segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dez mentiras a respeito do pecado


DEZ MENTIRAS A RESPEITO DO PECADO
Jeremiah Bass

Mentira Um: O Pecado Traz Realização

Não existe um pecado que não seja influenciado por essa racionalização. Pensamos que o pecado nos torna mais felizes. Mas, na realidade, o pecado é a causa principal de toda a miséria e infelicidade, tanto nesta vida como na vida por vir. Morte, doença, desavenças, guerra, fome, vício (de qualquer espécie), famílias desmanteladas, ódio, dor, sofrimento e uma miríade de outros males, tudo isso encontra a sua origem no pecado. Não havia nenhuma dessas coisas antes que o pecado tivesse entrado no mundo, e quando os céus e a terra forem recriados em justiça, também lá não estarão (Ap 21.2-4).

O pecado contradiz diretamente o propósito para o qual nós fomos criados, e jamais seremos felizes num tal estado. Bem no âmago da nossa humanidade, Deus nos fez com o desejo de buscá-lo (At 17.24-28), de aprender os seus mandamentos (Sl 119.73) e de servi-lo com alegria (Sl 100.1-3). A Escritura mostra com muita clareza que a alegria e a satisfação vêm somente do Senhor (Sl 16.11). Nunca seremos verdadeiramente felizes até que realizemos o propósito de Deus para as nossas vidas.

Isso deveria ser evidente, já que Deus é a fonte de todas as bênçãos, tanto naturais quanto espirituais. Como o doador é maior do que o dom, é razoável supor que a nossa alegria em Deus deveria ser maior do que a nossa alegria pelos dons. É uma afronta a Deus encontrar maior satisfação nos seus dons do que nele próprio. Fazendo isso, estamos trocando o Criador pela criatura.

É muito importante lembrarmos que o pecado pode oferecer somente prazer temporário (Hb11.25). A satisfação do pecado não só não dura, como também sempre acaba em miséria maior ainda (1 Jo 2.17). Portanto, a questão verdadeira é: queremos prazer temporário ou alegria duradoura?

Mentira Dois: O Pecado é Facilmente Derrotado

Uma das coisas em que o diabo quer que acreditemos, a fim de que a nossa vigilância diminua, é que o pecado não é um inimigo perigoso. Mas a Bíblia nos ensina que o pecado é tão poderoso que, a menos que o poder sobrenatural de Deus intervenha, nós nos tornamos seus escravos e permanecemos sob a escravidão das suas ordens (Jo 8.34). Embora nascidos de novo, a depravação é uma força poderosa dentro de nós, como testemunha o apóstolo a respeito da sua própria experiência (Rm 7.14-25).

O que complica o assunto é que o pecado é enganoso (Hb 3.13); nem sempre aparenta ser mau. O escritor de Hebreus faz referência ao pecado "que tenazmente nos assedia" (Hb12.1). Por essa razão, a Bíblia nos ordena a tomarmos muito cuidado com o pecado e a lutarmos com força contra ele. Paulo disse que esmurrava o seu corpo e o mantinha sob controle a fim de não ser reprovado (1 Co 9.24-27). Em outro lugar, comparou a vida cristã a uma batalha (2 Tm 2.3). Para derrotar o pecado, precisamos estar armados para a guerra (Ef 6.10-20). John Owen deu o seguinte conselho sábio: "Mate o pecado ou o pecado matará você... Não existe um dia sequer em que o pecado não derrote se não for derrotado, e não prevaleça se não for subjugado; e assim será enquanto vivermos neste mundo."

Mentira Três: Você Pode Lidar com o Pecado Sem Recorrer a Cristo

O perigo desta mentira é que ela leva à frustração e ao desespero. Infelizmente, muitas pessoas que aceitam esta mentira descobrem que não podem competir em condições de igualdade com a depravação que existe dentro delas e, por isso, desesperançadas, desistem de lutar contra o pecado.

Quando o evangelho é apresentado no Novo Testamento, o foco é sempre na obra de Cristo e na paz com Deus que encontramos nele (2 Co 5.17-21). A Bíblia exorta as pessoas a primeiro abraçarem a Cristo e, só depois disso, a buscarem a santidade. O evangelho não é um simples apelo a um viver moral e, sim, a uma transformação sobrenatural. Ninguém é capaz de vencer o pecado separado de Cristo e do Espírito Santo (Rm 8.13). Deus não é honrado quando tentamos remediar a nossa situação pecaminosa sem a sua graça, por isso é inimaginável supor que Deus irá abençoar um sistema de justiça produzido pelo próprio homem.

Mentira Quatro: É Impossível Atingir os Padrões de Deus

É uma tendência humana culpar as circunstâncias ou as outras pessoas pelos nossos escorregões no pecado. Preferimos pensar que, diante das circunstâncias, seria impossível deixar de pecar. Queremos pensar dessa maneira porque alivia as nossas consciências e nos isenta de responsabilidade quando pecamos. Afinal de contas, como Deus pode nos responsabilizar por aquilo que é impossível?

Há um sentido em que a santidade de Deus, de fato, representa um padrão impossível para a humanidade pecadora. Quando os discípulos ouviram Jesus explicar o custo do discipulado para o jovem rico, perguntaram: "Então, quem pode ser salvo?" (Lc 18.26). Jesus respondeu: "O que é impossível para os homens é possível para Deus" (v.27). Portanto, é um erro fundamental desculpar-se do comportamento pecaminoso, já que Deus prometeu graça para obedecer a quem o busca pela fé.

Não existe pecado que não possamos vencer nem tentação que não possamos resistir pela graça (1 Co 10.13; 2 Co 12.9; Fp 4.13). Deus quebra o poder do pecado na nossa conversão. Este é o ponto focal de Paulo no sexto capítulo de Romanos: estamos mortos para o pecado; portanto não precisamos viver nele (vv.1-2). A graça de Jesus remove a carga pesada da obrigação de guardar os mandamentos de Deus (1 Jo 5.3).

Mentira Cinco: Você Não Precisa Tratar com o Pecado Imediatamente

Procrastinação é um pecado do qual todos nós somos culpados e a respeito do qual temos costume de brincar. Mas a demora nas coisas espirituais pode ser fatal. A Bíblia nos diz que "agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação" (2 Co 6.2). E o escritor de Hebreus, citando o Salmo 95, exorta-nos a ouvir hoje a voz de Deus (Hb 3.7,13,15).

Por que isso se torna tão necessário? Primeiro, quanto mais o pecado permanece em nós sem que haja arrependimento, mais difícil será nossa mudança, devido à força do hábito. Quanto mais acalentamos um desejo pecaminoso ou uma atitude errada, mais o pecado ficará entranhado na nossa natureza. Será menos e menos notado. Terá um lugar mais permanente nas nossas afeições. A nossa resistência a ele irá se tornando cada vez mais fraca.

Segundo, é necessário porque a conseqüência maligna do pecado começa a fazer efeito no momento em que consegue entrada na alma. Foi somente um leve toque na arca que matou Uzá, e é somente uma simples brincadeira com o pecado que pode matar a alegria espiritual e os frutos nas nossas vidas.

Mentira Seis: Posso Pecar Sem Sofrer Conseqüências

"Se eu pecar, nada de mal vai realmente me acontecer." Não pensamos assim, às vezes, especialmente se o pecado é "pequeno"? É espantoso observar os multiformes enganos do diabo neste assunto. Por um lado, ele convence as pessoas de que não existe um verdadeiro inferno e que, portanto, não faz mal pecar. Por outro lado, para aqueles que acreditam no inferno, ele os convence de que não há perigo, no caso deles, de irem para lá! Mas sempre há conseqüências para o pecado, porque Deus é um Deus de justiça que odeia o pecado.

Em Êxodo 34.7, Deus testificou que de nenhuma maneira livrará o culpado. Se não precisasse existir qualquer conseqüência do pecado, Jesus nunca teria morrido numa cruz pelos pecadores. Ele mesmo o declarou, quando clamou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice" (Mt 26.39). E, realmente, não era possível, porque a fim de que Deus fosse justo e justificador dos ímpios, foi preciso punir os seus pecados na pessoa de Jesus (Rm 3.25-26).

esus não é a única testemunha das conseqüências do pecado; também o são todas as multidões que estão no inferno, sofrendo a vingança do fogo eterno (ver Mt 10.28; 25.46; 2 Ts 1.8-9; Jd 6-7).

"Mas se eu sou redimido por Cristo", alguém poderia perguntar, "como é que posso ser punido pelos meus pecados?" Se cremos em Jesus, não somos propriamente punidos pelos nossos pecados; pelo contrário, nosso Pai nos disciplina misericordiosamente a fim de que sejamos participantes da sua santidade (Hb12.5-11). Deus ama demais a santidade para permitir que os seus próprios filhos venham a chafurdar no pecado. Portanto, disciplina pelo pecado é a marca registrada do amor de Deus pelos seus filhos, e deve ser esperada sempre que pecarmos (Sl 119.67,71; Tg 5.14-15). Na verdade, se não somos disciplinados, não somos filhos de Deus.

Fazemos bem em lembrar que o mero fato de tais castigos não serem eternos não significa que as conseqüências do pecado sejam indolores para os crentes. Às vezes, até um redimido tem de viver com as conseqüências de um pecado seu pelo resto da sua vida (observe o que o Rei Davi teve de suportar por causa do seu pecado com Bate-Seba). Isso já é razão suficiente para não pecar. O nosso Pai não somente tem uma equipe para afastar os nossos inimigos, mas também uma vara para corrigir os nossos erros. Sejamos gratos a ele por isso, porque é para o nosso bem.

