quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Os homens tem que ser super heróis?


OS HOMENS TEM QUE SER SUPER HERÓIS?

Não importa a profissão que o homem tenha, todos estão debaixo de grande pressão, e um número cada vez maior está desistindo de lutar e continuar sua tarefa de viver. A taxa de suicídio de homens é duas vezes e meia maior do que a de mulheres. Os homens sofrem mais com estresse do que as mulheres, isso numa proporção de duas a quatro vezes.
Os homens assumem coisas demais e se esforçam para aparecerem super heróis. Todos esperam que sejamos bem sucedidos como provedores de nossa casa e de nossa família, que sejamos pais amorosos e dedicados, bons filhos para nossos pais já com idade avançada, e que façamos tudo isso ao mesmo tempo que sejamos bons membros em nossas igrejas e exemplos em nossa comunidade.
A sociedade exige homens bem sucedidos e nós envolvidos por essa cobrança nos desgastamos acima das nossas capacidades para desempenhar o papel de vitorioso.
A sociedade avalia os homens e as mulheres através de padrões distintos e injustos. A mulher vale de acordo com sua beleza, pelo quanto é atraente. Os homens são medidos de acordo com seu sucesso e por quanto possui em dinheiro. Você já notou que a sociedade criou termos ofensivos próprios para os homens; perdedor, cansado, mole, parasita, etc... Essas palavras ofensivas são usadas para homens que a sociedade julga serem de pouco valor, porque olham para sua aparente falta de sucesso.
A sociedade recompensa os fortes, os sonhadores, os fortes e os confiantes e isola aqueles que são inseguros (os que parecem ser fracos).
O problema é que sempre damos crédito ao que a sociedade diz, que o valor pessoal é determinado pelo sucesso.
Você precisa ganhar sempre; se não, receberá o rótulo de perdedor.
Ser vencedor tem um preço. E o preço é fadiga e depressão. Esses são os perigos físicos para nós, mas também perdemos a alegria de viver e diminuem nossa produção em todas as áreas de nossa vida.

Mais forte do que a cobrança da sociedade no sucesso dos homens é como caímos na armadilha e adotamos a postura de super herói. Muitos de nós ficam profundamente preocupados quando nossas igrejas desenvolvem algum trabalho evangelístico, o que acarretará em vinda para a igreja pessoas cheias de problemas e crises. Um trabalho evangelístico atrai pessoas “anormais”.
O problema é que cristãos normais não enxergam que pessoas boas podem fazer coisas ruins. Quando líderes cristãos conceituados, maduros e de sucesso são descobertos em seus pecados nos chocam, nos deixam desiludidos e desesperançados.
Nós da comunidade cristã olhamos demais para o sucesso, e zombamos das fraquezas e do fracasso.
Quando enfrentamos dificuldades com a tentação ou o fracasso, esperamos substituí-los rapidamente pela vitória.
Alguns dizem “você pode ir do fracasso ao sucesso em 30 segundos”. Não sei o que você pensa sobre isso, mas os fracassos que enfrento não é possível que eu os pule em apenas 30 segundos.
Os homens que vivem neste tipo de vida são vulneráveis. Ao invés de assumirmos quem somos dizemos: “isso não pode acontecer comigo”.
A Palavra de Deus nos exorta diversas vezes a não confiarmos na nossa força. Somos cobrados a reconhecer nossa fraqueza, em vez de disfarçá-la. Somos sempre ajudados pelo Senhor sempre que nos lembramos que somos fracos. Quando pensamos que somos fortes, que estamos além das fraquezas e do fracasso, estamos prestes a cair.
Esse falso orgulho afligiu a igreja de Laodicéia no Novo Testamento. Jesus os repreende por se considerarem ricos e não terem necessidade de nada. O Senhor lhes diz: “Voce é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e está nu. O homem sábio vê a si como alguém necessitado.
Paulo tinha um passado de conhecimento teológico extraordinário como fariseu filho de fariseu. Falou com Deus face a face em uma visão. Mas fez uma oração maravilhosa pedindo a Deus que o livrasse do espinho na carne. Deus o respondeu de uma forma inesperada. Não, essa foi a resposta. Disse o Senhor; “Paulo Eu não tirarei sua fraqueza, minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.2 Co. 12:9
O que Paulo declarou? Ele disse: “Eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. ... Pois, quando sou fraco é que sou forte”. 2 Co 12:9,10
Temos que olhar para a condição em que vivemos, apesar de Cristo viver em nós e sermos novas criaturas, permanecemos mistos, quer dizer, vivemos com a nova e a velha natureza. Essa nossa natureza velha é que queremos que nunca ninguém descubra, ela nos empurra para o pecado e a destruição.
Nós cristãos nos referimos a velha natureza da boca para fora, achamos que ela foi domesticada, e que agora somos cristãos dedicados. Nós falamos: “deixei os meus dias de pecado pra trás, agora sou nova criatura e não peco mais, não sou mais capaz de cometer algum pecado terrível.
Mas precisamos entender que temos um lado sombrio, uma inclinação para o mal que nunca será erradicada nesta vida. Na carta que escreveu aos Éfesos Paulo os advertiu que mesmo depois de nos tornarmos cristãos, nosso lado obscuro (o velho eu) torna-se ainda mais corrupto, e não melhor do que era. Efésios 4:22. Nós cristãos somos capazes de cometer atos horríveis quanto qualquer outra pessoa.
Na carta de João vemos que ele coloca as coisas bem claras: I João 1:8 – Se afirmamos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. O apóstolo Paulo quando confessa sua própria luta com seu lado sombrio no capítulo 7 de Romanos ”Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”. Romanos 7:19
Nós seremos assim até o dia que morrermos.
Muitos de nós passaram anos de sua vida tentando melhorar o visual e fazer coisas para esconder o lado sóbrio e mostrar apenas o nosso lado bom.
Precisamos tomar cuidado pois na igreja podemos nos tornar mais espertos em nos parecer bons ao invés de nos tornar santos.
Deus quer transformar nosso caráter, mas estamos ocupados demais gastando tempo e energia para parecermos bons.
Podemos passar anos de nossas vidas gastando todo o tempo imaginando que vamos receber louvor, afirmação e aprovação se nos dedicarmos a agradar todo mundo. Certamente receberemos muitos elogios pelo caminho da vida mas eles não serão suficientes para preencher nosso vazio.
Os fariseus eram dependentes de aprovação nos dias de Jesus. João 12:43 – Preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus”.
Tudo começa a mudar na nossa vida quando deixamos de nos preocupar com o que as pessoas acham de nós.

