sábado, 30 de outubro de 2010

Sacrificios humanos em 31 de Outubro - Dia de Lucifer


"Era uma sexta-feira chuvosa e fria. Estávamos às vésperas do Outono. Eu
aguardava no ponto de encontro, em frente à Igreja na avenida Pompéia, vestido
com a jaqueta jeans.
O carro chegou e Marlon espantou-se que eu estivesse tão mal agasalhado
diante da frente fria. Emprestou-me o seu próprio casaco. Eu sempre quis ter um
casaco como aquele! Parecia de detetive. E tão entretido eu estava com ele que a
viagem até me pareceu mais rápida do que de costume.
Eu já sabia que abriria plenamente o sétimo Portal. Por ocasião da Iniciação
eu o tinha aberto parcialmente para Abraxas e, por causa disso, já tinha adquirido
visão espiritual aberta. Mas com a abertura total dele eu viria a ter de fato a visão
além do alcance. Receberia um Poder sobrenatural ligado a tudo o que diz respeito
à premonição, clarividência, adivinhação e revelação.
Eu já tinha as técnicas. Faltava a capacitação. O Poder seria pleno a partir
daquela noite.
Quando um Satanista faz uma previsão, ou lança um decreto, ele acerta com
grande margem de precisão. Bem ao contrário dos gurus que vemos na televisão
fazendo previsões tolas. As Entidades desconhecem a dimensão Tempo, eu já
sabia disso. Mas agora passaria a experimentar de fato.
Chegamos defronte à casa e o portão foi aberto. Thalya estava um pouco
mais quieta do que de costume, provavelmente pensando no Rito que se aproximava.
Mas tanto eu quanto ela estávamos calmos e confiantes. Ela já tinha aberto
também parcialmente o sétimo Portal na Iniciação, mas naquela noite abriria o
quinto Portal.
Já sabíamos quais seriam as Entidades envolvidas naquela Cerimônia e que a
partir de então viriam a ter legalidade para relacionar-se conosco. O sétimo Portal,
no meu caso, serviria a um outro demônio muito poderoso, mais poderoso do
que Abraxas. Ele queria manter maior contato comigo e iria utilizar-se do mesmo
Portal.
Abraxas tinha sido o escolhido por Lucifér para me acompanhar. Mas existe
uma ordem hierárquica ligada ao próprio Abraxas. No caso, da mesma forma que
existe uma série de legiões abaixo dele, isto é, subordinadas a ele, existem também
algumas acima porque Abraxas estava inserido no Quinto nível dimensional. Há
Entidades do Sétimo e Nono nível que são como "comandantes" dele. E todos
estes estão subordinados a Leviathan.
Quando eu dei a legalidade para Abraxas entrar no meu corpo, mais tarde
esta legalidade estender-se-ia para todas as legiões comandadas por ele. Isto é, eu
poderia ter acesso e envolvimento com elas, e elas comigo. Do mesmo jeito isso
aconteceria com a nova Entidade com quem estava prestes a entrar em contato,
Adramelech.
Adramelech seria o convidado daquela noite para entender-se comigo, um
demônio do Sétimo nível dimensional. Ele foi um dos deuses antigamente
cultuados na Assíria, onde o Povo de Israel passou seu exílio, e é uma Entidade de
cegueira espiritual e destruição. Eu precisaria dos Poderes desse demônio no
futuro para cegar as pessoas diante das operações que teria que realizar, para
tornar-me escondido e proteger-me. Adramelech e as legiões que o servem fazem
parte dos demônios que protegem a Irmandade nesse sentido. Neutralizam a ação
de terceiros contra a Organização.
E eu já tinha recebido um pequeno vislumbre do meu destino, do lugar no
qual seria usado e, portanto, precisaria daquele revestimento especial.
O carro serpenteou pelas alamedas. Já havia bastante gente ali, a julgar pelo
número de veículos estacionados. Conversamos um pouco, nos cumprimentamos,
mas logo descemos para o porão porque a garoa se intensificava.