Mentira Sete: Deus Não Vai Me Julgar, Porque Todo o Mundo Faz o Mesmo

O diabo, às vezes, engana-nos fazendo-nos adotar uma mentalidade de grupo que justifica certos pecados porque a maioria das pessoas os considera comportamento normal. Entretanto, devemos sentir medo quando estamos seguindo a maioria. O cristianismo, pela sua própria natureza, é uma religião de contracultura. Seguir a Cristo é como nadar contra a correnteza. Jesus disse: "Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela" (Mt 7.13-14).

ma vez, eu li um pequeno panfleto com uma história imaginária de uma pessoa diante de Deus, desculpando-se de seus erros com o argumento de que todo o mundo vivia da mesma maneira. Deus, então, respondeu: "Bem, se você pecou com a maioria, você pode ir para o inferno com a maioria". É essa resposta que podemos esperar se pautarmos a nossa vida por semelhante filosofia destrutiva.

Mentira Oito: Deus Não Vai Me Julgar, Porque Não Sou Tão Mau Quanto os Outros

Se não racionalizarmos o nosso pecado por incluir-nos na multidão, o diabo vai tentar nos levar a racionalizá-lo excluindo-nos da multidão. Essa atitude era a essência do farisaísmo, e é sempre uma ilusão fatal.

Talvez exista um pecado na sua vida que Deus queira trazer à luz, mas você vem resistindo à convicção do Espírito, argumentando que não é uma pessoa tão má em relação às outras. Mas esse é um pensamento ilusório e contrário às Escrituras. Em primeiro lugar, deixa de levar em conta que Deus não somente estabelece o padrão; ele é o padrão. "Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.16). A questão não é como nos comparamos com outras pessoas e, sim, como nos comparamos com Deus.

Segundo, deixa de levar em conta o fato de que Deus não fica satisfeito com obediência incompleta. Deus quer tudo dos nossos corações, tudo das nossas vidas e o mínimo possível de pecado. Quando tentamos estabelecer meios compromissos com Deus, estamos roubando de nós mesmos tremendas bênçãos espirituais. D.L.Moody, certa vez, ouviu um homem dizer: "O mundo ainda não viu o que Deus pode fazer com, em e através de um homem cujo coração esteja totalmente devotado a ele." Mas o homem estava errado. O mundo já tinha visto homens tais como Calvino, George Whitefield, Jonathan Edwards, McCheyne e Spurgeon. É somente quando estivermos dispostos a nos consagrar como esses homens fizeram que sentiremos o mesmo gosto do seu sucesso. Mas nunca o experimentaremos enquanto nos satisfizermos a nós mesmos, avaliando-nos pela comparação com os outros.

Mentira Nove: Deus Vai Perdoar Você, Por Isso Vá em Frente e Peque

A Bíblia fala de homens que se insinuaram na igreja, inspirados por Satanás, para espalhar esta doutrina demoníaca. Paulo faz referência a esses homens que dizem: "Façamos o mal, para que nos venha o bem" - e depois acrescenta: "a condenação dos tais é merecida" (Rm 3.8). Judas nos adverte contra aqueles que transformam a graça de Deus em libertinagem (Jd 4). A Bíblia torna bem claro que é impossível desfrutar o perdão e continuar vivendo no pecado.

Paulo ainda escreveu em Romanos 6.1-2: "Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?" É impossível porque sempre que Deus perdoa um homem, ele também transforma a sua natureza. A graça muda de tal forma a pessoa que esta não vai mais querer viver em pecado!

Quando uma pessoa é dominada pelo desejo de fartar-se do pecado é uma indicação de que ela nunca nasceu de novo. Um dia, conta-se, Spurgeon e um outro homem estavam caminhando numa rua e passaram por um bêbado deitado na sarjeta. Disse o homem: "Ué, Sr. Spurgeon, eis aí um dos seus convertidos!" "Deve ser mesmo um dos meus", replicou Spurgeon, "porque de Deus com certeza não é!"

Mentira Dez: Deus Nunca Vai Perdoar Você, Por Isso Vá em Frente e Peque

Mais uma vez, vemos quão versátil é Satanás nos seus enganos. Ele sabe que precisa preparar uma mentira apropriada para cada tipo de pessoa. Para aquele que é inclinado ao desespero, o diabo espera por oportunidades de assoprar nos seus ouvidos que todas as tentativas de uma recuperação posterior serão inúteis porque ele já foi longe demais. Tentará convencê-lo que cometeu o pecado imperdoável, que agora pode muito bem se entregar totalmente ao pecado porque de todo jeito já está indo para o inferno.

A verdade é que Cristo perdoará todo aquele que vem a ele. "Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei" (Jo 6.37). Isso foi verdade quando nosso Senhor falou estas palavras e ainda é verdade agora. Não permita que o diabo amplie a sua condenação tentando-o a se abandonar totalmente ao pecado e ao desespero. As misericórdias do Senhor duram para sempre. A porta da graça está aberta para todos aqueles que se aproximam através de Jesus.

Conclusão

Como é que podemos derrotar as mentiras do diabo? Somente pela Palavra de Deus. É a verdade que nos dá base sólida e que não permite que sejamos levados por qualquer vento de doutrina. É a verdade que santifica. É a verdade que é a mola-mestra do crescimento à maturidade em Cristo. É a chave para derrotar o diabo.

Leitura da Bíblia, meditação e memorização da Bíblia, e encarnação da Bíblia - experimentando as suas verdades nas nossas vidas - são para sempre as únicas ferramentas disponíveis ao povo de Deus para sobrepujar o inimigo. Como em todas as coisas, Jesus é o nosso modelo para lidar com as mentiras do diabo. Quando tentado por Satanás no deserto, ele citou as Escrituras em resposta a cada mentira (Mt 4.1-10). "Está escrito" deve ser a nossa senha tanto quanto foi a dele.


Autor: Jeremiah Bass
www.discernimentocristao.wordpress.com
Extraído de "Heartcry", uma publicação de Life Action Ministries (www.LifeAction.org), um ministério de avivamento e despertamento espiritual. P.O. Box 31, Buchanan, Michigan, EUA, 49107-0031.
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Apascentando Ovelha ou Entretendo Bode


Apascentando Ovelha ou Entretendo Bode

Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar a Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres? (Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar ! algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi à expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos? (Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!".

Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los. Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!? Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bêbado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.


Autor: Charles Haddon spurgeon
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Um Templo ou um Teatro?


Um Templo ou um Teatro?

Os homens parecem nos dizer: "Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a 'dúvida sincera' de vocês é muito melhor do que a fé".

Talvez o leitor diga: "Mas ninguém fala desta maneira".

É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.

O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?

Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.


Autor: Charles H. Spurgeon
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Levantando Mãos Santas


Levantando Mãos Santas

I Timóteo 2:8

Desde o tempo de Abraão (Gên. 14:22), levantar as mãos tem sido uma prática na Bíblia. É uma prática que deve acompanhar a nossa adoração a Deus hoje? Os batistas querem participar a tudo que têm direito no ambiente de culto ao Senhor Jesus Cristo. Mas deve ser uma prática na Palavra de Deus para que eles (batistas) aceitem. O que diz a Bíblia sobre levantar mãos santas?

Depois de vermos os casos na Bíblia um por um, uma verdade é manifesta:
A oração deve proceder de uma vida honesta e limpa.

A relação de mãos limpas com a oração significa orar sinceramente a Deus tendo praticado a Sua justiça na sua vida (Jó 16:17; Sal 26:1-6; Isaías 1:15,16).

Uma vida suja é representada por mãos sujas (Isaías 1:15,16). Quando alguém pratica violência (pecado) a sua oração é vista como oferta de mãos sujas (Mal 1:9,10).

A instrução para que se levante mãos santas ao Senhor não é um mandamento literal mas uma exortação aos crentes para que tenham vidas retas e consagradas ao Senhor (Salmos 134; I Timóteo 2:8 - 3:16). Quando o coração é reto diante do Senhor, a adoração é aceita como oferta de mãos limpas (Atos 10:2,4,31).

Essa mesma verdade de termos um vida limpa quando oramos ao Senhor, é repetida em outros versículos com palavras diferentes (Salmos 66:18; I João 3:20-22).

Uma vida suja com ações desobedientes só pode se tornar limpa por meio do arrependimento e a volta à obediência. O arrependimento e a volta à consciência limpa para com Deus são simbolizados pela lavagem das mãos e do corpo (Tiago 4:6-9; Hebreus 10:22; Isaías 1;16).

Se é o costume dos judeus que precisamos seguir hoje, então temos que seguí-lo na sua totalidade.

A seguir temos literalmente a forma que os judeus seguem para que tenham mãos limpas: !Como é feita a limpeza das mãos? O homem deve lavar as suas mãos até o cotovelo e depois disso orar. Se o homem estiver viajando, e chegar o tempo de oração, e não tiver água ao seu alcance, havendo uma distância de seis e meio quilômetros, ou seja oito mil côvados entre ele e a água, é possível que ele vá ao lugar da água se lavar e depois disso pode orar. Se tiver entre ele e a água uma distância maior que esta citada, é permitido que ele esfregue as suas mãos e ore. Se o lugar onde a água está fica atrás dele, ele não é obrigado a voltar, senão um quilômetro e meio; mas se estiver além desta distância da água, ele não fica obrigado a voltar, é permitido que esfregue suas mãos e ore." (John Gill citando Hilch Tephilla, C. 4, Sect 2,3. Online Bible).
Conclusão: Lavar ou levantar as mãos não faz de ninguém limpo de coração. Lavar ou levantar as mãos não faz de nenhuma oração (ou qualquer outro serviço a Deus) aceita por Deus.

Não é o cumprir ou não da cerimônia que agrada a Deus ou condena o crente. A condenação vem do coração que Deus vê (Marcos 7:1-16). E é neste sentido que Paulo instrui a Timóteo para que levante mãos santas - tendo uma vida que concorde com a sua oração (I Timóteo 2:8). Nenhuma cerimonia dos judeus pode nos aproximar de Deus. As cerimônias afastaram o povo de Israel de Deus, pois deram maior valia à cerimônia do que o coração reto diante de Deus (Mateus 23;23; Lucas 18:12).

