sábado, 4 de abril de 2009

Os Argumentos de Jeroboão para Defender Inovações


Os psiquiatras nos dizem que a maioria das pessoas que são enganadas quer ser enganada. Pelo menos têm suas mentes preparadas para tentar acreditar num certo tipo de mensagem.
Esta é a tremenda vantagem que o médico charlatão tem com os que estão seriamente doentes ou incuráveis; else querem acreditar nele. O falso mestre goza exatamente da mesma vantagem, quando diz o que é desejado e agradável a seus ouvintes. Estes fornecedores de falsa esperança não são desprovidos de habilidade e usualmente se exercitam para desenvolver uma apresentação atraente, razoável e acreditável.
Mas o elemento real do engano não é, normalmente, tanto a habilidade para confundir intelectualmente como é a capacidade para entender e instigar os desejos e as fraquezas das pessoas.

Os argumentos de Jeroboão para levar Israel à trágica apostasia é um exemplo nítido. Não obstante sua posição como rei, seu sucesso é espantoso ao executar uma mudança drástica e popular nas devoções religiosas de uma nação, em uma só geração.
Os lugares indicados por ele mesmo ficavam como rivais de Jerusalém como sedes de adoração (Deuteronômio 12:14; 1 Reis 12:28-29) e o povo teve três santuários em vez de um só. Ele instituiu seus próprios aspectos, tais como imagens e sacerdotes não levíticos (1 Reis 12:28,31). Ele mudou as datas dos dias de festa, de acordo com o que ele tinha "escolhido ao seu bel prazer". Assim, em vez de lealdade religiosa e unidade entre o povo, temos uma Grande divisão: três santuários em vez de um, duas ordens de adoração, em vez de uma, imagens absolutamente não autorizadas, sacerdócios rivais e festas competitivas. E um dos estabelecimentos de Jeroboão era em Betel, apenas 19 quilômetros de Jerusalém, uma descarada declaração de divisão e desrespeito pela verdadeira adoração. Para um homem realizar tanto, mesmo para o mal, é exigida capacidade e percepção dos desejos e fraquezas de um povo. Os argumentos de Jeroboão refletem sua posse desta percepção.

1) Ele apelou para o conforto, conveniência e vida regalada: "Basta de subirdes a Jerusalém" (1 Reis 12:28). Jerusalém estava mesmo a uma Grande distância para aqueles que não tinham problemas com poluição de escapamento de automóvel. Era uma viagem que consumia tempo e considerável despesa. Sem dúvida os menos zelosos ficaram alegres ao ouvir um homem da proeminência de Jeroboão, vitalidade e força pessoal, dizer que isso era exigir demais. Ele entende. E quem teria uma mente tão estreita para dizer que Deus condenaria a adoração em Dã, mas aceitaria em Jerusalém?

2) Ele apelou para o senso de piedade e adoração deles. "Vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito" (1 Reis 12:28). Não subestime a esperteza de Jeroboão acusando-o aqui de tentar dizer aos judeus que Jeová não é Deus. Isso muito provavelmente teria ofendido tanto uma realidade e fé tão básicas que teria sido quase impossível acreditar. Mas o povo se deleitava em ter uma representação tangível da divindade. Talvez ela fosse modelada mais ou menos como um querubim, como alguns sugerem, o que teria facilitado o apelo de Jeroboão para o povo identificar Deus com seus bezerros e buscar a ele Ali.

3) Ele apelou para o orgulho. Os israelitas já tinham se desligado de Judá, zangados com as palavras imprudentes de Roboão. Else se tinham rebelado, dizendo: "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! Às vossas tendas, ó Israel!" (1 Reis 12:16). Judá não nos oferece nada! Vamos para Casa. Jeroboão ofereceu-lhes santuários em sua terra! Israel é tão boa quanto Judá. Dã e Betel são tão satisfatórias quanto Jerusalém. O orgulho regional pode ficar forte.

Ele apelou para memórias nostálgicas e preciosas pela própria seleção de Dã e Betel como santuários, e Siquém como capital. For a da conveniência para o povo do norte, Dã era associada com a adoração de Deus através de imagens de prata (Juízes 17 e 18). Jeroboão inventou um bezerro de ouro. Betel estava fortemente associada com Jacó e Samuel e assim era historicamente afetuosa em sua sentimentalidade, e se tornou o lugar de um templo pretensioso. Siquém relembra os dias de Abraão, e foi uma cidade sacerdotal. Estas são as "nossas" cidades.

Ele dava a entender que tudo estava bem, que era a mesma velha adoração para aqueles que não têm porção em Judá e nenhum desejo de apoiar seus estabelecimentos. Era revolução religiosa, mas é duvidoso que muitos do povo realmente o soubessem. Do que ele disse, else gostaram, e queriam acreditar, e acreditaram mesmo. Enganados e em erro, todo o tempo pensando que tudo estava bem e que serviam a Deus!

Todas as inovações bem-sucedidas possuem mais ou menos o mesmo gosto popular, conveniência, orgulho e são aparentemente razoáveis e piedosas. Seja como for, não eram todos que estavam enganados. Alguns teimosamente resistiram às inovações, preferindo a autoridade de Deus ao "tão bom quanto..." do homem. Ainda que conforme todas as aparências Jeroboão tinha sido bem-sucedido, ele nunca teve a autoridade ou aprovação de Deus, e seu sucesso aparente não somente levou Israel a sua queda mas arrebatou o reinado de Jeroboão e destruiu sua posteridade da face da terra. E ainda alguns dizem, "Você não pode argumentar com sucesso." Você deve discutir com sucesso, meu amigo, e fazer todo o caminho de volta a Jerusalém.

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