 e Mc
13.22).

As Escrituras retratam Satanás como um ser superior a nós. Ele é um
ser angelical, embora seja um anjo caído.

Como tal, estritamente falando, ele não é um ser sobrenatural. Ele
pode ser superior ao que esperamos ver na "natureza" comum, mas ele
ainda pertence à ordem natural no sentido de que ele é uma criatura e
parte da ordem de criaturas da natureza. Ele não está no nível de
Deus e não possui atributos divinos incomunicáveis. Ele é um ser
espiritual, porém um espírito finito. Ele não é infinito, eterno,
imutável, onisciente ou onipresente. Ele pode ter mais conhecimento
do que temos e um poder maior, mas ele não tem o poder divino.

Quando a Bíblia fala de pretensos "milagres" de Satanás, suas obras
são chamadas de "sinais e prodígios de mentira" (2Ts 2.9). A questão
é a seguinte: o que quer dizer o termo mentira?

Isto significa que Satanás pode realizar milagres verdadeiros em
favor de uma causa mentirosa?

Ou significa que os sinais e prodígios que ele realiza são mentiras
na medida em que são truques fraudulentos e não milagres verdadeiros?

Os teólogos se dividem nesta questão.

Alguns crêem que Satanás pode realizar milagres verdadeiros no
sentido de que ele pode fazer obras que são contra naturam, e alegam
que essas obras não são contra peccatum , ou "contra o pecado". Esta
distinção técnica tem o objetivo de mostrar que, embora Satanás possa
agir contra a natureza, ele nunca pode, ou pelo menos não poderá,
agir contra seus próprios propósitos do mal, que são "a favor do
pecado" em vez de "contra o pecado" . O raciocínio é que uma casa
dividida contra si mesma não permanece e Satanás nunca agirá contra
seus próprios objetivos fazendo milagres. Seus milagres sempre são
direcionados contra o bem e a verdade de Cristo. Sabemos, por
defensores dessa opinião, que podemos discernir a diferença entre os
milagres de Satanás e os milagres de Deus, sujeitando-os à prova da
Escritura.

Esse argumento sofre de uma falácia fatal, a falácia do raciocínio
circular. Antes de podermos testar os milagres de Satanás pelo
contexto da Escritura, devemos, primeiro, ter uma Escritura pela qual
testá-los. Lembramos que a Escritura é atestada pelos milagres
realizados pelos agentes da revelação que certificam que são porta-
vozes de Deus. Contudo, como sabemos que os milagres que os atestaram
não foram satânicos? Talvez Nicodemos devesse ter corrigido sua
afirmação para, "Bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus ou de
Satanás; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus
não for com ele". Na verdade, foi essa a acusação que os fariseus
fizeram contra Jesus, que ele estava realizando milagres pelo poder
de Satanás. Neste ponto, sua teologia foi inferior àquela de
Nicodemos, que foi mais restritiva na sua visão de milagre.

O mesmo problema que encontramos com a questão dos milagres
realizados por não-agentes da revelação está exagerado pelo problema
dos milagres satânicos. Se Satanás pode realizar milagres
verdadeiros, então o apelo bíblico aos milagres como certificação de
que os operadores de milagres vêm de Deus é um apelo ilegítimo.

Penso que faz mais sentido concluir que a "mentira" que descreve os
sinais e prodígios de Satanás não só descreve seu objetivo, mas seu
caráter. Eles são sinais mentirosos por serem fraudulentos e falsos.
Seus sinais se assemelham aos truques espantosos realizados pelos
magos do Egito que buscavam ter os mesmos poderes de Moisés:

E o Senhor falou a Moisés e a Arão, dizendo: Quando Faraó vos falar,
dizendo: Fazei por vós algum milagre; dirás a Arão: Toma a tua vara,
e lança-a diante de Faraó, e se tornará em serpente. Então Moises e
Arão entraram a Faraó, e fizeram assim como o Senhor ordenara; e
lançou Arão e sua vara diante de Faraó, e diante dos seus servos, e
tornou-se em serpente.

E Faraó também chamou os sábios e encantadores e os magos do Egito
fizeram também o mesmo com os seus encantamentos. Porque cada um
lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes; mas a vara de Arão
tragou as varas deles (Êx 7.8-12).