As cerimônias dos judeus não têm valor em suas praticas, mas o significado delas é que nos ensina as verdades de Cristo (I Ped 3:21).

Não há relatório inspirado e deixado que instrua os Cristãos da igreja neo-testamentária o dever de levantar mãos físicas nos cultos de adoração a Deus. Mas há instrução para que os que adoram a Deus, O adorem em espírito e em verdade (João 4:24).

A importância que a Bíblia dá, não é ao fato de levantar as mãos físicas nos cultos de louvor mas adorar ao Senhor com o espírito limpo. Deus olha o coração. Deus aceita um coração reto e um espírito quebrantado (Salmos 51:17).

Como é seu coração quando ora? Para que a sua oração seja aceita, tenha uma vida limpa. Por isso Jesus ensinou os seus discípulos a confessarem os seus pecados quando oravam (Mateus 6:9-13; Marcos 11:25).

Bibliografia

A Bíblia Sagrada Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1/94
Online Bible Versão 7.00 Timnathserah Inc. Canadá


Autor: Pastor Calvin Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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domingo, 28 de novembro de 2010

A natureza moral do homem


A NATUREZA MORAL DO HOMEM

O homem é uma criatura moral. Com isto queremos dizer que ele é responsável pelas suas ações. Isto é um dos sinais por que o homem se distingue da besta. O homem se constitui criatura moral por aquelas faculdades que o fazem responsável pelas suas ações. Essas faculdades são três:
I. INTELECTO

Intelecto é a faculdade da percepção ou pensamento. É o poder de o homem saber ou receber conhecimento. Sem isto o homem não seria uma criatura moral. Isto está ensinado por Jesus em João 9:41.
II. CONSCIÊNCIA

De um ponto de vista estritamente psicológico a consciência não é considerada como uma faculdade separada. Deste ponto de vista as três faculdades são intelecto, sensibilidade e vontade; sendo a consciência considerada como a ação combinada dessas três faculdades dando ao homem um senso íntimo de sua responsabilidade moral e julgando entre o bem e o mal. Todavia, a consciência pode, num sentido, ser considerado como uma faculdade, porque é poder da mente conhecer o bem e o mal e sentir-se obrigado a fazer o bem. Assim o juízo está envolvido na consciência. E a razão está envolvida no juízo.

Em suma, a consciência é o guia final do homem. Errôneo é fazer uma distinção entre seguir a própria consciência e seguir a Lei de Deus. A Lei de Deus não tem meio de nos alcançar exceto através da consciência. Quando fazemos o bem, só o pode ser como resultado de incitação da consciência, que obra segundo o padrão aceitado pela mente. Assim a consciência nos guia direito só em proporção à justeza do padrão que tivermos aceitado como nosso guia. Daí a necessidade de conhecimento correto da Palavra de Deus.
III. VONTADE

A vontade do homem está definida por A. H. Strong como "o poder da alma de escolher entre motivos e dirigir sua atividade subseqüente de acordo com o motivo assim escolhido, em outras palavras, o poder da alma de escolher tanto o fim como os meios de atingir o escolhido". Diz o mesmo autor: "A escolha de um fim último chamamos preferência imanente; a escolha dos meios chamamos volição executiva".

Como observamos em considerarmos a vontade de Deus, a vontade não é independente da natureza do seu possuidor. Não é, como fosse, um outro eu dentro de nós. O caráter da vontade é o caráter do indivíduo que a possui. A vontade é, simplesmente, um poder da alma.

Os atos da vontade são determinados por dois fatores: motivos e caráter. Usamos o termo "motivos" significando razões e induzimentos influenciando na direção de certos atos da vontade. Destes dois fatores, o caráter é o mais dominante, porque em todo ato da vontade fazemos escolha entre dois ou mais motivos e é o nosso caráter que determina que motivo escolhemos.

Todo ato da vontade é uma expressão de caráter em vista de motivos e todo ato da vontade tende a modificar ou confirmar o caráter. Isto explica porque uma dada escolha da vontade se torna mais fácil cada vez em que ela se faz.

A questão da liberdade da vontade do homem, sendo um assunto tão vasto, será tratada noutro capítulo.


Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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A existência de Deus


A EXISTÊNCIA DE DEUS

O fato da existência de Deus é tanto o ponto de partida lógico como o escriturístico de um estudo sistemático da doutrina da Bíblia. É o ponto de partida lógico porque o fato da existência de Deus sotopõe-se a todas as outras doutrinas da Bíblia. Sem a existência de Deus todas as outras doutrinas da Bíblia seriam sem sentido. É o ponto de partida escriturístico porque disso nos capacita o primeiro verso da Bíblia.
I. A existência de Deus está assumida na Bíblia.

A Bíblia principia por assumir e declarar a existência de Deus sem empreender prová-la. Isto é um fato digno de nota. Ao comentá-lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moisés, sob inspiração divina, teve, sem dúvida, as melhores boas razões para o curso adotado por Moisés; a saber:

O autor crê que isto é verdade e crê que há pelo menos três razões para o curso adotado por Moisés; a saber:

1. ISRAEL, EM CUJO BENEFÍCIO MOISÉS ESCREVEU PRIMÁRIAMENTE, JÁ CRIA EM DEUS

Daí, o propósito de Moisés, que foi mais prático que teológico, não erigiu uma discussão de provas da existência de Deus.

2. AS EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS SÃO VISÍVEIS E VIGOROSAS

Assim, foi necessário, mesmo para a raça humana como um todo, que um discurso prático tratasse das evidências da existência de Deus. Mas o nosso estudo é teológico bem como prático; logo, é-nos oportuno notar estas evidências visíveis e vigorosas. Elas nos vêem da:

(1) Criação Inanimada

A. A matéria não é eterna e, portanto deve ter sido criada.

George McCready Price, autor de "Fundamentals of Geology" e outros livros científicos, diz: "Os fatos da radioatividade proíbem muito positivamente a eternidade passada da matéria. Daí, a conclusão é silogística: a matéria deve ter-se originado ao mesmo tempo no passado..." (Q. E. D., pág. 30). O Professor Edward Clodd diz que "tudo aponta para uma duração finita da criação atual" (Story of Creation, pág. 137). "Que a forma presente do universo não é eterna no passado, mas começou a ser, atesta-nos não só a observação pessoal senão também o testemunho da geologia" (A. H. Strong Sistematic Theology, pág. 40).

B. A matéria deve ter sido criada por outro processo que não os naturais; logo, a evidência de um criador pessoal.

Diz o Prof. Price.: "Há uma ambigüidade de evidência. Tanto quanto a ciência moderna pode lançar luz sobre a questão, deve ter havido uma criação real dos materiais de que se compõe o nosso mundo, uma criação inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau". (Q. E. D. pág. 25). A origem das coisas não se pode computar sobre uma base naturalística. Buscando assim fazer, Darwin foi obrigado a dizer: "Estou num lamaçal desesperado." Alguém podia falar tanto de livros serem escritos pelas leis da soletração e da gramática como do universo ser feito pela operação de mera lei.

Assim está a Bíblia de inteiro acordo com os achados da ciência moderna quando ela declara: "No princípio Deus criou os céus e a terra." (Gênesis 1:1).

(2) Criação Animada

A. A Matéria viva não pode provir da não-viva.

Escrevendo no "London Times", disse Lord Kelvin: "Há quarenta anos perguntei a Liebig, andando nalgum lugar pelo campo, se ele acreditava que o capim e as flores que víamos ao nosso redor cresciam por meras forças químicas". Ele respondeu: "Não mais do que eu podia crer que um livro de botânica que as descrevesse pudesse crescer por meras forças químicas". Numa preleção perante o Instituto Real de Londres, Tyndall afirmou candidamente os resultados de oito meses de árduos experiências como segue: "Do princípio ao fim do inquérito não há, como vistes, uma soma de evidência a favor da doutrina de geração espontânea... Na mais baixa como na mais elevada das criaturas organizadas o método da natureza é: que a vida será o produto de vida antecedente". O Professor Conn diz: "Não há a mais leve evidência de que a matéria viva possa surgir da matéria morta. A geração espontânea está universalmente vencida" (Evolution of Today, pág. 26). E o Sr. Huxley foi forçado a admitir: "A doutrina que a vida somente pode vir da vida está vitoriosa em toda a linha" (The Other Side of Evolution, pág. 25).

B. Desde que a matéria não é eterna, a vida física, que envolve a matéria viva, não pode ser eterna.

O fato de a matéria não ser eterna proíbe a suposição que a vida física é o resultado de uma série infinita de gerações. E desde que, como vimos, a matéria não pode provir da não-viva, somos forçados a aceitar o fato de um criador pessoal, não-material.

(3) A Consciência Humana

Para fins práticos, a consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas ações numa base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos, que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam "a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e seus pensamentos, ora acusando-se, ora defendendo-se" (Romanos 2:15). Paulo assim afirmou de homens que não aprenderam de um padrão moral autorizado e tinham um senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra têm consciência.

Não se pode dizer, portanto, que o homem tem consciência por causa dos ensinos morais que ele recebeu. Não se pode duvidar que a instrução moral aguça a consciência e faz sua sensibilidade mais pungente; mas a presença da consciência no pagão ignorante mostra que a educação moral não produz consciência.

A consciência, então, nos capacita da existência da lei. A existência da lei implica a existência de um legislador; logo a consciência humana atesta o fato da existência de Deus.

(4) Ordem, Desígnio e Adaptação no Universo,

Ordem, desígnio e adaptação permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocação útil permeiam o universo, deve existir uma inteligência adequada para dirigir esta colocação a fins úteis" (Strong, Systematic Theology, pág. 42).

