quinta-feira, 4 de junho de 2009

Céu


Céu

Apocalipse 21:1: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”.

“Céu” é o termo bíblico para designar o lugar de habitação de Deus (Sl 33.13-14; Mt 6.9), o lugar de sua presença para onde o Cristo glorificado retornou (At 1.11). A Igreja militante e a Igreja triunfante se unem ali para o culto (Hb 12.22-25), e, um dia, o povo de Deus estará ali com Cristo para sempre (Jo 17.5,24; 1Ts 4.16-17). O céu é o lugar de descanso de Deus (Jo 14.2). É descrito como uma cidade (Hb 11.10) e uma pátria (Hb 11.16.

Pensar no céu como um “lugar” é mais correto do que errado, ainda que a palavra (lugar) possa enganar. As Escrituras descrevem o céu como uma realidade espacial que toca e interpenetra o espaço criado. Segundo a Carta aos Efésios, o trono de Cristo à direita do Pai (Ef 1.20) e a vida dos cristãos em Cristo estão ambos nos “lugares celestiais” (Ef 1.3,20; 2.6). Paulo alude à sua experiência no “terceiro céu” ou “paraíso” (2Co 12.2,4). Um corpo ressurreto, adaptado à vida do céu, nos espera (2Co 5.1-8). Enquanto estamos em nosso corpo atual, as realidades do céu são invisíveis para nós, e só as conhecemos pela fé (2Co 4.18; 5.7). A esperança fundada sobre o que a fé vê dá-nos coragem para perseverar (Rm 8.25; conforme Gl 5.5; 1Jo 3.3).

Podemos formar uma idéia da perfeita vida do céu baseados naquilo que conhecemos imperfeitamente agora (1Co 13.12). Nossa comunhão com Deus e com outros cristãos jamais se quebrará (Sl 23.6). Segundo o Apocalipse, lá não haverá lágrimas, tristeza ou morte (Ap 21.4). Segundo a Carta aos Romanos, a própria terra, com a vida sobre ela, “está sujeita à vaidade” por causa do pecado (Rm 8.20). Através do Espírito, sabemos que esta corrupção será destruída, e as possibilidades vagamente percebidas na criação decaída serão realizadas na “liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.21).

Segundo Breve o Breve Catecismo, fomos criados “para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. As coroas, festas e celebrações da vitória descritas nas Escrituras colocam um aspecto dessa alegria diante dos nossos olhos. O triunfo do Cordeiro que foi morto e de seus santos com ele (Ap 5.6; 14.1) é outro aspecto. No centro está a união de Deus com seu povo (Ap 22.4). Esta era a promessa da aliança (Jr 30.22), e está destinada a ser realizada de um modo que vai além da nossa imaginação (Ef 2.7; 3.9; conforme 1Co 2.9).


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Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1548.

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