Os magos do Egito não tinham mais mágicas do que os mágicos têm hoje.
A diferença é que a maioria dos mágicos modernos no mundo ocidental
realmente não declara fazer mágica, contudo, está muito disposta a se
chamar de "ilusionista" , ou mestre do truque de mão. Existem muitas
lojas de magia onde aqueles interessados nessa forma moderna de
entretenimento podem aprender muitos truques da arte. Certa vez, tive
um vizinho que era marceneiro. Sua especialidade era fazer gabinetes
especiais para a realização de mágicas. Eles tinham mecanismos
inteligentes de dobradiças, fundos falsos, painéis secretos e
freqüentemente espelhos. Os mágicos de hoje não têm problemas para
esconder um coelho em uma cartola ou mesmo uma cobra em um tubo
desmontável. Quando Moisés e Arão realizaram seus milagres, os magos
do Egito acharam que podiam fazer igual. Contudo, não só suas
serpentes foram tragadas no processo, eles ficaram aflitos quando
logo se esgotou seu saco de truques e não puderam realizar os feitos
dos verdadeiros operadores de milagres.

Alguns dos truques realizados pelos mágicos modernos são
verdadeiramente espantosos para aqueles que os assistem. A ironia é
que, embora muitos deles exijam grande habilidade e anos de uma
cuidadosa prática, alguns dos feitos mais magníficos que eles
realizam são, ao mesmo tempo, alguns dos mais simples de se executar.

Lou Costello ganhava muito dinheiro em apostas quando mostrava uma
pilha normal de cartas e pedia a um "trouxa" para selecionar qualquer
carta do monte. Então, Lou lhe dizia que conhecia alguém em uma
cidade distante que era um confiável telepata. Lou apostava que se o
homem ligasse para o telepata e pedisse para falar com o mago, esse
mago lhe contaria, por meio de telepatia, qual carta ele tinha
selecionado. Quando o tolo fazia a aposta (como Jackie Gleason
admitiu ter feito uma vez), ele discava o número e chamava o mago. O
mago pedia que o homem pensasse na carta que tinha selecionado e,
então, prontamente, lhe dizia a carta pelo telefone... Este truque
funcionava todas as vezes.

Como Costello ou o mago faziam isso? Era um trambique simples.
Costello tinha cinqüenta e dois "magos" espalhados por todo o país.
Cada um era responsável por uma carta em particular. Costello
memorizava o mago e seu número de telefone para todas as cinqüentas e
duas cartas do monte. Quando o trouxa escolhia uma carta, Costello
simplesmente lhe dava o nome do mago responsável pela carta em
questão. Toda vez que aquela pessoa recebia um telefonema de alguém
pedindo um mago, ela sabia qual era a carta que devia identificar.

Os truques de Satanás são bem mais sofisticados do que isso, contudo
não deixam de ser truques. Seu ilusionismo pode exceder o de Houdini,
mas de maneira alguma se aproxima do poder miraculoso de Deus, que
sozinho pode tirar algo do nada e a vida da morte.

Os agentes de Satanás perderam a disputa com Moisés e Arão. Eles
foram derrotados por Elias no monte Carmelo. E eles não foram páreo
para Cristo no deserto ou durante seu ministério na terra. Satanás
buscou induzir Jesus a usar seu verdadeiro poder miraculoso a serviço
de Satanás, um poder que Satanás cobiçava. Simão, o mágico, buscou em
vão comprar o poder do Espírito Santo (At 8.9).

A providência de Deus é servida pelo poder de Deus. Os milagres são
parte do governo soberano de Deus sobre a criação e sobre a história.
Sua Palavra é soberanamente autenticada por aquele poder que ele não
está disposto a conceder aos poderes das trevas. Os truques de
Satanás são expostos pela Palavra, cuja verdade foi confirmada e
comprovada pelo testemunho miraculoso de Deus.

A Igreja atual enfrenta uma grave ameaça daqueles que querem
reivindicar o poder e a autoridade apostólicos. Neste aspecto, o
cristão deve estar sempre vigilante e fugir daqueles que têm tais
pretensões.

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Fonte: Extraído de A Mão Invisível - Todas as Coisas Realmente
Cooperam para o Bem?, R.C. Sproul. 1ª Edição, Editora Bompastor,
2001. São Paulo, SP. 237-262.

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