Vemos ordem maravilhosa nos movimentos dos corpos celestes. Observamos desígnio admirável no fato de o homem respirar ar, tira muito do oxigênio e devolve o ar carregado de dióxido de carbono, que é inútil ao homem. As plantas, por sua vez, tomam o dióxido de carbono, um alimento essencial da planta, do ar, e deitam oxigênio. Temos admirável adaptação no ajuste do homem para viver sobre a terra e no ajuste da terra para lugar de habitação do homem.

Tudo disto evidencia um criador inteligente. É o suficiente para convencer a quaisquer cujas mentes não estão cegadas pelo preconceito. Alguém podia crer do mesmo modo que é por acidente que os rios nos países civilizados banham povoações e cidades como crer que a ordem, o desígnio e a adaptação no universo são produtos de mero acaso.

(5) A Bíblia

A referência aqui não é ao testemunho da Bíblia concernente à existência de Deus. É ilógico dar a autoridade da Bíblia como prova da existência de Deus, porque a autoridade da Bíblia implica a existência de Deus. Semelhante curso vale por perguntar a pergunta: Mas referimos aqui a:

A. A natureza do conteúdo da Bíblia

Bem falado foi que a Bíblia é um livro tal que o homem não o podia ter escrito, se o quisesse, como não o teria escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. Uma discussão mais ampla desta fato virá no próximo capítulo. E, se o homem pudesse, porque escreveria ele um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida, rebelde, merecendo a ira de Deus? É da natureza humana condenar-se assim a si mesma?

B. A profecia cumprida

O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento está arquivado em o Novo Testamento, o qual traz a evidência interna de uma história verossímil. O cumprimento da profecia evidencia um ser supremo que inspirou a profecia.

C. A Vida de Jesus

Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma história verossímil, vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas forças naturais na formação do caráter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidência de um ser divino que habitou Jesus.

D. A Ressurreição de Jesus

A ressurreição de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Temos assim subsequente evidência de que há um ser divino.

Prova da ressurreição de Jesus. Depois de ouvir uma conversação num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreição de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de dezembro de 1920. Ele abordou a matéria como advogado e deu as três seguintes razões para negar a plausibilidade da sugestão que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "Não era ocasião oportuna para roubar o corpo". O fato que três festas judaicas ocorreram no tempo da crucificação certifica que as ruas de Jerusalém estariam cheias de gente. Por essa razão o Sr. Fendley diz que não era boa ocasião para roubar-se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades são dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em serviço. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e não premeditado." E então ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os enxotará de lá e que, quando peitados pelos fariseus, disseram que o corpo de Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiram.

O Sr. Fendley prossegue dando cinco pontos que se devem crer para crê-se neste relatório dos soldados, que são: (1) "Devem crer que sessenta e quatro soldados romanos sob pena de morte dormiram todos de uma vez". (2) "Devem aceitar o testemunho dos dorminhocos". (3) "Devem crer que os discípulos, que estavam tão medrosos, todos de uma vez se tornaram tremendamente ousados". (4) "Outra vez, devem crer que os ladrões tiveram bastante tempo de dobrar as roupas mortuárias e colocá-las aceiadamente de um lado". (5) "Também devem crer que esses discípulos arriscariam suas vidas por um impostor defunto, quando o não fizeram por Salvador vivo".

3. O FATO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE

Isto se dá como a terceira razão que justifica o curso seguido por Moisés em assumir e declarar o fato da existência de Deus sem oferecer quaisquer provas. Os raros que negam a existência de Deus são insignificantes. "As tribos mais baixas tem consciência, temem a morte, crêem em feiticeiras, propiciam ou afugentam maus destinos. Mesmo o fetichista, que a uma pedra ou a uma árvore chama de um deus, mostra que já tem a idéia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 31). "A existência de Deus e a vida futura são em toda a parte reconhecidas na África" (Livingstone).

Os homens sentem instintivamente a existência de Deus. Por que, então, alguns a negam? É por causa de falta de evidência? Não, é somente por não lhes agradar este sentimento. Ele os perturba na sua vida pecaminosa. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem o pensamento de Deus de suas mentes. Todo ateu e agnóstico lutam, principalmente para convencer-se. Quando eles apresentam os seus argumentos a outrem, é em parte por um desejo de prová-los e em parte em defesa própria, nunca por um sentimento que suas idéias podem ser de qualquer auxílio a outros.

Um ateu é um homem que, por amor ao pecado, entremeteu-se na sua mente e a trouxe a uma condição de guerra com o seu coração em que a mente assalta o coração e tenta arrebatar dele o sentimento de Deus. O coração contra-ataca e compele a mente a reter o pensamento de Deus. Neste prélio a mente, portanto, está constantemente procurando argumentos para usar como munição. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere-os contra o coração com o mais alto barulho possível. Isto é porque o ateu gosta de expor seu pensamento. Está em guerra consigo mesmo e ela lhe dá confiança quando ele ouve seus canhões roncarem.

Há evidências, contudo, de que a mente do ateu nunca está inteiramente vitoriosa sobre o seu coração. Hume disse a um amigo quando andavam numa noite estrelada: "Adão, há um Deus". Shelley, que foi excluído de Oxford por escrever um panfleto sobre a "Necessidade de Ateísmo", deliciou-se em pensar de um belo espírito intelectual permeando o universo. Voltaire, diz-se, orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse: "Ó Deus - se houver um Deus - tem misericórdia de mim". Portanto, pode-se concluir com Calvino: "Os que julgam retamente concordarão sempre em que há um senso indelével de divindade gravado sobre as mentes dos homens."

Antes de passar adiante, presume-se bom notar as fontes desta crença quase universal na existência de Deus. Há duas fontes desta crença; a saber:

(1) A Tradição.

Cronologicamente, nossa crença em Deus vem da tradição. Recebemos nossas primeiras idéias de Deus de nossos pais. Não há dúvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva geração desde o princípio. Mas não basta a tradição para dar conta da aceitação quase universal do fato da existência de Deus. O fato que somente uns poucos repelem esta aceitação (é duvidoso que alguém sempre a rejeite completamente) mostra que há uma confirmação íntima na crença tradicional da existência de Deus. Isto aponta-nos à segunda fonte desta crença, que é:

(2) Intuição.

Logicamente, nossa crença em Deus vem da intuição. Intuição é a percepção imediata da verdade sem um processo cônscio de arrazoamento. Um fato ou verdade assim percebidos chama-se uma intuição. Intuições são "primeiras verdades", sem as quais séria impossível todo pensamento refletivo. Nossas mentes são constituídas de tal modo a envolverem estas "verdades primárias" logo que se apresentem as devidas ocasiões.

A. Prova que a crença quase universal em Deus procede logicamente da intuição e não de arrazoamento.

(a) A grande maior dos homens nunca tentou arrazoar o fato da existência de Deus, nem são capazes de semelhante arrazoamento, que servisse para lhes fortificar a crença na existência de Deus.

(b) A energia da crença dos homens na existência de Deus não existe em proporção ao desenvolvimento da faculdade raciocinante, como seria o caso se essa crença fosse primariamente o resultado de arrazoamento.

(c) A razão não pode demonstrar cabalmente o fato da existência de Deus. Em todo o nosso arrazoamento sobre a existência de Deus devemos começar com admissões intuitivas que não podemos demonstrar. Assim, quando os homens aceitam o fato da existência de Deus, aceitam mais do que a exata razão os levaria a aceitarem.

B. A existência de Deus como "Verdade Primária".

(a) Definição. "Uma verdade primária é um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasiões de observação e reflexão, delas não se deriva, - um conhecimento, pelo contrário, que tem tal prioridade lógica que deve ser assumido ou suposto para se fazer qualquer observação e reflexão possíveis. Semelhantes verdades não são, portanto, reconhecidas como primeiras em ordem de tempo; algumas delas assentam um tanto tarde no crescimento da mente; pela grande maioria dos homens elas nunca são conscienciosamente formuladas, de modo algum. Contudo, elas constituem a presunção necessária sobre a qual descansa todo outro conhecimento, tendo a mente não só a capacidade inata de envolvê-las logo que se apresentem as devidas ocasiões se não também o reconhecimento delas como inevitável logo que a mente principia a dar a si mesma conta de seu próprio conhecimento" (Strong, Systematic Theology, pág. 30).

(b) Prova. "Os processos do pensamento reflexivo implicam que o universo está fundado na razão e é a expressão dela" (Harris, Philosophic Basic of Theism). "A indução descansa sobre a presunção, como ela exige para seu fundamento, que existe uma divindade pessoal e pensante... Ela não tem sentido ou valía a menos que assumamos estar o universo constituído de tal modo que pressuponha um originador absoluto e incondicional de suas forças e leis... Analisamos os diversos processos do conhecimento nos seus dados sotopostos e achamos que o dado que se sotopõe a eles todos é o de uma inteligência auto-existente" (Porter, Human Intellect). "A razão pensa em Deus como existente e ela não séria razão se não pensasse em Deus como existente" (Dorner, Glaubenslehre). É por esta razão que Deus disse na Sua Palavra: "Disse o tolo no seu coração: Não há Deus" (Salmo 14:1). Só um tolo negará a existência de Deus. Alguns tolos tais são educados; alguns sem letra, mas, não obstante, são tolos, porque não tem conhecimento ou ao menos não reconhecem nem mesmo o princípio da sabedoria, o temor do Senhor. Veja Provérbios 1:7.
II. A existência de Deus não é demonstrável matematicamente, contudo, é mais certa do que qualquer conclusão da razão.

1. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É DEMONSTRÁVEL MATEMÁTICAMENTE.

