sábado, 1 de janeiro de 2011

A Ceia do Senhor: Livre ou Restrita?


A Ceia do Senhor: Livre ou Restrita?

OS PARTICIPANTES DA MESA DO SENHOR - A CEIA É RESTRINGIDA AOS CRENTES EVANGÉLICOS?

CONQUANTO POSSA parecer irrelevante este enfoque por ser fácil a compreensão deste impositivo decorrente da própria coerência, torna-se ele oportuno em resultado das idéias universalistas cada vez mais divulgadas pela interpretação neomodernista das Sagradas Escrituras.

Ora, se todos os homens lograrão a vida Eterna, os universalistas, na sua falha visão escatológica, não vêem porque afastar da Mesa do Senhor os não-crentes evangélicos.


O PRIMEIRO DESVIO – Por mais incrível que parecer possa essa amplíssima comunhão foi a primeira perversão da Ceia do Senhor sucedida ainda nos Tempo Apostólicos e, como não poderia deixar de ser, em Corinto.

Ao tempo de incrédulos os coríntios praticavam as solenidades pagãs. Com a conversão cada qual permanecia em sua própria família composta de pagãos. Por lhe faltaram esclarecimentos o novo cristão, adotando uma atitude de liberalidade, continuava a participar das festividades pagãs e, movido de magnânima compreensão (?) num gesto de simpática sociabilidade (?), em contrapartida, conduzia seus parentes e amigos ainda pagãos à Mesa do Senhor. Acaso Paulo Apóstolo deixou o assunto de lado por supo-lo insignificante? Acaso reputou este pacífico convívio religioso uma boa oportunidade de os cristãos, revelando-se compreensivos, poderem evangelizar os pagãos? Bem ao contrário! Sua espada cortou cerce as raízes da degeneração. Em I Cor.10:1-22 memora aos coríntios depravados a perversão dos antigos judeus que, batizados sob o domínio de Moisés. “na nuvem e no mar”, “todos comeram do mesmo alimento espiritual, e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo”. Destruindo de tantas bênçãos do Senhor, prostituira-se eles na idolatria e se rebelaram contra Deus.

Imitavam-lhes os coríntios o péssimo exemplo. Paulo advertia-os: “fugi da idolatria!”. “

…as coisas que eles” (os pagãos) “sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios”.

O Apóstolo é intergiversável. Sem rodeios e circunlóquios. Nada de evasivas ou eufemismos. Nada de brandura do Dulçor. Definido, categórico, Paulo no exercício do seu Múnus Apostólico, determina: “não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da Mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou provocarmos a zelos o Senhor? Somos, porventura, mais fortes do que ele?


PRECISA IR…PRA DÁ TISTIMUNHO… quem lê meu livro A MISSA conclui ser esse rito católico flagrante culto de demônios. Ela, a “missa nada tem de semelhante com a Ceia do Senhor. Sua terminologia é outra astúcia de satanás no intento de enganar. Portanto participar dela, assistindo-a, implica em tomar parte na mesa dos demônios.

Alastrou-se a idiotice humana! Contaminou muitos evangélicos. Ah!, se eu for à missa, o meu amigo irá à minha Igreja e ouvirá a Palavra de Deus. Pode acontecer. Acontecerá também infalivelmente acontecerá, que esse indivíduo jamais se converterá. Com tamanho contra testemunho ele concluirá que tudo é a mesma coisa. Essa tática é jesuíta. A do fim que justifica os meios. É imoral.

Morreu alguém da família de crente. Perguntou ao pastor de sua Igreja: o que o senhor acha de eu assistir à missa do sétimo dia por esse parente? O ignaro deu este conselho: o irmão precisa i prá dá tistimundo…

Só quero que o Azambuja não saiba desse conselho idiota. Se o souber, pobre desse pastor! Levará uma saraivada de reprimendas… Onde já se viu: ir ao culto de demônios “pra dá tistimundo”. E o pastor é também advogado. E daqueles advogados que o seu constituinte não se precaver vai para a cadeia.


DEFINAMOS… Há certos vocábulos que não deveriam ser adjetivados. As circunstâncias atuais de corrupção também do verdadeiro sentido das palavras nos forçam ao uso dos adjetivos no intuito de externarmos corretamente nosso pensamento.

Um desses termos de acepção sobremodo poluída é o vocábulo CRENTE.

Se crente é aquele que crê em alguma coisa ou em alguém, todas as pessoas são crentes. Até o socialista é crente, porque, embora sua própria filosofia seja atéia, crê num futuro paraíso social onde todas as classes se nivelarão no desfrute de todos os bens terrenos.

