Luto por um mundo melhor , com um ar mais puro, menos dor, sofrimento, quase uma utopia, mas creio que esse lugar existe, dentro de cada um de nós, podemos mudar este mundo, se unirmos forças e pensamentos conjuntos e objetivos únicos, neste blog deixo os pensamentos que mudaram vidas , pessoas e pode mudar a sua vida também. Que você possa transmitir estes pensamentos e ajude a melhorar o mundo pela força do pensamento positivo e reflexivo.....
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Suicídio - a luz da bíblia
Suicídio - a luz da bíblia
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade dar-nos uma noção de como devemos tratar pessoas com tendências suicidas, falaremos sobre a definição do suicídio, traremos as causas e algumas pesquisas.
Teremos também exemplos de suicídio na Bíblia, e veremos uma declaração do Espírito de profecia.
E a parte final traremos como ajudar e aconselhar pessoas com tendências suicidas.
CAPÍTULO I
DEFINIÇÃO
Suicídio: Ato ou efeito de suicidar-se; desgraça ou ruína procurada de livre vontade ou por falta de discernimento.
Suicidar-se – dar a morte a si próprio.
A palavra suicídio vem do latin e esta composta por sui, si mesmo e cídio, morte, do verbo coedere, ceder, matar. Etimologicamente significa ‘dar morte a si mesmo’.
Na literatura foi introduzida pelo Abade Des Fontaines no término de 1737.2
Temos aqui então o que os dicionários dizem sobre o significado da palavra.
CAUSAS DO SUICIDIO
Acreditava-se antigamente que as idéias de suicídio eram devidas a perturbações funcionais e lesões do cérebro. Esse conceito evoluiu com o decorrer do tempo e hoje acredita-se que a tendência ao suicídio é o resultado de alterações da consciência e o suicida um anormal psíquico. O suicídio – disse Janet – é uma memória mórbida de reação de reação ao fracasso.
Alguns psiquiatras defendem a tese segundo a qual a maioria dos suicidas pertence ao tipo de personalidade deprimida, que não possui em si os cursos necessários para superar os obstáculos e frustrações que a vida lhe apresenta. Desta sorte, o suicida não busca a morte, mas foge da vida. Esses psiquiatras acreditam que a tendência ao suicídio seja uma predisposição herdada”.
A impulsão ao suicídio ora é súbita, ora resulta de um processo lento e progressivo. Nesses casos, o doente tem plena consciência do que se passa com ele.
Muita literatura se tem feito a custa de pobres criaturas que, cegas pelo desespero e cedendo a um impulso mais forte mais forte do que o próprio instinto de conservação mergulham na morte. A verdade porém é que ninguém sabe, ao certo, o que se passou com elas, pois do mundo de sombras para onde foram voluntariamente, ninguém volta para se explicar.
Para o escritor J. Wolfer o melhor conceito da causa do suicídio é de Maurice Fleury quando disse que “a principal causa dos suicídios são as crises de angústia”. Segundo ele, a única condição necessária ao suicídio é o estado de angústia, ou seja, a suprema exaltação da emotividade humana.
A depressão clínica e outras enfermidades mentais. Mais de 60 por cento de todas as pessoas que se suicidam sofrem de depressão grave. Sem incluir as pessoas deprimidas que abusam do álcool, a cifra aumenta para 75 por cento. Caso todas as pessoas que se suicidam sofrem de algum desajuste mental diagnosticável ou padecendo pelo abuso de alguma substancia, de ambas desordens. O abuso do álcool e outras substâncias. O alcoolismo é um fator que aparece em 30 por cinto de todos os suicídios que se cometem.
Os eventos adversos da vida. Tais eventos podem ser: sofrer uma confusão acerca da própria identidade, no caso das pessoas jovens, o sentir-se excluídos dos demais; uma crise familiar pelo divórcio ou pela morte de alguém próximo; a perda dos meios de subsistência, ocasionada por uma crise econômica rural, por redução nos negócios ou nas empresas, o por algum recorte de pessoal ou a eliminação de programas governamentais. Outras causas podem ser: o comportamento aditivo, alguma enfermidade crônica, grave ou fatal, os efeitos de um desastre natural ou social. Para a maioria das pessoas, os eventos adversos da vida não necessariamente conduzem a um comportamento suicida. Podem contribuir para um comportamento suicida se já existe um contexto de enfermidade mental ou abuso de substancias tóxicas.
Os fatores familiares, tais como uma história clínica familiar de suicídio, de enfermidade mental ou de abuso de substancias, assim como de violência e abuso sexual.
Os fatores culturais e religiosos, tais como as crenças de que o suicídio é uma resolução nobre a um dilema pessoal, a destruição da cultura tradicional da gente, que pode conduzir a sentimentos de separação do passado, lamento e falta de esperança.