A respeito de todos os argumentos a favor do fato da existência de Deus, diz Strong: "Estes argumentos são prováveis, não demonstráveis" (Systematic Theology, pág. 39). Lemos outra vez: "Nem pretendi que a existência, ainda a deste Ser, pode ser demonstrada como demonstramos as verdades abstratas da ciência" (Diman, Theistic Argument, pág. 363). Strong cita Andrew Fuller como questionando "se a argumentação a favor da existência de Deus não tem mais cépticos do que crentes"; e então acrescenta: "Tanto quanto isto é verdade, devido é a uma saciedade de argumentos e à noção exagerada do que se pode esperar deles" (Systematic Theology, pág. 40).

2. A EXISTÊNCIA DE DEUS, CONTUDO, É MAIS CERTA DO QUE QUALQUER CONCLUSÃO DA RAZÃO.

Leia o estudante novamente as citações dadas apara mostrar que a existência de Deus é uma "verdade primária", uma verdade que está assumida por todos no processo da razão, "O que nega a existência de Deus deve assumir, tacitamente, essa existência no seu próprio argumento, por empregar processos lógicos cuja validade descansa sobre o ato da existência de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 33). É uma verdade axiomática que aquilo que é o fundamento de toda a razão é mais certo do que qualquer conclusão da razão. "Não podemos provar que Deus é, mas podemos mostrar que, em face de qualquer conhecimento, pensamento, razão do homem, deve o homem assumir que Deus é" (Strong, Systematic Theology, pág. 34).

3. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É O ÚNICO FATO QUE NÃO PODE SER DEMONSTRADO MATEMATICAMENTE.

Nenhum homem pode demonstrar a existência do tempo, do espaço, ou a realidade da matéria por um processo estritamente lógico. Não se pode demonstra nem a realidade de sua própria existência. Não podemos provar absolutamente que não é alucinação tudo quanto vemos, ouvimos e sentimos. Todavia, nós nos sentimos certos sobre essas coisas e pouca gente alguma vez pensou em discuti-las. Quem o faz é considerado um energúmeno. O mesmo séria sempre verdade do que questionasse a existência de Deus. Um agnóstico ou um ateu, para serem coerentes, teriam, de assumir a mesma atitude para com toda a verdade cientifica como a que assume para com a existência de Deus; porque todos os ramos da ciência devem confiar nas intuições da mente como o fundamento de toda a observação.

"A gente mais irrazoável do mundo é aquela que no sentido estreito depende unicamente da razão" (Strong). "A crença em Deus não é a conclusão de uma demonstração, mas a solução de um problema" (Strong); e esse problema é o problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanação racional e ... e a explanação que se pode possivelmente dar é essa fornecida na concepção de um tal Ser (como Deus). Nesta conclusão a razão descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic Argument). "Chegamos a uma crença científica na existência de Deus tanto como a qualquer outra verdade humana possível. Assumímo-la como uma hipótese absolutamente necessária para dar conta do fenômeno do universo; então evidência de todos os cantos começa a convergir sobre ela, até que, no processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre crescente, pronuncia-se sobre a validade da hipótese com uma voz escassamente menos decidida e universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convicções científicas" (Morell, Philosiphic Fragments). Logo, podemos dizer: "Deus é o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne, Metaphysics).
III. A existência de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente.

Os fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamação do fato da existência de Deus, não temendo de proclamá-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem.

Vezes há, talvez, quando o pregador no púlpito devera discutir as evidências da existência de Deus; todavia, como uma coisa usual, ele deveria assumi-la e declará-la como Moisés fez. E quando ele trata das evidências da existência de Deus, não as sobrecarregue de modo a deixar a impressão que a validade do fato da existência de Deus depende de uma rigorosa demonstração racional.


Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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Lições para lutar contra o leão, o urso e o gigante


Pregação: Lições para hoje do que representa lutar contra o leão, o urso e o gigante.

Pregação do Pastor Silas Malafaia em 01/09/2002.

1 Samuel 17:37
37 Disse mais Davi: O Senhor, que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai, e o Senhor seja contigo. (http://www.bibliaonline.com.br/aa/1sm/17)

I) O Leão, o Urso e o Gigante

1) O Leão é um animal forte, voraz e devorador. Com a sua patata pode abrir brechas. Suca queixada é ‘poderosa’.

a) O leão representa os desejos mais intensos da natureza humana e que não são fáceis de serem vencidos: sexo – dinheiro – poder

sexo – o sexo desregrado que leva o homem a uma vida de imoralidade.

dinheiro – o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

poder – faz as pessoas perderem as referências de família, de honestidade e faz viver num senso desprovido de moral.

b) O orgulho – é a deidade do homem, o homem pelo homem – soberba (Pv 6:16) – Davi pedia a Deus para livrá-lo da soberba.

c) Os problemas com potencialidade de destruição – representa os inimigos cruéis e poderosos e entre eles está Satanás.

2) O URSO – astuto, ágil, garras grandes, força na pata, com o golpe de sua pata amassa a cabeça de qualquer aniomal e também do homem.

a) O urso representa aquelsas coisas que nos prendem, mas não conseguimos largar – bebida, cigarro, drogas, etc.

b) Representa a competição da vida, sempre tem alguém mais ágil que nós.

c) Representa os duros golpes da vida: traições, perdas, ingratidões, injustiças.

3) FILISTEU = GIGANTE = 2,75 M DE ALTURA

a) Simboliza/representa os grandes desafios de nossa vida . Qual o seu grande desafio? manter casamento, sustentar a família, etc.

b) Representa o que é maior do que você.

c) Representa aquilo que é mais bem preparado do que eu.

II) LIÇÕES

1) As experiências advindas de lutas e adversidades nos fazem crescer. Davi estava preparado emocionalmente, mas Israel não estava preparado, pois nunca tiveram de enfrentar uma força maior ou parecida. Davi olha e não tem medo, e quer enfrentar. O exército teve medo e Davi teve fé.O povo de Israel não teve percepção espiritual e Davi teve.

2) Jesus nos prepara para confrontos maiores.

3) Existe a lei da proporcionalidade: quanto maior a luta, maior será a vitória.

4) O melhor dos homens nos atrapalha. (Quando Saul queria vestir a armadura em Davi)

5) Deus usa Davi como Davi e é como Davi que vai vencer. Assim Deus quer nos usar.

6) Não somos nós, nem o que somos, nem o que temos que nos faz vencer, o que faz diferença é Jesus em nossas vidas.

7) Precisamos depender totalmente de Deus.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Conto árabe sobre os sonhos


Conto árabe sobre os sonhos

Autor desconhecido

Uma conhecida anedota árabe conta que um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! - Exclamou o adivinho. - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceite com facilidade.

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Aprenda a escrever na areia


Aprenda a escrever na areia

Adaptada do livro "O gato do cheique e outras histórias" de Malba Tahan - Ediou

Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas longas estradas que recortam as montanhas da Pérsia. Eram nobres e ricos e faziam-se acompanhar por servos, ajudantes e caravaneiros.


Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio barrento e impetuoso. Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, Mussa foi infeliz e caiu no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, não fosse Nagib. Este, sem a menor hesitação, atirou-se à correnteza e livrou da morte o seu companheiro de jornada.
Que fez Mussa?


Ordenou que o mais hábil de seus servos gravasse na face lisa de uma grande pedra, que ali se erguia, esta legenda admirável:


Neste lugar, com risco da própria vida,
Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa.


Feito isso, prosseguiram, com suas caravanas.
Cinco meses depois, em viagem de regresso, encontraram-se os dois amigos naquele mesmo local perigoso e trágico. E, como estivessem fatigados, resolveram repousar à sombra acolhedora do lajedo que ostentava a honrosa inscrição. Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar. Eis que, por motivo banal, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros.

Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou brutalmente o amigo.

Que fez Mussa?
Que farias tu, em seu lugar?

Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando tranqüilo o seu bastão, escreveu na areia, ao pé do negro rochedo:


Neste lugar, por motivo fútil,
Nagib injuriou, gravemente, seu amigo Mussa.


Surpreendido com o estranho procedimento, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:

-Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandastes gravar, para sempre, na pedra o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta o ato de covardia! A primeira legenda, ó meu mestre, ficará para sempre.

Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde terá desaparecido como um traço de espuma entre as ondas buliçosas do mar.

-A razão é simples - respondeu Mussa. O benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre em meu coração. Mas a injúria... essa negra injúria... escrevo-a na areia, como um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa ainda desapareça e se apague de minha lembrança!

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O homem que não se irritava


O homem que não se irritava

Autor desconhecido

Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.

A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.

Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...

Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.

O Décimo Judeu


O Décimo Judeu

Por Yerachmiel Tilles

Torrentes de chuva lhe caíam pela face, mas a tempestade não impediu o mestre chassídico Rabi Leib Sarah de chegar ao vilarejo. Ainda faltavam muitas horas para o início de Yom Kipur. Ele estava a alguma distância do local aonde pretendia ir, mas ficou aliviado ao saber que nesta aldeia também haveria um minyan (quorum de dez homens) com os quais rezar – oito aldeões locais e dois homens que moravam na floresta e viriam.

Rabi Leib imergiu nas águas purificadoras de um rio que passava pela aldeia em preparação ao dia sagrado, fez a refeição que antecede o jejum, e apressou-se para ser o primeiro na pequena sinagoga de madeira. Ali ele acomodou-se para recitar as numerosas devoções pessoais com as quais estava acostumado a iniciar o Dia da Expiação.

Um a um, os aldeões chegaram a tempo para ouvir as palavras de Kol Nidrê. Contando com Rabi Leib, havia nove pessoas agora. Porém não havia um minyan, pois correra o boato de que os dois judeus da floresta tinha sido presos por conta de algum libelo maldoso.

“Talvez possamos encontrar apenas mais um judeu que more nas proximidades?” perguntou Rabi Leib.

“Não” – garantiram os aldeões. “Somos apenas nós.”

