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sábado, 24 de dezembro de 2011
Polêmica carismática na política e nos meios de comunicação
Polêmica carismática na política e nos meios de comunicação
Gina Meeks
Embora algumas denominações sejam conhecidas por se engajarem nas guerras culturais e na política, os pentecostais e carismáticos não estão historicamente entre eles. À medida que pentecostais e carismáticos estão ficando com voz mais ativa na política, o resultado tem sido polêmica.
Aliás, candidatos apoiados por carismáticos nem sempre são apoiados pelos meios de comunicação esquerdistas.
John Stemberger, advogado da cidade de Orlando e presidente do Conselho de Política da Família na Flórida, diz que Michele Bachmann, a congressista de Minnesota, e Rick Perry, o governador do Texas, são dois bons exemplos.
“Os líderes carismáticos que dão um passo para dentro das disputas políticas são normalmente atacados pela esquerda e pelos grandes meios de comunicação no momento em que eles são percebidos como eficazes ou influentes”, Stemberger escreve num artigo da revista Charisma. “A esquerda tem transformado numa forma de arte virtual a demonização de qualquer líder famoso que assuma uma postura a favor dos valores cristãos”.
Mas por muitas razões, os líderes pentecostais muitas vezes recebem mais críticas do que outros líderes evangélicos. Stemberger argumenta que embora alguns desses ataques sejam legítimos, outros são “completamente preconceituosos e ilegítimos”.
Ataques ilegítimos
Stemberger escreve: “As elites seculares nos meios acadêmicos e nos meios de comunicação muitas vezes sabem pouco sobre a importância da religião em geral, mas são ainda mais ignorantes acerca das convicções e experiências muito reais praticadas por milhões de cristãos carismáticos nos Estados Unidos e ao redor do mundo”.
Além disso, há uma tendenciosidade negativa dirigida a “qualquer religião que se expresse num contexto político socialmente conservador”. Stemberger diz que a oposição aos pentecostais é ainda mais intensa por causa de suas expressões peculiares de adoração e práticas fora do comum como falar em línguas, orar pela cura dos doentes e palavras proféticas.
Embora os esquerdistas tendam a valorizar a tolerância, a diversidade e a imparcialidade, essas virtudes se perdem no que se refere a pentecostais na esfera política.
A esquerda acredita que está desmascarando e prejudicando a credibilidade de líderes como Sarah Palin, Bachmann e Perry quando tenta demonizá-los. “A principal arma da esquerda é incitar medo lançando ataques cruéis, estratégicos e multidimensionais”, explica Stemberger.
Isso fica evidente quando se olha para as atitudes dos grandes meios de comunicação, que atacaram sistematicamente John Ashcroft, ex-Procurador Geral de Justiça dos EUA, e James G. Watt, primeiro ministro do interior de Ronald Reagan. Ambos tiveram formação na Assembleia de Deus.
Mais recentemente, NPR, Newsweek e Time atacaram candidatos favoráveis aos pentecostais frisando as conexões deles com grupos carismáticos, tais como a Nova Reforma Apostólica (ou NRA) de Peter Wagner. Todos esses três veículos de comunicação esquerdistas atacaram Wagner torcendo a terminologia das “sete montanhas” da NRA, a qual envolve cristãos estabelecendo o Reino de Deus em todas as esferas da cultura, e até compararam a NRA com um grupo islâmico de guerra santa. Clique aqui para ler a defesa de Wagner em inglês.
A esquerda ataca líderes cristãos como Wagner como um aviso para outros que tentarem colocar um pé na esfera política. “Tragicamente, a igreja tem muitas vezes sucumbido a essa intimidação”, escreve Stemberger.
Ele acrescenta: “Contudo, o que os carismáticos precisam compreender — e o que os meios de comunicação esquerdistas não entendem — é que tais táticas podem estimular e fortalecer o apoio a esses líderes e reforçar a influência deles mais do que se esses aspirantes políticos tivessem sido isolados ou ignorados”.
Esse tiro pela culatra é semelhante ao caso de José em Gênesis 50:20; o que essas agendas muitas vezes anticristã intentaram para o mal, “Deus intentou para o bem”.
Críticas legítimas
Particularmente quando lida com abuso, hipocrisia e decisões imprudentes feitas por líderes carismáticos, a crítica é às vezes justificada, diz Stemberger, “apesar do fluxo de intolerância religiosa movido pela mídia e menosprezo ilegítimo dirigido aos carismáticos”.
Houve muitas ocasiões, por exemplo, em que os meios de comunicação seculares zombaram de pastores carismáticos por darem uma “palavra profética” que nunca se cumpriu. Igualmente tão ruim é que os evangélicos muitas vezes criticam líderes pentecostais por proporem ensinos claramente sem base bíblica.
Stemberger explica: “Essas palavras proféticas e interpretações equivocadas das Escrituras são raramente compartilhadas com líderes da igreja antes de se tornarem públicas, especialmente porque em muitas dessas igrejas ou ministérios não há prestação de constas ou pluralidade de liderança”.
Essas situações prejudicam a credibilidade carismática, não só com os evangélicos, mas também com o público geral.
“Pelo fato de que muitos pastores carismáticos dirigem suas igrejas com autoridade individual ou funcionalmente ou organizacionalmente, uma falta estrutural de prestação de contas os torna propensos a se tornarem facilmente o próximo alvo dos meios de comunicação”, conclui Stemberger.
Este texto foi adaptado do artigo de John Stemberger, “The Rising Tide of Influence” (O Crescimento da Influencia [Pentecostal]), que apareceu pela primeira vez na edição de novembro da revista Charisma. Clique aqui para ver a edição digital.
Tradução: www.juliosevero.comFonte: CharismaNews
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