terça-feira, 16 de novembro de 2010

Conhecendo mais sobre o judaísmo


Conhecendo mais sobre o judaísmo

Casamento judaico

É muito mais do que uma troca de alianças. Trata-se de aprender seu profundo significado, bem como imprimir uma cópia para os convidados do seu casamento!
O casamento judaico é repleto de rituais significativos, dando sentido ao propósito e significado mais profundo do casamento. Esses rituais simbolizam a beleza do relacionamento entre marido e mulher, bem como suas obrigações para com outro e com o povo judeu. A cerimônia de casamento acontece embaixo de uma chupá (pronuncia-se hupá e quer dizer toldo), o símbolo da casa a ser construída e dividida pelo casal. É aberta de todos os lados, assim como era a tenda de Abraham e Sarah a fim de receber todos os amigos e parentes com incondicional hospitalidade. A chupá é geralmente montada ao ar livre, sob as estrelas, como um sinal de benção dada por D-us ao patriarca Abraham, que seus filhos serão como estrelas do céu. Embaixo da chupá, a noiva dá sete voltas ao redor do noivo. Uma vez que o mundo foi criado em sete dias, metaforicamente é como se a noiva estivesse construindo as paredes da nova casa do casal. O número sete também simboliza a totalidade e integridade que eles não podem atingir separadamente.
Duas taças de vinho são servidas no casamento judaico. O vinho é um símbolo de alegria na tradição judaica e está associado com o Kidush, a reza de santificação recitada no Shabat e nas festividades. O Casamento, que é chamado de Kidushin (Sagrado), é a santificação do homem e da mulher um para o outro. A aliança deve ser feita de ouro puro, sem desenhos ou ornamentos (ex. pedras) – isso porque se espera que o casamento seja de uma beleza simples. No casamento, o noivo aceita para si algumas responsabilidades matrimoniais que são detalhadas na Ketubá (contrato nupcial). A sua obrigação principal é prover alimentos, abrigo e roupas para sua esposa, e ser atencioso com relação às suas necessidades emocionais. A proteção dos direitos de uma esposa judia é tão importante que o casamento só pode ser formalizado após a leitura completa do contrato. São recitadas sete bênçãos (Sheva Brachot). O tema dessas bênçãos ligam o noivo e a noiva para nossa fé em D-us como Criador do mundo, Maior Benfeitor da alegria e do amor, e Redentor final do nosso povo. Um copo é colocado no chão, e o noivo quebra com o seu pé. Esse ato serve como uma expressão de tristeza com a destruição do Templo em Jerusalém, e proporciona ao casal sua identidade de povo judeu. Um judeu, mesmo no maior momento de sua alegria, tem em mente sua vontade maior ainda de reerguer Jerusalém ao seu mais alto jubilo.

Divórcio

Apesar de a Lei Judaica aceitar o divórcio, os rabinos ponderam muito antes de realizá-lo, pois, na maioria dos casos, pode ser evitado, com a paz voltando ao lar, bastando um mínimo de esforço, humildade e compreensão de ambos os lados. Nossos sábios dizem que quando um casal dissolve seu primeiro casamento até mesmo o Altar do Templo Sagrado derrama lágrimas, pois o Altar simboliza a união eterna e indissolúvel entre D-us e o povo de Israel. Se D-us nos suporta, apesar de todas as nossas falhas, com muito mais facilidade e um pouco de ponderação, cada um pode perdoar e aceitar as falhas do próximo e, principalmente, abaixar um pouco o orgulho e reconhecer os próprios erros.