“Talvez”, insistiu ele, “talvez haja aqui algum judeu que se converteu fora da fé dos seus antepassados?”

Os moradores ficaram chocados ao ouvir uma pergunta tão estranha por parte do visitante. Entreolharam-se confusos.

“As portas do arrependimento não estão fechadas nem mesmo para um apóstata,” continuou Rabi Leib. Aprendi com meus mestres que se procurarmos em meio às cinzas poderemos acender uma faísca de fogo…”

Um dos aldeões resolveu falar:

“Há um apóstata aqui,” disse ele. “É nosso poretz, o proprietário de toda a aldeia. Ele tem vivido mergulhado no pecado por quarenta anos agora. Veja, a filha não-judia do proprietário anterior apaixonou-se por ele. O pai da moça prometeu a ele que quando se convertesse e casasse com a moça, seria nomeado o único herdeiro. Ele não resistiu à tentação, e fez exatamente isso… Eles não tiveram filhos, e sua esposa faleceu há muitos anos; ele agora vive sozinho em sua enorme mansão. É um patrão cruel, e trata especialmente mal os judeus que trabalham na propriedade.”“Mostrem-me a mansão,” disse Rabi Leib.

Retirou rapidamente seu talit, e correu o mais depressa que pôde na direção da propriedade, com sua kipá branca sobre a cabeça e kitel branco esvoaçando ao vento. Bateu à pesada porta, abriu-a sem esperar resposta e encontrou-se frente a frente com o proprietário das terras. Durante um longo, longo momento, eles se encararam em silêncio, o tsadic e o apóstata. O último chegou a pensar em chamar um dos criados para agarrar o intruso e levá-lo à masmorra no quintal. Porém o semblante luminoso e os olhos penetrantes do tsadic amoleceram seu coração.

“Meu nome é Leib Sarah”, começou o visitante. “Tive o privilégio de conhecer Rabi Israel, o Báal Shem Tov, que era admirado também pelos nobres gentios. Dele ouvi certa vez que todo judeu deveria recitar o tipo de prece que foi primeiro dita pelo Rei David: ‘Salva-me, ó Senhor, da culpa de sangue.’ Porém a palavra usada para ‘sangue’ (damim) também pode ser traduzida como ‘dinheiro’. Portanto, meu mestre explicou o versículo da seguinte forma: ‘Salva-me, para que eu jamais considere o dinheiro como meu Senhor…’

“Ora, minha mãe, Sarah, foi uma santa mulher. Certo dia um gentio local cismou de casar-se com ela, e prometeu-lhe riqueza e status se ela concordasse, mas ela santificou o nome de Israel. Com o intuito de salvar-se daquele vilão, ela rapidamente concordou em casar-se com um judeu velho e pobre que era mestre-escola. Você não teve a boa sorte de passar pelo teste, e por prata e ouro concordou em trair a sua fé. Veja, porém, que não há nada que possa se colocar no caminho do arrependimento. Além disso, existem aqueles que em uma hora adquirem sua porção no Mundo Vindouro. A hora é agora! Hoje é véspera de Yom Kipur. Logo o sol vai se pôr. Os judeus que moram em sua aldeia precisam de mais um homem para compor um minyan. Venha comigo agora, e será o décimo. Pois a Torá nos diz: ‘O décimo será sagrado para D’us.’”

O proprietário empalideceu com as palavras ditas por aquele homem vestido de branco e rosto tão singular. Enquanto isso, não muito distante dali, os oito aldeões aguardavam na sinagoga, reunidos em gelado temor. Quem poderia dizer qual calamidade este estranho faria cair sobre suas cabeças?

A porta abriu-se subitamente, e Rabi Leib entrou apressado, seguido de perto pelo poretz. Este tinha os olhos baixos, pesados de lágrimas. A um sinal de Rabi Leib, um dos aldeões entregou um talit ao apóstata. Ele se envolveu, cobrindo inteiramente o rosto e a cabeça. Rabi Leib dirigiu-se à Arca Sagrada, retirando dois Rolos de Torá. Um ele deu ao aldeão mais idoso ali presente, e o outro – ao poretz.

Entre eles na bimá ficou Rabi Leib, que começou a entoar solenemente as linhas iniciais da prece Col Nidrê: “Pela sanção do Todo Poderoso, e pela sanção da congregação… declaramos permissível rezar junto com aqueles que pecaram…”

Um profundo suspiro brotou das profundezas do coração partido daquele homem. Ninguém conseguiu ficar indiferente, e todos ali choraram junto com ele.

Durante todas as preces da noite, e do alvorecer do dia seguinte até o cair da noite, o poretz ficou em prece, humilde e contrito. E enquanto soluços sacudiam seu corpo inteiro ao recitar a confissão, os outros nove estremeceram com ele.

No auge do serviço Neilá, quando a congregação estava a ponto de recitar as palavras de Shemá Yisrael, o poretz inclinou-se para a frente até sua cabeça ficar dentro da Arca Sagrada, abraçou os Rolos de Torá que ali estavam, e numa voz forte que petrificou os presentes, clamou: “Ouve, ó Israel, o Eterno é nosso D’us, o Eterno é Um!”

Ele então endireitou-se, e começou a declarar com toda a sua força: “O Eterno é D’us!” A cada repetição sua voz ficava mais alta. Finalmente, enquanto clamava pela sétima vez, sua alma deixou seu corpo.

Na mesma noite eles levaram os restos mortais do poretz para enterrar na cidade vizinha. O próprio Rabi Leib tomou parte na purificação e preparação do corpo para o enterro, e pelo resto da vida ele observou o yahrtzeit deste penintente em todo Yom Kipur, recitando o cadish pela elevação de sua alma.

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Divina Proporção


Divina Proporção


Por David Zumerkorn – extraído de seu livro “Numerologia Judaica” com permissão do autor

Todos nós já ouvimos falar em número PI. É o irracional mais famoso da história, com o qual se representa a razão constante entre o perímetro de qualquer circunferência e o seu diâmetro (é conhecido "vulgarmente" como 3,1416, mas equivale a 3.141592653589793238462643383279502884197169399375).

Não confundir com o número Phi que corresponde a 1,618. O número Phi (letra grega que se pronuncia "fi") apesar de não ser tão conhecido, tem um significado muito mais interessante. Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. Os gregos criaram então o retângulo de ouro. Era um retângulo, do qual havia proporções (do lado maior dividido pelo lado menor) e a partir dessa proporção tudo era construído. Assim eles fizeram o Parthernon... (proporção do retângulo que forma a face central e lateral). A profundidade dividida pelo comprimento ou altura, tudo seguia uma proporção ideal de 1,618. Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides cada pedra era 1,618 menor do que a pedra de baixo, a de baixo era 1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 3a fileira e assim por diante.

Durante milênios, a arquitetura clássica grega prevaleceu. O retângulo de ouro era padrão, mas depois de muito tempo veio a construção gótica com formas arredondadas, que não utilizavam retângulo de ouro grego.

Mas em 1200, Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos criou aquela que é provavelmente a mais famosa sequência matemática: a Série de Fibonacci. A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a partir da reprodução de várias gerações e chegou a uma sequência onde um número é igual a soma dos dois números anteriores: 1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89...

1
1+1=2
2+1=3
3+2=5
5+3=8
8+5=13
13+8=21
21+13=34
E assim por diante.

E assim por diante. Aí entra a primeira "coincidência": proporção de crescimento média da série é... 1,618. Os números variam, um pouco acima às vezes, um pouco abaixo, mas a média é 1,618, exatamente a proporção das pirâmides do Egipto e do retângulo de ouro dos gregos. Então, essa descoberta de Fibonacci abriu uma nova idéia de tal proporção que os cientistas começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e começaram a descobrir coisas fantásticas:



A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colméia é de 1,618;

A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618;

A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais sementes de um girassol é de 1,618;

A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de altura é de 1,618.

E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias as estrelas se distribuem em torno de um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618 também. Por isso, o número Phi ficou conhecido como A DIVINA PROPORÇÃO. Porque os historiadores descrevem que foi a beleza perfeita que D’us teria escolhido para fazer o mundo.

Bom, por volta 1500 com o Renascentismo à cultura clássica voltou à moda. Michelangelo e,principalmente, Leonardo da Vinci, grandes amantes da cultura pagã,colocaram esta proporção natural em suas obras. Mas Da Vinci foi ainda mais longe; como cientista, pegava cadáveres para medir a proporção do seu corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto a Divina proporção quanto o corpo humano... obra prima Divina.

Por exemplo:
Meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão; o resultado é 1,618.

Meça seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo; o resultado é 1,618.

Meça seus dedos, ele inteiro dividido pela dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra. O resultado é 1,618;

Meça sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618; A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até o alto da cabeça. O resultado 1,618;

Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax. O resultado é 1,618; (Considere erros de medida da régua ou fita métrica que não são objetos acurados de medição).

Cada osso do corpo humano é regido pela Divina Proporção. Seria D’us, usando seu conceito maior de beleza em sua maior criação feita á sua imagem e semelhança?

Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, árvores, arte e o homem; coisas teoricamente diferentes, todas ligadas numa proporção em comum. Então até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções.

Meça seu cartão de crédito, largura/altura, seu livro, seu jornal, uma foto revelada. (sempre considere erros de medida da régua ou fita métrica). Encontramos ainda o número Phi nas famosas sinfonias como a 9ª de Beethoven e em outra diversas obras.

Mera coincidência?

Prefiro pensar em um conceito de Unidade com todas as coisas sendo cada vez mais reveladas para nós apenas esperando abrirmos os olhos e reconhecermos as maravilhas da Divina Proporção.

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Por que dormimos?????


Por que dormimos?????