Los intentos de suicidio previos, la existencia de armas de fuego en el hogar, el encarcelamiento, tendencias impulsivas o agresivas, y exposición a comportamiento suicida de otros (por parte de miembros de la familia o compañeros, o a través de reportajes noticiosos inadecuados o de historias de ficción). Los suicidios entre las personas jóvenes a veces ocurre en grupo y pueden, incluso, llegar a convertirse en una epidemia. Las personas jóvenes son particularmente susceptibles a imitar el comportamiento que conduce a un suicidio no intencional.
CAPITÚLO II
PESQUISAS E DADOS
Existem muitas pesquisa sobre quem se suicida mais, homens ou mulheres, qual a idade, classe social, e outras perguntas, para isso selecionamos algumas pesquisas, para estarmos mais interados, com o suicídio.
Entre 50.000 a 70.000 pessoas cometem suicídio anualmente (falando só dos Estados Unidos), e sabemos que apenas uma pequena porcentagem dos que tentam suicidar-se consegue seu intento. A pesquisa revela que mais da metade dessas pessoas sofrem de depressão.
Nos Estados Unidos a cada ano mais de 30.000 pessoas interrompem sua vida. O suicídio é a oitava causa de morte, e entre as pessoas cujas idades vão dos 15 aos 24 anos, é a terceira causa de morte. Mais pessoas morrem por suicídio que por homicídio. Cerca de 500.000 pessoas ao ano cometem uma tentativa de suicídio o suficientemente seria como para receber atenção em salas de urgência. E milhões mais sofrem de pensamentos suicidas.
O Instituto Nacional de Saúde Mental indica que 125.000 norte-americanos são hospitalizados anualmente com depressão, enquanto outros 200.000 ou mais são tratados por psiquiatras. O Dr Nathan Kline, do Hospital Estadual Rockland, de Nova Iorque, relata que muitos casos de depressão ficam sem tratamento por não serem identificados. Estima-se que vão de quatro a oito milhões por ano! (Newsweek, artigo citado, p. 51).
As mulheres são mais inclinadas ao suicídio, porém três vezes mais homens que mulheres que o tentam, consegue realiza-li, é que os homens tendem a empregar métodos mais violentos e mortíferos que as mulheres, e são menos inclinados a usar o suicídio como meio para manipular os outros.
As pessoas que tem mais de 45 anos de idade e são profissionais, são mais propensas a se matarem do que as de idade inferior e de classe humilde.
CAPITÚLO III
CASOS BÍBLICOS
E temos citações bíblicas sobre pessoas que se suicidaram.
No A.T., temos:
- Em Juízes 9:54 – o caso de Abimeleque, que pediu para ser morto por uma questão de ‘honra’, e também estava praticamente morto, e para não ter de passar pela humilhação de ser morto por uma mulher pediu para ser morto.
- Em I Sm 31:4-51 – o caso de Saul, e o seu escudeiro, também por motivo de guerra, para não ser morto pelos incircuncisos como ele mesmo disse. E seu escudeiro tomou provavelmente a mesma atitude pelo mesmo motivo.
- II Sm 17:23 – o caso Aitofel, Elen G. White diz: Aitofel compreendeu que a causa dos rebeldes estava perdida. E viu que, qualquer que pudesse ser a sorte do príncipe, não havia esperança para o conselheiro que instigara os seus maiores crimes.
- I Re 16:18 – Zinri apresenta sua morte após o cerco a Tirza.
- Juizes 16:30 – talvez o mais conhecido caso, o de Sansão, que se matou, para cumprir um ‘mandado de Deus’.
E no N.T.
- Mt 27:5 – o caso de Judas, que se matou após trair Jesus, talvez pela angustia que tomou conta de seu ser, Ellen White diz: Judas viu que suas súplicas eram em vão e precipitou-se da sala, exclamando: É tarde! É tarde! Sentiu que não poderia viver para ver Jesus crucificado e, em desespero, foi enforcar-se.
CAPITÚLO IV
COMO AJUDAR PESSOAS COM TENDENCIAS
Antes deveríamos notar quais são as características mais importantes de uma pessoa que quer se suicidar:
1º) Tem uma depressão profunda e isolamento
2º) Tende a dar as coisas, ex: roupa que mais gosta, coleção de chaveiro...
3º) Estado de euforia
4º) Já tem em sua mente o suicídio esquematizado
Agora primeiramente, após detectarmos as tendências suicidas, devemos tem em mente que esta pessoa necessita de ajuda psiquiátrica. Devemos então conversar com o indivíduo, de modo a encaminha-lo a um profissional (psiquiatra), e comunicar os familiares e/ou pessoas mais próximas.
Segue-se um exemplo de tratamento na área, mas está presente apenas a título de informação.
Este capítulo é baseado na abordagem de dois livros.