As casas são interligadas por uma grande galeria e percorremos o caminho
até um salão um pouco menor do que o Átrio Ritual convencional. Eu já o conhecia
de ter passado perto, mas nunca participara de nada que tivesse sido feito ali
dentro. Era reservado para algumas Cerimônias mais especiais.
Preparei-me em silêncio, vesti o meu manto e aguardei Marlon e Thalya para
que entrássemos juntos. Naquela noite não estariam presentes todos os membros
do nosso núcleo. Ao invés de cinco mil pessoas contaríamos com cerca de apenas
seiscentos participantes naquele Ritual de abertura de Portais.
Quando desci as escadas para entrar no salão ao lado de Marlon atravessei
uma cortina grossa e negra que separava os ambientes.
"Nossa...", pensei. "Para variar... parece um cenário de um filme".
A impressão foi muito forte. E tantos eram os detalhes do salão! Ele estava
preparado de um jeito todo diferente e havia muitas minúcias. Extremamente
adornado, extremamente luxuoso, era realmente bonito ali dentro.
Logo na entrada duas lanças enormes cruzavam-se sobre as nossas cabeças.
As paredes eram de grandes blocos de pedras e arcos cruzavam-se em cima, na
abóbada, dividindo o salão em gomos.
A iluminação feita por tochas laterais conferia ao ambiente uma claridade
característica, como uma noite de Lua Cheia. No centro, perto do altar, as duas
características piras de fogo cujas bases eram muito, muito ricas de desenhos em
relevo.
O altar era bem grande e tinha um Gongo sobre ele, imenso, bonito. No
Gongo, o desenho de um triângulo, e um olho dentro do triângulo. Nas laterais
do altar, duas armaduras. Um Pentagrama muito grande se destacava ali em cima.
Havia um também em cada parede.
Caminhei devagar sentindo o odor perfumado que se desprendia dos vasos
de incenso. O ar já estava impregnado dele. A fumaça habitual também já se fazia
presente. Respirei fundo e, junto com Thalya, afastei-me de Marlon para acompanhar
o grupo que participaria do Rito daquela noite.
Seríamos cinco pessoas.
Esperamos até que o horário cravado desse início à Cerimônia. E então, em
meio aos cânticos que já se iniciavam, subimos ao altar e nos posicionamos sobre
o Pentagrama. Em cada ponta dele já estava marcado o nome de quem ficaria ali.
Meu lugar fora reservado sobre a ponta que correspondia à barba do bode, à
cabeça do homem, o lugar de maior destaque. Thalya ficou à minha esquerda.
Dali eu podia ver Marlon, sentado bem em frente, e Rúbia perto dele. Ariel
estava logo atrás junto com Górion, Aziz e Kzara.
Nós cinco tínhamos que ficar com os capuzes bem posicionados e bem
rente ao rosto até que os demônios aparecessem. Assumimos a posição de lótus e
aguardamos enquanto o Ritual tinha início.
***
O processo ritualístico todo duraria seis horas, até ao raiar da manhã. Nove
momentos diferentes teriam lugar, cada um deles marcado pelo soar do Gongo.
Um momento muito solene foi a leitura de um trecho do Livro dos
Grimões original, algo que tínhamos o privilégio tremendo de ver ao vivo e à
cores. Foi lido o texto em aramaico e depois explicado em português. Naquele dia
não pude ver o Livro de perto, mas mais tarde eu poderia fazê-lo. Sem encostar
nele.
De fato parecia escrito com sangue, a julgar pela coloração das letras, e tinha
muitas gravuras. Na capa, um caldeirão e um Pentagrama. Do caldeirão sai uma
fumaça que forma como que a figura do bode. Por trás dele há algumas estrelas,
uma representação do Universo. A impressão é que o conhecimento daquele
Livro é universal e ultrapassa o limite das Gerações.