Por Yanki Tauber – Baseado nos ensinamentos do Rebe

Todos os dias, milhões de homens-hora são dormidos ralo abaixo. Se existem 6 bilhões de seres humanos no mundo, e cada um dorme em média 7,2 horas por noite – bem, faça a conta. O xis da questão é que o tempo dormido é provavelmente o recurso humano mais desperdiçado.

Por que passamos 25% a 30% de nossa vida à toa? Por que dormimos?

Talvez esta pergunta seja inútil. Por que dormir?

Porque nosso corpo exige isso de nós. Porque é assim que somos fisiologicamente construídos – precisamos de tantas horas de sono todos os dias para funcionar. Mas para o judeu, não existem perguntas inúteis. Se D’us nos criou de uma determinada maneira, há um motivo. Se nossas horas ativas devem ser precedidas por aquilo que o Talmud chama de a pequena morte, há uma lição aqui, uma verdade que é fundamental à natureza da realização humana.

O Rebe explica: Se não dormíssemos, não haveria amanhã. A vida seria um único hoje, sem etapas. Todo pensamento e ação nossa seria uma continuação de todos os nossos pensamentos e ações anteriores. Não haveria novos começos em nossa vida, pois o próprio conceito de um novo começo nos seria estranho.

Dormir significa que temos a capacidade de não apenas melhorar, como transcender a nós mesmos. De abrir um novo capítulo na vida que não está previsto nem habilitado por aquilo que fizemos e fomos até agora. De nos libertar das restrições do dia de ontem e construir um ser novo, recriado.

O Rabi Israel Báal Shem Tov ensinou que D’us cria o mundo novamente a cada microssegundo de tempo. Se nós somos Seus "parceiros na Criação" (como o Talmud afirma que somos), deveríamos ser capazes de fazer isso também – pelo menos uma vez ao dia.

Acorde amanhã – e comece tudo de novo.

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

A História do Café


A História do Café


Há cerca de trezentos anos, o café tem sido uma bebida popular em todo o mundo civilizado, mas pouco se sabe sobre a maneira exata como foi descoberto.

Talvez você tenha ouvido algumas lendas antigas sobre cabras pastando nas montanhas, comendo os frutos do cafeeiro, e em seguida dando cabriolas devido às propriedades estimulantes do café.

Existem outras narrativas que falam sobre um fanático religioso expulso de Moca que se refugiou nas montanhas da Arábia. Ele provou alguns frutos estranhos que cresciam num arbusto. Como eram amargos, ele tentou melhorar o sabor tostando-os sobre o fogo. Isso os tornou quebradiços, e ele tentou amolecê-los na água, e quando a água na qual os grãos estavam imersos se tornou marrom, este Sr. Omar (pois este era o seu nome) bebeu e descobriu como aquilo era bom e revigorante. Isso foi lá pelos idos do século treze. Muito antes disso o café crescia à vontade na Abissínia.

O café, até o final do século dezessete, vinha totalmente da Arábia e era conhecido como Moca, o nome da cidade de sua origem. Mais ou menos naquela época, espertos mercadores holandeses, percebendo a crescente demanda e as perspectivas de um novo comércio, induziram seu governo a experimentar a plantação de café nas possessões das Índias Orientais Holandesas. O governador da Ilha de Java distribuiu sementes em várias partes da Ilha e devido à fertilidade do solo e as condições climáticas favoráveis, logo as plantas se desenvolveram. De Java, o café espalhou-se para as Índias Ocidentais e finalmente para a América do Sul e Central, onde o clima era particularmente propício ao rápido desenvolvimento do cafeeiro. Ali o seu cultivo foi feito de maneira extensiva, até agora, e provavelmente 90% de todo o café cultivado vem do Hemisfério Ocidental.

Assim o centro da produção se mudou do antigo mundo para o novo e, com um começo promissor, o café atualmente é uma das produções mais rentáveis do comércio mundial. O consumo chega a 2 bilhões de quilos, dos quais cerca de 57% são fornecidos pelo Brasil. Os Estados Unidos lideram como país consumidor de café, com cerca de metade de toda a quantidade consumida mundialmente. O consumo per capita excede 7 quilos por ano.

O cafeeiro é plantado com as sementes totalmente amadurecidas, selecionadas com esta finalidade. Quando as mudas atingem trinta centímetros de altura, são levadas para a plantação e dispostas em fileiras, com três metros de distância entre elas. Quando estão totalmente crescidas, atingem a altura de 3 metros ou pouco mais.

Cada arbusto produz anualmente até um quilo e meio de café, depois do quarto ou quinto ano. Os cafeeiros podem produzir até os 100 anos de idade, mas seu período mais produtivo vai do 5º ao 50º ano. A folhagem é de um verde escuro brilhante. As flores são pequenas em formato de estrelas, perfumadas, e crescem em cachos.

O desenvolvimento do fruto exige cerca de seis meses e, quando maduro, tem uma cor vermelho profundo e é conhecido como "cereja". Durante a estação da colheita, os serviços de todos os trabalhadores da fazenda e suas famílias são necessários para que o fruto possa ser colhido rapidamente e encaminhado para os preparativos finais.
O café é preparado de duas maneiras:

1 – O processo natural. 2 – O processo de lavagem.

"O café natural" é obtido permitindo-se que os frutos permaneçam na planta após terem amadurecido. O sol tropical em pouco tempo faz com que a umidade da polpa se evapore, e o fruto se torne enrugado e preto. Neste estágio os trabalhadores fazem os frutos caírem ao chão, onde as mulheres e crianças os varrem e ensacam. São em seguida enviados para o "benefício", ou fábrica, para tratamento. Este consiste de uma rápida lavagem para remoção dos gravetos e outras substâncias estranhas.

As sementes são então espalhadas num pátio de cimento para secar, e permanecem expostas ao sol durante cerca de sete dias. Todas as noites, porém, são juntadas e cobertas com lonas para protegê-las do orvalho, pois a umidade neste estágio seria prejudicial.

Quando o café está totalmente seco, a película externa torna-se quebradiça e pode ser removida facilmente por uma máquina debulhadora.

Os frutos são então separados de acordo com o tamanho e qualidade, após o qual são empacotados para exportação. O processo natural de seleção é usado quase que inteiramente no Brasil.

"O café lavado" exige um manuseio totalmente diferente, como o nome sugere, uma verdadeira lavagem ocorre durante a secagem.

Em vez de tirar os frutos secos dos galhos, como é feito com o "café natural", cada fruto maduro é apanhado individualmente, transportado para uma máquina de polpa, bastante similar à que processa as cerejas. Esta máquina remove a polpa. Deixando o grão de café envolvido numa casca dura como o couro. Os grão são colocados em grandes tanques de cimento ou barris cheios de água. Os frutos permanecem nestes tanques por cerca de vinte a trinta horas. Durante a imersão, ocorre uma fermentação que muda o sabor, produzindo aquilo que se conhece como "acidez".

Depois que o processo de lavagem é completado, o método de secar e debulhar é parecido com o do "café natural". Na aparência, porém, o grão lavado mudou por completo. Está muito mais limpo e com melhor aparência, e quando devidamente lavado e curado, fica de um verde escuro e tem mais valor que o grau correspondente de "café natural". Seu valor aumenta ainda mais quando os grãos imperfeitos ou danificados que não puderam ser removidos pela máquina são retirados à mão. Isso é conhecido como "catar à mão".

O cafeeiro exige clima quente e pode ser cultivado com lucro num cinturão de vinte graus ao norte ou ao sul da linha do Equador. A condição do solo, local da plantação e altitude, todos são vitais para o cultivo do café, e todos têm maior ou menor influência na qualidade do café produzido. Os cafés mais finos vêm das plantações situadas a mil ou mil e quinhentos metros acima do nível do mar, onde os dias são quentes e as noites frescas, e onde os cafeeiros são plantados num solo gradualmente inclinado para melhor drenagem.

A colheita em cada país é similar em aparência e sabor de ano para ano, embora o excesso de chuvas ou a sua falta possa modificar de alguma forma a aparência, e o excesso de umidade durante a estação seca possa provocar um efeito prejudicial na qualidade da bebida.

Há uma grande diferença, especialmente na xícara, do produto de cada país. Cada qual tem suas características peculiares e sabor individual. A mistura do café é realmente uma arte em si. Ao juntar sabores distintos e individuais, em proporções exatas, os especialistas produzem um café delicioso.

Suave estimulante

Os estimulantes são substâncias que excitam os nervos e alguns órgãos do corpo. Os nervos estimulados enviam mensagens ao cérebro e dele para outras partes, com muita rapidez. Isso faz a pessoa agir e pensar de maneira mais alerta e animada.

O café (como o chá) contém cafeína que eleva a pressão sanguínea e age como um leve estimulante. Uma ou duas xícaras diárias de café provavelmente é algo inofensivo para a maioria das pessoas. Porém algumas pessoas acham que beber café antes de ir para a cama pode causar insônia.

Os médicos às vezes aconselham determinados pacientes a se absterem completamente de café, ou a beberem um café descafeinado. Em muitas fábricas e escritórios, portanto, "a pausa para o café" é fornecida aos empregados às custas da empresa. Isso é considerado boa política – e bom investimento, pois a pausa para o café recobra as energias e estimula os trabalhadores a trabalharem com maior eficiência. Para muitas pessoas, o café é simplesmente uma bebida deliciosa, mas para nós ele possui também uma mensagem especial, relacionada à nossa vida espiritual.

Na vida espiritual e religiosa também é possível ficar cansado e desgastado por realizar sempre os mesmos deveres. Durante as preces diárias e o cumprimento de nossas mitsvot podemos nos tornar mecânicos, sem vitalidade e entusiasmo.

Uma "pausa para o café" espiritual, portanto, é necessária. Quais são os estimulantes espirituais que podem renovar a alma como o café renova o corpo?