Devemos levar em conta considerações gerais na entrevista:
Cuidado com a própria ansiedade, se o conselheiro estiver ansioso, não deve aconselhar. A ansiedade nos leva a atuar de forma rápida e acelerada, por medo que o sujeito se mate. Então muitas vezes nós pensamos, que devemos usar frases como: a vida é bela, não pense nisto, frases que não tem nenhum valor terapêutico. Um elemento indispensável é a tranqüilidade, que não quer dizer superficialidade. É importante saber que a vida desta pessoa não esta sob nossa responsabilidade.
Os conflitos que podem surgir no conselheiro são: a ansiedade incontrolável, agressividade diante das ameaças de suicídio, negação dos intentos suicidas, medo por sentir que a vida da pessoa depende de nós, racionalizar o que a pessoa fala.
Em segundo ter uma atitude exploratória, antes de falar e aconselhar devemos escutar e perguntar. O suicida deve falar e se expressar, pois com sua família não tem liberdade de falar sobre o assunto, por isso a importância de escutar. O tema do suicídio não deve ser tabu para o conselheiro. E se no aconselhamento notarmos que o aconselhado tem tendências suicidas, devemos fazer perguntas:
Tem pensado em suicídio? Ele pode responder:
a) Sim
b) Não
c) Esquivar-se
d) Silêncio
(As duas últimas questões devem ser consideradas como sim, e se a questão b) não é uma mentira. Se responder, não, devemos perguntar – Por que? Por que viver?
Estas são perguntas que nos ajudam para que o sujeito se expresse, e para nós podermos conhece-lo. Se ele foge do tema, ou fica em silêncio, devemos falar, que não é errado expressar o que sentimos, se escondermos o que sentimos é mais difícil resolver o problema, e insistir: em que você pensa?
Se o sujeito disser sim, devemos perguntar por que? Como?
Aqui temos as perguntas mais importantes, na qual podemos detectar claramente o problema: então podemos ver a) Que o incomoda especificamente b)Que tem feito para mudar a situação c) Por quanto tempo tem se sentido desta maneira? Assim com estes dados, vamos usar a técnica de espejo, significa repetir com outras palavras o que ele nos vai dizendo, para que ele sinta total liberdade. Depois devemos perguntar: se tem antecedentes de conduta suicida, um plano de suicídio, ver o estado que se encontra.
A partir daí traçamos o plano de trabalho. Se o sujeito não está disposto a tirar a vida, nossa abordagem será mais profunda e exploratória, como seus intentos anteriores de suicídio e características familiares. Se o sujeito esta decidido a se matar, temos de usar um plano urgente. Ex: ver se esta armado acompanha-lo para que tire as balas, nos de o revólver.
Depois do fato estabilizado, falemos claramente e com palavras positivas como:
Existe uma solução possível, ainda há esperança. Devemos falar com tranqüilidade e autoridade, mostrando que o suicídio é uma ação irreversível para um problema temporal.
A tarefa em caso de suicídio, exige muito esforço, e acompanhamento. Devemos evitar o que pode causar frustração, especialmente na hora dos encontros, pois pode gerar frustrações e abandono.
O uso da Bíblia, devemos estruturar assuntos, pois serão recursos com os quais pode ser usado em momentos de crise. O fortalecimento da auto estima é o primeiro passo. O conselheiro, deve traçar um projeto de vida, descobrindo suas motivações e interesses, para colocar o aconselhado em função do projeto. As tarefas ajudam com o tempo a retomar suas responsabilidades, a lhe proporcionar gratificação por conseguir terminar o projeto (por isso a importância de projetos curtos).
Devemos também envolvê-lo com um irmão, para que paulatinamente seja inserido no mundo psicossocial, e também para que seje um acompanhante espiritual, e um modelo a ser seguido.
CONCLUSÃO
Vimos que o suicídio pode acontecer com qualquer pessoa, e nós como pastores e leigos devemos estar aptos a atender estas pessoas, mas também estarmos cientes que devemos encaminha-las para uma ajuda psicológica, mas como vimos devemos dar apoio espiritual, para tenha novamente a vontade de viver, o tema não se esgotou, pois existe muito ainda a ser pesquisado, mas que cada um se motive, e se capacite, para atender melhor as pessoas em seu ministério.
BIBLIOGRAFIA
White, Ellen G. O Desejado de Todas as Nações. 19ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995.
________. Patriarcas e Profetas, 7ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1983.
________. Orientação da Criança. 4ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1994.
J. Wolfer, Acalme os Seus Nervos, (Rio de Janeiro, RJ: Editora Tecnoprint, 1985)
Bernardo Stomateas, Aconsejamiento Pastoral (ed. Clei)
Norman Wright, Como Aconsejar em Situaciones de Crises (ed. Clie)
Tim Lahaye, Como Vencer a Depressão, 3ª ed. (Editora Vida, 1981)
Paul Hoff, O Pastor como Conselheiro, (Editora Vida, 1995)
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