Morte e Luto
Assim como há um modo de vida judaico, há também um completo ritual a ser realizado na ocasião da morte de uma pessoa. Uma mitsvá que tem procedência sobre quase todas as outras é a de providenciar enterro adequado para o cadáver judeu. No caso dos indigentes, é dever da comunidade providenciar este enterro. A Chevra Kadisha (sociedade funerária ou Irmandade Santa) assume os encargos assim que a morte ocorre. O corpo deve ser lavado de maneira especial e envolto numa mortalha. O caixão deve ser feito com os materiais mais baratos possíveis, em geral tábuas de pinho e deixando-se aberturas no fundo a fim de que o corpo possa ficar em contato com o solo. Segundo o ponto de vista judaico, o homem veio da terra e a ela deve retornar, e quanto mais rápido melhor. Em Israel, todos os sepultamentos são efetuados diretamente no solo. O corpo não deve ser deixado sozinho até que seja enterrado. A Lei Judaica proíbe ostentação nos funerais. Os homens são enterrados com o talit que usavam quando vivos. É proibido enterrar com o corpo objetos preciosos. É proibido ver o corpo. A razão para isto é garantir que todos os judeus sejam iguais na morte. Ao retornar do cemitério, a família começa a “sentar-se em shivá”. Isto significa que os membros da família devem permanecer de luto por sete dias, dentro de casa, após o sepultamento.
Os vinte e três dias que se seguem a shivá são um período de semiluto também, e os trinta dias integrais são denominados shloshim. A lei judaica referente ao luto excessivo é explícita: não o permite. Há sete dias de luto extremo, e após eles, é proibido, exceto de modo muito relativo, uma vez que o luto após o período de shivá não é considerado saudável para os vivos. Usar roupas pretas, uma gravata ou tarja negra também é proibido, se o preto não for a cor que a pessoa usa sempre. A prece do kadish, parte essencial de todos os serviços de oração é dita pelos enlutados do sexo masculino durante um período de onze meses após o funeral. Essa oração não faz menção à morte, é um hino de santificação do Nome de D-us e só pode ser proferida na presença de um minyan (grupo de 10 homens). Constitui uma mitsvá positiva e importante o consolo aos que perderam alguém. Sem dúvida, a maneira judaica de fazê-lo é simplesmente aparecer na casa do enlutado, imediatamente, ou durante o período de shivá, e sentar-se fazendo companhia a ele.

Circuncisão – Brit Milá
Brit significa pacto e Milá, cortar ou retirar. Justamente, Brit Milá é o pacto que consiste em cortar e/ou retirar o prepúcio que cobre a extremidade do pênis, órgão reprodutor masculino. Também se denomina Pacto de Avraham Avinu (Abrão), pois foi ele o primeiro homem que o realizou como tal e dentro destas duas denominações se incluem todas as leis correspondentes a sua realização. Não é simplesmente uma operação física. É o sinal do pacto que realizou D-us com o Patriarca Avraham e sua descendência de ser o povo eleito espiritualmente para a eternidade, como mérito por ter sido o primeiro homem que promulgou a crença no único D-us existente: o monoteísmo.

Bar ou Bat Mitsvá
O termo Bar Mitsvá significa, literalmente, "filho de um mandamento", e Bat Mitsvá, "filha de um mandamento", o que alude a duas coisas: Um menino Bar Mitsvá ou uma menina Bat Mitsvá aspirar aproximar-se de D-us – como um filho ou filha a seus pais. O principal meio de fazer isso é mantendo os mandamentos ou as mitzvót que D-us revelou na Torá. De fato, o acontecimento mais significativo nesse dia é o compromisso do (da) jovem de se tornar totalmente responsável por manter os mandamentos da Torá.
De acordo com a Halachá, um menino é considerado um “Bar Mitsvá” quando completa 13 anos de idade e atinge o status de adulto. Já uma menina judia se torna “Bat Mitsvá” quando faz 12 anos. Nessa auspiciosa época, eles se tornam judeus adultos completos e são apresentados tanto com a oportunidade de crescer espiritualmente como com a responsabilidade de se tornar uma pessoa melhor. As meninas atingem o status de adultas um ano antes dos meninos porque, comumente, amadurecem física e emocionalmente antes deles, prontas para abraçar as exigências de uma vida adulta responsável. Quando meninos e meninas se tornam Bar ou Bat Mitsvá, eles atingem um novo estágio de desenvolvimento em suas vidas e começam a pensar sobre que tipo de pessoas querem ser. Na puberdade, uma pessoa não mais vive no mundo de fantasia da infância e pode começar a fazer uma avaliação realista de seu mundo. Esse é o momento quando a consciência moral e a sensibilidade se desenvolvem completamente, permitindo que elas tenham total responsabilidade por seus atos. De acordo com a tradição judaica, é nesse ponto que elas são consideradas prontas para canalizarem sua inclinação para o bem e sujeitarem suas tendências naturais de colocar sempre suas próprias necessidades antes das dos outros. Em um nível mais profundo, assim como seus corpos estão crescendo e ganhando novas formas, assim também suas almas estão crescendo e mudando. A tradição cabalística nos diz que o espírito de uma pessoa tem diversos níveis de alma. Um novo nível chamado Neshamá ganha consciência no momento do Bar ou Bat mitsvá. É esse nível que dá à pessoa a habilidade de tomar decisão conscientes e racionais.

Fontes: www.netjudaica.com.br; www.chabad.org.br; O Judaísmo Vivo - Michael Asheri - Ed. Imago; Wizo Rio de Janeiro (artigo da internet)..


www.visaojudaica.com.br

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