Exatamente para confundir, também os católicos hoje se dizem crentes.

Todavia CRENTE EVANGÉLICO é o que experimentou a genuína conversão imposta por Jesus Cristo crucifício Substitucionário e Remidor.

A conclusão é inarredável. Irrecusável. Só o CRENTE EVANGÉLICO se credencia à participação da Mesa do Senhor.

É questão de lógica! Se a Ceia do Senhor é o Memorial Sagrado do Sacrifício eternamente consumado, só podem nela ter parte os que conhecem na própria experiência e na vida a plena remissão dos pecados. Ao estabelecê-las, celebrando-a pela primeira vez, Jesus o fez com os Apóstolos, pessoas regeneradas e salvas.

De resto, como poderia participar dela alguém que recusa o Sacrifício de Jesus Cristo por ela e nela memorado? Seria um absurdo alguém comemorar algum acontecimento se nele não crê.


UMA QUESTÃO DE ORDEM LÓGICA – Todas as palavras das Escrituras são importantíssimas e têm vigorosa razão de ser empregada. A sua própria ordem ou disposição numa frase é de vital importância.

Aos discípulos congregados no monte da Galiléia, tendo evocado e invocado Sua Suprema e Divina Autoridade, Jesus Cristo ordenou: “portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os…ensinado-os guarda todas as coisas que Eu vou tenho mandado…” (Mt.28:16-20).

Note-se a disposição estabelecida: primeiro ensinar fazendo discípulos; em seguida batizar (a primeira Ordenança) esses discípulos; e, terceiramente, ensiná-los “a guardar todas as coisas” mandadas pelo Salvador. Certamente que entre esses mandamentos de Jesus Cristo se distingue o da Ceia Memorial, que Ele fundou e com os verbos no modo imperativo: tomai, comei… bebei… fazei… determinou que se a repetisse.

Em conseqüência, se carecer o primeiro elo desta disposição, é evidente, o indivíduo está impedido de sentar-se à Mesa do Senhor.

Esta ordem lógica foi desde o princípio observada no primeiro trabalho evangelístico dos Apóstolos. No dia do Pentecostes Pedro, em sua prédica à multidão falou da necessidade do arrependimento, da conversão. Os que “receberam a sua palavra”, pelo Batismo congregaram-se. E observando tudo quanto Jesus havia mandado, passaram a participar do “partir do pão” (At.2:37-47).

Aliás, em todas as Escrituras Sagradas não se depara com nenhum versículo que dê a mais remota possibilidade de um incrédulo, um iregenerado, associar-se à Solenidade Memorial.


JUDAS ISCARIOTES – Ah!, já sei! Estava tradando!

O Dulçor e sua melíflua companhia estremecem em cima dos sapatos. Arrepiam-se na sua sensibilidade dulçorosa de universalistas anônimos ou escusos. Não podemos negar a Ceia a ninguém. Jesus não a negou a Judas Iscariotes.

Bem, é discutível a presença de Judas ao ensejo da instituição do Memorial porque os registros evangélicos não elucidam esse pormenor. De minha parte não tenho posição definida acerca desse assunto e nem me preocupo com tal minúcia.

Está bem, Dulçor! Leve o tijolo! Que Judas lá se encontrasse e houvesse comido do pão e bebido do vinho memoriais… e daí? Isso legitimaria a participação de todos os incrédulos, de todos os Judas, à Ceia Memorial? Se esse ação de Judas abre um precedente legítimo então jamais poderíamos recriminar os traidores pelo fato de Judas o haver sido.

Se algum intruso, ateu confesso, resolve por desobediência tomar os elementos e comê-los estaria agindo corretamente e autorizaria a abertura indistinta da Ceia a todos os ateus e ímpios? Jamais uma exceção, sobretudo quando se trata de mau exemplo, pode ser tomada como norma de comportamento.

Seria prático que o diácono ou alguém da Igreja agarrasse o profanador pelos colarinhos e o atirasse porta a fora?

Pelo fato de haver Judas Iscariotes participado do Grupo Apostólico teria este deixado de ser aquele Colégio especial com múnus especiais e definidos pelo Senhor?

Se porventura Judas esteve presente à celebração da Ceia do Senhor é uma razão a mais a provar que em seus elementos não há graça alguma e nem qualquer valor ex opere aperato da cobiça sacramenta lista do catolicismo e seus subsidiários. Autor: Aníbal Pereira dos Reis - ex-sacerdote Católico Romano
Digitação: Sabyrna Santos e David C. Gardner 12/2008
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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