Aquele era um momento muito importante de nossas vidas dentro da
Irmandade, um momento mágico e sobrenatural. Não estávamos ali por acaso.
Aquele era um novo começo. Novamente seria adicionado "Poder à nossa força".
Aquele ato era individual e conjunto ao mesmo tempo, todos os que estavam ali
eram participantes da mesma aliança.
Depois da leitura e explanação do Livro dos Grimões deu-se o Juramento.
Comandados pelo Sumo Sacerdote todos os presentes juraram em alta voz manter
segredo daquele momento, colocando em juízo a própria vida e sanidade mental,
bem como a vida e a sanidade mental de seus familiares.
Qualquer dos presentes que porventura deixasse vazar informações a respeito
do Ritual e do Pacto da Irmandade seria amaldiçoado e pagaria com a própria
vida. Os presentes estavam ali com o intuito de somar forças, de tornarem-se
um só corpo uns com os outros. A traição não seria jamais perdoada.
Toda a assembléia por fim estendeu as mãos sobre nós e jurou fidelidade
absoluta e incondicional, mútua proteção, permanente ajuda e íntima unidade
conosco.
A seguir foi lido um texto do Livro de Leviathan, na Bíblia Satânica. Aquele
que tinha sido injustiçado, Lucifér, agora tinha o Poder de revidar. Ele próprio
nos conferia o Poder de fazer justiça.
E seguiu-se um momento de júbilo com muitos cânticos e pedidos às
Entidades para que nos presenteassem com a sua presença naquela noite.
***
Tudo passou muito rápido, parecia que estiváramos inseridos numa
dimensão de tempo diferente. Durante todo o decorrer do Rito eu procurei
permanecer atento a tudo o que acontecia à minha volta apesar de estar com o
rosto parcial-mente coberto pelo capuz. Quase que nem pude ver Thalya porque
ela permaneceu a maior parte do tempo com a cabeça baixa. As sensações se
misturavam, por vezes até mesmo contraditórias. De um
lado eu me sentia totalmente assombrado, considerando se realmente estava
ali fazendo parte de tudo aquilo. Mas também senti o júbilo que me invadiu mais e
mais no decorrer da madrugada, exatamente como todos os convidados no salão.
Que privilégio. Aquele lugar era para poucos! Não sentia medo de espécie
nenhuma, mesmo porque Marlon estava perto. E toda a comunidade era sempre
tão acolhedora, lançando-nos olhares cheios de ternura e aprovação.
Aquele momento era quase o clímax da Cerimônia. Os Sacerdotes sobre o
altar eram sete, dentre eles Zórdico, e diferentemente encontravam-se dois Sumos
Sacerdotes. Akilai e um outro, cujas vestes eram diferentes das demais. Durante
todo o tempo os Sacerdotes deram forte suporte à Cerimônia fazendo algo como
uma invocação em concordância, pedindo que as Entidades agraciadas com a
abertura dos Portais — ou os seus representantes — pudessem estar vindo e sentindo-
se bem no nosso meio. Era uma junção de Poderes para um fim comum.
O Sumo Sacerdote que efetivamente presidiu toda a Cerimônia não me era
familiar. Tinha um forte sotaque norte-americano. Era muito claro de pele, com
cabelos loiros.
Por fim, em meio aos cânticos e ao rufar dos atabaques ele adiantou-se e
tocou nossas cabeças, um por um, num ato muito solene. E parabenizou-nos pelo
presente que estaríamos recebendo naquela noite.
O gongo tocou pela oitava vez. Havia um estranho prenuncio no ar.
***
Eram sete crianças ao todo nesse dia, de diferentes idades. Estavam todas
desacordadas e envoltas em mantos vermelhos. Foram posicionadas lado a lado
com muito cuidado sobre a mesa.