A própria Torá, com toda a certeza, é o maior estimulante da vida religiosa e espiritual, mas algumas partes da Torá são ainda mais estimulantes para determinadas pessoas. Estas partes são Mussar (ética religiosa) e especialmente a Chassidut, que despertam as qualidade que fornecem vitalidade e entusiasmo no cumprimento de todas as mitvsot.

Existem também alguns dias do ano que agem como estimulantes em nossa vida judaica.
Shabat e Yom Tov, o mês de Tishrei, e ocasiões similares são nossas doses, nossas "xícaras de café" no sentido espiritual. Seu objetivo não é fornecer estimulantes espirituais temporários, mas inspiração para o ano inteiro. No entanto, é provável que o efeito desapareça sob o estresse da rotina diária, que lida principalmente com coisas materiais. Portanto uma "pausa para o café" espiritual, reavaliando nossa atuação no estudo e na prática é uma necessidade vital e permanentemente estimulante.

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O Diamante


O Diamante


Dentre todas as pedras preciosas, o diamante sem dúvida é o "Rei". Um diamante polido, engastado num anel ou colar, ou até numa coroa real, é uma jóia belíssima; além disso, seu preço é muito alto.

O homem conhece o diamante há milhares de anos. Uma das doze pedras preciosas que o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) usava o Choshen (Peitoral) do Efod (veste do Sumo Sacerdote), representando as doze tribos de Israel, era um diamante.

O diamante é conhecido por ser a pedra mais dura e mais resistente. A palavra "diamante" é derivada de uma palavra grega que significa "inconquistável".

Há cerca de 130 anos, o diamante era bastante raro. Em 1866, os filhos de um fazendeiro na África do Sul encontraram uma pedra tão reluzente que chegava a soltar faíscas, e brincaram com ela, guardando-a entre seus brinquedos. Quando a mãe percebeu a pedra brilhante, deu-a a um vizinho, que a vendeu para um ambulante por alguns trocados. Aquela pedra era um diamante que depois foi classificado como pesando mais de 21 quilates.

As pessoas começaram a encontrar mais diamantes na mesma área. Em 1869, um pastor vendeu um diamante com mais de 83 quilates pelo preço de 500 ovelhas, dez vacas e um cavalo. A notícia do achado destes tesouros espalhou-se como fogo na mata. Logo havia milhares de "caçadores de tesouro" perto do Rio Vaal na África do Sul, onde os diamantes acima mencionados tinham sido encontrados. Alguns anos depois, começou a escavação no agora famoso campo de Kimberly. Ali também, o primeiro diamante foi encontrado por acaso.

Uns poucos "caçadores" chegaram ao local, onde mais tarde seria fundada a cidade de Kimberly. Eles estabeleceram uma fazenda. Isso foi no verão de 1871. Um dos trabalhadores fez algo de errado, e como castigo, foi mandado para cavar num campo das proximidades. Enquanto cavava, encontrou diamantes.

Houve uma corrida até o campo, e cerca de 1600 homens compraram cotas do lugar, embora tivesse apenas 10 acres de tamanho. Todos começaram a cavar em sua propriedade, e carregavam a rocha e a levavam por correntes até a mina na superfície; ai a "rocha" era lavada e filtrada, para fazer surgir os diamantes. O campo da mina foi transformado numa densa rede de correntes; fervilhava como uma colméia, todos trabalhando para si mesmos, não pensando no vizinho. Com freqüência, as finas paredes entre as minas desabavam, porque não havia um sistema de cooperação. Muitas vezes, um ou outro mineiro atingia um regato subterrâneo que inundava sua mina, e também as dos vizinhos.

Dois homens sonhavam criar um monopólio das minas de diamantes para eles próprios. Um deles era um inglês, Cecil Rhodes. Ele iniciou sua carreira alugando bombas de água para vários "escavadores", e pouco a pouco começou a adquirir pequenas cotas nos lucros. Também o outro homem, Barbey Barnatto, começou a comprar mais e mais cotas. Alguns anos depois Cecil Rhodes comprou as cotas de Barney Barnatto, e assim se tornou o único dono das famosas minas "De Beer". Este era o nome de uma família sul africana a quem os campos tinham pertencido originalmente, antes da descoberta dos diamantes.

Rhodes pagou 26 milhões de dólares para se tornar o único dono das minas de diamantes. A empresa que ele formou "Minas Consolidadas De Beer Limitada", atualmente controla a produção e o preço dos diamantes em todo o mundo.

Hoje em dia, 5 toneladas de diamantes são extraídas anualmente, e a maior parte vai para fins industriais, não para joalherias. O diamante pelo seu grau de dureza é usado para diversos propósitos: cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos, etc.

O diamante industrial, embora inútil como jóia, é uma parte vital na indústria mecânica, como eletricidade ou outras formas de força. Em 1957, por exemplo, os Estados Unidos importaram 15 milhões de quilates de diamantes. Desse total, menos de 2 milhões de quilates foram para joalherias. O restante – mais de 13 milhões de quilates, ou quase 3 toneladas – eram diamantes industriais.

Como jóia, o diamante custa cerca de U$ 1000,00/quilate, ao passo que um diamante industrial custa apenas U$ 4,00/ quilate.

As minas de diamantes da África do Sul produzem a maioria dos diamantes. O Congo Belga (atual República do Congo, na África Central) tem a maior quantidade de diamantes industriais. Em 1957, 13 milhões de quilates foram extraídos, porém 95% deles eram da qualidade industrial, mais barata, que é moída até virar pó para fins de polimento. A África como um todo produz 97% de toda a produção mundial de diamantes. A produção mundial supera os 23 milhões de quilates por ano. Tanganica, Gana, África Ocidental Francesa e outras partes do Continente Negro também produzem boa quantidade de diamantes, mas todos são vendidos através da empresa De Beer.

Um dos primeiros países onde os diamantes foram descobertos foi a Índia. Ali os diamantes eram conhecidos há mais de 2000 anos. Segundo a lenda, o famoso "Koh-I-Noor" ("montanhas de luz"), que hoje faz parte dos tesouros da Coroa Britânica, foi descoberto na Índia.

Houve certa vez um diamante com uma lenda ligada a ele, chamado "o grande Mogul", e pesava 787 quilates. Há cerca de 300 anos, desapareceu, e foi cortado em pedras menores. Uma dessas partes, pesando 280 quilates foi utilizado para a coroa de um marajá indiano.

Dentre os tesouros russos, há um diamante das jóias da coroa dos antigos czares. É chamado "Orloff", e pesa 220 quilates. Um soldado francês o roubou de um templo hindu, do olho de uma estátua que ali havia. Isso ocorreu em 1700. A pedra mudou de mão muitas vezes, sempre com derramamento de sangue envolvido, até que chegou a Amsterdã em 1774. Ali, um príncipe russo, Orloff, comprou-a (por cerca de meio milhão de dólares) e deu-a de presente à rainha Catarina II. Alguns acreditam que também fazia parte do "Grande Mogul" extraviado.

Um dos diamantes mais famosos é o "Hope", uma pedra enorme, azul, rara. Está envolvido nas mortes trágicas de doze pessoas; também causou tragédias em duas famílias reais. É parte de uma pedra maior, que pertenceu ao rei francês, Luiz XIV. Foi roubado na época da Revolução Francesa. Posteriormente, apareceu na Inglaterra (44 quilates) onde um banqueiro, Henry Thomas Hope, comprou-a em 1800. Mais tarde, um sultão turco, Abdul Al Hamid, comprou-a, e a deu para sua esposa favorita usá-la ao redor do pescoço. Aparentemente o diamante também trazia má sorte, pois ele perdeu o trono. A pedra agora pertence a um mercador de diamantes em Nova York.

O maior diamante do mundo foi encontrado na Mina Premier em Transvaal, na África do Sul. Esta nova mina de diamantes foi descoberta em 1902 por um tal Thomas Cullinan. Três anos depois, o capataz, Frederick Wells, percebeu um raio de luz na lama de uma mina aberta; com seu canivete, ele desenterrou o maior diamante do mundo – 3106 quilates, ou meio quilo de peso.
O Governo de Transvaal presenteou o "gigante" ao Rei Edward VII da Inglaterra. A pedra foi chamada de "Cullinan". O rei escolheu o famoso lapidador, J. Osher de Amsterdã, para cortar a pedra. Este especialista estudou a pedra durante meses. Uma batida no lugar errado poderia partir a o diamante em pedaços.

As responsabilidade e a tensão eram indescritíveis. Algumas vezes ele desmaiou durante o trabalho. Finalmente, partiu com sucesso em nove diamantes grandes, e 100 jóias menores. A pedra maior pesava 530 quilates e foi engastada no Cetro real. A pedra leva o nome de "Primeira Estrela da África".

A "Segunda Estrela da África" do diamante Cullinan pesa cerca de 130 quilates, e enfeita a Coroa Real Britânica, que é usada na Coroação.

Cortar e polir um diamante bruto de tamanho grande pode levar um ano. O especialista precisa de extrema paciência, arte, e nervos de aço. Cada diamante tem suas próprias peculiaridades. O lapidador estuda os "músculos" internos, ou gramatura da pedra, faz diversas linhas demarcatórias ao redor do diamante, de modo a obter a pedra maior e o menor número possível de pedras pequenas; quanto maior a pedra, mais alto é o preço.

Às vezes ocorre que um especialista corte a pedra com uma batida do martelo no ponto exato, como fez J. Osher com o diamante Cullinan (e desmaiou na mesma hora). Ele foi informado mais tarde que o golpe tinha sido perfeito. Atualmente, os diamantes são cortados por serras especiais. São rodas, finas como papel, cobertas com pó de diamante misturado com azeite de oliva, e giram mecanicamente a grande velocidade, serrando o diamante bem lentamente, muitas vezes durante semanas. Somente um diamante pode cortar outro, porque não existe substância mais dura que o diamante.

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