Pelo menos 5 problemas aparecem em nós quando buscamos agradar as pessoas em busca de aprovação.
1- Nunca conseguimos dizer não
2- Nossos atos passam a ser guiados pela culpa. Fazemos coisas porque tememos as conseqüências, em vez de as fazermos porque realmente queremos.
3- Não experimentamos a afirmação do nosso verdadeiro eu. O que queremos ao agradarmos as pessoas, aprovação e a afirmação, nunca recebemos. Como vivemos para agradar os outros, nossa verdadeira identidade está presa atrás de um falso eu, o verdadeiro está oculto, não pode ser afirmado.
4- Não conhecemos a pessoa maravilhosa que Deus criou e deseja que sejamos. Passamos a vida tentando ser outra pessoa.
5- Agradar as pessoas é uma forma de idolatria. Estamos fazendo das pessoas o centro do universo em vez de Deus.

Como melhorar nossa vida.

Muitos estão no outro extremo, acreditam em uma vida centrada em si mesmos, tratando as pessoas em sua volta com groceria. Não sentem dificuldade com a questão de ter de agradar as outras pessoas. Eles possuem o problema oposto: narcisismo, preocupação excessiva consigo mesmos. Mas muitos estão vivendo preocupados com a opinião alheia e negamos nossas necessidades e limitações. O equilibrio é encontrado no centro. Cuidado pessoal e coração aberto para ajudar os outros.
Filipenses 2:4 – Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”.
Galatas 6:2 – Lemos que devemos levar “os fardos uns dos outros”
Os dois versiculos mais à frente dizem: “cada um examine os próprios atos(...) pois cada um deverá levar a própria carga”.
Como os homens presos na armadilha do herói encontram liberdade?
Destruindo a armadilha e construindo um modelo baseado na visão de Deus para eles.

COMO FAZER ISSO?

1 – Seja o que Deus quer que você seja. Viva a visão que Deus tem de você.

Queremos agradar os outros devido nossa auto imagem negativa e nosso debilitado valor próprio.
Quando um número grande de pessoas dizem que gostam e que precisam de nós nos sentimos bem em relação a nós mesmos.
O problema é que esta motivação está vindo da nossa sensação de que somos defeituosos e que não somos suficientemente bons.

Precisamos para de buscar nos outros; esposa, amigos, filhos, chefes, nosso senso de valor pessoal, e em vez disso, assumir a visão de Deus para nós que nos é revelada em sua Palavra.

Salmos 139 celebra a elevada estima que Deus tem por nós, seus filhos.
Fomos planejados pelo próprio Criador, Ele nos diz: “Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção”

Davi nos mostra 2 coisas neste Salmo:
1- Deus realizou um trabalho maravilhoso ao criar você e eu, e Ele sabe disso e nos valoriza profundamente.
2- Davi tinha convicção disso e não tem medo de dizer que foi criado “de modo especial e admirável”.

Precisamos orar para essa segunda realidade pedindo graça de Deus para experimentar:
a- A plena aceitação
b- A crença de que cada um de nós é um exemplo maravilhoso da criação de Deus, de que Ele fez um bom trabalho em nós.


2- Abandone a necessidade compulsiva de ser perfeito

Alguém já disse que o perfeccionista é alguém que carrega grandes dores... e as lança sobre os outros.
O Plano de Deus por toda a história tem feito uso de pessoas imperfeitas.
Davi fracassou terrivelmente.
Moisés fracassou mas foi honrado como um dos grandes líderes da Bíblia.
Pedro fracassou mas foi honrado por Jesus.

Isso não quer dizer que sempre podemos justificar o fracasso, seja moral ou de outro tipo. Mas isso quer dizer que o prefeccionismo motivado pelo medo não é saudável; a necessidade de parecer perfeito impede que reconheçamos a necessidade de pedir ajuda. Quando abrimos mão da ajuda, normalmente estamos apenas alguns passos da derrota.

Quando abrimos mão da necessidade de sermos perfeitos, abrimos a porta para uma cura profunda.


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