segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Do Deserto para a Eternidade


Do DESERTO para a ETERNIDADE.

Existe um ditado popular que diz: “Cavalo bravo, trabalha menos!”.

Em termos de esperteza e conceitos deste mundo, podemos até considerar este ditado como um alerta e uma forma de se dar bem neste mundo de oportunismos e vantagens.

Mas, dentro de uma ótica cristã, um cavalo bravo é inútil, não serve para nada, só consegue manter à distância os seus observadores e o lugar dele é no deserto.

Ao sermos retirados do Egito (mundo) por Cristo, nossa primeira oportunidade de crescimento se chama deserto! E é lá que vamos passar um bom período da nossa vida.

Também é muito importante saber que sempre que precisarmos, Deus nos levará ao deserto para nos corrigir, como um pai (Hb12.5,6), por isso, é bom não precisarmos...

No deserto, mesmo que surjam alguns inimigos externos, como os Amalequitas (Ex17.8) e alguns Cananeus (Nm 21), a nossa luta é contra nós mesmos, contra o nosso eu, contra a nossa carne, contra a nossa natureza carnal, contra as nossas concupiscência.

As nossas provocações nas águas de Meribá (Ex 17.7), nossas rebeliões (Nm12 e 16), nossas murmurações (Nm11, Nm 14.26-45), nossas tentações de voltarmos ao Egito (Nm 14), nosso fogo estranho (Lv 10), nossas incredulidades em tomar posse das bênçãos do Senhor (Nm 13 e 14), tudo isso tem que morrer e ficar para sempre no deserto.

No deserto também é o lugar de restauração Familiar (Ex 18), é onde Deus fala conosco (Ex 19), onde aprendemos as suas leis e as formas de adorá-lo e serví-lo (Ex, Lv, Nm, Dt).

Logo de inicio, Deus nos leva a levantar o tabernáculo (Ex40.17), para ser o nosso lugar de oração e comunhão com Ele;

No deserto Deus tira (mata) de nós toda a idolatria (Ex 32.25-35) e nos adverte sobre os perigos do pecado e das bênçãos da obediência (Lv 26, Dt 27 e 28)

No deserto somos alimentados com o maná. Deus nos dá apenas a porção diária para dependermos continuamente dEle.

Mas no deserto Deus nos protege e cuida de nós, além do pão diário, ele envia a sua Sombra para nos proteger do calor do dia e o fogo para nos iluminar e aquecer durante a noite (Nm 9.15-23). O Shekinah de Deus nos diz a hora de levantarmos a tenda e partirmos e aonde devemos acampar. É Ele que nos conduz pelo deserto.

Só Josué e Calebe podem sair do deserto e entrar na terra prometida. O resto... Tem que morrer!

Temos que valorizar o tempo que passamos no deserto e considerar que, podemos abreviar o nosso tempo de correção, correndo em direção a cruz, negando o nosso eu, restaurando os relacionamentos através do perdão, deixando o amor de Deus nos encher e aprendendo rapidamente aquilo que Deus quer nos ensinar.

Deus no seu infinito e grandioso amor por nós, não nos deixará sair do deserto sem estarmos preparados para as bênçãos que Ele preparou para nós.

A porta é estreita, o caminho é estreito, temos uma cruz para carregar todos os dias, mas, “tudo posso naquele que me fortalece”.

O nosso lugar é no céu e é para lá que estamos indo em Cristo.

Que Deus abençoe a todos!



Prof Jose Luis Ribeiro

Nenhum comentário: