segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Emoções Religiosas Segundo Jonathan Edwards


Emoções Religiosas Segundo Jonathan Edwards

Num tempo em que o emocionalismo assola muitas vidas e igrejas, o livro A Genuína Experiência Espiritual (no original, Tratado sobre as afeições religiosas), de Jonathan Edwards (1703-1758), é como um oásis em meio ao deserto. Transcrevi abaixo os títulos dos capítulos desse excelente livro, que falam sobre o que prova ou não a genuinidade de nossas emoções religiosas.


I. Aquilo que não prova que nossas emoções vêm de uma verdadeira experiência de salvação:


1. Experiências fortes e vivas não provam que nossas emoções sejam espirituais ou não.


2. O fato de nossas emoções produzirem grandes conseqüências no corpo não prova que sejam espirituais ou não.


3. O fato de nossas emoções produzirem grande calor e disposição para falar sobre o cristianismo não prova que sejam espirituais ou não.


4. Emoções que não são produzidas por nosso próprio esforço podem ser ou não espirituais.


5. O fato de nossas emoções virem acompanhadas por um versículo bíblico não prova que sejam ou não espirituais.


6. Se nossas emoções parecem conter amor, isto não prova que sejam ou não espirituais.


7. A existência de experiência de muitos tipos de emoções não prova que sejam ou não espirituais.


8. Se conforto e alegria parecem seguir em determinada ordem, isto não prova que nossas emoções sejam espirituais ou não.


9. Se nossas emoções nos levam a despender muito tempo nas tarefas do culto cristão, aí não há prova que sejam ou não espirituais.


10. O fato de nossas emoções nos levarem a louvar a Deus com nossas bocas não prova que sejam ou não espirituais.


11. O fato de nossas emoções produzirem segurança de salvação não prova que sejam ou não espirituais.


12. Não podemos saber se as emoções de alguém são espirituais ou não, somente por seu relato comovente.


II. Os sinais que distinguem verdadeiras emoções espirituais:


1. Emoções espirituais verdadeiras surgem de influências espirituais, sobrenaturais e divinas no coração.


2. O propósito de emoções espirituais é a beleza das coisas espirituais, não nosso próprio interesse.


3. Emoções espirituais são baseadas na excelência moral das coisas divinas.


4. Emoções espirituais surgem da compreensão espiritual.


5. Emoções espirituais trazem uma convicção da realidade das coisas divinas.


6. Emoções espirituais sempre coexistem com a humilhação espiritual.


7. Emoções espirituais sempre coexistem com uma mudança de natureza.


8. As emoções espirituais verdadeiras diferem das falsas, na promoção de um espírito de amor, humildade, paz, perdão, compaixão à semelhança de Cristo.


9. As verdadeiras emoções espirituais enternecem o coração e existem juntamente com uma ternura do espírito cristão.


10. As verdadeiras emoções espirituais, ao contrário das falsas, têm simetria e equilíbrio belíssimos.


11. As verdadeiras emoções espirituais produzem um desejo por santidade mais profunda, diferentemente das emoções falsas, as quais se satisfazem em si mesmas.


12. O fruto das verdadeiras emoções espirituais é a prática cristã.


13. A prática cristã é, para outros, o principal sinal da sinceridade de um convertido.


14. A prática cristã é sinal certo de conversão para a consciência da própria pessoa.


Bibliografia: A Genuína Experiência Espiritual, Jonathan Edwards, Editora PES

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