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O Sumo Sacerdote estrangeiro ofereceu a primeira criança diretamente às
Entidades. Elevou-a acima da cabeça para que o príncipe mais forte tomasse ele
mesmo aquela vida. Começou a falar as palavras de encantamento e enquanto
falava de repente a sua voz mudou completamente. Percebi a canalização de forma
muito clara.
Mas o rosto dele tinha mudado tanto... já nem parecia um homem... uma
mudança absurda...! Estava parecido com um lobo!
"Será que eu estou mesmo vendo isso?!!"
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O manto vermelho que envolvia a criança foi arrancado do nada, com muita
violência. Eu ainda não estava vendo a Entidade.
O Sumo Sacerdote falava com voz potente, ecoava por todo o ambiente.
Subitamente foi como um trovão, um verdadeiro rugido! Senti a vibração percorrer
o meu corpo. Não sei exatamente o que aconteceu porque fechei instintivamente
os olhos por uma fração de segundo. E o corpo já estava sangrando.
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Depois o Sumo Sacerdote canalizado tocou com sangue em cada um de nós,
no Portal que seria aberto, fazendo um Pentagrama em cada ponto. Até a textura
da pele dele estava diferente, não parecia pele humana, senti-a estranha quando
me tocou.
A segunda criança foi oferecida por ele mesmo.
Houve júbilo no salão. Davam gritos, batiam palmas, ergueu-se um verdadeiro
clamor.
Atabaques.
O nono soar do Gongo.
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Naquele momento o uivo de um estranho instrumento musical se fez ouvir,
lúgubre, melancólico.
E a vibração estranha no ar começou a crescer, aquela presença, aquele...
não saberia descrever.
Eu não estava enxergando nada ainda. Mas percebi que Marlon olhava de
uma forma que me dizia que ele já estava vendo tudo o que se podia ver. Rúbia
também. Mas eu somente contemplava o vazio. Só que sabia que eles já estavam
lá.
Então, um a um fomos chamados pelo Sumo Sacerdote. As mãos dele eram
impostas sobre nós, algumas palavras de encantamento eram faladas. E ele nos
orientou que poderíamos pedir a canalização naquele momento.
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Eu me levantei sentindo a descarga de adrenalina muito forte. Eu tremia
levemente por dentro, como se estivesse com frio. Mas sabia que era por causa de
Abraxas. Evitei olhar demais para a mesa. A marca já estava feita no local aonde
deveria ser desferido o golpe, de acordo com o Portal a ser aberto.
Cumpri os passos Rituais e, por fim, autorizei a canalização.
Uma descarga elétrica me percorreu, indescritivelmente intensa. Nunca tinha
sido assim. Nunca tinha sido plenamente canalizado daquela forma. A sensação é
que iria dali para o chão. Mas algo parecia sustentar-me. Um calor estúpido me
subiu instantaneamente, os músculos retesaram-se de imediato e os olhos ficaram
muito quentes. O ar entrava de uma maneira vigorosa como se eu precisasse de
muito oxigênio.
A descarga elétrica continuava rodando o meu corpo, em ondas. O coração
parecia querer saltar para fora do peito!"

Trecho do livro Filho do Fogo 2, de Daniel Mastral, a respeito de rituais satânicos, sacrificios de crianças.
Houve uma matétia recentemente no programa da tv Bandeirantes, Aliga; a respeito do desaparecimento anualmente de 200.000 pessoas, é isso mesmo, 200.000 que somem e nunca mais voltam, somem, desaparecem, ou simplesmente são sequestradas para fim de sacrificio. Desses 200.000, 120.000 são crianças. É momento de refletirmos, não podemos simplesmente cruzar os braços e dizer que isso não existe, pois é isso mesmo que satanás quer que acreditemos. Precisamos agir mais e debater menos.

Um comentário:

Anônimo disse...

OMG , você vê o que está acontecendo na Síria ? Apesar de uma brutal repressão do governo , as manifestações continuam